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segunda-feira, abril 26, 2021

Incêndio: Prefeitura de Belém sabia dos riscos, mas não protegeu o patrimônio público

Agentes da Defesa Civil de Belém já sabiam dos riscos e da presença de viciados em drogas nas dependências do prédio da Prefeitura, que servia como depósito de documentos, móveis e até veículos, mas nada foi feito para proteger o patrimônio público. Foto: Agência Belém.

Por Diógenes Brandão 

Em um texto publicado pela Agência Belém, site oficial de notícias da Prefeitura de Belém, a gestão municipal admitiu, que desde janeiro deste ano, conhecia a situação caótica e os riscos existentes no prédio que sofreu um incêndio na tarde deste último domingo, 25. 

Vejam os vídeos gravados com exclusividade pelo blog:




Sob a responsabilidade dos gestores do município (FUNPAPA), a bela estrutura é localizada em uma área nobre e privilegiada da capital paraense, mas servia como depósito da gestão municipal. Mesmo após a visita de técnicos da Defesa Civil, que constataram os danos e os riscos iminentes, nada foi feito para proteger o patrimônio público.

O casarão que fica ao lado do Instituto de Assistência ao Servidor de Belém - IASB, que atende servidores públicos da Prefeitura de Belém, foi tomado por um incêndio de grandes proporções. Segundo moradores da área, o imóvel está abandonado desde o segundo governo de Edmilson Rodrigues (PSOL), que agora cumpre seu terceiro mandato como prefeito de Belém. Os ex-prefeitos, Duciomar Costa e Zenaldo Coutinho também não reformaram o espaço público.

Segundo um bombeiro militar, o fogo pode ter sido provocado por moradores de rua, que adentravam no prédio, para entre outras coisas, consumir drogas. 

Assustados, vizinhos corroboram com a hipótese e dizem que o sinistro já era esperado, já que o local era subutilizado como depósito de materiais inflamáveis, como uma enorme quantidade de documentos e mobilha para escritório, de madeira e plástico. 

No entanto, persiste a dúvida se o incêndio foi criminoso ou não. Esperaremos pelo laudo da perícia. 

A Travessa Dr. Enéas Pinheiro, com Avenida Almirante Barroso ficou interditada com os caminhões e viaturas do corpo de Bombeiros.

Leia e a matéria assinada por Byanka Arruda, na Agência Belém

IASB planeja reutilização de prédio público abandonado na Almirante Barroso

O antigo prédio, onde antes funcionava o Instituto dos Educadores de Belém (ISEB), está com a estrutura completamente comprometida e deteriorada, resultado de mais de uma década de abandono e negligência.  

O imóvel é situado ao lado do Instituto de Assistência à Saúde dos Servidores Públicos do Município de Belém (IASB), na avenida Almirante Barroso, a principal via da capital paraense.   Para uma nova função social ao prédio, a fim de reutilizar o espaço e colocá-lo à disposição dos servidores do município de Belém, o IASB solicitou uma vistoria da Defesa Civil do município de Belém, que foi realizada nesta sexta-feira (8).  

O objetivo é avaliar o que pode ser feito de imediato para minimizar riscos de desabamento da estrutura e planejar um novo espaço com outras finalidades, que possam servir aos trabalhadores municipais e seus dependentes atendidos pelo órgão.  

O espaço que antes comportava uma instituição de educação foi há muitos anos desprezado pelo poder público e hoje serve de abrigo para pessoas em situação de rua e usuários de drogas. No interior do prédio há muito lixo, dejetos humanos, restos de substâncias entorpecentes utilizadas por dependentes químicos, animais transmissores de doenças, como ratos, baratas, aranhas e até urubus, atraídos pela sujeira do local.  

Também há veículos abandonados nos espaços abertos do edifício. O subsolo do local foi completamente ocupado por materiais descartáveis e sem utilidade, como um depósito de lixo. Por dentro, as paredes apresentam grandes rachaduras, o telhado e as janelas estão quebradas, vigas de madeira do teto já despencaram, há buracos em todo o chão e uma lista infindável de comprometimentos que colocam o prédio em situação de potencial risco de desabamento, entre outras ocorrências.  

Para o presidente do IASB, Francisco Almeida, existem muitas opções de uso social do espaço. "Há muitas possibilidades. Se o prédio for recuperado, a depender da decisão da Prefeitura, nós chegamos a pensar em instalar no local um serviço que amplie o atendimento aos servidores. É necessário criar uma outra função social para esse espaço", reforça.  

Durante a vistoria feita pela Defesa Civil, a engenheira civil Raiclene Souza explicou que será emitido um relatório, dentro de uma semana, com o parecer preliminar das condições do prédio. "Nós fizemos o registro para elaborar um relatório apontando os pontos críticos do prédio. De mais grave que nós encontrarmos num primeiro momento foi a questão das rachaduras e do telhado, as paredes também estão muito comprometidas. Há, no entanto, algumas áreas que podem ser restauradas e isso será avaliado por outros órgãos competentes. A gente não pode afirmar o grau de comprimento da estrutura do prédio, mas risco tem. O importante, por enquanto, é deixar a área isolada", explicou.  

Também foi solicitada vistoria do Corpo de Bombeiros Militar do Pará (CBMP), que deverá ser realizada em breve.












terça-feira, fevereiro 09, 2021

A política do Pão e Circo em Belém

Uma moradora segura a cesta básica entregue pelo prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues (PSOL) e o presidente da FUNPAPA, Alfredo Costa (PT), após um incêndio que desalojou cerca de 50 pessoas em um bairro da periferia de Belém. Foto: Mácio Ferreira/Comus.

Por Diógenes Brandão 

"A cena é uma verdadeira humilhação, misturada com o que temos de pior na política assistencialista: Edmilson Rodrigues (PSOL) se auto parabeniza ao entregar uma esmirrada cesta básica, com pouquíssimos itens alimentícios". O desabafo de um leitor do blog é sobre a entrega de cestas básicas entregues às famílias atingidas pelo incêndio ocorrido na noite do último sábado, 6, na vila Goiabeira, no bairro do Cremação, periferia de Belém. O incêndio atingiu 15 casas, sendo dez com perda total e cinco com perdas parciais.

Sob os escombros, moradores só não ficaram sem ter o que comer e nem onde dormir pela ajuda de vizinhos e doações de alimentos, roupas, eletrodomésticos, material de higiene pessoal e outros itens, que serviram para acudir, de forma emergencial, os que passaram pelo transtorno de perdas tão grandes, pois as famílias perderam tudo que tinham no sábado e a solidariedade de pessoas físicas foi imprescindível.

O prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues apareceu no local do sinistro, na segunda-feira, 8, quando muitos moradores prejudicados esperavam bem mais do que foi deixado. O clima de desolação entre os moradores era e continua dramático.

Em nota, a prefeitura de Belém informou que por meio da Defesa Civil e a Funpapa, vai prestar assistência alimentar às pessoas e informar sobre direitos ao auxílio aluguel e Policia Civil sobre a emissão de documentos. 

"A Defesa Civil montou dois pontos de arrecadação de doações para as famílias desabrigadas. O primeiro fica na Comunidade Nossa Senhora das Graças Passagem Francisco Lobato n°140, entre Fernando Guilhon e Caripunas, bairro da Cremação. E o segundo fica na sede da Defesa Civil Municipal, localizada na Aldeia Amazônica, Av. Pedro Miranda esquina com Travessa Pirajá, segundo andar, bairro da Pedreira. O horário de funcionamento é de 8h às 15h".

Ainda ontem, Edmilson Rodrigues anunciou que a prefeitura de Belém destinará R$2,2 milhões para as escolas de samba de Belém, Mosqueiro e Outeiro, mesmo sem os desfiles ou apresentação dos blocos de Carnaval esse ano, devido a pandemia da COVID-19.

Assista o vídeo que viralizou e trouxe muitas críticas nas redes sociais:




domingo, setembro 15, 2019

Vítimas de incêndio querem saber por que Helder promete ajuda e não cumpre

Silvia e Suyane perderam suas casas em um incêndio no Canudos, em Março deste ano e até agora não tiveram nenhuma das promessas feitas pelo governo do estado, que mandou representantes para dizer que teriam ajuda, logo depois do sinistro.

Por Diógenes Brandão

Enquanto muitas autoridades e personalidades públicas estavam viajando ou no conforto de seus lares, com suas famílias protegidas de qualquer sinistro, às 23:30, do dia 1º de Março, a sexta-feira que antecedeu o carnaval de 2019, um incêndio consumiu dez (10) casas na Vila Rica, na rua Roso Danin, localizada no bairro de Canudos, periferia de Belém. 

Além da perda total das casas, móveis, eletrodomésticos, roupas e objetos pessoais de 26 famílias, o fogo causou a morte de uma criança, o pequeno Arthur Pontes Coelho, de apenas 2 anos e 6 meses, que vivia no local com o pai e a avó.  

Na manhã seguinte, o pastor Paulo adaptou sua igreja - que fica na frente da vila de casas que foi destruída pelo incêndio - e esta passou a servir de abrigo aos desalojados e ao mesmo tempo, como local para coleta de doações que as famílias começaram a receber. Além dessa solidariedade da própria comunidade do entorno, o local recebeu a visita de representantes de órgãos públicos, tanto da prefeitura de Belém, quanto do governo do estado. 

Segundo a comunidade, além da Cruz Vermelha Brasileira, a Prefeitura de Belém - através da Defesa Civil e a FUNPAPA - prestou assistência desde as primeiras horas após a catástrofe, orientando e cadastrando as famílias para que estas pudessem receber auxílios por parte do poder público.

O blog AS FALAS DA PÓLIS quebrou o recesso e foi até o local e fez uma transmissão ao vivo:





Ao visitar o local e conversar com as famílias desalojadas, o presidente da COHAB  - Companhia de Habitação do Estado do Pará, José Scaff, disse que o governador Helder Barbalho o designou para ajudar as vítimas daquele incêndio e lá declarou o seguinte:








Scaff se comprometeu, em nome do governador Helder Barbalho, em ser célere na ajuda do governo do estado através da SEASTER - Secretaria de Estado de Assistência Social, Trabalho, Emprego e Renda, que ficou de fazer o repasse de recursos financeiros para manter as famílias com alugueis temporários pagos, enquanto a COHAB prometeu viabilizar o Cheque Moradia para auxiliar na reconstrução das casas das famílias que perderam tudo que havia dentro delas.

A versão online do jornal Diário do Pará chegou a noticiar a promessa do governo:






Passados 6 meses e meio, até hoje as famílias atingidas pelo último incêndio no bairro do Canudos, não tiveram nenhuma ajuda do governo do estado.

Através da Defesa Civil e da Funpapa, a prefeitura fez a sua parte. Foram esses dois órgãos municipais que acolheram, auxiliaram e aliviaram a dor e o sofrimento das famílias desalojadas.

Em nota, a prefeitura informou que no dia 11 de abril, todas as famílias vítimas do incêndio em Canudos, foram cadastradas para receber o auxílio aluguel, no valor de R$ 2 mil e o benefício foi entregue naquele dia, por meio da Funpapa. Veja a nota e as fotos.

Agora, quem teve sua casa incendiada em fevereiro deste ano, se pergunta por que na Pedreira, autoridades como o vice-governador, Lúcio Vale e a Secretária de Cultura, Ursula Vidal estiveram prometendo o que não fizeram em Canudos.

Veja o vídeo gravado por Ursula Vidal, pré-candidata à prefeitura de Belém, ao visitar o local, dizendo que estava lá por determinação do governador Helder Barbalho e pediu ajuda da população para doações e solidariedade às famílias atingidas:




Para Silvia e Suyane, moradoras que tiveram suas casas destruídas no incêndio ocorrido em Março, no bairro de Canudos, o governo deveria explicar como prometeu ajudar as 45 famílias vítimas do incêndio da Pedreira, se as outras 20 famílias que tiveram suas casas destruídas no incêndio de Canudos, no dia 1º de Março, até hoje ainda não tiveram nenhuma ajuda.

MP pede quebra de sigilo bancário e fiscal do prefeito de Ananindeua

O blog recebeu o processo de número  0810605-68.2024.8.14.0000,  que tramita no Tribunal de Justiça do Esado do Pará e se encontra em sigilo...