Por Alex Fiúza de Mello, em seu blog
Existe uma razão não revelada para a decisão previamente combinada (e calibrada) entre governadores e prefeitos no que concerne ao fechamento repentino e radical do comércio e das demais atividades produtivas, país afora (agora com respaldo do STF): aguardar a aprovação pelo Congresso Nacional (o que já ocorreu na Câmara dos Deputados) do PLP que obriga a União a repassar a estados e municípios, sem contrapartidas ou compensações, volume de recursos da ordem de quase 200 bilhões de reais, com a finalidade de restituir a perda de arrecadação de ICMS e ISS – decorrente, justo, do retraimento planejado dessas economias –, inviabilizando, ademais, o Governo Federal de dar seguimento à sua política de recuperação da recessão e de retomada do crescimento econômico – como já se fazia sentir no horizonte, antes da chegada da (“oportuna”) pandemia do Covid-19.
Esse “cheque em branco” – que libera, inclusive, os mandatários locais a proceder gastos sem licitação (sob o carimbo de “medida emergencial” justificada pelo álibi da pandemia) – é obra “mirabolante” forjada por dois dos principais conspiradores contra o atual ordenamento instituído por voto popular, ambos diretamente interessados no processo sucessório à Presidência da República: o Governador João Dória, de São Paulo, e o Presidente da Câmara Federal, Rodrigo Maia – hoje parceiros nos estratagemas voltados à inviabilização da governabilidade do Poder Executivo Central, com a finalidade de desestabilizar e colocar em xeque o Presidente da República e todo o seu Governo.
Os sócios desse “empreitada” são muitos – e de muitas “cores”. Envolve desde os tradicionais fomentadores (e beneficiários) do “Mensalão” e do “Petrolão” (inconformados com a perda dos usuais “privilégios”), até os máximos “guardiães” (em “última instância”) da cleptocracia descontente: “Suas “Excelências”, os “príncipes togados” do STF (ao menos em parte).
Trata-se, tal ocorrência, de grave oportunismo, de criminosa chantagem e de execrável banditismo, de vez que, porquanto aprovado o PLP nos termos pactuados, ocorrerá imediatamente, como num “passe de mágica”, uma liberalização geral da “quarentena econômica” – computando-se tal “vitória” ao Parlamento (e ao seu “Primeiro Ministro” Rodrigo Maia).
Sim, os verdadeiros bandidos – ou os “grandes ladrões”, na acepção do poeta Jorge de Lima –, estão, novamente, à solta, “auxiliados”, circunstancialmente, pelo “companheiro” coronavírus. Só não vê quem não quer – ou é idiota, ou cúmplice. O golpe, que atingirá toda a nação brasileira – que é quem vai pagar a conta (!) –, já está, sorrateiramente, em curso, agora em nível do Senado. O presidente da Casa, David Alcolumbre, mancomunado (na condição de “acólito”) com Rodrigo Maia, já escolheu “a dedo” a relatoria do Projeto – para não haver “retrocesso” no intento.
O “gato” acaba de “subir no telhado”!
Ou a população (como soberana ativa) reage, tempestivamente – e com a devida urgência –, obrigando os delinquentes da república a recuar de suas despudoradas pretensões, ou o país mergulhará, em definitivo, no caos, de desfecho absolutamente imprevisível – e assustador!
Alea jact est!
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