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sexta-feira, maio 07, 2021

Jader Barbalho diz que Abin 'não pode servir a grupos e interesses'

O senador Jader Barbalho (MDB) afirmou também que a investida do governo federal não vai impedir a CPI de “cumprir o seu papel”.

 

No Antagonista

O senador Jader Barbalho (MDB), suplente da CPI da Covid, comentou a reportagem exclusiva da Crusoé com a revelação de que Jair Bolsonaro acionou a Abin para municiar senadores da comissão — leia aqui.

A intenção do governo, detalha a revista, é usar o serviço secreto para levantar suspeitas sobre governadores e prefeitos. Jader é pai do governador do Pará, Helder Barbalho (MDB).

“Eu espero que uma instituição de Estado cumpra o seu dever em favor da sociedade. Qualquer homem público pode ser objeto de investigação, desde que essa investigação seja para servir à sociedade, e não para servir a grupos e interesses que não sejam os da sociedade. Se for assim, a instituição não está a cumprir o seu dever”, disse a O Antagonista Jader.

O senador pelo Pará afirmou também que a investida do governo federal não vai impedir a CPI de “cumprir o seu papel”.

“A comissão tem cumprido o seu papel. Não creio que essas ações do governo vão impedir que a comissão cumpra o seu papel, que é um papel importante para a sociedade brasileira, que é o de esclarecer essas coisas todas.”

Perguntamos o que seriam “essas coisas todas”.

“Exatamente verificar as omissões que levaram a este quadro de 400 e tantas mil mortes e que, seguramente, poderiam ter sido evitadas, fundamentalmente se tivessem sido adquiridas as vacinas quando deveriam ter sido adquiridas.”



quarta-feira, janeiro 27, 2021

MP Eleitoral pede ao TSE cassação do governador do Pará por abuso de meios de comunicação e uso de fake news

Além da cassação dos mandatos, o MP Eleitoral pediu a decretação de inelegibilidade, por oito anos, do governador, do vice-governador, e de sócios, proprietários e dirigentes da Rede Brasil Amazônia de Comunicação (RBA), entre os quais está o senador Jader Barbalho (MDB-PA).


Via MPF

O Ministério Público (MP) Eleitoral no Pará enviou na segunda-feira (25) ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pedido de cassação do governador do estado, Helder Barbalho (MDB), e do vice-governador, Lúcio Vale (PL), por abuso de poder econômico e utilização indevida dos meios de comunicação social na campanha eleitoral de 2018, inclusive com a disseminação de fake news.

Pelas mesmas ilegalidades, o MP Eleitoral pediu a decretação de inelegibilidade, por oito anos, do governador, do vice-governador, e de sócios, proprietários e dirigentes da Rede Brasil Amazônia de Comunicação (RBA), entre os quais está o senador Jader Barbalho (MDB-PA).

Além de privilégio à chapa de Helder Barbalho nos veículos da RBA – alguns concessões públicas – e da divulgação apenas de notícias negativas sobre o candidato adversário, Márcio Miranda (DEM), o MP acusa a chapa por divulgação de propaganda em dia de votações, o que é crime eleitoral, e por usar ilegalmente o sistema de Justiça Eleitoral como parte da estratégia para disseminação de fake news.

Uso ‘espúrio’ de órgãos da Justiça – Entre as notícias falsas citadas pelo procurador regional Eleitoral, Felipe de Moura Palha, uma foi veiculada pelos veículos de comunicação da família Barbalho por meio do uso “ilegítimo e espúrio” de órgãos do sistema de Justiça Eleitoral – Polícia Federal, MP Eleitoral e Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Pará.

Nas vésperas das eleições, a coligação de Helder Barbalho entregou ao MP Eleitoral informações para a instauração de procedimento investigatório do que denominou de “bunker” eleitoral da coligação de Márcio Miranda, que seria um local clandestino utilizado para a prática de diversas ilegalidades, como transações de caixa dois de campanha, corrupção e lavagem de dinheiro.

A coligação de Helder Barbalho acionou o MP Eleitoral, a PF e o TRE, e os veículos da rede RBA disseminaram a notícia falsa sobre o suposto “bunker”. A PF investigou o local e não encontrou nenhuma evidência da ocorrência de atos ilícitos, e o TRE considerou improcedente a ação e condenou a coligação de Helder Barbalho a multa pelo “caráter malicioso da demanda investigatória”.

Detalhes de outras ilegalidades – A utilização abusiva de veículos de comunicação do conglomerado de comunicação RBA em favor da candidatura de Helder Barbalho e para detrimento e depreciação da candidatura de Márcio Miranda foi atestada por provas coletadas em diversos processos, registra o MP Eleitoral, que relacionou várias transcrições com os conteúdos veiculados.

Todos os programas e noticiários contestados nas representações eleitorais foram transmitidos no período antecedente ao segundo turno das eleições, e uma veiculação ocorreu no dia das votações, em 28 de outubro, quando a Rádio Clube deu oportunidade para o candidato Helder Barbalho e a esposa se pronunciarem, sem dar a mesma oportunidade ao candidato Márcio Miranda.

“Todo esse privilégio em meio ao fervor do segundo turno, aproximadamente às 12 horas, quando ainda faltava bastante tempo para o término da votação, o que pode ter lhe assegurado votos importantes para a vitória no pleito”, aponta o procurador regional Eleitoral.

A divulgação de qualquer espécie de propaganda de partidos políticos ou de seus candidatos no dia da eleição é crime punível com detenção, de seis meses a um ano, com a alternativa de prestação de serviços à comunidade pelo mesmo período, e multa.

A manifestação do MP Eleitoral ao TSE foi feita em recurso contra decisão do TRE que considerou improcedentes ações ajuizadas pelo também candidato a governador em 2018 Márcio Miranda e sua coligação.

Processo nº 0602190-58.2018.6.14.0000 

Íntegra do recurso


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quinta-feira, setembro 17, 2020

A mão oculta

Na foto, o senador Helder Barbalho e pai do governador do Estado, Helder Barbalho


Por Ronaldo Brasiliense 

Os bois estão voando na política do Pará e há aquele que atira as pedras e esconde a mão, o mentor dos golpes que se sucedem, eliminando candidatos incômodos.

O primeiro golpeado foi o deputado federal delegado Éder Mauro, que sonhava sair candidato a prefeito de Belém, mas perdeu de goleada - 10 x 1 - na votação da Executiva Municipal do seu partido, o PSD, que optou pela candidatura do jovem deputado Gustavo Sefer, filho do notório ex-deputado Luiz Sefer.

O PSD é presidido no Pará pelo ex-vice-governador Helenilson Pontes, suplente do probissimo senador Jader Fontenele Barbalho, pai do governador Helder Barbalho e, para quem estudou tabuada, dois mais dois são quatro.

O segundo golpeado foi o honestíssimo radialista Jefferson Lima, funcionário da RBA, o grupo de comunicação da família Barbalho, um conhecido traidor da política paraense.

Na eleição de 2.014, Jeferson Lima disputou a eleição para o Senado, foi muito bem votado, apoiou a candidatura de Simão Jatene no primeiro turno, mas mudou de lado no segundo turno, pulando para a canoa furada de Helder Barbalho, que acabou derrotado.

Com esta fama de Judas, Jeferson também sonhava ser candidato a prefeito de Belém pelo PP, partido controlado no Pará pelos irmãos João e Beto Salame - que vivem um drama pessoal com a morte da mãe por Covid 19 - mas na hora H, quem diria, o Judas foi traído, provando de seu próprio veneno.

Jeferson Lima foi posto para escanteio pelo ex-deputado Luiz Sefer, que controla o PP em Belém, levando o partido a chutar o traidor para apoiar Gustavo Sefer à prefeitura de Belém.

Nos protestos pela exclusão de Jeferson Judas, seus apoiadores atacaram Luiz Sefer chamando-o de "pedófilo", mas só lembraram do passado tenebroso de Sefer depois do golpe. Se Jeferson Lima tivesse sido escolhido Luiz Sefer continuaria virgem como uma vestal da mitologia grega.

Para pavimentar o caminho do primo José Priante (MDB) à Prefeitura de Belém, o governador Helder Barbalho ainda tentou afastar a candidatura do deputado federal Vavá Martins, ligado à igreja Universal do Reino de Deus - unha e carne com o governo do presidente Jair Bolsonaro - oferecendo o cargo de vice na chapa de Priante, mas Martins recusou a oferta e manteve sua candidatura.

No vale-tudo para tentar conquistar a Prefeitura de Belém - segundo maior orçamento do Pará - Helder Barbalho topa tudo. 

Os ipons em Éder Mauro e Jeferson Lima foram apenas o início da briga, que só vai terminar num provável segundo turno eleitoral em Belém, dia 29 de novembro.

Em plena pandemia do novo coronavirus - a maior em cem anos -, quem viver, verá.

Favorecendo Priante, família Barbalho operou golpes nas candidaturas de Éder Mauro e Jefferson Lima

Os golpes da família Barbalho pavimentaram o caminho de Priante, mas até onde ele vai? 


Por Diógenes Brandão

As previsões do blog em relação à interferência da poderosa família Barbalho no tabuleiro eleitoral de Belém se confirmou e entre os 10 candidatos definidos para as eleições municipais deste ano, na capital do estado não terão dois nomes que Helder Barbalho (MDB) fez questão de tirar do páreo: Éder Mauro (PSD) e Jefferson Lima (PP).

Com Éder Mauro, Helder agiu de forma sorrateira e silenciosa. Bastou negocia com os donos do PSD e seus capangas, entre eles o vereador Sargento Silvano, para votarem todos na candidatura do deputado estadual Gustavo Sefer, que disse aos mais próximos que sua candidatura faz parte de uma exigência do governador. Ora, exigência ou um acordo bem pago?

Já com Jefferson Lima o negócio foi na baixaria mesmo. Em vídeos que circulam na internet, podemos ver que o governador, na calada da noite ligou para o pai de Gustavo Sefer, que é presidente do diretório municipal do PP em Belém, obrigando-o a tirar o nome de Jefferson Lima da chapa e levar os "Progressistas" para a chapa do seu filho, que é do PSD, o qual já havia proclamado Gustavo Sefer como candidato, derrotando Éder Mauro por 10 x 1, na votação da convenção do PSD, que acontecera minutos antes do final da convenção do PP.

Ou seja, aquilo que este blog disse na matéria A operação na torre da RBA é intensa para os barbalho terem o cofre de Belém em suas mãos aconteceu de fato e o trator dos Barbalho removeu os últimos empecilhos para pavimentar a candidatura de Priante (MDB), rumo à prefeitura de Belém. 

Acontece que até os ratos do esgoto da RBA sabem o quanto Priante não é toda essa coca-cola para Jader, Jader Filho, Elcione e Helder Barbalho. Ou seja, mesmo fazendo parte da família, o clã barbalho não confia piamente no primo do governador, mas Priante sabe disso e manteve sempre o MDB de Belém sob sua tutela. Além disso, Priante conhece os podres da família e dessa vez cobrou com veemência o apoio que sempre dedica aos seus parentes.

E assim foi cumprido o que havia sido premeditado e cuidadosamente planejado. É certo que o PP dos Salames aparentemente se dividiu em relação às chandes do partido ter Jefferson Lima no páreo, mas tudo deve ser rearrumado em acordos futuros.  

Enquanto isso não acontece, resta-nos ver e analisar os vídeos que circulam nos grupos de Whatsapp e no Youtube, com a baixaria e as acusações que vão de "golpistas" a "pedófilos", passando por corruptos e tudo que os eleitores ouvem a cada eleição nesse Estado governado por uma dinastia que controla partidos de direita e de esquerda, sob o chicote do dinheiro e do poder que estes tanto gostam.

A questão de agora em diante é: Quais as chances de Priante ir ao segundo turno? E se for, com quem será? Sendo contra Edmilson Rodrigues, que lidera as pesquisas, qual será o próximo golpe pensando pelo clã barbalho? Até quando a esquerda continuará submissa e aceitando calados e inertes a tudo que Helder e seu pai, o senador Jader Barbalho fazem?

A caixinha de comentários do blog está aberta para a sua opinião. Use-a à vontade!

sábado, julho 25, 2020

Jader amado, Helder tolerado

"Jader amado e o Helder tolerado às custas de cargos e sinecuras", diz artigo.

Via Redação Debate Carajás, sob o título: Estilo Hélder: “Tem fogo ardendo debaixo do munturo”
No primeiro semestre de 1994, ocorreu a inauguração da Escola Estadual Anísio Teixeira, em MarabáHaroldo Bezerra era prefeito recém-eleito e com boa popularidade. Nagib Mutran era ex-prefeito, cassado por suposta corrupção, tinha perdido a eleição para seu arquirrival (o próprio Haroldo), estava com popularidade em baixa e bastante desgastado. Os dois sequer se falavam e se consideravam inimigos.
No ato de inauguração da Escola, ao lado de Haroldo, o então governador Jader Barbalho chamou entre os presentes o ex-prefeito Nagib Mutran e surpreendeu a todos, fazendo com que Haroldo segurasse uma das pontas da faixa de inauguração e Nagib a outra. Os três descerraram a placa. Jader Barbalho dera uma demonstração clara de apreço por seu correligionário, chegando às vias de humilhar politicamente o então prefeito Haroldo Bezerra. A lealdade tão decantada de Jader pelos seus amigos ficara demonstrada.


Jader Barbalho renuncia por 'situação extravagante' | Exame
Senador Jader Barbalho

Primeiro semestre de 2017, o então ministro da Integração Helder Barbalho fez uma grande reunião em Marabá para entregar caçambas e equipamentos para vários municípios. O prefeito Tião Miranda sequer se deu ao trabalho de prestigiar o governador. Mandou para o ato político seu chefe de Gabinete.
No auditório, o ex-prefeito João Salame se encontrava para prestigiar o evento. Salame tinha saído desgastado da prefeitura, mas em 2014 comandou um enorme grupo que concedeu a Hélder cerca de 74% dos votos para governador no primeiro e segundo turno. Hélder não apenas não convidou o ex-prefeito para participar da mesa de solenidade, como sequer citou seu nome. Era como se fosse uma ‘laranja já espremida’.


Ex-prefeito de Marabá, João Salame tem bens bloqueados pela ...
João Salame, ex-prefeito de Marabá

No ano de 2016, o ex-vereador de Xinguara, Edmar Brito, jaderista convicto, decidiu ir ao estado do Mato Grosso visitar sua mãe. Ao chegar à cidade de Barra do Garças, ele foi acometido de uma forte crise de saúde. Ao saber do fato, o senador Jader Barbalho entrou em contato com a família e se colocou à disposição para enviar um avião para deslocar Edmar para Belém. Chegando a Marabá, Edmar teve avião à sua disposição. Em Belém, um apartamento o esperava no Hospital Beneficência Portuguesa. Todas as despesas médicas, de transporte e hotel para Edmar e a família foram garantidas. No dia da operação, Jader fez questão de ir ao hospital visitar o amigo.  Hoje curado, Edmar permanece um jaderista radical, sem nada pedir.
Em ano de coronavírus, Nagib Mutran, Asdrúbal Bentes e João Salame foram infectados pela doença. Até onde se sabe, o governador não agiu da mesma forma. No caso de Salame, desempregado, sem plano de saúde, enfrentando dificuldades financeiras e numa espécie de auto-exílio em Brasília, teve que ficar 24 horas numa cadeira de um hospital público até que amigos de época de Ministério da Saúde o ajudassem a conseguir um leito. Não houve nenhum telefonema vindo do mais famoso Palácio de Belém. Nenhum apoio financeiro. João Salame não recebeu nenhum apoio vindo de Helder Barbalho.


MARABÁ: Nagib Mutran Neto morre – Folha do Bico
Nagib Mutran, ex-prefeito de marabá

Poderíamos citar dezenas de outros casos, mas esses explicitam de forma contundente porque Jader Barbalho é amado e seu filho não desperta essa mesma paixão entre seus aliados. A postura do governador passa a nítida sensação de que os tem como apoiadores de seu projeto pessoal de poder, mas não como parceiros. Se tiverem força eleitoral servem. Se tiverem desgastes são descartados.
Em Marabá, Helder, jogou seus aliados na toca do leão. Entregou-os a própria sorte. Priorizou a aproximação com o prefeito Tião Miranda, porque este está com boa popularidade, às custas de abandonar seus aliados de primeira hora. Mesmo sendo constantemente esnobado por Miranda, Helder parece não desistir do apoio político do atual prefeito de Marabá.


Ex-deputado federal Asdrubal Mendes Bentes morre devido à covid
Ex-deputado federal, Asdrubal Bentes

O grupo de João Salame, ainda é forte, apesar de não ter hoje nenhum poder e dos desgastes que acumulou, muito pelo fato de ser uma liderança que prestou muitos serviços, sabe agregar e tratar bem seus aliados, porém continua totalmente isolado.
Manoel Veloso, que poderia ser uma alternativa de enfrentamento a Tião Miranda, também não recebeu nenhum apoio significativo. João Chamon, que tinha como certo que seria secretário de governo do estado do Pará, foi relegado a um cargo de pouca expressão e nenhum orçamento. O filho, “Chamonzinho”, que sonhava ser presidente da Assembleia Legislativa do Pará (Alepa), sequer na Mesa Diretora ficou.


ENTREVISTA EXCLUSIVA: Tião Miranda, prefeito de Marabá - ZÉ DUDU
Tião Miranda, prefeito de Marabá

O deputado Tony Cunha, que muito bateu em Helder e Jader na campanha para governador em 2018, agora com mandato, ainda conseguiu impor sua vontade para assegurar algumas sinecuras na máquina estatal em Marabá. Helder mais uma vez acenou a quem tem mandato. No entanto, aspirando a ser candidato a prefeito em Marabá e sem que no horizonte o apoio de Helder fique claro para essa pretensão, Tony é mais um provável adversário que as urnas de 2020 vão produzir para o governador.
Esse cenário mostrou o equívoco da estratégia do governador quando não conseguiu atrair Tião Miranda para o MDB. Sequer arrancou o compromisso do prefeito de que o MDB poderia lhe indicar o vice. Ciente da política de enfraquecimento que Helder adota em relação aos seus aliados, Miranda, como bom enxadrista, age de forma fria e se fortalece sem nada ceder. Ao contrário, agora o governo acena com 30 km de asfalto para o prefeito, às vésperas de uma campanha eleitoral, fragilizando ainda mais seus antigos aliados.


Deputado protesta contra uso de recursos federais do Pará em ...
Deputado Tony Cunha

Ao encerrar do prazo de filiação partidária, visando a disputa das eleições deste ano, Helder viu que sua estratégia em Marabá estava ‘vazando água’. Nem chapa de vereador seu MDB estava conseguindo montar. Destacou seu secretário de Transportes, Antonio Pádua, para a missão, turbinado com muitas promessas de empregos e ajuda financeira. Recorreram até ao ex-prefeito João Salame, a quem nunca ‘deram moral’, para a tarefa de construir a chapa do MDB.
Depois de muita conversa e promessas ainda maiores o objetivo foi atingido. No entanto, ao bom estilo Helder, agora os aliados de novo se sentem frustrados. Muitos já reclamam das promessas não cumpridas. O próprio Antonio Pádua se queixa, entre quatro paredes, que Hélder já não é mais o mesmo da época do Ministério da Integração Nacional. Já não lhe prestigia como antes, daí a dificuldade de honrar os compromissos. João Salame ajudou a montar a chapa no MDB, foi usado mais uma vez, todavia foi ‘esquecido de novo’ pelo governador.


COISAS DA POLÍTICA: Haroldo Bezerra nega que tenha sido convidado ...
Haroldo Bezerra, ex-prefeito de Marabá

Esse modo peculiar de fazer política de Helder Barbalho poderá produzir uma cena inimaginável em 2022, pois se depender do atual cenário político, Tião Miranda, Manoel Veloso, Tony Cunha e João Salame podem figurar em qualquer polo político onde Helder não esteja. Tião porque nunca engoliu e não engole os ‘barbalhos’. Os demais por serem menosprezados.
Essa semana, Helder revelou mais uma vez seu modus operandi. Nem o tio resistiu à sua determinação em ‘se livrar dos anéis para garantir os dedos’. Diretor do Detran, envolvido em boatos sobre supostas irregularidades, Joércio Barbalho foi exonerado. Claro, ganhou uma assessoria de menor importância, afinal de contas é tio, mas não há sentimentos maiores. Não há lealdade. Ninguém se sustenta, se atrapalhar o mínimo que seja os desejos imperiais do governador.


Prefeito Darci assina decreto de Estado de Calamidade Pública em ...
Darci Lermen, prefeito de Parauapebas

Essa situação está se reproduzindo em muitos municípios. Nenhum aliado tem a segurança do apoio de Hélder. Em Santarém, o aliado de primeira hora e prefeito, Nélio Aguiar, vê crescer a candidatura da ex-prefeita Maria do Carmo. Como Helder tem uma aliança com o PT no plano estadual, o entorno do prefeito já está com a ‘pulga atrás da orelha’. Em Redenção, o aliado de primeira hora Carlos Iavé, prefeito do município, vê a cúpula estadual do partido atuar contra o seu candidato no MDB para sua sucessão. Em Parauapebas, o prefeito Darci Lermen, um dos carros chefes da campanha de Hélder em 2018, vê parte do governo flertando com seu adversário, o ex-prefeito Walmir da Integral, sem que Helder se manifeste claramente sobre qual é sua opção.
Essa é a diferença entre o Jader amado e o Helder tolerado às custas de cargos e sinecuras. Muitos que eram do governo passado estão adorando essa estratégia, continuam se alimentando do que a bajulação possibilita, apesar de não entregarem a lealdade que os Edmar Britos, João Salames, Nagibs Mutran, Darcis e Nélios devotavam a custo quase zero. Se a estratégia vai dar certo só o tempo dirá, mas como diriam nossos nativos mais antigos: “tem fogo ardendo debaixo do munturo”.


Santarém Surreal: Nélio Aguiar é o pior prefeito de Santarém
Nélio Aguiar, prefeito de Santarém

terça-feira, julho 07, 2020

Por onde anda Simone Morgado?



Por Diógenes Brandão

Nas eleições de 2018, a ex-deputada Simone Morgado obteve 57.640 votos, mas não conseguiu renovar o mandato para a Câmara Federal.

A ex-madrasta de Helder Barbalho foi nomeada pelo governador para a Diretoria de Administração da SEFA - Secretaria da Fazenda do Estado do Pará, em Maio de 2019. A ex-parlamentar é funcionária de carreira do órgão, concursada há mais de duas décadas para o cargo de auditora fiscal.

Ex-esposa do senador Jader Barbalho, Simone ganhou grande destaque em seu mandato parlamentar entre os anos de 2007 a 2010, período em que assumiu a importante Comissão de Finanças da ALEPA, onde foi peça fundamental no desgaste do governo de Ana Júlia (PT). Na época, o plano do MDB, partido da deputada, era aniquilar o PT e o PSDB, abrindo caminho para a candidatura de Helder Barbalho, que acabou sendo derrotado em 2014 pelo então reeleito governador Simão Jatene

Em Março de 2017, uma matéria da revista Época, trazia a seguinte informação:




A Polícia Federal esteve no gabinete de Simone Morgado, que só se elegeu por ter tido apoio do cacique peemedebista.

Bastou a Polícia Federal cumprir diligências no gabinete e na residência da deputada federal Simone Morgado (PMDB-PA), em Brasília, na manhã desta quinta-feira (23), para que o senador Jader Barbalho, também do PMDB paraense, espalhasse a informação de que nada fará para ajudar a parlamentar. O cacique do PMDB tem dito que ele e Simone estão separados desde o fim do ano passado. 

A assessora de Simone que está sendo investigada, Soane de Moura, é suspeita, de acordo com investigação da PF, de cometer fraudes na Superintendência de Pesca no Pará (do antigo Ministério da Pesca) e de ter provocado prejuízo milionário aos cofres públicos. Soane foi nomeada, após trabalhar em Belém, no gabinete da parlamentar em Brasília. A PF descobriu que Soane adota como endereço na capital federal o apartamento de Simone Morgado.

quarta-feira, janeiro 15, 2020

Grupo Liberal está prestes a deixar cargos do governo Helder


Por Diógenes Brandão

Quem não lembra do tempo em que as duas famílias que controlam os maiores veículos de imprensa no Pará disputavam a narrativa dos fatos políticos no estado com unhas e dentes?

Naquele tempo, que nem faz tanto tempo assim, a população acabava descobrindo os podres da política paraense, pelas famílias Barbalho e Maiorana, que através de seus jornais, emissoras de rádio e tv, além dos portais de notícias, denunciavam os seus podres e de seus aliados. 

No entanto, após ser derrotada por Simão Jatene, nas eleições de 2014, a família Barbalho destacou Helder para o ministério de Dilma, depois para o governo tampão de Michel Temer, onde o herdeiro de Jader Barbalho conseguiu negociar volumosos recursos financeiros para as empresas de comunicação das famílias Maiorana e Barbalho, sendo as suas (RBA e Diário) as mais beneficiadas com verbas publicitárias federais, na mídia paraense.

Para obter tais recursos, o manda-chuva do grupo OLiberal precisou ser afastado do comando das ORMs e assim foi feito. Seus irmãos criaram o clima e despacharam Rômulo Maiorana Jr do comando das empresas. Ele saiu com parte do patrimônio e montou o portal Roma News.

A partir disso, a família Barbalho passou a contar com a ajuda e o silêncio da família Maiorana, que passou de adversária, a suporte dos interesses do candidato e depois governador Helder Barbalho

Páginas inteiras com peças publicitárias e matérias jornalísticas favoráveis aos Barbalho, eram diariamente veiculadas nos veículos do grupo Liberal. No entanto, a parcela da verba destinada para para o grupo Liberal, que tem mais audiência e força no mercado publicitário, começou a incomodar.

Mesmo tendo recebido a Organização Pará 2000 - Organização Social responsável pela administração do Hangar, Estação das Docas, Mangal das Garças, Arena multiuso Guilherme Paraense - Mangueirinho, Carajás - Centro de Convenções e o Parque Estadual do Utinga - PEU - como sua parte no governo Helder Barbalho, a família Maiorana não se sentiu contemplada com a divisão dos 40 milhões que o governo gastou com propaganda em 2019, sendo que a maior parte desses recursos foram para as empresas do governador e seus parentes.

Diante disso e sem perspectivas de mudanças nessa distribuição do bolo milionário, que passou de 30 para 40 milhões em 2019, as ORMs ameaçam entregar os cargos que possuem no governo Helder e voltar ao bom e velho jornalismo. 

Ou seja, deixar de passar a mão na cabeça do governo do estado, como vinham fazendo e passar a mostrar as mazelas, irregularidades e demais envolvimento de membros do governo com o crime organizado e o desvio de recursos públicos, como ao que o vice-governador é acusado e o governador Helder Barbalho é citado e já foi intimado a responder no âmbito das investigações da Polícia Federal.

A seguir, cenas dos próximos capítulos..

terça-feira, novembro 05, 2019

Assista: Helder e Jader em cadeia nacional

Helder e Jader são intimados a depor na PF. Ação do MP é pelo pedido de propina para as eleições de 2018.

Por Diógenes Brandão

Matéria do Jornal Hoje, desta terça-feira, 5, revelou que o governador Helder Barbalho e seu pai, o senador Jader Barbalho foram intimados a depor na sede da Polícia Federal, em Brasília, no âmbito a investigações da Polícia Federal, solicitadas pelo Ministério Público Federal que pediu autorização do Supremo Tribunal Federal (STF) e acusa pai e filho de terem recebido propina da J&F para a campanha eleitoral de 2014, conforme delataram executivos da empresa.

Além dos Barbalho, a Polícia Federal visitou outros políticos do MDB, entre eles os senadores Renan Calheiros (AL) e Eduardo Braga (AM), além do ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Vital do Rêgo. 

Assista: 



A matéria do Jornal Hoje exibida no dia 5 de novembro de 2019, revela a intimação do governador Helder Barbalho e do seu pai, o senador Jader Barbalho. Embora não esteja dito pela reportagem da Globo, outros veículos de comunicação noticiaram o fato dos agentes da PF terem levado as intimações tanto nas residências dos dois, quanto na sede do governo e na RBA, empresa da família Barbalho.



sexta-feira, outubro 25, 2019

O pacote de maldades de Helder Barbalho contra os servidores públicos do Pará

Helder baixa decreto de austeridade fiscal para os servidores públicos, mas mantém regalias e aumenta verbas para si, os seus aliados e as empresas da sua família.


Por Diógenes Brandão

Nos 13 anos em que este blog pratica o jornalismo, na sua mais árdua tarefa de informar a sociedade sobre o que se passa no campo político, envolvendo notícias que quase nunca são divulgadas sobre partidos, gestores, parlamentares e demais elementos deste metiê, chegamos em 2019 como um dos mais acessados no Pará, sobretudo na região metropolitana, com nome e sobrenome e sem nunca ter tido sequer uma condenação em processos judiciais, apesar de contrariar interesses políticos de muitos poderosos que usam deste instrumento legal para tentar silenciar aqueles que ousam denunciá-los ou revelar seus esquemas e negociatas.  

Ao apontar erros e mentiras dos governos estadual e federal e também das prefeituras de todo o Pará - até porque para falar bem, eles têm a área do marketing e da propaganda, muito bem estruturada com verba pública - cumprimos nosso papel de contribuir com o controle social e de fiscalização garantido pela Constituição Federal.

É notório que tanto o presidente, quanto governadores e todos os prefeitos, estão sujeitos à fiscalização da imprensa, que é uma tribuna livre da população, afinal, jornalismo é oposição, todo o resto é armazém de secos e molhados, como disse o grande Millôr Fernandes.


Tendo como ponto de partida que nosso compromisso é com a verdade dos fatos, praticando jornalismo investigativo, muitas vezes somos acusados de servir a alguém, de ser pago para revelar esquemas, ou cobrar promessas feitas em campanhas eleitorais, já que para revelar algo, prejulga-se que existem sempre uma oposição interessada nos efeitos da divulgação do que estava oculto.

É óbvio que esse tipo de acusação se escora em exemplos de maus profissionais da comunicação, empresários sem escrúpulos, jornalistas sem caráter e independência ç, entre outros que se aventuram em atividades espúrias neste segmento.

Mas temos nesses anos os depoimentos e comentários de milhares de leitores e colaboradores deste blog, que nos dão a plena convicção de que adotamos o compromisso com a transparência dos atos de governos e seus asseclas, respaldados pelo interesse popular e estamos respaldados por leis vigentes no país, pois as revelações da imprensa livre vem colocando muitos corruptos na cadeia, ainda que não seja suficiente atingir apenas a classe política, já que, por exemplo, corruptos que habitam o poder judiciário dificilmente tem o mesmo julgamento e condenação que os têm os políticos e empresários que se locupletam no poder.

Diferente da maioria dos veículos de comunicação em nosso estado, que mantêm suas pesadas estruturas funcionando, gerando lucros e vida luxuosa e confortável aos seus proprietários, obviamente dificilmente noticiam esses erros e falácias dos governantes, fechando um ciclo perigoso de erros e acobertamentos, por conta dos gordos contratos de publicidade com o governo.

Onde está a crítica jornalística séria e apimentada, que um dia caracterizou o jornalismo paraense? Poucos são aqueles jornalistas que são vistos exercendo sua missão profissional desde Janeiro.

Recentemente, desmascaramos uma farsa em forma de promessa do governador Helder Barbalho, que no começo de seu governo jurava que estava 2.500 assessores para gerar uma economia de 52 milhões de reais e provamos que tudo não passou de um jogo de cena de início de governo, em busca de vender a imagem de que faria um governo de austeridade. 

Pura mentira! Dois meses depois ele já havia recontratado mais de 4.000 novos temporários, sem contar com os que entram na máquina pública através dos PSSs, ao invés dos concursos públicos. Para poder afirmar isso, este blog em parceira com dois jornalistas realiza um exaustivo levantamento destas nomeações através do monitoramento do Diário Oficial do Estado.

Hoje vamos analisar mais um desses espetáculos de marketing que o governador Helder Barbalho protagoniza. 

Ele baixou o decreto 367 em 23 de outubro, quarta-feira passada, publicado no dia 24, no Diário Oficial do Estado. Com toda pompa e sisudez aparente, ele diz que serão adotadas medidas de austeridade para o “reequilíbrio fiscal e financeiro no âmbito dos órgãos e entidades da administração” estadual.

Entre essas medidas, diz que estarão suspensos novos contratos, obras, concursos públicos, locação de veículos, contratação de buffet. 

Quem está habituado a ler nas entrelinhas as leis brasileiras, entende rapidamente o que é que realmente está por trás desta iniciativa, ou melhor, escondido no meio. 

O verdadeiro objetivo são medidas de arrocho contra o funcionalismo, que ele não teria coragem de editar com esta única finalidade. Na tentativa de evitar que os servidores se rebelem, ele embute este arrocho num decreto aparentemente austero.

Hoje em dia não cola mais aquele discurso de que a remuneração do funcionalismo é um ônus pesado demais para o governo. A sociedade sabe que a verdadeira força de qualquer gestão governamental são as pessoas que carregam nas costas os deveres constitucionais que o Estado precisa cumprir.

Isso sem falar que Helder Barbalho já deu diversas declarações de que é favorável e até pediu em carta assinada com outros governadores, que o presidente Jair Bolsonaro incluísse os servidores públicos estaduais e municipais na proposta de Reforma da Previdência enviada para o Congresso pelo governo federal.

Logo ele que nunca teve a carteira de trabalho assinada. Nunca teve outra profissão a não ser a de político, eleito com a ajuda de seu pai e com muito dinheiro das empresas da sua família, construídas com o tráfico de influência e dinheiro sabe-se lá de onde, haja visto que o patrimônio dos Barbalho é incompatível com os salários que a família ganha nos cargos públicos que se repetem por cinco décadas no poder.

Vejamos o que diz o terceiro item do artigo 2o. do Decreto 367, sobre as práticas suspensas pelo governador:

III - a contratação de serviços de bufê, locação de espaço, iluminação, sonorização, equipamentos de palcos e palanques e demais despesas afins.

Ou seja, eventos de natureza esportiva e cultural não podem ter palanques e palcos, mas o governador pode, demonstrando que para o atual governo é muito mais importante marketing governamental do que a cultura popular paraense.

Logo em seguida, os itens IV e V e o artigo 4o. revelam o verdadeiro foco do governador, no seu rol de proibições:

IV - a concessão de horas extras aos servidores públicos estaduais (...)

V - a reestruturação ou qualquer revisão dos planos de cargos e empregos  públicos e salários dos servidores (...)

Art. 4º A licença para tratar de interesse particular somente poderá ser autorizada em situações que não gerem a necessidade de substituição do servidor (...)

Não dá pra acreditar que justamente este governo vai suspender contratos, licitações, obras, locações, porém é óbvio que no que se refere ao arrocho contra servidores, vai rolar.

E assim, entre uma pirotecnia e outra, o Pará vai se distraindo e esquecendo de cobrar resultados dos seus governantes, contentando-se com o que lê e ouve na grande mídia.

Como disse Chico Buarque: "Dormia, a nossa pátria-mãe tão distraída, sem perceber que era subtraída em tenebrosas transações".

sexta-feira, agosto 30, 2019

Dos negócios para a Política: Jader Filho comandará o MDB no Pará e leva "deputada do Wlad"

Jader Filho assume a presidência do MDB e mantém o controle do partido pela família Barbalho.

Por Diógenes Brandão

O MDB foi um dos principais partidos responsáveis pela Constituinte de 1988 e pela redemocratização do Brasil, coordenando a campanha pelas eleições Diretas. 

De lá prá cá, Sarney foi o último e único presidente eleito pelo partido, que sempre teve uma das maiores bancadas no Congresso Nacional e fez parte, sendo o principal partido, da base aliada dos governos dos ex-presidentes Itamar, Collor, FHC, Lula e Dilma.

Sob o comando de Eduardo Cunha, Michel Temer e Romero Jucá, o partido retornou à presidência do país, depois daquilo que os partidos de esquerda chamam de golpe e que resultou no impeachment de Dilma Rousseff, em 2016. 

Convém dizer que o partido encolheu muito depois da operação Lava Jato. 


Encolheu bastante, mas no Pará é onde o partido está mais forte e onde as empresas de comunicação da família Barbalho, que controla o MDB com mãos de ferro e depois de anos em guerra com o PSDB, hoje o partido tem os tucanos como aliados.

Além do PSDB, os Barbalhos guerreavam contra seu principal concorrente no mercado da comunicação do Pará: As ORM. Hoje os Barbalhos compram a lealdade dos veículos de comunicação dos Maioranas.

Amanhã, o partido realiza sua convenção estadual e conclamará o que foi decidido na mesa de jantar da família Barbalho: A presidência do partido fica com o empresário Jader Filho, primogênito do senador Jader Barbalho e irmão do governador Helder Barbalho.  O primo de Jader, deputado estadual José Priante, assume a vice-presidência.

Jader Filho sempre agiu nos bastidores e nunca mostrou a cara na política. Nunca de forma explícita, mas uma fonte que conhece de perto a família, diz que desde a campanha que elegeu Helder Barbalho, "Jader Filho age de forma contundente no governo do irmão, indicando pessoas para órgãos, secretarias e decidindo quem recebe e quanto recebe de verbas publicitárias e diversos contratos", revelou a pessoa que pediu para não ter seu nome divulgado.

Além do ex-tucano, o deputado estadual Dr. Daniel, a deputada estadual Renilce Nicodemos, eleita pelo ex-partido do ex-deputado federal Wladimir Costa também assinará a ficha de filiação ao MDB. 




O jornal O Globo noticiou o imbróglio, entre Wlad e Jader Filho. Em um trecho da matéria Deputado é denunciado por filho de Jader Barbalho após ofensa: 'Mais feio que a fome', podemos ler: 

O parlamentar disse que o administrador Jader Barbalho Filho, filho do senador do PMDB, é "feio pra caramba" e que "pegou o chifre de uma amiga". O parlamentar diz ainda que a família Barbalho simboliza a maior organização criminosa do país, e que é sinônimo de roubo. Por conta disso, o empresário apresentou uma queixa-crime ao Supremo Tribunal Federal (STF) em que pede a condenação de Costa por injúria, calúnia e difamação.   "A família Barbalho no estado do Pará incluindo Elcione Barbalho, Helder Barbalho, Jader Barbalho (vulgo Barbalhão), e Jader Barbalho Filho, eu falo pra eles que eles simbolizam a maior organização criminosa do país. Barbalho, hoje, senhoras e senhores, todos sabem, é sinônimo de quê? É sinônimo de roubo. Barbalho é sinônimo de enriquecimento ilícito, de assalto. Barbalho é sinônimo de safadeza. Barbalho não é sobrenome. Barbalho é pornografia. Se você chamar: Lá vai um Barbalho ali. Quê que as pessoas imaginam? Lá vai um ladrão. Lá vai um vagabundo, safado. Lá vai um aproveitador do bom senso alheio", diz em entrevista à rádio Jovem FM, do Pará.

"O Jader Filho, o Jader Barbalho Filho, feio pra caramba, isso pegou um chifre de uma amiga minha, que ele tá doido até hoje. Tá doido até hoje. A esposa... Eu nem sei o que ela achou em ti, porque tu é muito feio, Jader Filho. Vou te falar! Tu é uma mistura do “fantasminha diabólico”, tu é um cara horroroso. Tu és mais feio do que fome, seu desgraçado. Mas a primeira lá, a de Brasília, tu sabe, a de Brasília, te meteu um chifre. Não tenho medo de ti, não. Viu, seu vagabundo? Nem de ti e nem de nenhum dos Barbalhos", disse Wladimir, em um dos trechos da entrevista reproduzida por Barbalho na petição.

terça-feira, agosto 27, 2019

Barões da mídia no Pará se unem para abafar espancamento de Rosana Maiorana

Helder Barbalho e Ronaldo Maiorana compraram a imprensa, diz Rosana Maiorana, vítima de espancamento pelo próprio irmão. 

Por Diógenes Brandão

Uma notícia veiculada neste domingo, 25, pelo portal Pará Web News, trouxe informações sobre mais um grave caso de violência e ameaça de morte contra uma mulher, mas apesar da gravidade, caso não ganhou repercussão nos demais veículos de comunicação do estado do Pará e muito menos do restante do país.

Em busca de entender melhor o que aconteceu, após um dia inteiro de silêncio da mídia local, o blog AS FALAS DA PÓLIS saiu em campo e acabou conversando com a própria vítima, Rosana Maiorana, uma senhora de 63 anos, recém operada de um câncer de mama e que possui entre outras doenças, diabetes e osteoporose.  

Abalada pela surra que levou e indignada por tudo que passou depois, ainda na noite desta segunda-feira, 26, a vítima relatou detalhes cabulosos e extremamente graves, tanto sobre a agressão, quanto da trama posteriormente articulada pelo irmão, com diversos atores 
da elite paraense, que acabaram tornando-se cúmplices do crime cometido e de uma sinistra operação para abafá-lo.

Entre os  fatos surpreendentes, os quais ainda não haviam vindo à tona, o espancamento sofrido por Rosana Maiorana teve de tudo um pouco: chutes, socos, empurrões, ameaças de morte, negligência policial, ocultação de provas, acordo entre políticos poderosos e donos de veículos de imprensa, entre outras atividades no mínimo estranhas, para não apresentar juízo de valor.

Como já foi dito, mas cabe reafirmar, mesmo noticiado por um portal de notícias recém-lançado, o caso foi omitido e evitado pelos demais veículos de imprensa e só não acabou em uma tragédia fatal, porque um amigo do agressor, Ronaldo Maiorana, estava presente no momento do crime e se meteu na frente da vítima, quando ela recebia vários golpes e por isso acabou recebendo muitos socos e chutes, daquele que totalmente transtornado, batia na irmã e dizia que iria matá-la. 







Como se já não fosse trágico, tudo isso aconteceu na casa e na frente da matriarca da família, Lucidéa Batista Maiorana, que viúva e no auge dos seus 83 anos, teve que assistir a cena brutal, ao lado da esposa do agressor, uma neta da vítima e empregados da família.



Em um áudio gravado pela própria vítima da agressão, ela relata que se o irmão fosse pobre, ele já estaria preso.



A vítima deu entrada em um pedido de medida protetiva, na manhã desta segunda-feira, 26, e logo depois que voltou à delegacia da Mulher, onde no domingo, o dia da agressão, não conseguiu prestar queixa, pois a delegada de plantão (Pasmem!) recomendou que ela fosse pra casa e aguardasse uma ligação.

Aterrorizada com a violência sofrida e pela falta de atendimento policial, ela não teve outra opção e acabou seguindo a "orientação" da delegada. 

Ao retornar à delegacia especializada no atendimento à mulher, ela finalmente conseguiu fazer o Boletim de Ocorrência, mas o setor onde deveria ser feito o exame de corpo de delito - na própria delegacia - estava fechado (Pasmem!, outra vez). 




Assim, ela procurou o Instituto Médico Legal (IML), do Centro de Perícias Científicas “Renato Chaves”, onde conseguiu  realizar o exame. Lá, uma equipe de jornalismo da TV Record Belém havia marcado para realizar uma entrevista pré-agendada e quase não consegue, pois funcionários do órgão disseram aos jornalistas que ela não estava lá. 





Quando a equipe ligou para a vítima, a mesma saiu do IML e concedeu a entrevista, mas curiosamente a matéria não foi veiculada em nenhum telejornal da emissora, controlada pela Igreja Universal, que no Pará elegeu dois deputados, um federal, Vavá Martins e o deputado estadual Fábio Freitas, ambos dirigentes do PRB, partido que faz parte da base de apoio do governador Helder Barbalho.




Segundo a vítima das agressões, a imprensa paraense não noticiou o que o irmão fez com ela, por ele ser o presidente do maior veículo de comunicação do estado e estar alinhado com o governador, que por sua vez é sócio e herdeiro da segunda maior empresa de comunicação do Pará, a RBA - Rede Brasil Amazônia de Comunicação, a qual assim como as ORM - Organizações Rômulo Maiorana, possui outro conglomerado de mídia
: o jornal Diário do Pará, a TV RBA (Afiliada Band) e diversas rádios espalhas pelos municípios do estado, além do portal Diário Online, o qual o governador é sócio do irmão, o empresário Jader Filho, administrador de todas as empresas da família Barbalho.

Leia também: Sob nova administração, ORM divulga obra do governo federal e exalta Helder Barbalho

As duas famílias, Maiorana e Barbalho, travaram uma guerra política e empresarial durante décadas, mas depois do afastamento de Rômulo Maiorana Jr. do controle das empresas da família, o então ministro da Integração Nacional, no governo Dilma Rousseff, Helder Barbalho, passou a direcionar verbas publicitárias federais para as empresas do grupo Maiorana, o que também foi feito após ser eleito em 2018 e tomar posse como governador do Pará, em Janeiro deste ano. 


Em 2018, o filho de Rômulo Maiorana atropelou e matou duas pessoas, depois de sair de uma festa privada e perder o controle do carro de luxo que dirigir, em alta velocidade. Testemunhas que viram o crime, relataram que ele estava embriagado e não prestou ajuda às vítimas. 
Leia em: A embriaguês, as mortes no trânsito e o pacto de silêncio das elites no Pará

ORM: UM IMPÉRIO FAMILIAR CHEIO DE CONFLITOS PELA HERANÇA


Ronaldo Maiorana assumiu a presidência das ORM e passou a controlar a Tv Liberal, afiliada Rede Globo no Pará, os jornais OLiberal e Amazônia Jornal, o portal ORM notícias, além da Rádio Liberal e demais repetidoras nos quatro cantos do estado. 

Segundo Rosana Maiorana, desde Outubro de 2017, quando se uniu às irmãs Rosângela (Vice-presidente), Ângela, Roberta e Rosimere, para juntos afastarem Rômulo Maiorana Jrda presidência das empresada família, Ronaldo, o irmão mais novo tornou-se presidente das empresas e não soube lidar com o poder, achando que está acima de tudo e de todos. 

De lá para cá, outras brigas e confusões entre os herdeiros já ocorreram, tornando a vida da família, em uma verdadeira guerra.

Leia também: Família Maiorana: Um caso de polícia


Após ser afastado, Rômulo Maiorana Jr. ficou com parte do espólio da família, ou seja, a antiga ORM Cabo (hoje Roma Cabo), a Lib Music (hoje a FM O Dia 90.5) e montou o Portal Roma News, nome da incorporadora que o mesmo também criou, além de um hotel construído na Avenida Brás de Aguiar, considerado um dos mais luxuosos de Belém.

Rosana Maiorana é a única filha que não faz parte da diretoria das empresas deixadas pelo pai, que fundou a organização que até hoje leva o seu nome. Ela nos revelou que há 10 anos vendeu sua parte na herança e passou a morar no estado do Rio de Janeiro. Em visita ao Pará, foi visitar a mãe e encontrou o irmão na casa dela. 




Uma discussão por causa de um veículo, resultou nas agressões por parte do irmão, que procurou o site Pará Web News e enviou uma nota com a sua versão dos fatos. 


Veja a nota: 


O empresário Ronaldo Maiorana classifica como oportunista e chantagista a atitude da irmã, Rosana Maiorana. Oportunista por premeditar e provocar um debate familiar seguido de agressões verbais e físicas contra Ronaldo.  


É chantagista por produzir falsas declarações à autoridade policial com o intuito de ter atendidas exigências financeiras injustificáveis. A família não pretende ceder e Ronaldo vai à Justiça para restabelecer a verdade.


REINCIDENTE 

Ronaldo Maiorana não é réu primário. Mesmo tendo se formado em Direito, ele agrediu o jornalista Lúcio Flávio Pinto, por uma publicação deste que acusava o grupo de comunicação da família Maiorana de ser uma quitanda, em alusão à opinião do jornal "OLiberal" ser facilmente comprada com dinheiro de empresas e políticos influentes e capitalizados. Leia mais em Lúcio Flávio Pinto: O fim da Amazônia.

E A LEI VIROU POTOCA?

Neste mês de agosto, a Lei Maria da Penha completa 13 anos, mas embora tenha trazido muitos avanços, a violência contra a mulher em detrimento do gênero cresceu em todo o país. 

Nestes últimos três anos, 12 mil mulheres morreram vítimas de feminicídio e quase 900 mil pediram medida protetiva em todo o Brasil. Antes da lei, o tema era tratado como "crime de menor potencial ofensivo", sob a lei 9.099 de 1995, segundo a qual, por exemplo, a própria mulher deveria se encarregar de levar ao seu agressor a intimação para que ele comparecesse à delegacia, e as penas acabavam reduzidas ao pagamento de cestas básicas.

O Monitor da Violência do portal G1 revelou que até março deste ano, o Pará era o 7º estado com mais mulheres vítimas de homicídios e o 8º em número de feminicídio, sendo registradas 19 mil ocorrências, um aumento de 14% em relação a 2017. Destes 19 mil, 14 mil relatos de agressão foram registrados apenas na região metropolitana de Belém. 

Mesmo contando com 17 delegacias especializadas, no Pará as vítimas ainda relatam a falta de acolhimento no momento das denúncias, o que colabora com os sub registros desse tipo de agressão.

Crise: Edmilson Rodrigues perde seu braço esquerdo no PSOL

Luiz Araújo deixou o PT para fundar o PSOL, onde viveu até então organizando a corrente interna "Primavera Socialista" e supostame...