Nosso craque nos traços do JBosco Azevedo. |
Se houve algum brasileiro que tenha assistido ao jogo do Brasil contra o Chile, neste sábao (28) e não tenha sofrido com a angustiante e vibrante partida, que se apresente. Quero entrevistá-lo e entender tamanha insensibilidade.
Tá certo que o Brasil mesmo tendo sido invadido pelos Europeus em 1500 e só ter tido sua 1º universidade em 1930, tenha feito este país ser desigual, cheio de contradições e injustiças, mas não torcer pela seleção brasileira é de um radicalismo que precisa ser estudado.
Tá certo que o Brasil mesmo tendo sido invadido pelos Europeus em 1500 e só ter tido sua 1º universidade em 1930, tenha feito este país ser desigual, cheio de contradições e injustiças, mas não torcer pela seleção brasileira é de um radicalismo que precisa ser estudado.
No entanto, justifica-se o aumento de pessoas que mesmo não sendo nenhum intelectual deprimido - confesso que já fiquei assim em muitos carnavais, mas me curei - foram contaminadas pelo pessimismo do clima do #nãovaitercopa, embalado por nossa famosa mídia que não é preciso apresentá-la.
No entanto, o papo agora é a vitória do Brasil e o talento de ambos os goleiros, tanto do Brasil quanto do Chile que foram cruciais para causar tantas fortes emoções no jogo que eliminou os vizinho e classificou nossa seleção para a próxima fase.
Vamos à matéria do portal R7 que noticiou o fato de forma interessante:
Considerado um dos responsáveis pela eliminação do Brasil na última Copa do Mundo, Júlio César salvou a seleção neste sábado, ao se mostrar decisivo na disputa de pênaltis que selou a classificação dramática às quartas de final.
Questionado pela idade avançada e pelo fato de atuar no modesto Toronto FC, Major League Soccer norte-americana, o goleiro de 34 anos calou os críticos com uma atuação memorável contra o Chile.
Júlio César já começou se destacando antes mesmo dos pênaltis. Aos 17 minutos do segundo tempo, fez uma defesa milagrosa em chute à queima-roupa de Aránguiz, do Internacional.
Nos minutos finais da prorrogação, o goleiro contou com a sorte, quando viu uma bomba de Pinilla explodir no seu travessão.
Júlio César foi o "carrasco" de Pinilla, já que também defendeu um pênalti do atacante, antes de repetir a dose diante de Alexis Sánchez, maior estrela da "Roja" chilena.
O goleiro roubou a cena no Mineirão e ganhou até elogios do craque Neymar. "Júlio César é um fenômeno, um gigante. Na hora que tem que aparecer, ele aparece", comentou o camisa 10 depois da partida.
"Estou muito feliz. Acho que o povo brasileiro precisava disso. Eu e os outros jogadores também. Ainda não ganhamos nada, mas a partida de hoje me deu uma força maior", emocionou-se Júlio César, que há poucos meses ainda ouvia críticas por ter deixado o futebol europeu para "jogar com Mickey e Pato Donald".
Júlio César também mostrou seu poder de liderança, ao ir à beira do gramado para pedir o apoio da torcida no final da prorrogação.
Em seguida, porém, o goleiro sentiu a pressão da responsabilidade na hora da disputa de pênalti e começou a chorar, em uma das imagens que ficará marcada na história deste Mundial.
"Nunca escondi que sou emotivo. Vários jogadores me cercaram para me dar força, falando coisas muito bonitas. Sabia que precisava ficar focado para decidir o nosso futuro nesta Copa do Mundo", lembrou.
Com as lágrimas, também voltou à tona o trauma da eliminação nas quartas de final da última Copa, quando errou numa saída de bola e trombou com Felipe Melo no gol que iniciou a virada por 2 a 1 da Holanda, em 2010, na África do Sul.
"Preciso continuar focado para realizar meu sonho de ser campeão mundial. Sair da última Copa como vilão foi muito difícil. Nada acontece por acaso", lembrou.
"Me preparei bem psicologicamente para esta Copa no Brasil e preciso agradecer ao Felipão pela confiança, que me deu tranquilidade para fazer meu trabalho", completou Júlio César, o primeiro atleta "garantido" pelo treinador entre os 23 convocados para a competição, em setembro.
Na época, ele passava por um dos piores momentos de sua carreira por ter sido barrado do Queens Park Rangers, da segunda divisão inglesa.
Mesmo emocionado, o goleiro não perdeu o bom humor. "Tomara que as outras partidas não sejam decididas nos pênaltis, porque, senão, muita gente terá problemas no coração", brincou.