
By J. Bosco
'Os políticos e as fraldas devem ser mudados freqüentemente - e pela mesma razão.'
"Ao tomar uma decisão de menor importância, eu descobri que é sempre vantajoso considerar todos os prós e contras. Em assuntos vitais, no entanto, tais como a escolha de um companheiro ou profissão, a decisão deve vir do inconsciente, de algum lugar dentro de nós. Nas decisões importantes da vida pessoal, devemos ser governados, penso eu, pelas profundas necessidades íntimas da nossa natureza."
Do Espaço Aberto
Surge um novo idioma: o “duciomarês”
"Eu já era isso, seja lá o que isso fosse, e com a ajuda dos livros descobri que isso era ser socialista."Jack London
O deputado deu carona ao vereador. E o deixou na avenida Governador José Malcher com a travessa 14 de Março. Um Siena parou em frente ao carro do deputado, que imaginou que seus ocupantes fossem entrar em um prédio que há naquela área. Só que, no momento em que o vereador saía do veículo, um homem desceu do Siena. De arma em punho, ele mandou que pegado entrasse novamente no automóvel. Dois homens e uma mulher entraram no carro de Jordy, ficando no banco de trás.
Um dos bandidos - todos eram jovens - colocou o revólver na cabeça de Jordy. Começou, aí, o drama dos dois políticos. 'Rodamos meia cidade', disse o deputado. O tempo todo ele pedia calma aos bandidos, bastante nervosos. Jordy dizia que ele e Daniel Pegado não estavam armados, não criariam problemas aos assaltantes e que eles puderiam levar os objetos de valor que estavam no carro e em poder das vítimas. Os bandidos estavam agressivos e ameaçadores. Eles, então, queriam que as vítimas fossem até um caixa eletrônico, para retirar dinheiro.
Eles foram ao Banpará da avenida Senador Lemos. Só que havia uma pessoa no caixa eletrônico e, receosos de que pudessem ser descobertos, os bandidos desistiram. O deputado Arnaldo Jordy disse que poderia conseguir R$ 300,00 com um amigo. Ele disse que ligaria para essa pessoa, a quem explicaria que precisava do dinheiro porque seu filho estava passando mal. O argumento convenceu os bandidos. Jordy ligou para o amigo, agiu conforme o combinado e pediu que ele deixasse o dinheiro na portaria do prédio em que mora, no bairro do Umarizal.
O parlamentar apanhou os R$ 300,00 e entregou aos assaltantes. Os bandidos, agora, queriam levar as duas vítimas para a ilha de Outeiro. Jordy, novamente, argumentou que eles já haviam conseguido o que pretendiam e que seria arriscado ir para Outeiro, pois, no percurso, poderia haver alguma barreira policial. As palavras do deputado convenceram os assaltantes, que os deixaram na avenida Almirante Barroso, próximo à travessa Mauriti. Eles fugiram a pé, levando, ainda, celulares, carteira porta-cédulas e paletós das vítimas.
VIATURA
O deputado disse que ele e Daniel Pegado foram até o prédio onde funcionava o Comando Geral da Polícia Militar, em cuja área fica o novo Erec, uma unidade da Fundação da Criança e do Adolescente do Pará (Funcap). Segundo Jordy, havia uma viatura e dois policiais militares no local. Ele explicou que tinha acabado de ser vítima de um seqüestro relâmpago. Mas, conforme o parlamentar, os policiais disseram que, cumprindo ordens superiores, não poderiam abandonar seus postos de trabalho. Jordy e Pegado registraram ocorrência na Seccional de São Brás. O deputado soube, naquela unidade, que o Siena em que os bandidos estavam era roubado.
Ou seja, eles já haviam dominado outras vítimas antes de abordar o deputado e o vereador, embora não soubessem tratar-se de políticos. Jordy comentou que a violência está presente em qualquer lugar da cidade e que qualquer cidadão está sujeito a viver o que ele e Daniel Pegado enfrentaram na madrugada de ontem. Mas disse ter estranhado a conduta dos dois policiais militares com os quais falou dois minutos depois de terem sido libertados pelos três assaltantes. Os três bandidos não foram presos.
"Ah, então manda uma mensagem telepática pra ele"
Tentanto inutilmente se limpar, a segunda peróla piorou ainda mais a situação do conterrâneo - e a mídia nacional e local que registrou gargalhando nem notaram - pois telapatia não era a palavra que caberia para se referir à comunicação com os mortos.
“Ao receber o telefonema, eu disse a ele [Duciomar] que a minha sorte e a dele era que estávamos falando por telefone. Porque se fosse pessoalmente, eu daria um tapa na cara dele.”
A proibição do nepotismo pode ganhar caráter constitucional. A Comissão de Constituição e Justiça do Senado aprovou, nesta quarta-feira (21/5), a Proposta de Emenda à Constituição 49/03, que veta o nepotismo. Se a PEC entrar em vigor, a autoridade pública que contratar parentes responderá por ato de improbidade administrativa.
O projeto segue agora para o plenário do Senado antes de ser enviado para a Câmara dos Deputados. Emendas constitucionais são promulgadas diretamente pelo Congresso — não precisam ser sancionadas pelo presidente da República. O nepotismo não tem no ordenamento jurídico uma norma que o proíba nos três poderes. O Conselho Nacional de Justiça editou uma resolução proibindo a prática no Judiciário.
Pelo projeto, membros do Legislativo, Executivo e Judiciário federal, estadual e municipal ficam proibidos de contratar parentes até terceiro grau para cargos de comissão ou confiança. Somente por concurso público é que parentes poderão trabalhar no mesmo lugar que a autoridade.
O senador Demóstenes Torres (DEM-GO) afirma que a proposta tem por objetivo colocar na lei maior aquilo que já é consagrado por vários tribunais, que emitem sentenças contra o nepotismo. Segundo Torres, a medida evitará também o nepotismo cruzado. Isso acontece quando as autoridades fazem um acordo para que seus parentes fiquem no gabinete do colega.
Já o senador Epitácio Cafeteira (PTB-MA) votou contra a proposta. Ele diz que não conhece alguma autoridade que não tenha se cercado de pessoas de confiança para cargos de comissão. “A não ser que o governante seja filho de chocadeira”, afirma Cafeteira. O senador Arthur Virgílio (AM) não se conteve: “já que estamos no terreiro da granja, não tenho notícia de que nenhum galo ou galinha tenha nomeado um parente para coisa nenhuma”.
O senador Wellington Salgado (PMDB-MG) observou que a medida pode prejudicar bons juízes, prefeitos, governadores e legisladores que têm ao seu lado assessores de confiança.
Revista Consultor Jurídico, 21 de maio de 2008.
Do Repórter 70 das ORM.
SEEL
Embates
Há um "Capitão Nascimento" e sua "Tropa de Elite" na Secretaria de Estado de Esporte Lazer (Seel), nesta era pós-Lúcia Penedo, ex-tucana expurgada na semana passada pela governadora Ana Júlia Carepa. Quem intitulou a si mesmo de "Capitão Nascimento" e disse que uma "Tropa de Elite" o acompanha foi o secretário-adjunto Otávio Carepa, irmão da governadora e personagem determinante para a troca de comando na Seel.
Luz
Otávio "Capitão Nascimento" Carepa e a ex-secretária se entestaram ontem, no "Bola na Área", o programa esportivo do jornalista José Maria Trindade que vai ao todos os domingos, das 12h às 15h, na Rádio Liberal AM. O radialista saiu à caça do adjunto e da ex-secretária e não apenas os encontrou, mas teve a sorte de encontrá-los dispostos a falar. E o que ambos falaram ajuda a lançar um pouco mais de luz sobre as razões que determinaram a saída de Lúcia Penedo da Seel.
Tucanos
"Capitão Carepa" abriu o bocão primeiro. Disse claramente que um dos fatores que precipitaram a queda de Lúcia Penedo foi o fato de a então secretária ter readmitido 21 servidores temporários. Ainda que não tenha dito explicitamente, o "Capitão Nascimento Carepa" foi muito claro ao mencionar outro fator de peso para a queda da secretária: o fato de Lúcia Penedo ter adotado um estilo tendente a deixar digitais tucanas em ações e procedimentos que deveriam ter a marca e o estilo de um governo petista como o de Ana Júlia Carepa, irmã do agora "Capitão" da Seel.
"Tropa"
Otávio "Nascimento" Carepa, o novo capitão da Seel, desconversou quando José Maria Trindade lhe perguntou se era verdade que ele, logo no início da gestão Penedo, disse a auxiliares, em reunião interna, que seu papel seria o de exercer, na condição de irmão da governadora, uma fiscalização severa que para que "ninguém roubasse". Otávio Carepa não confirmou tal versão, mas foi aí que aproveitou o gancho e informou que agora ele seria o "Capitão Nascimento" da secretaria e que agiria acompanhado de uma "Tropa de Elite".
TEMPORÁRIOS
Usurpação
Depois do "Capitão", foi a vez da ex-secretária abrir o verbo diante do gravador de José Maria Trindade. Ela admitiu claramente que tinha "divergências" com o irmão da governadora. Acusou-o de ter usurpado as funções de secretário-adjunto ao assinar "na calada da noite" - expressões de Lúcia Penedo - um ato afastando 21 temporários. A ex-secretária disse que ele, como adjunto, não poderia fazer isso, daí a decisão que ela tomou de readmitir todo mundo.
Gran Prix
Lúcia Penedo afirmou que, se fosse apenas pela vontade de Otávio Carepa, o Gran Prix de Atletismo, em sua sétima versão, não teria se realizado ontem, em Belém. O "Capitão", segundo confirmou a ex-secretária, não atribuía a menor importância à realização do Grande Prix como um projeto importante para promover Belém e o Pará.
Estilo
A ex-secretária, que foi adjunta de José Ângelo Miranda na Seel, durante o governo tucano de Simão Jatene, rebateu as insinuações de Otávio Carepa de que ela não teria adotado, à frente da secretaria, estilo compatível com o de um governo dito "popular", como o de Ana Júlia. "Sou povão, sempre trabalhei junto à comunidade", disse Lúcia Penedo, para mostrar que seu estilo não destoou daquele colocado em prática por um governo petista.
O blog recebeu o processo de número 0810605-68.2024.8.14.0000, que tramita no Tribunal de Justiça do Esado do Pará e se encontra em sigilo...