sexta-feira, abril 03, 2020

Empresa escolhida pelo governo muda de dono e recebe quase 10 milhões

Desde que o contrato milionário celebrado entre o governo do estado e a micro-empresa veio à tona, os memes sobre o fato revelam a possível relação promíscua existente nesse processo, que além de ter sido feito sem dispensa de licitação, tá mal explicado e foi cancelado sem as devidas explicações aos contribuintes paraenses.

Por Franssinete Florenzano, em seu blog, sob o título "O novo dono da Kaisen".

Eis que, em um piscar de olhos, a Kaizen Comércio e Distribuição de Produtos Alimentícios - registrada como empresa individual de responsabilidade limitada (EIRELI), sediada em imóvel modesto em Ananindeua, que ganhou e diante da grita geral teve cancelado o milionário contrato com o governo do Pará no valor de R$73.928.946,00 -, deixou de pertencer ao empresário Edson Araújo Rodrigues e seu capital social saltou de R$79 mil para  R$9.800.000,00 (nove milhões e oitocentos mil reais), agora sob a titularidade de Henrique Lutz, que ninguém sabe quem é e nem de onde vem tanto dinheiro.

A Receita Federal, o Ministério Público Federal - MPF, a Polícia Federal - PF e o Ministério Público do Estado do Pará - MPPA deveriam apurar a origem de tanta liquidez individual tupiniquim em plena pandemia e crise econômica e social de âmbito planetário.

Causa espanto, também, que o governador Helder Barbalho tenha cancelado o ruidoso contrato, chamado o presidente do Tribunal de Contas do Estado do Pará, conselheiro Odilon Teixeira, e o procurador-geral de Justiça, Gilberto Martins, e na divulgação oficial não exista uma só explicação, justificativa, exposição de motivos ou prestação de contas quanto ao montante que os cofres públicos desembolsaram nessa abortada operação da entrega de cestas básicas da Seduc.

Os recursos foram exclusivos do Tesouro Estadual. Ou seja, fruto dos impostos que nós, paraenses, pagamos e o distinto contribuinte merece saber como e por que foram gastos dessa forma. 

Por outro lado, o governador merece os elogios por ter cancelado imediatamente o contrato suspeito e adotado a sugestão acerca da regionalização e pulverização dos novos contratos para distribuir as cestas que substituem a merenda escolar, favorecendo as pequenas e médias empresas que atuam espalhadas pelo interior e que assim podem atender de perto os estudantes e manter seus empregados.

Consertar o erro é digno e correto. Mas tudo deve ser feito com transparência e zelo.

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