O presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão, informou a integrantes do PP na noite desta segunda-feira que decidiu revogar sua própria decisão de anular a sessão da Câmara que votou a abertura do impeachment de Dilma Rousseff.
A decisão está assinada, sem data, mas só tem valor depois de publicada, o que deve acontecer nesta terça-feira, segundo ele informou a deputados. Um represente da Mesa da Câmara já está de posse do ato assinado.
Integrantes do governo se dirigiam, por volta da meia noite, à casa de Maranhão para tentar demovê-lo da ideia. O ministro José Eduardo Cardozo (Advocacia-Geral da União) e o governador Flávio Dino (PCdoB) já tomaram conhecimento da decisão de Maranhão.
O presidente do Senado, Renan Calheiros, decidiu mais cedo ignorar o cancelamento da sessão e dar sequência à tramitação do pedido na Casa.
Maranhão tinha relatado a interlocutores o receio de, por causa da decisão, ser expulso do PP e, consequentemente, perder seu mandato.
A decisão é um revés para Dilma, que pretendia usar a decisão de Maranhão para pedir ao Supremo que paralisasse o rito do impeachment.
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