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quinta-feira, junho 13, 2019

Insegurança em Ananindeua: Como está o professor esfaqueado dentro de uma escola municipal?



Por Diógenes Brandão

O professor Nuno André da Silva Santos, 38 anos, foi esfaqueado por um aluno dentro da escola municipal "Benedito Maia", localizada no conjunto Abelardo Conduru, no município de Ananindeua.

Imagens que circulam em grupos de Whatsapp mostram o chão da sala todo ensaguentado. O aluno que cometeu o crime é exibido sentado no chão algemado. Da escola, o aluno foi encaminhado para procedimentos legais na DATA - Divisão de Atendimento ao Adolescente, onde ficará à disposição da justiça aguardando por decisão da justiça para ser penalizado com medidas de ressocialização, conforme determina o Estatuto da Criança e Adolescente. 

A imagem do menor não será exibida em respeito às leis que estipulam penas para quem expõe imagens de crianças e adolescentes. 

Considerada uma das cidades mais violentas e com os piores índices de saneamento do Brasil, Ananindeua possui diversas secretarias onde estão alojados os aliados do prefeito, entre elas a Secretaria Municipal de Segurança e Defesa Social, na qual Zezinho Lima é o titular. Presidente estadual do partido "AVANTE" no Pará, ele ainda não se manifestou sobre ocorrido, mas fez questão de publicar um vídeo, dizendo que está em Brasília em busca de melhorias para a segurança no município, o qual após quase 15 anos do mandato do prefeito Manoel Pioneiro, não possui sequer vigilância nas escolas municipais, o que segundo um professor da escola onde ocorreu o crime, "poderia ter evitado o atentado contra o professor, Bruno", desabafou.

Muitas informações desencontradas circulam desde então, mas em áudio enviado ao blog, a diretora da escola confirma que o professor esfaqueado está fora de perigo.

Ouça:


Leia a nota da Prefeitura de Ananindeua sobre o ocorrido:

A Prefeitura Municipal de Ananindeua, por meio da Secretaria Municipal de Educação (Semed), informa que o aluno menor, de 17 anos, que esfaqueou o professor, na noite desta quinta-feira, 13, na escola Benedito Maia, localizada no Coqueiro, foi detido no local e encaminhado à Divisão de Atendimento ao Adolescente (DATA) acompanhado de seus responsáveis e o Diretor da Escola. 

O professor foi atendido no local pelo SAMU e encaminhado ao Hospital Metropolitano e não corre risco de vida. Segundo relatos do colegas de turma do adolescente, na noite do dia anterior, o mesmo se sentiu ofendido após receber uma reclamação do seu docente. 

A PMA informa que representantes da semed estão no local prestando toda a assistência aos familiares.

terça-feira, maio 21, 2019

Com tiro na cabeça e no segundo atentado em 02 meses, morre mais um PM paraense



Por Diógenes Brandão

Lotado no 31º batalhão da PM, o policial militar Livaldo dos Santos Reis levou três tiros, sendo um na cabeça e precisou ser trazido de Abaetetuba à Belém, em um helicóptero, mas não resistiu as ferimentos e morreu.

O crime aconteceu na manhã desta terça-feira, 21, no município de Abaetetuba, localizado no nordeste paraense. 

Amigos do policial informaram ao blog que Livaldo já havia sofrido outro ataque, há cerca de dois meses, sendo gravemente ferido, mas havia voltado recentemente ao trabalho nas ruas.

'Todos os suspeitos de atentaram contra a vida do policial, pela primeira vez, estão soltos', revela fonte do blog AS FALAS DA PÓLIS.


MORADOR DE ZONA VERMELHA 

Morador de um bairro considerado 'Zona Vermelha', o sargento Livaldo dessa vez não sobreviveu aos tiros que levou em uma emboscada, quando por volta das 06:40 da manhã, saía de sua residência, no bairro Angélica, periferia de Abaetetuba, quando dois indivíduos com vestimenta de operários, se aproximaram numa motocicleta e efetuaram os disparos. 

Segundo as primeiras informações repassadas pela polícia, os criminosos se evadiram do local logo após o crime, realizado com tamanha covardia, no bairro Angélica, considerado o mais periférico de Abaetetuba, reduto de criminosos ligados à facção denominada CV.

Além do tiro na cabeça, mais 2 disparos atingiram o policial no abdômen. A vítima estava de folga e levaria sua esposa para um atendimento médico.  

Com a morte de Nivaldo, sobe para 21 o número de agentes policiais mortos, só nestes quatro primeiros meses de 2019.

ATUALIZAÇÃO


Após a morte do policial, mais três (03) pessoas morreram em diferentes bairros de Abaetetuba. Em breve, mais informações.

sexta-feira, março 22, 2019

Polícia Civil confirma tentativa de incendiar escola, que OLiberal chamou de Fake News

Matéria do jornal O Liberal apurou apenas a versão da direção da escola, que tentou abafar o caso, considerado gravíssimo pelos pais e responsáveis, que com medo denunciaram o fato à fanpage Política Pará.

Por Diógenes Brandão

Reportagem da TV RBA confirma a denúncia de pais de alunos e responsáveis, que revelaram com exclusividade à fanpage Política Pará, que está sempre atualizada com notícias locais, muitas vezes sendo a primeira a trazer informações em tempo real.




Uma reportagem do portal do jornal Liberal, não levou em conta a versão dos pais de alunos e responsáveis e nem procurou a polícia para checar se era verdade ou não e acabou rotulando de Fake News.


Na matéria que acaba de ser veiculada na TV RBA, um delegada da Polícia Civil do Pará, admite que uma adolescente foi denunciada por tentar incendiar a escola, onde foram encontrados 8 litros de gasolina. 

Leia a matéria veiculada na fanpage Política Pará.

segunda-feira, janeiro 12, 2015

Para entender o espírito do Charlie Hebdo

Por Fábio Fonseca de Castro, em seu blog.

Irreverente, vulgar, ácido, obsceno, sarcástico... Os adjetivos que podem descrever o Charlie Hebdo seguem nessa direção. O jornal, quanto a ele, segue uma tradição secular – nos dois sentidos da palavra – vigente na França deste a revolução de 1789: a do pasquim irreverente, anti-religioso, ateu, popular. Uma tradição que, na verdade, está na base política da sociedade francesa e que se assenta sobre o princípio da critica à religião.

Essa filosofia política – a do “secularismo”, ou da “laicidade” – é o princípio fundador da República Francesa e está no bê-a-bá que todas as professoras pregam às crianças desde o maternal. Meu filho fez o maternal e os primeiros anos de escola lá e acompanhei essa história na minha vida quotidiana. A laicidade, que significa a radical separação entre Estado e Religião, é, na verdade, bem mais que isso: é o próprio motor da vida política, da concepção política de nação, na França. 

Há toda uma longa história cultural, que não procurarei resumir aqui, em torno dessa questão, mas acho interessante fazer referencia a ela se a questão é falar do Charlie Hebdo.

A propósito: esse Hebdo, do título do jornal, é um diminutivo coloquial de “hebdomadaire” significa “semanal”. E há um ar de graça nisso, porque toda vez que os franceses cortam uma palavra no meio – e eles sempre fazem isso – é como se estivessem desmistificando poderes. Por exemplo, dizer Sarkô, por Sarkozy, é uma forma irônica, talvez irreverente, pela sua coloquialidade, de falar do ex-presidente. Assim, dizer Hebdo, em vez de hebdomadaire, além de mais propositado e sonoro, também contém um aviso sobre a disposição à irreverência da publicação.

O Charlie Hebdo foi criado em 1969, na esteira da rebelião estudantil do ano anterior e seguiu sendo publicada até 1989 – ano emblemático, do bi-centenário da revolução. Ficou três anos fechada e ressurgiu em 1992.

Suas provocações lhe renderam vários atentados, o mais importante deles, antes do ocorrido este mês, foi o de 2011, quando jihadistas lançaram uma bomba na redação – sem que houvesse vitimas.

Em 2006 publicou a antológica capa na qual mostra Maomé morto de vergonha pelos seus fieis integralistas: “É duro ser amado por imbecis...”.



Em 2010 o Charlie acompanhou, como sempre acidamente, o debate que envolveu a sociedade francesa em torno da proibição do uso da burqa no pais. A capa abaixo, exemplo dessa campanha, diz “Sim ao porte da burqa... no interior”.



No mesmo ano o jornal satirizou o discurso do Papa Bento XVI sobre a interdição aos cristãos do uso de preservativos e o controle da natalidade.



A edição que provocou o atentado de 2011 foi particularmente ácida: teve como “convidado especial no posto de editor-chefe” o próprio Maomé e o titulo especial de “Charia Hebdo”. Na capa, Maomé dizia: “Cem chicotadas se você não morrer de rir”.


Em seguida a ela, além da bomba, que incendiou a redação, os jihadistas também hakearam o site do jornal. O atentado não impediu a continuidade do jornal e já na semana seguinte o Charlie saiu com a antológica capa que trazia um redator e um jihadista atracados num beijo e a mensagem “O amor é mais forte que o ódio”.


Nesse mesmo contexto que Charbonnier, o editor do Charlie – um dos mortos no atentado do dia 7 de janeiro – declarou que o jornal pretendia banalizar o islã tanto como o catolicismo o fora, no processo de secularização experimentado pela França.

Na verdade, fizeram mais que isso: procuraram banalizar o terrorismo, associado ao jihadismo, como demonstra a famosa capa de uma das edições de outubro de 2014, que mostra o Profeta sendo decapitado por um jihadista do Estado Islâmico recentemente instalado na Síria. O letreiro diz: “Se Maomé voltasse”, enquanto o próprio avisa ao seu algoz: “Eu sou o Profeta, estúpido”, e este lhe responde, “Cala a boca, infiel”.


Bom, em síntese, o Charlie Hebdo segue nessa direção. Com exageros e ofensas? Sim. Talvez não seja possível fazer sátira sem isso.

A França defende isso por princípio. Uma coisa é um jornal, pretensamente sério, pretensamente responsável e pretensamente comprometido com a informação inventar mentiras, caluniar, difamar e ofender. Outra coisa é fazer a sátira. A subjetividade de toda sátira escusa seus excessos. E por trás desse princípio, nítido para quem quiser enxergar, está a idéia da República laica.

A capa do Libération – o grande jornal de esquerda francês – de hoje, fazendo referencia à manifestação, que reuniu 3 milhões de pessoas no pais, ontem, para prestar solidariedade ao Charlie e às outras vitimas do terror jihadista da semana passada, sintetiza em princípio de fundação da idéia de República ao substituir o “Je suis Charlie” por um “Nous sommes un peuple”: “Nós somos um povo”.


quinta-feira, janeiro 08, 2015

A 3ª guerra mundial está em curso, mas é diferente

Grupos extremistas são treinados em vários países do mundo, impondo uma nova forma de guerra.

O atentado ao jornal francês que matou 12 pessoas e mobiliza a comunidade internacional, traz ao mundo o uso de técnicas de guerrilha, diferentes das utilizadas nas guerras tradicionais. É uma batalha onde poucos homens frios e bem treinados, causam um estrago localizado e fulminante. 

Assim como nos ataques às torres gêmeas, que ceifaram milhares de vidas simultaneamente em várias partes do território americano, o que estamos vendo acontecer há algum tempo é a instalação da "3ª guerra mundial em partes", tal como disse recentemente o Papa Francisco. Quem achar um exagero, não poderá ignorar que o conflito do Oriente Médio deslocou-se para o Ocidente, com soldados muitas vezes recrutados nos seus próprios países, mas que servem aos ideais políticos e concepções religiosas de uma área historicamente em disputa.

Não se trata apenas de um conflito religioso, como o senso comum imagina, os meios de comunicação vendem e torna-se a opinião das maioria das pessoas ao redor do mundo. Aqueles que só param para analisar as raízes desta guerra, muitas vezes de forma enviesada, quando algo terrível acontece, desconhecem ou parecem esquecer das atrocidades impostas pelos países imperialistas, da disputa religiosa por "terras sagradas", da guerra pelo petróleo, água e outros recursos naturais que fazem parte desta mistura explosiva de terror e ódio, que infelizmente não tem dia e nem hora para acabar.


Para o chargista brasileiro Lattuf, o atentado françês contribui para o aumento da violência na Europa contra minorias.
Assim como grupos neonazistas e de exterma direita retomam sua organização e se fortalecem de forma assustadora em países que se pensava que já não mais existiam, estas facções fundamentalistas, crescem a cada investida contra árabes, islâmicos e muçulmanos. O ressentimento pelas ocupações, seja por israelenses, americanos ou europeus, acendeu a ira, mas quem criou e treinou muitos destes grupos que hoje atormentam o planeta de forma organizada e armada, foram as próprias nações imperialistas, como os EUA, que durante a guerra fria, treinou, financiou e equipou vários destes grupos que hoje chama de terroristas. 

Com medo, muitos países se fecham para a onda migratória de pessoas oriundas de áreas em conflito e o leste europeu também preocupa a frágil e utópica paz mundial. Com este mais novo atentado, a onda preconceituosa, racista e xenófoba tende a aumentar na Europa já infestada de grupelhos fascistas que recebem o evento fatal como um sinal de permissividade para a radicalização contra povos estrangeiros, principalmente os islâmicos, judeus, árabes e mulçumanos. 

O chargista brasileiro Carlos Lattuf, reconhecidamente um dos melhores do país neste segmento e que sempre retrata a causa palestina em seus traços foi certeiro ao dizer: "Esses atiradores deram uma grande contribuição à islamofobia na França e em toda a Europa ao atacar o escritório do Charlie Hebdo". 

O artísta trouxe à tona um debate escamoteado pela imprensa internacional: As "agressões" do jornal às religiões e minorias em conflito no complicado barril de pólvora que é a Europa. 

"Em que pese que sou contrário as charges de Maomé e as constantes provocações ao mundo islâmico promovidas pelo jornal 'Charlie Hebdo', não posso concordar com o fuzilamento de jornalistas e chargistas. Esse tipo de ação só favorece ao discurso anti-islâmico e anti-imigração, cada vez mais forte na Europa", disse Latuff.

E conclui sua análise alertando para os graves e possíveis desdobramentos: "Os islamofóbicos estão encantados com o ataque ao Charles Hebdo! Eles têm agora uma oportunidade de ouro para atacar os muçulmanos por muito tempo!"

MP pede quebra de sigilo bancário e fiscal do prefeito de Ananindeua

O blog recebeu o processo de número  0810605-68.2024.8.14.0000,  que tramita no Tribunal de Justiça do Esado do Pará e se encontra em sigilo...