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segunda-feira, julho 08, 2019

Éder Mauro: O sub-produto da família Barbalho e sua estratégia midiática

Helder Barbalho, Jader Barbalho e Éder Mauro em evento realizado em dezembro de 2017, durante ato de assinatura de convênios do Ministério da Integração Nacional, com quase 100 prefeituras paraenses.

Por Diógenes Brandão

Nenhum paraense em sã consciência pode negar que ao abrir espaço e contribuir para a ascensão midiática do então delegado da polícia civil Éder Mauro, a família Barbalho sabia que criaria o mito de um novo "Exterminador de Bandidos", que com suas encenações agressivas contra a bandidagem e seus discursos de fácil solução aos problemas causados pela violência e a criminalidade, salvaria a sociedade dos malfeitores. Só que não é isso que vimos e nem poderia ser verdade, já que nossas mazelas sociais jamais serão eliminadas com bravatas e apelos sensacionalistas de políticos populistas. 

Assim, o policial casca grossa ganhou destaque e enorme projeção política através das lentes dos programas policiais da TV RBA, além das capas e páginas do jornal Diário do Pará, veículos de imprensa pertencentes ao império de comunicação controlado pelo senador Jader Barbalho, em sociedade com seus filhos, Jader Filho - que gerencia os negócios e Helder Barbalho, atual governador do Estado, que passou a destinar generosas verbas publicitárias através das finanças do governo -  e sua ex-exposa, a deputada federal Elcione Barbalho. Não é preciso dizer que a família comanda o MDB e foi aliada de todos os últimos presidentes e governadores do Pará - até racharem, quando lhes foi conveniente. 

A família barbalho é hoje o grupo empresarial e político com mais poder no Pará e tem sob seu controle, a maioria dos partidos existentes, além de contar com apoio político das empresas de comunicação, 'jornalistas independentes' e blogs paraenses, cooptados através de contratos publicitários com o governo e o Banpará, banco estatal do Estado.




Com a visibilidade oferecida pelas mídias da família barbalho, Eder Mauro (PSD) foi eleito deputado federal pela primeira vez que disputou uma eleição em 2014, recebendo 265.983 votos, o que lhe deixou crente que poderia ser prefeito de Belém, vindo a concorrer dois anos depois ao pleito, mas acabou sendo derrotado, ao alcançar 16,53% dos votos válidos (128.549) e ficando atrás de Edmilson Rodrigues (PSOL) e Zenaldo Coutinho (PSDB), reeleito no segundo turno.


Foto de campanha, traz a imagem do delegado como um combatente contra a criminalidade e a violência, sendo que elas só aumentaram no Pará, desde que ele saiu da polícia e entrou na política.

Reeleito em 2018 com cerca de 120 mil votos a menos, ou seja, 45,23% dos votos que obteve em 2014, quando elegeu-se pela primeira vez deputado, Eder Mauro faz de tudo para se manter em destaque na mídia e adotou a estratégia de Bolsonaro, figurando sempre em discussões acaloradas, bate-boca com deputados de esquerda e lideranças de movimentos sociais, sempre com termos pejorativos e altamente ofensivos, no afã de se vender como o sucessor de Bolsonaro na Câmara, onde não apresenta outra bandeira que não seja a de anti-petista e anti-esquerdista.

Com espaço privilegiado em horário nobre, Éder Mauro ainda se dava ao luxo de trazer seu aliado político para uma propaganda eleitoral ilegal, travestida de entrevista na TV RBA, nas vésperas das eleições de 2018.



Na semana que passou, o deputado paraense resolveu radicalizar sua tática de guerrilha midiática e  protagonizou diversas ações, tanto no parlamento, quanto nas redes sociais, que deram e ainda estão dando o que falar. 

A promessa de interferência da polícia em um festival de Rock em Belém, denominado Fakada Fest, a ofensa ao deputado Glauber Braga (PSOL), a quem chamou de "veado" e mais uma manifestação homofóbica contra o universitário paraense Richard Callefa, coordenador-geral do DCE Unama e ativista LGBTi, trouxe mais um gozo a Éder Mauro, de ver seu nome novamente em destaque na imprensa e nas redes sociais, tal como tanto gosta. 

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Denunciado novamente ao Ministério Público Federal, o parlamentar não dá sinais de recuo em sua estratégia polícia e conta com uma legião de seguidores que aprovam sua conduta, enquanto outros lhe atribuem os mais negativos conceitos.

No meio da troca de ofensas entre fãs e pessoas contrárias ao deputado, o rockeiro Vaninho de Oliveral fez um apelo sensato e comedido a Éder Mauro. 

Leia:  

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Logo depois, Vaninho cobrou do governador Helder Barbalho, uma ação policial tal qual a que levou 11 viaturas da PM para coibir o já citado festival de rock, que foi impedido de ser realizado no centro de Belém, mas foi incapaz de coibir mais um ataque de uma quadrilha de assalto a bancos, que roubou e causou pânico em um município do interior do Estado.

Leia:

POLÍCIA PARA QUEM PRECISA DE POLÍCIA

Neste final de semana (entre sábado/domingo) em quanto que, um contingente elevado de profissionais da segurança pública, barrava a realização de evento alternativo do gênero musical rock, na capital paraense, o município de Bonito, diante da insuficiência da infraestrutura de segurança pública do nosso estado, padecia com o terror do assalto a banco.  "Dizem que ela existe Pra ajudar! Dizem que ela existe Pra proteger! Eu sei que ela pode Te parar! Eu sei que ela pode Te prender!  Polícia! Para quem precisa Polícia! Para quem precisa De polícia."  

Em resumo:  Você cidadão simples e explorado, por gentileza faça uma reflexão e analise da nossa segurança pública. Tem politiqueiro enganando você, sobre o signo da defesa da segurança pública. Na verdade o que temos são nossos profissionais de segurança pública perdendo suas vidas e seus direitos sociais. Esses profissionais trabalhando em péssimas condições de infraestrutura e de falta também de resguardo para suas famílias.  

Nos episódios acima relatados, não culpo os profissionais da nossa segurança pública e sim politiqueiro travestido de mandatário.  

Minha solidariedade aos meus amigos da minha vertente musical em apreço especial o subgênero PUNK ROCK.  

Para conhecer mais um pouco da história, repleta de homofobia, agressões e denúncias de diversos crimes, assim como de processos judiciais contra este deputado federal paraense, em seu segundo mandato, clique aqui

domingo, maio 12, 2019

HELDER BARBALHO E SEU GOVERNO EM CRISE FAMILIAR



Por Diógenes Brandão

A queda de dois membros do alto escalão do governo Helder Barbalho, quase passa despercebida pela imprensa paraense, que desde Janeiro recebe a narrativa criada na torre da RBA e a transmite para todas as redações de jornais e emissoras de rádio e TVs, sem falar dos blogs alinhados ao governo.

Ainda no fim do mês de Abril, o presidente da Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará foi exonerado do cargo, após ser nomeado pelo governador. Há quem diga que ele era médico de um dos filhos de Helder Barbalho, mas mesmo assim foi demitido por bater de frente com a mãe do governador, a deputada federal Elcione Barbalho, que queria indicar um aliado político para uma diretoria, mas o presidente da Santa Casa não aceitou a indicação e sua atitude custou-lhe o cargo. 

Já na COSANPA, a queda do presidente do órgão foi ao mesmo tempo uma tentativa do governador mostrar serviço e aliviar as críticas que recebe, sobretudo nas redes sociais, onde a população reclama diariamente pela falta d'água em suas residências, transtorno que vem se repetindo constantemente, desde o início do ano.

Entre notas de esclarecimentos e apelos indignados de moradores de todo o Estado, vivenciamos uma série de interrupções no fornecimento de água, tanto na região metropolitana, quanto nos demais municípios paraenses.

Em Marabá, por exemplo, o Portal Debate Carajás denuncia: "há mais de 10 dias os moradores não recebem água, regularmente, da Companhia de Saneamento do Pará (Cosanpa)".

Em Santarém, na região do Carajás, a situação é dramática e faz com que populares apelem para o governador, marcando o mesmo suas redes sociais.



Ao noticiar a exoneração do presidente da COSANPA, o jornal Diário do Pará, do qual o governador Helder Barbalho é sócio, cometeu um ato falho que não poderia ter passado desapercebido por este blog. 

É que a matéria do jornal citou um trecho da nota da COSANPA, sobre a mudança na presidência da companhia e aproveitou para alfinetar os governos anteriores dizendo: “Nos manteremos firmes no trabalho de recuperação da Companhia, que foi sucateada pelos últimas gestões, até que os serviços estejam adequados às necessidades do povo do Pará”. 

Logo em seguida, a mesma matéria apresenta o substituto, dizendo: “Eduardo Ribeiro é engenheiro civil há 34 anos, 33 deles dedicados à Cosanpa. Como servidor de carreira, Eduardo foi diretor do órgão de 1991 a 1997, vice-presidente em 2004 e assumiu a presidência de 2007 a 2010. Ribeiro também foi secretário de Saneamento do município de Ananindeua nos anos de 2005 e 2006”.

Ora, se o jornal do governador e o seu governo consideram que os ex-gestores foram responsáveis pelo sucateamento da COSANPA, como é que Helder Barbalho agora nomeia quem esteve como diretor e presidente da companhia nos governos de Jader Barbalho, Almir Gabriel, Simão Jatene e Ana Júlia?



Quem não deve estar nada satisfeito com a exoneração do ex-presidente da COSANPA é o deputado federal José Priante (MDB), primo do governador e quem havia indicado Márcio Leão, exonerado sem explicações. 

Há quem diga que o irmão do governador, Jader Filho, tenha sido o articulador da mudança.


MP pede quebra de sigilo bancário e fiscal do prefeito de Ananindeua

O blog recebeu o processo de número  0810605-68.2024.8.14.0000,  que tramita no Tribunal de Justiça do Esado do Pará e se encontra em sigilo...