Por Diógenes Brandão
Com o tímido título Alstom vai pagar R$ 60 mi para se livrar de processo sobre propina, a matéria publicada no jornal Folha de São Paulo, escondeu o nome do partido, que tem como ícones nacionais, os senadores Aécio Neves, José Serra e do governador de SP, Geraldo Alckmin, o qual exerce o 5º governo do PSDB, totalizando 21 anos deste grupo político no poder do mais rico e populoso estado brasileiro.
A malandragem foi em 1998, ainda no primeiro governo de Mário Covas, que iniciou a "ditadura" (?) tucana em SP e só foi revelada em 2008 pelo jornal americano "Wall Street Journal". Segundo o processo, que corre em segredo desde então, a multinacional francesa foi acusada de pagar 17% de propina para os tucanos e assim garantir a vitória na licitação de um contrato de 317 milhões, pelo fornecimento de energia.
A empresa é acusada ainda de operar outro método de corrupção com o PSDB, só que de forma mais sofisticada, através do cartel com outras empresas, entre elas, a Siemens. Nesta operação, as empresas teriam feito pagamentos de propina a altos funcionários e autoridades públicas de São Paulo para operar contratos com a CPTM e no Metrô paulista. O escândalo ficou conhecido como "trensalão".
Os pagamentos teriam começado em 1997, e atravessaram os governos tucanos de Mário Covas, José Serra e Geraldo Alckmin. Só neste escândalo, guardado nas gavetas da justiça paulistana, as estimativas apontam que o prejuízo com o cartel chegue a R$ 1 bilhão.
MENSALÃO TUCANO FOI COMPROVADO
Na semana passada, o Brasil soube da condenação há 20 anos de prisão do ex-governador de Minas Gerais e x-presidente nacional do PSDB, Eduardo Azeredo. O tucano foi condenado pelos crimes de lavagem de dinheiro e peculato (desvio de dinheiro) devido ao seu envolvimento no esquema que ficou conhecido como mensalão tucano, envolvendo desvio de dinheiro de estatais mineiras para sua campanha à reeleição ao governo de Minas em 1998.