O Banco do Brasil vai deixar de oferecer crédito a produtores de soja que plantem em áreas desmatadas ilegalmente na Amazônia. A decisão foi tomada nesta semana como resultado da adesão do banco à Moratória da Soja, lançada em 2006, com o objetivo de não comercializar soja produzida em áreas desmatadas. O Banco do Brasil é o maior financiador rural do país.
O compromisso assinado pelo BB inclui o veto ao financiamento da produção de soja em áreas desmatadas a partir de julho de 2006 no bioma Amazônia, a exigência de regularização ambiental das propriedades para a concessão de financiamento e abertura de linhas de crédito para recuperação de reserva legal e áreas de preservação permanente (APPs).
A adesão do Banco do Brasil foi assinada pelo vice-presidente de Agronegócios, Luis Carlos Guedes Pinto, em reunião a últia quarta-feira (1º) com os coordenadores do Grupo de Trabalho da Soja, Paulo Adario, do Greenpeace, e Carlos Lovatelli, presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove).
Junto com a pecuária, a soja ainda é um dos principais resposáveis pelo desmatamento na Amazônia. Nos últimos anos, medidas de restrição de crédito a proprietários com irregularidades ambientais têm contribuído para a redução da derrubada no bioma. A nova taxa anual de desmatamento da Amazônia Legal - de 6.451 quilômetros quadrados -, divulgada também nesta semana, é a menor dos últimos 22 anos.
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