Em uma semana marcada pelo polêmico contrato de aproximadamente R$ 74 milhões entre o governo do Pará, por meio da Secretaria de Educação (SEDUC), e a microempresa Kaizen Comércio e Distribuição de Produtos Alimentícios, a pressão ficou nas redes sociais e em alguns portais independente.
Já a classe política paraense calada esteve e calada ficou mesmo com a repercussão do caso que levou o governo do estado a anular o contrato.
Chama atenção os políticos da esquerda paraense que parecem esquecer o tal “espírito” aguerrido. Ou será por conveniência?
O PT, por exemplo, tem cargos no governo Helder Barbalho e o partido deixou claro que apoia o governo ao votar a favor da reforma da previdência estadual no final de 2019, ignorando solenemente os sindicatos, estruturas que dão sustentação histórica ao partido.
Já os principais nomes do PSOL, partido que diz ser oposição de todo mundo e com políticos radicais, se portaram da mesma forma que os políticos petistas. Edmilson Rodrigues não fez um questionamento sobre o assunto, assim como Fernando Carneiro e Marinor Brito.
Aliás, Marinor Brito, deputada estadual do PSOL, nos lembra que a ALEPA tem o dever de fiscalizar todas as ações do governador Helder Barbalho e exigir transparência nos atos governamentais, mesmo com a situação que vivemos.
A pandemia do coronavírus não é para derramar dinheiro público no lixo ou para outros “lugares”.
Mas ninguém falou nada ou disse nada. Ninguém cobrou explicações do governador. Ninguém. Para quem acompanha a política paraense não espanta, pois Helder Barbalho tem apoio massivo dos deputados estaduais, do presidente da ALEPA, Dr. Daniel (MDB), passando por Carlos Bordado (PT) até deputados do PSDB.
O Pará está sob o domínio dos Barbalhos, dos dois principais portais, passando pela classe política independente do espectro político.
O que resta são blogs e portais independentes e a força das redes sociais para antagonizar com a força política do governador. No caso da Kaizen, a população mostrou que tem força.
Continuemos assim.
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