Um show de Caetano Veloso e Gilberto Gil, que iniciou na sexta-feira e entrou pela madrugada deste sábado, foi palco de um protesto diferente e extremamente voluntário e espontâneo, diferente das manifestações de rua convocadas pela grande mídia, através dos seus jornais, revistas, rádios e TVs.
O show realizado no Circo Voador, na cidade do Rio de Janeiro, seguida normalmente e quando Caetano cantou a música "Odeio Você", o público completou a letra com a palavra "Cunha" e depois gritaram "Fora Cunha", fazendo uma clara referência ao sentimento que vem sendo alimentado pelo presidente da Câmara dos Deputados, eleito pelo PMDB do RJ, Eduardo Cunha.
O protesto não acontece em vão naquela cidade, haja vista que Eduardo Cunha é carioca e o distinto público conhece não só as sérias denúncias e as mentiras que conta no presente, como seu passado tenebroso.
Indicado pelo ex-presidente Fernando Collor, no início dos anos 90, para presidir a Telecomunicações do Estado do Rio de Janeiro (Telerj) – chegou a ser acusado de integrar o esquema de corrupção de PC Farias.
Em Março do ano 2000, Leonel Brizola já alertava a astúcia de Cunha que fazia da presidência da Companhia Estadual de Habitação (Cehab), onde foi acusado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro de, entre outras coisas, direcionar uma licitação para favorecer a Grande Piso, uma microempresa que se transformou em construtora e ganhou quatro contratos durante os seis meses em que Cunha esteve à frente da companhia.
A Grande Piso pertencia ao empresário Roberto Sass, que foi do PRN do ex-presidente Fernando Collor na mesma época de Cunha, relata a matéria do jornal OGlobo, onde ficamos sabendo que o processo foi arquivado sem nem se quer ser julgado, alguns meses antes de assumir a presidência da Câmara dos Deputados, de onde pode ser cassado e encerrar sua carreira política em uma cela, mas com tanto dinheiro em contas no exterior, vai ver que consiga deixar seus processos nas gavetas da justiça por mais alguns anos e assim possa desfrutar de sua aposentadoria em liberdade e na tranquilidade que a impunidade confere aos milionários deste país.
Bandido bom é assim!
Outro a alertar sobre a coligação do PT com o PMDB e o passado do atual presidente da Câmara foi Ciro Gomes, ex-governador do Ceará e ex-ministro de Lula. Em entrevista a um programa do seu Estado natal logo após as eleições de 2014, ele não poupou críticas a Cunha, chamado por ele de “picareta-mor”.
Outro a alertar sobre a coligação do PT com o PMDB e o passado do atual presidente da Câmara foi Ciro Gomes, ex-governador do Ceará e ex-ministro de Lula. Em entrevista a um programa do seu Estado natal logo após as eleições de 2014, ele não poupou críticas a Cunha, chamado por ele de “picareta-mor”.
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