Markinho Show e Pazuello, no olho do furacão da CPI da COVID-19. |
À medida que se aproxima o início efetivo dos trabalhos da CPI da Pandemia, o que deve acontecer na terça-feira (4), com o depoimento dos ex-ministros da Saúde Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich, vai ficando claro que o nível de interesse da comissão em apurar supostos desregramentos cometidos pelo governo federal no combate à pandemia não se limitará aos exercentes de cargos de cúpula. Subalternos em vários níveis também serão submetidos ao raio-X do inquérito aberto pelo Senado.
À medida que se aproxima o início efetivo dos trabalhos da CPI da Pandemia, o que deve acontecer na terça-feira (4), com o depoimento dos ex-ministros da Saúde Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich, vai ficando claro que o nível de interesse da comissão em apurar supostos desregramentos cometidos pelo governo federal no combate à pandemia não se limitará aos exercentes de cargos de cúpula. Subalternos em vários níveis também serão submetidos ao raio-X do inquérito aberto pelo Senado.
Em reportagem de uma página intitulada "'Tropa' de Pazuello na mira - ação de militares expõe Exército na CPI da Covid", o jornal O Globo informa, na edição deste domingo (2), que vários integrantes da equipe do ex-ministro da Saúde também serão chamados a depor. Um deles é o paraense Marcos Eraldo Arnoud Marques, profissional em marketing, que profissionalmente se identifica como Markinho Show e se envolveu em algumas polêmicas - inclusive com jornalistas -, quando esteve à frente da chefia de Comunicação de Pazuello.
A matéria apresenta, inclusive, um infográfico (veja acima) em que Marques é mencionado entre os ex-auxiliares de Pazuello que deverão ser ouvidos pela comissão, juntamente com personagens como Airton Cascavel, apontado como homem-chave na gestão do ex-ministro e seu principal auxiliar político.
"Um dos depoimentos mais esperados pelos senadores é o do marqueteiro Markinho Show. Ele esteve à frente da estratégia de comunicação da pasta durante parte da gestão de Pazuello. Relatório do TCU e investigações conduzidas pelo Ministério Público apontam falhas na comunicação do governo durante a crise", diz a matéria de O Globo. Na ação movida pelo Ministério Público Federal contra Pazuello, lembra o jornal, os procuradores criticaram a estratégia de comunicação do ministério durante o colapso do sistema de saúde no Amazonas, em janeiro. Segundo os investigadores, apesar de a pasta saber da gravidade da situação, o ministério preferiu centrar suas estratégias de comunicação na disseminação do tratamento precoce.
Markinho Show já ofereceu demonstrações de que está disposto a defender publicamente o legado, por assim dizer, da gestão do general Pazuello como ministro da Saúde. Na semana passada, quando a revista Veja trouxe, como matéria de capa, em entrevista em que o ex-secretário de Comunicação do Planalto Fábio Wajngarten acusou a equipe do ex-ministro de portar-se com "incompetência" e "ineficiência" nas negociações com o Pfizer, sobre a compra de vacinas, o marqueteiro reagiu.
Em seu perfil no Twitter, Markinho Show revela (veja na imagem acima) que teria recebido de Wajngarten uma ordem para castigar financeiramente a Globo e restringir o acesso de Pazuello à emissora. "Claro que não fiz o que ele pediu. Não aceitaria uma ordem desqualificada e inútil. Fiz tudo ao contrário", afirmou o marqueteiro no tuíte.
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