Por Diógenes Brandão
O caso é bizarro e revela como a população paraense está à mercê do descaso e das falsas promessas de solução para o caos em que nos encontramos.
Fernando Brito morreu manhã desta segunda-feira, 20. Estava afastado do trabalho por apresentar sintomas de COVID-19. Ontem, saiu por volta das 19h e voltou antes das duas da madrugada de hoje. Seus vizinhos dizem que ele deve ter saído em busca de atendimento médico, mas como não conseguiu internação, voltou pra casa. Aparentava estar cansado, triste, abatido.
Técnico de radiologia, servidor da Santa Casa e da SESMA, Fernando Morava sozinho e ao entrar em casa, no bairro do Canudos, falou para alguns vizinhos que jogavam baralho em frente às suas casas: "Não me deixem morrer sozinho". Deixou a porta de sua casa aberta e entrou.
Fernando Brito morreu manhã desta segunda-feira, 20. Estava afastado do trabalho por apresentar sintomas de COVID-19. Ontem, saiu por volta das 19h e voltou antes das duas da madrugada de hoje. Seus vizinhos dizem que ele deve ter saído em busca de atendimento médico, mas como não conseguiu internação, voltou pra casa. Aparentava estar cansado, triste, abatido.
Técnico de radiologia, servidor da Santa Casa e da SESMA, Fernando Morava sozinho e ao entrar em casa, no bairro do Canudos, falou para alguns vizinhos que jogavam baralho em frente às suas casas: "Não me deixem morrer sozinho". Deixou a porta de sua casa aberta e entrou.
Logo em seguida, por volta das 03h da manhã, os vizinhos ouviram um grito e quando foram até à casa de Fernando, encontraram-no já sem vida, sentado em uma cadeira. Ligaram para a polícia, IML, Bombeiros e nada. Um dia inteiro de espera por órgão públicos responsáveis e o único que foi até foi uma viatura da PM, mas os policiais não quiseram entrar, alegando que não são responsáveis por esse tipo de atendimento.
Até às 18h de hoje, o corpo de Fernando continuava lá, na mesma cadeira em que morreu. Seus vizinhos colocaram apenas uma sombrinha em cima e estranharam que nenhuma equipe do IML foi até lá retirar o corpo para os procedimentos no Instituto Renato Chaves, que segundo informações recebidas pelo blog, não estão dando conta de fazer as remoções de corpos na capital, como é o seu dever.
Amigos e vizinhos estão indignados com tão grave situação, mas não sabem a quem apelar, já que ligam para os órgãos e estes ou não atendem ou dizem que estão sobrecarregados.
Até às 18h de hoje, o corpo de Fernando continuava lá, na mesma cadeira em que morreu. Seus vizinhos colocaram apenas uma sombrinha em cima e estranharam que nenhuma equipe do IML foi até lá retirar o corpo para os procedimentos no Instituto Renato Chaves, que segundo informações recebidas pelo blog, não estão dando conta de fazer as remoções de corpos na capital, como é o seu dever.
Amigos e vizinhos estão indignados com tão grave situação, mas não sabem a quem apelar, já que ligam para os órgãos e estes ou não atendem ou dizem que estão sobrecarregados.