Por Diógenes Brandão
Em um texto publicado pela Agência Belém, site oficial de notícias da Prefeitura de Belém, a gestão municipal admitiu, que desde janeiro deste ano, conhecia a situação caótica e os riscos existentes no prédio que sofreu um incêndio na tarde deste último domingo, 25.
Vejam os vídeos gravados com exclusividade pelo blog:
Sob a responsabilidade dos gestores do município (FUNPAPA), a bela estrutura é localizada em uma área nobre e privilegiada da capital paraense, mas servia como depósito da gestão municipal. Mesmo após a visita de técnicos da Defesa Civil, que constataram os danos e os riscos iminentes, nada foi feito para proteger o patrimônio público.
O casarão que fica ao lado do Instituto de Assistência ao Servidor de Belém - IASB, que atende servidores públicos da Prefeitura de Belém, foi tomado por um incêndio de grandes proporções. Segundo moradores da área, o imóvel está abandonado desde o segundo governo de Edmilson Rodrigues (PSOL), que agora cumpre seu terceiro mandato como prefeito de Belém. Os ex-prefeitos, Duciomar Costa e Zenaldo Coutinho também não reformaram o espaço público.
Segundo um bombeiro militar, o fogo pode ter sido provocado por moradores de rua, que adentravam no prédio, para entre outras coisas, consumir drogas.
Assustados, vizinhos corroboram com a hipótese e dizem que o sinistro já era esperado, já que o local era subutilizado como depósito de materiais inflamáveis, como uma enorme quantidade de documentos e mobilha para escritório, de madeira e plástico.
No entanto, persiste a dúvida se o incêndio foi criminoso ou não. Esperaremos pelo laudo da perícia.
A Travessa Dr. Enéas Pinheiro, com Avenida Almirante Barroso ficou interditada com os caminhões e viaturas do corpo de Bombeiros.
Leia e a matéria assinada por Byanka Arruda, na Agência Belém:
IASB planeja reutilização de prédio público abandonado na Almirante Barroso
O antigo prédio, onde antes funcionava o Instituto dos Educadores de Belém (ISEB), está com a estrutura completamente comprometida e deteriorada, resultado de mais de uma década de abandono e negligência.
O imóvel é situado ao lado do Instituto de Assistência à Saúde dos Servidores Públicos do Município de Belém (IASB), na avenida Almirante Barroso, a principal via da capital paraense. Para uma nova função social ao prédio, a fim de reutilizar o espaço e colocá-lo à disposição dos servidores do município de Belém, o IASB solicitou uma vistoria da Defesa Civil do município de Belém, que foi realizada nesta sexta-feira (8).
O objetivo é avaliar o que pode ser feito de imediato para minimizar riscos de desabamento da estrutura e planejar um novo espaço com outras finalidades, que possam servir aos trabalhadores municipais e seus dependentes atendidos pelo órgão.
O espaço que antes comportava uma instituição de educação foi há muitos anos desprezado pelo poder público e hoje serve de abrigo para pessoas em situação de rua e usuários de drogas. No interior do prédio há muito lixo, dejetos humanos, restos de substâncias entorpecentes utilizadas por dependentes químicos, animais transmissores de doenças, como ratos, baratas, aranhas e até urubus, atraídos pela sujeira do local.
Também há veículos abandonados nos espaços abertos do edifício. O subsolo do local foi completamente ocupado por materiais descartáveis e sem utilidade, como um depósito de lixo. Por dentro, as paredes apresentam grandes rachaduras, o telhado e as janelas estão quebradas, vigas de madeira do teto já despencaram, há buracos em todo o chão e uma lista infindável de comprometimentos que colocam o prédio em situação de potencial risco de desabamento, entre outras ocorrências.
Para o presidente do IASB, Francisco Almeida, existem muitas opções de uso social do espaço. "Há muitas possibilidades. Se o prédio for recuperado, a depender da decisão da Prefeitura, nós chegamos a pensar em instalar no local um serviço que amplie o atendimento aos servidores. É necessário criar uma outra função social para esse espaço", reforça.
Durante a vistoria feita pela Defesa Civil, a engenheira civil Raiclene Souza explicou que será emitido um relatório, dentro de uma semana, com o parecer preliminar das condições do prédio. "Nós fizemos o registro para elaborar um relatório apontando os pontos críticos do prédio. De mais grave que nós encontrarmos num primeiro momento foi a questão das rachaduras e do telhado, as paredes também estão muito comprometidas. Há, no entanto, algumas áreas que podem ser restauradas e isso será avaliado por outros órgãos competentes. A gente não pode afirmar o grau de comprimento da estrutura do prédio, mas risco tem. O importante, por enquanto, é deixar a área isolada", explicou.
Também foi solicitada vistoria do Corpo de Bombeiros Militar do Pará (CBMP), que deverá ser realizada em breve.
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