Uma eleição apertada, onde cada voto será importante, imagine um partido inteiro! |
Após três derrotas seguidas em
eleições municipais em Belém, o PT amarga um cenário de crises e soluções nada
convenientes diante da indecisão que toma conta do partido para posicionar-se
no 2º turno das eleições, onde PSOL e PSDB se enfrentarão sob o comando de
Edmilson Rodrigues e Zenaldo Coutinho, respectivamente.
A única coisa certa até agora é
que o candidato do PSDB, Zenaldo Coutinho, não contará com o apoio do PT e
disso ele já sabem.
Da parte do PSOL, já no 1º turno havia emissários articulando para que haja um acordo político-eleitoral com o PT,
para que este lhe apoie Edmilson Rodrigues institucionalmente, haja vista que
no 1º turno ele contou com os votos de simpatizantes e eleitores do partido,
não da estrutura orgânica, como deseja quer agora.
Vale lembrar que para o plano dar
certo, tanto a militância do PSOL, quanto a do PT precisam de um banho de água
fria para acalmarem os ânimos, mas quem ousará chegar com o balde?
O pragmatismo toma conta dos dois
partidos e só há espaço para o debate ideológico nas redes sociais, a grande
arena onde os embates são travados. É lá que a base do PSOL se manifesta dizendo
que não precisa aliar-se com o partido dos “mensaleiros” e traidores da classe
trabalhadora, enquanto outros dizem que a única saída para o PT manter a
coerência é declarar apoio ao PSOL. Detalhe: Sem exigir nada.
Por sua vez, muitos militantes e
quadros do PT, mesmo antes de terminar o 1º turno, já declaravam que não há a mínima
condição de apoiar o PSOL que foi fundado com o interesse de destruir e substituir
o PT no cenário político, sugando-lhe a militância, seu legado de lutas e pra
isso tendo que deturpar a história com o apoio da mídia e dos partidos de
direita.
Há ainda a lembrança viva de que
o PSOL sempre propagandeou que os programas sociais do governo Lula/Dilma são assistencialistas,
as medidas econômicas, mantenedoras da miséria, do neoliberalismo e que só
serviram aos banqueiros. Alem disso, o PSOL sempre denunciou as alianças
eleitorais do PT como sendo fisiológicas e nunca perdeu a oportunidade de se
aproveitar do escândalo do “mensalão” e de todos os erros e crises do PT,
aliando-se ao mantra cantado pelos partidos da direita e da imprensa nacional e
local, os quais dispensam apresentações.
Por essa e outras, cresce o
desejo e a inclinação pelo voto nulo entre muitos do PT. A direção por sua vez,
está dividida.
Tendências definem suas posições
Sob o comando do Dep. Federal Beto
Faro e do Dep. Estadual Carlos Bordalo, a “Articulação Socialista” elegeu dois
vereadores em Belém - Iran Moraes e Ivanise Gasparim - está simpática à aliança
com o PSOL e reunirá sua militância de Belém para fechar posição de forma
coletiva, como diz a nota publica no blog do Bordalo.
A coordenação da DS, do Dep.
Federal Cláudio Puty, do Estadual Edilson Moura e da ex-governadora Ana Júlia, perdeu
seus dois vereadores – Marquinho e Milene - e já decidiu os rumos da tendência,
emitindo nota pelo blog do Puty, onde declara que defenderá dentro do PT a
aliança com o PSOL.
Já a “Unidade na Luta” tendência do
Dep. Federal Miriquinho Batista e dos Estaduais Zé Maria e Alfredo Costa - que
foi o candidato à prefeito pelo PT - perdeu seus dois vereadores - Adalberto
Aguiar e Otávio Pinheiro - fará uma plenária na quinta-feira (11) para aferir
junto à sua militância, quais os rumos que o grupo se posicionará no partido.