Procurador Municipal Bruno Freitas e o prefeito de Belém, Zenaldo Coutinho durante Coletiva de Imprensa. Foto: Eduardo Cunha/Pará Web News. |
Por Diógenes Brandão
Em Coletiva de Imprensa convocada para falar sobre o Decreto de Emergência Sanitária e Ambiental na capital paraense, divulgado neste domingo,23, O prefeito de Belém, Zenaldo Coutinho acusou de ser cinismo matéria publicada no jornal Diário do Pará, o qual o governador do Estado, Helder Barbalho é sócio.
Em matéria sobre o decreto, o veículo de comunicação trouxe a seguinte chamada: “Sem dar conta do lixo em Belém, Zenaldo decreta emergência sanitária” e inicia dizendo: “É impossível circular pelas ruas da capital paraense sem notar o quanto a cidade está suja, com lixos espalhados por todo lado. Diante de todo esse caos e sem conseguir organizar uma solução definitiva para a questão, o prefeito de Belém, Zenaldo Coutinho, decretou situação de emergência sanitária e ambiental em Belém”.
Zenaldo explicou durante os 40 minutos da coletiva de imprensa, ao lado do procurador do Município, Bruno Freitas, nesta segunda-feira, 24, que o decreto foi um pedido do Governo do Estado às prefeituras de Belém e Região Metropolitana, para que o Estado tivesse mais facilidade em liberar o licenciamento de outras áreas do Aterro de Marituba.
Perguntado pelo blog AS FALAS DA PÓLIS sobre a narrativa difundida sobre o decreto por veículos de imprensa, Zenaldo se adiantou dizendo:
“Cinismo! Cinismo! Hoje eu vi as publicações cínicas, sobretudo dos meios de comunicação vinculados ao governador. Absurdo! Se foi o governo do Estado que pediu que as prefeituras assinassem os decretos de emergências, né? É de um profundo cinismo essa matéria”, disparou Zenaldo Coutinho.
Assista:
Entre as informações repassadas na Coletiva de Imprensa:
- Ananindeua foi a primeira prefeitura a assinar o Decreto de Emergência Sanitária, após pedido feito pelo governo do Estado, para que este tenha o respaldo legal para acelerar o processo de licenciamento em etapas futuras para a ampliação dentro do Aterro Sanitário de Marituba.
- A empresa Guamá Tratamento de Resíduos Sólidos atua em 30 aterros sanitários no país.
- A prefeitura pagava R$60,00 por tonelada de lixo e hoje paga R$85,00. A empresa pede R$114,00.
- Ainda não existe outra alternativa viável financeiramente, nem apresentada pela prefeitura, governo do Estado, Ministério Público ou estudiosos de entidades acadêmicas.
- O uso do 'Lixão' do Aurá' está descartado, pois foi isso que o desembargador responsável pelo caso, decidiu em liminar.
- Técnicos da FADESP estão prestando assistência técnica a pedido do Ministério Público para apresentar o resultado de um estudo para alternativas para o tratamento do lixo da Região Metropolitana.
- Uma empresa está responsável pela elaboração do Plano Municipal de Saneamento e esta deverá apresentar uma proposta que deverá ser submetida ao debate em audiências públicas, com a participação de entidades sociais e acadêmicas.
A página Política Pará também entrevistou o prefeito no fim da coletiva de imprensa e o prefeito Zenaldo Coutinho voltou a falar da responsabilidade pelo atraso na coleta de lixo e a má qualidade do serviço prestado pela empresa Guamá Tratamento de Resíduos Sólidos.
Assista: