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sexta-feira, março 26, 2021

Governador e prefeitos da região Metropolitana de Belém anunciarão fim do Lockdown

Rodeado pelos prefeitos da Região Metropolitana de Belém, o governador Helder Barbalho (MDB) anunciou um novo Lockdown, que já dura duas semanas. Hoje, 26, estava previsto o anúncio das novas definições sobre as medidas que serão mantidas e as que serão suspensas, entre elas o Lockdown, mas o evento foi adiado para às 09h da manhã deste sábado, 27.


Por Diógenes Brandão

Nessa sexta feira (26), às 21h, o governador Helder Barbalho, anunciaria se encerrava segunda feira (29), ou se prorrogaria, por mais 07 dias, o lockdown na região metropolitana de Belém.

Poucas horas antes do anúncio, o governo decidiu esperar mais um pouco para informar sobre as novas definições das medidas oficiais que serão mantidas e as que serão suspensas, entre elas o Lockdown, mas o evento foi adiado para às 09 deste sábado, 27.

Fonte do blog na SESPA informa que o Governo do Pará avaliou, com os prefeitos da região metropolitana e com o comitê científico, a situação da pandemia e resolveu suspender o Lockdown, reabrindo a circulação de pessoas e estabelecimentos nos municípios de Ananindeua, Belém, Benevides, Marituba e Santa Bárbara.

No entanto, algumas medidas de restrição serão mantidas, a fim de salvaguardar as vidas da população que continuam ameaçadas pela nova variante da COVID-19. 

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PF e MPF investigam se empresários foram vacinados ilegalmente contra Covid em MG

Um dos imunizados foi o ex-senador Clésio Andrade, que também é ex-presidente da Confederação Nacional dos Transportes. Marcello Casal Jr. / ABR
 

Por G1 Minas e TV Globo — Belo Horizonte

Lei libera que iniciativa privada adquira doses mediante a exigência de repassar metade das doses ao SUS até que todo grupo prioritário seja imunizado. Importar ou exportar vacinas sem autorização é proibido, segundo MPF. Denúncia foi da revista Piauí.

Vídeo mostra movimentação anormal em garagem onde teria acontecido a vacinação clandestina.


A Polícia Federal e o Ministério Público Federal irão investigar se empresários do ramo do transporte foram vacinados ilegalmente contra a Covid em Minas Gerais.

A informação sobre a vacinação dos empresários foi publicada na edição on-line da revista Piauí. De acordo com a reportagem, um grupo de políticos e empresários, a maioria ligada ao setor de transporte de Minas Gerais, e seus familiares, teriam tomado a primeira das duas doses da vacina contra Covid.

A reportagem diz que eles teriam comprado o imunizante por iniciativa própria --cometendo duas irregularidades: fazendo a aquisição e vacinação antes que os 77 milhões de brasileiros dos grupos prioritários tenham sido vacinados, e sem a doação de metade das vacinas adquiridas ao SUS, como prevê a lei.

Ainda segundo a reportagem, cada vacina custou R$ 600 e a segunda dose está prevista para ser aplicada nas cerca de 50 pessoas daqui a 30 dias. A revista afirma ainda que a vacina aplicada seria da Pfizer. A Pfizer negou a venda de vacinas fora do Programa Nacional de Imunização (PNI).

Entre os vacinados, segundo a Piauí, estaria o ex-senador e ex-presidente da Confederação Nacional do Transporte (CNT), Clésio Andrade. Ao G1, ele disse que desconhece o assunto e que está em quarentena, no Sul de Minas, há dois meses.

Governo assina contratos de compra de 138 milhões de doses de vacinas da Pfizer e Janssen — Foto: JN.

À revista Piauí, Andrade afirmou: “Estou com 69 anos, minha vacinação [pelo SUS] seria na semana que vem, eu nem precisava, mas tomei. Fui convidado, foi gratuito para mim”. Questionado pela TV Globo, o ex-senador não confirmou a declaração.

E, de acordo com a Piauí, os organizadores da vacinação foram os donos da viação Saritur. Um deles, Rubens Lessa, é presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros Metropolitano. Por mensagem ao G1, ele se limitou a dizer: "Tenho conhecimento deste assunto".

Segundo a publicação, outro vacinado seria o deputado estadual Alencar da Silveira Júnior (PDT). Ele negou que tenha participado.

A TV Globo confirmou que houve uma movimentação anormal em uma das garagens de ônibus da Viação Saritur na última terça-feira. Um movimento que chamou a atenção dos vizinhos.

“Minha amiga me chamou perguntando se estava tendo vacinação noturna, drive-thru, e eu falei com ela que não, que não tem vacinação à noite, que o posto só funciona até 19h e a vacinação é até as 15h30. Ela falou, 'Não, então tem alguma coisa errada, vem cá para você ver', disse uma mulher, que preferiu não se identificar.

Um vídeo mostra a fila de veículos no estacionamento. Em uma das vagas, uma pessoa com jaleco branco retira algo do porta malas. Ela dá a volta e para em frente ao motorista e faz um movimento parecido com o que seria a aplicação de uma vacina.

O local que aparece nos vídeos é uma das garagens da Viação Saritur, na Região Noroeste de Belo Horizonte, e teria sido improvisado como posto de vacinação.

Um boletim de ocorrência foi registrado no dia da suposta vacinação. De acordo com o documento, os seguranças disseram aos policiais que houve uma pequena reunião dos diretores da empresa, mas que todos já haviam deixado o local quando os policiais chegaram. Na saída, os policiais foram abordados por um morador que confirmou ter visto no pátio da empresa aproximadamente 25 veículos com seus condutores e passageiros, sendo vacinados por uma mulher de jaleco branco. E que crianças também foram vacinadas. Os policiais entraram na empresa, mas nada foi constatado pelas equipes.

De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), caso a vacinação seja confirmada, os envolvidos poderão responder pelo crime de contrabando, descaminho e de uso e importação de medicamento farmacêutico sem registro.

O imunizante Comirnaty ainda não está disponível em território brasileiro. A Pfizer e a Biotech fecharam um acordo com o Ministério da Saúde contemplando o fornecimento de 100 milhões de doses da vacina contra a Covid-19 ao longo de 2021.

Fiscalização


A Guarda Municipal de Belo Horizonte disse em nota que foi acionada na terça-feira, mas ao chegar na garagem onde estaria acontecendo a imunização, a Polícia Militar já havia chegado no local.

" Os militares relataram que estavam apurando a mesma denúncia, recebida via 190. Os guardas e policiais entraram na garagem e não havia mais nenhuma movimentação. Por isso a PM registrou a ocorrência e ficou responsável por conduzir o caso", disse.

A Polícia Militar disse que "procedeu ao registro do evento de defesa social, REDS, e direcionou à polícia judiciária para providências subsequentes".

A Polícia Civil informou que "está verificando a eventual existência de crime, cuja investigação possa ser de sua competência legal".

O empresário Rubens Lessa, em nota, afirmou que o "endereço da empresa mencionado na reportagem não pertence ao Grupo Empresarial SARITUR, esclarece que os nomes citados na reportagem não fazem parte da direção do Grupo e que, o assunto tratado na matéria, era de total desconhecimento da diretoria da empresa".

Colaboraram com esta reportagem: Maria Lúcia Gontijo, Thaís Pimentel, Raquel Freitas, Elisa Ferreira, Larissa Carvalho, Carlos Eduardo Alvim e Fernando Zuba.

sexta-feira, fevereiro 05, 2021

Com desemprego em alta e comércios fechados, Helder causa aglomeração por onde passa

Ualame Machado é o responsável pelo cumprimento do decreto que proíbe diversas atividades comerciais, que geram prejuízos a trabalhadores e empresários, mas não cumpre nenhuma medida contra o governador Helder Barbalho, que ao invés de manter o distanciamento social, descumpre a determinação de evitar aglomerações.

Por Diógenes Brandão, com informações da Agência Pará, site de notícias do governo do Pará

Essa não foi a primeira e pelo que tudo indica não será a última vez que o governador  desobedece e descumpre o que ele próprio determina que ninguém faça. E quem faz é multado e sofre outras punições.

Desta vez para entregar 4 km de pavimentação da PA-278, que teve um trecho duplicado na entrada da cidade de Redenção, o governador Helder Barbalho (MDB) gerou aglomeração desde o aeroporto da cidade, até o local onde ele discursou, na tarde desta sexta-feira, 5.


Desde o desembarque no aeroporto de Redenção, até o local onde inaugurou uma obra, o governador Helder Barbalho descumpriu as determinações de distanciamento social, que por ordem de seu decreto estão gerando multas e fechamento de comércios por todo o Pará.

Indignado, pelo que chamou de hipocrisia, um cidadão do município gravou o desembarque de Helder, com centenas de pessoas aglomeradas para recepcioná-lo, infringindo determinações de distanciamento social e a proibição de aglomerações, em um momento em que o Pará está em alerta, com casos da nova cepa da COVID-19, no interior e na capital do estado e com um decreto estadual que proíbe e prevê punições a quem o desrespeita.


Diferente do que o governador faz e não é punido, do dia 21 até o dia 31 de janeiro foram fiscalizados 1.620 estabelecimentos. Destes, mais de 300 foram fechados, 157 foram advertidos e 354 intimados. 

No início desta semana, o Secretário de Segurança Pública e Defesa Social do Pará, Ualame Machado, responsável pela fiscalização e cumprimento das ações dos órgãos públicos e de garantir o cumprimento das normas estabelecidas no Decreto Estadual 800/2020, que prevê medidas de prevenção a novos casos da Covid-19 no Pará, disse: “desde o dia 21 de janeiro estamos tomando medidas mais rigorosas e já iniciamos as fiscalizações com a aplicação de multas. Somente neste final de semana, 80 estabelecimentos foram fechados e 40 autuados. As penalidades para quem descumprir as normas vão, desde advertência a multas, tanto para pessoas jurídicas, quanto físicas'', destacou o secretário de Helder Barbalho.

O secretário de Segurança Pública do Estado, acrescentou que "além de penas mais graves como o fechamento do estabelecimento comercial ou a cassação da licença para o funcionamento, previstas no decreto, estamos com uma força-tarefa com os órgãos do estado e município envolvidos, fiscalizando os ônibus, junto à Guarda Municipal, assim como, os supermercados, restaurantes e balneários, tudo isso sendo feito em conjunto".  

Neste último final de semana, foram fechados 80 estabelecimentos e 40 foram autuados, as penalidades vão de advertência a multas. Foto: Ricardo Amanajás/Agência Pará.


"Contamos com a colaboração dos paraenses, pois o estado sozinho não possui braços para monitorar todos os locais, por tanto, é importante que a população seja a nossa parceira, fazendo uso das medidas de segurança e protocolos de combate a doença, bem como realizando denúncias através dos canais do 181 e whatsapp, além do 190 quando for urgente. A colaboração de todos é fundamental para o enfrentamento da doença no nosso estado”, afirmou Ualame Machado. 

Decreto - De acordo com o decreto, estabelecimentos comerciais podem funcionar apenas exercendo a atividade de restaurante. Qualquer movimentação em bar, funcionamento de casas de shows, boates e similares estão proibidos, assim como praias, balneários, igarapés e similares serão fechados durante os finais de semana (sextas, sábados, domingos e segundas; e nos feriados).   

Os estabelecimentos que descumprirem com as normas estabelecidas em Decreto sofrerão sanções progressivas com advertência e multas diária de até R$ 50 mil para pessoas jurídicas, a ser duplicada a cada reincidência, e R$ 150 para pessoas físicas – Microempreendedor Individual (MEI), Microempresa (ME) e Empresa de Pequeno Porte (EPP), a ser duplicada a cada reincidência, além de embargo e/ou interdição do estabelecimento.  

Ação tem agentes das policiais civis e militares, Detran, Guardas Municipais, entre outros órgãos, e seguirá até o dia 12 de fevereiro.

Denúncias – Os principais meios para denunciar qualquer desobediência ao decreto são: atendente virtual Iara (Inteligência Artificial Rápida e Anônima) pelo whatsapp (91) 98115-9181, que possibilita o envio de fotos, vídeos, áudios e localização; chamada convencional via 181, e o formulário e chatbot disponíveis no site da Segup. Todos os canais garantem sigilo e anonimato total ao denunciante.

O que acontece se os cidadãos paraenses começarem a denunciar o governador? 

Será preso, multado ou advertido pelo seu secretário de Segurança Pública do Estado? 

domingo, janeiro 24, 2021

Hospital citado em polêmica sobre vacinação irregular pede apuração de Fake News


Por Diógenes Brandão

A 'notinha capiciosa' publicada na coluna Repórter Diário, do jornal Diário do Pará deste domingo, 24, continua rendendo reações daqueles que foram citados, mesmo que covardemente e através de insinuações e sugestões indiretas. 

Depois do deputado Nilson Pinto (PSDB) e de sua esposa, Lena Ribeiro terem repudiado aquilo que chamaram de Fake News, o blog recebeu a nota de esclarecimento da direção do hospital Saúde Center, que agradece o recebimento das doses de vacina e diz que espera que o Ministério Público investigue qual foi o hospital de Capanema que estaria vacinando pessoas que não são da área da saúde e puna os precursores daquilo que também chamou de Fake News.

Leia abaixo:

A Associação Guiomar Jesus AGJ - Hospital Saúde Center, recebeu 100 (cem) doses da vacina para ser aplicado nos funcionários da saúde, de acordo com os critérios estabelecidos pelo Ministério da Saúde.

São critérios rígidos, e mediante a prestação de contas com o Departamento de Vigilância em Saúde de cada dose aplicada em cada funcionário.

Esta empresa de saúde agradece as autoridades governamentais por ter destinado tais doses e pela confiança depositada a cada dia pelo trabalho que desempenha na região do Caetés.

Esperamos que o Ministério Publico investigue, qual o hospital na região de Caetes, precisamente em Capanema que estaria aferindo de forma incorreta o público alvo a ser vacinado, ou puna de forma severa os precursores de Fake News.

Atenciosamente,

Aldrei Panato

Diretora Jurídica


Leia também:

Diário do Pará insinua que família de Nilson Pinto tenha sido vacinada irregularmente, em hospital da família de Jaques Neves (PSC)

Nilson Pinto diz que é Fake News a nota do Diário do Pará sobre vacinação de seus familiares

Lena Ribeiro diz que é pré-candidata a deputada federal e nega que tenha se vacinado contra a COVID-19

terça-feira, dezembro 08, 2020

Helder tenta faturar sobre decisões do Ministério da Saúde ao Plano de Vacinação

Helder Barbalho usa coletiva de imprensa para reproduzir o que ouviu na reunião com outros governadores e o Ministério da Saúde, em relação ao Plano Nacional de Vacinação.


Por Diógenes Brandão

Sem novidades, Helder Barbalho viaja para encontro de governadores com o Ministério da Saúde e usa coletiva de imprensa para reproduzir as ações do governo federal anunciadas na reunião, como se fossem dele. 

"Essa tara por mídia e em querer se apresentar sempre presente e realizando algo, não passa de uma necessidade egocêntrica do governador do Pará, em apagar o passado de seu pai e os primeiros anos como governador, marcado por sérias e graves denúncias, já sendo apuradas pelo MPF, MPE e STJ, como o apoio e as batidas da Polícia Federal", opiniou um leitor do blog, em mensagem enviada à nossa fanpage.

Pouca gente sabe, mas Helder Barbalho tem uma assessoria de imprensa e de relações públicas, que atua em Brasília e São Paulo abrindo espaços e notícias em veículos da grande mídia, destacando falas e ações do governador paraense. Estes assessores, além de bem relacionados com jornalistas e empresários da comunicação, recebem uma mini-fortuna para garantir palco e holofotes ao governador, que gosta de ser chamado de "Rei do Norte" e pretende ser candidato a presidente da República. 

Na reunião, Helder assim como os demais governadores foram informado que qualquer vacina contra covid-19 que estiver pronta será adquirida pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI) e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), terá 72 horas para liberar os imunizantes já autorizados por agências internacionais.

Ou seja, diferente do que diz o presidente Jair Bolsoaro, em suas declarações desastrosas, o Ministério da Saúde e demais setores do governo federal, começam a responder às necessidade de enfrentamento às demandas reprimidas para o plano nacional de vacinação e Helder Barbalho reafirmou tudo que ouviu à imprensa e em suas redes sociais, como sendo fruto de uma proposta dele, sendo que não é. É o típico oportunista de plantão, que não perde a oportunidade de faturar com tudo, inclusive com o que não teve ou tem nenhuma participação ativa e de fato. 

“Acertamos hoje que CoronaVac também estará entre as vencidas adquiridas pelo plano nacional”, ressaltou o governador Helder Barbalho que espertamente reproduziu o que o Ministro da Saúde disse aos governadores. 

A CoronaVac é a vacina produzida pela chinesa Sinovac e testada no Brasil com apoio do Instituto Butantan, ligado ao governo de São Paulo. 

Assista:

quinta-feira, agosto 27, 2020

Morre de COVID, o prefeito que com Helder Barbalho ficou de construir um Hospital de Campanha

Em Maio, Iavé assinou um convênio com o governador Helder Barbalho para juntos construírem um Hospital de Campanha em Redenção, mas ele nunca saiu do papel. Três meses depois, o prefeito contraiu a COVID-19 e foi se tratar em Palmas (TO), onde faleceu na noite desta quarta-feira, 26. 

Por Diógenes Brandão

Redenção, município do Sul do Pará perdeu mais um prefeito sem terminar o mandato. 

Reeleito pelo MDB, Carlos Iavé Araújo (59) nasceu em Itaiópolis (SC), mas fez sua carreira no Pará, onde além de prefeito era pecuarista, comerciante e empresário de diversas áreas, entre elas, a de concessionárias de veículos de passeio à máquinas pesadas, empresas de comunicação e de implementos agrícolas, entre outras. 

Sua morte foi causada por um infarto em um hospital particular na cidade de Palmas, capital do Estado do Tocantins, onde se tratava junto com a esposa e primeira dama de Redenção, Vilma Warkentin, que junto com o marido foi diagnosticada com a COVID-19.

Prefeito reeleito de Redenção, município localizado na região sul do Pará, Iavé - como era chamado - era hipertenso e estava se recuperando da doença causada pelo novo Coronavírus e havia inclusive recentemente tido uma melhora de seu quadro clínico, mas teve uma parada cardíaca na noite desta quarta-feira, 26, e faleceu. 

Com a morte do prefeito, Redenção registra 42 pessoas mortas pela COVID-19, sendo 2.290 casos confirmados e 7.412 casos descartados.

"Segundo o último boletim médico, o prefeito estava melhorando progressivamente e os médicos que o acompanhavam já falavam até em alta da UTI. A cidade de Redenção está em choque, em menos de cinco anos o município perdeu dois prefeitos. Em 2016 Wanderley Coimbra faleceu vítima de acidente automobilístico, e em seu lugar assumiu o vice Carlo Iavé, que seria reeleito um ano depois. Natural de Itaiópolis-SC, o empresário ficou conhecido pelo empreendedorismo. De simples funcionário, Iavé comprou a empresa do seu patrão. A partir dai criou um império com concessionárias, empresas de comunicação, máquinas pesadas e implementos agrícolas, além de propriedades rurais. Iavé deixa esposa, quatro filhos e quatro netos", informou Maurício Boloni, nas redes sociais do Sul do Pará. 

No início deste mês, o prefeito de Redenção postou um vídeo já na UTI do hospital onde havia se internado, já que em sua cidade não havia estrutura de saúde capaz de lhe garantir a segurança que ele precisava para seu tratamento. 

O HOSPITAL QUE NÃO SAIU DO PAPEL E DAS PROMESSAS

Conforme noticiado pelo blog do portal Amazon Live, há pouco mais de quatro meses, no dia 19 de Maio, o governador do Estado, Helder Barbalho, assinou um convênio com a prefeitura municipal de Redenção para a construção de um Hospital de Campanha na cidade. A unidade deveria atender a população do sul do Pará, com 60 leitos, sendo 10 de Unidade de Terapia Intensiva (UTI).   

O Hospital de Campanha seria um reforço no atendimento aos pacientes dos 15 municípios da região do Araguaia, ampliando o número de leitos exclusivos para o combate ao novo coronavírus. Segundo matéria do portal Agência Pará, o Hospital de Campanha de Redenção atenderia os moradores dos municípios de Água Azul do Norte, Bannach, Conceição do Araguaia, Cumarú do Norte, Floresta do Araguaia, Ourilândia do Norte, Pau D’Arco, Redenção, Rio Maria, Santana do Araguaia, São Félix do Xingu, Sapucaia, Tucumã, Xinguara e Santa Maria das Barreiras.  

Naquele dia, Helder Barbalho disse que a instalação do Hospital de Campanha em Redenção seria uma medida preventiva, enquanto os números estavam sob controle e reduzidos nessa região.  

“Estamos aqui para cumprir um passo importante e que garante condições para o enfrentamento ao coronavírus e proteção a vida da nossa população. A assinatura do convênio ocorreu no Parque Ambiental da cidade, com a presença do governador do Estado, Helder Barbalho, do prefeito de Redenção Carlo Iavé, do prefeito de Conceição do Araguaia, Jair Martins, do deputado estadual Alex Santiago, do Secretário Estadual de Desenvolvimento Urbano e Obras Públicas Ruy Cabral, e do Secretário Estadual Executivo de Transportes Pádua Andrade.   

“É com muita alegria que recebemos esse Hospital de Campanha aqui em Redenção. Um local que dará apoio a cerca de 700 mil pessoas de 15 municípios da região sul do Estado. Nós sabemos que esse hospital vai salvar inúmeras vidas. Nós estamos muito felizes com a instalação desse hospital. É essencial saber que temos um loca de apoio, principalmente se houver um surto na região”, disse Carlo Iavé, prefeito de Redenção.  

sexta-feira, julho 24, 2020

Hidroxicloroquina não funciona em casos leves de Covid-19, diz estudo brasileiro

Na semana passada, foi publicado um estudo americano segundo o qual a hidroxicloroquina não beneficiou pacientes não hospitalizados com sintomas leves da Covid-19 que foram tratados no início da infecção.
Por Carolina Figueiredo, na CNN Brasil 
Uma pesquisa liderada pelos principais hospitais privados do Brasil e publicada nesta quinta-feira (23) no The New England Journal of Medicine descobriu que o uso da hidroxicloroquina não melhorou as condições de pacientes hospitalizados com a Covid-19 que apresentavam quadros leves ou moderados. 
O estudo verificou que o uso de hidroxicloroquina, sozinha ou associada com azitromicina, não mostrou efeito favorável na evolução clínica dos pacientes.
A hidroxicloroquina foi usada durante 7 dias na dose de 400 mg a cada 12 horas, e a azitromicina foi usada na dose de 500 mg a cada 24h, pelo mesmo período.
O resultado mostrou que o status clínico dos pacientes após 15 dias de pesquisa foi similar nos três grupos. Ou seja, a utilização do medicamento não promoveu melhoria na evolução clínica dos pacientes. 
Além disso, efeitos adversos foram observados em pacientes que utilizaram a droga. A pesquisa mostra alterações em exames de eletrocardiograma, que indicam arritmia, foram mais frequente nos grupos que utilizaram hidroxicloroquina, com ou sem azitromicina, comparada ao grupo que recebeu apenas atendimento padrão.
Há registro também de alteração de exames que podem representar lesão hepática nos grupos que utilizaram hidroxicloroquina.
A farmacêutica EMS forneceu os medicamentos para a realização do estudo, que foi aprovado pela Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep) e Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). 
O estudo foi feito com 667 pacientes com quadros leves ou moderados em 55 hospitais brasileiros. Por meio de sorteio, 271 pacientes receberam uma combinação de hidroxicloroquina, azitromicina e suporte clínico padrão. Outros 221 receberam apenas a hidroxicloroquina e o atendimento clínico. Além deles, um grupo de 227 pacientes, chamado de “grupo controle”, não recebeu nenhum dos medicamentos, apenas o atendimento clínico. 
Denominada Coalizão Covid-19 Brasil, a aliança formada para a pesquisa tem como membros os hospitais Albert Einstein, HCor, Sírio-Libanês, Moinhos de Vento, Oswaldo Cruz e a Beneficência Portuguesa de São Paulo. Além deles, também fazem parte da coalizão o Brazilian Clinical Research Institute (BCRI) e a Rede Brasileira de Pesquisa em Terapia Intensiva (BRICNet). A iniciativa conduz nove estudos voltados a diferentes populações de pacientes infectados pelo novo coronavírus. 
Na semana passada, foi publicado um estudo americano segundo o qual a hidroxicloroquina não beneficiou pacientes não hospitalizados com sintomas leves da Covid-19 que foram tratados no início da infecção.
Uso da hidroxicloroquina
Nas últimas semanas, entidades do setor de saúde no Brasil têm se manifestado sobre o uso da hidroxicloroquina no tratamento de pacientes com Covid-19.
A Sociedade Brasileira de Infectologia considerou “urgente e necessário” que a hidroxicloroquina “seja abandonada no tratamento de qualquer fase da Covid-19”.
O presidente do Conselho Nacional de Saúde (CNS), Fernando Pigatto, divulgou nota defendendo a suspensão do uso da hidroxicloroquina em pacientes com a Covid-19. 
“Milhares de vidas estão em risco. Os efeitos colaterais podem ser severos. A ciência não pode ser negligenciada. São instituições renomadas que estão alertando, mas o governo parece não se importar”, disse Pigatto.
A Associação Médica Brasileira (AMB), por sua vez, divulgou uma nota pública na qual defende a autonomia dos profissionais para receitarem a hidroxicloroquina para pacientes da Covid-19. A diretoria da entidade vê motivação política nas críticas ao fármaco e aponta risco de “legado sombrio para a medicina brasileira, caso a autonomia do médico seja restringida, como querem os que pregam a proibição da hidroxicloroquina”.
Apesar da falta de comprovação científica de eficácia em casos de Covid-19, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) é um defensor do uso da hidroxicloroquina no tratamento da doença, e afirmou ter usado o medicamento após seu diagnóstico.
Na semana passada, o Ministério da Saúde chegou a encaminhar um ofício à Fundação Oswaldo Cruz solicitando a divulgação da cloroquina e da hidroxicloroquina como tratamento precoce para a Covid-19, desde os primeiros dias de sintomas. No entanto, a pasta não citou nenhum estudo que embase a adoção dessa estratégia.
Em paralelo, o mesmo Ministério da Saúde afirmou na sexta-feira (17) que avaliava diariamente as novas evidências relativas ao uso da cloroquina no tratamento da Covid-19 e reconheceu que provavelmente mudará sua orientação atual.
“Estamos vendo quais são as evidências mais novas publicadas na literatura universal, então já somamos mais de 1 mil evidências em quase 70 boletins de evidências científicas, esses boletins são atualizados diariamente. E se mudará as orientações? Provavelmente sim. A ciência, ela muda dia após dia”, disse Hélio Angotti Neto, secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos do ministério, em entrevista coletiva.

quarta-feira, julho 22, 2020

UFPA: SINDPROIFES-PA aprova volta às aulas com segurança e inclusão

Diretoria do Sindicato dos Professores das Instituições Federais de Ensino Superior do Pará aprovou em Assembleia Geral a adoção de medidas tecnológicas para que estudantes da graduação, pós-graduação, assino como os projetos de pesquisa e extensão possam ter continuidade, contanto que haja segurança e inclusão de todos. 

Por Diógenes Brandão


Em Assembleia realizada na tarde desta quarta-feira, 22, o SINDPROIFES-PA - Sindicato dos Professores das Instituições Federais de Ensino Superior do Pará - realizou a consulta à comunidade docente da UFPA que decidiu pela manutenção das aulas no segundo semestre deste ano, ao contrário do que queria a ADUFPA - Associação dos Docentes da UFPA, que defende que as aulas sejam suspensas e que só retomem a partir de 2021, ou quando houver a vacina para a COVID-19.

A proposta do SINDPROIFES-PA é debater formas de retorno de atividades de ensino possíveis de serem desenvolvidas de forma remota, resguardando o conteúdo do trabalho e imagem social de docentes das IES, situação essa que a Administração Superior, zelosa com um de seus patrimônios, o(a) docente, poderá ver legalmente junto à sua Procuradoria.

A Assembleia foi realizada de forma virtual e aprovou a defesa da adoção do ensino remoto emergencial e uma reunião no CONSEPE - Conselho Universitário de Ensino, Pesquisa e Extensão - deverá bater martelo.

Em nota, o SINDPROIFES-PA explica sua posição:

O SINDPROIFES-PA destaca que até o momento o distanciamento social é a mais eficaz medida de combate à disseminação da COVID-19. Embora outras medidas tenham sido efetivadas no estado do Pará e no Brasil afora, como confinamento e lockdown, as mesmas ainda não são suficientes, a pandemia ainda não está sob controle e há riscos de contaminação, chamando atenção para muitas vidas de Servidores/as, discentes e seus familiares que foram perdidas para a pandemia.

A crise sanitária desnudou a face da desigualdade social e deixou claro que a maioria das(os) discentes pertencem à classe menos favorecida socialmente, para esses(as) a suspensão do calendário acadêmico e escolar resulta:  

a) Escassez de conhecimento científico, aprendizado e bens culturais que a escola, institutos e universidades oferecem;  

b) Adiamento de projetos de vida, em especial para os concluintes de graduação que vislumbram o ingresso no mundo do trabalho;  

c) Sofrimento psíquico pela indefinição do futuro e insegurança institucional no controle da doença e propostas para conviver com a crise e saída da mesma;  

d) possibilidade de aprofundamento da exclusão social;  

E para os(as) Servidores(as) Públicos das Instituições educativas, tais como as IES, tem sido produzido uma narrativa de descrédito do serviço público diante da sociedade, o qual é duramente caluniado pelo Governo Federal, sendo Servidores(as) chamados(as) de “parasitas”, improdutivos e que, portanto, merecem corte de seus salários. Essa vulnerabilidade da carreira e o questionamento do trabalho docente de todas as redes de ensino público no contexto do atual governo é visível na Instrução Normativa nº 28 de 25 de março de 2020.  

O SINDPROIFES-PA ressalta que qualquer tentativa de retomada de atividades de ensino deve levar em consideração:  

A) QUALIDADE DO ENSINO, baseada no conhecimento fruto da pesquisa científica;  

B) EQUIDADE DE ACESSO, dos(as) estudantes, aos recursos necessários à aprendizagem tendo em vista a demanda por equipamento eletrônico e acesso à banda larga;  

C) PLANO DE FORMAÇÃO DOCENTE PARA O USO DAS TECNOLOGIAS APLICADAS À EDUCAÇÃO, com o devido provimento das condições necessárias à atividade remota, o que passa, igualmente, pelo acesso aos recursos que devem ser disponibilizados pelo sistema, tanto os dados de internet quanto os dispositivos eletrônicos.  

D) RESPEITO À DIMENSÃO GERACIONAL DO PROCESSO: o fator etário é um dos determinantes na relação entre a docência e a aplicação pedagógica das tecnologias, o último parecer do MEC ressalta que 86% dos docentes sentem-se inseguros em utilizar na regência recursos tecnológicos.  

O SINDPROIFES-PA repudia qualquer tentativa de uso de uma situação de infortúnio para tirar proveitos partidários, pessoais, como mal uso de recursos públicos destinados ao combate da pandemia. É momento de união, solidariedade e acima de tudo diálogo entre todos os seguimentos da comunidade escolar e acadêmica. Desta forma estamos dialogando com a Reitoria das IES, entidades Estudantis e entidade dos(as) Servidores(as) Técnicos. Entendemos que trabalhamos muito neste período de pandemia e nossa entidade coloca sugestões para o debate e apresenta o seguinte cronograma de atividades para avançar no debate qualificado e propositivo:  

1- Contato e articulação com os/as Representantes da categoria docente no CONSEPE-UFPA para que façam uma escuta sensível da categoria em suas respectivas Unidades Acadêmicas; Contato e articulação junto à PROEN (Pró-Reitoria de Ensino) - IFPA para compartilhamento de informações sobre levantamento de dados e ações do IFPA a respeito de atividades remotas nos Campi. Período: 20 a 22/07/2020.  

2- ASSEMBLÉIA GERAL, virtual, do SINDPROIFES-PA, para deliberar posicionamentos a serem encaminhados ao Reitor da UFPA. Período: 22/07/2020 às 15h.  

3- Aplicação de Enquete junto à categoria docente sobre o ensino remoto e incentivo para que as demais categorias (Técnicos e Discentes) façam a mesma enquete junto aos seus pares. A definir o início.  

A Direção do SINDPROIFES-PA se solidariza com a categoria docente e está na luta por garantias de direitos e na resistência pela dignidade humana.

quarta-feira, julho 01, 2020

Governo Helder leva 0 em vários quesitos no combate à pandemia, mostra ranking

Pilar que diz respeito a Controle Social levou 6 notas 0 de 11 quesitos avaliados, o que coloca Governo do Pará na constrangedora condição de um dos que dificultam acesso a informações.


O estado do Pará levou ao menos uma nota zero em todos os quatro pilares que sustentam o ranking de transparência de gastos públicos elaborado pela Organização Não-Governamental (ONG) Transparência Internacional. Divulgada esta semana, a escala de avaliação vai de 0 a 100 pontos, sendo 0 péssimo, indicando que o ente é avaliado como totalmente opaco; e 100 ótimo, mostrando que governo ou prefeitura oferece alto grau de transparência. Os dados divulgados sobre contratações diretas e emergenciais são preponderantes para a pontuação.  

As informações foram levantadas pelo Blog do Zé Dudu, que analisou a base de dados que sustenta a pesquisa. Apesar de ter avançado sete posições em relação ao ranking de maio, o Governo do Pará, comandado por Helder Barbalho, ainda é o 16º em transparência, uma vez que os gastos públicos para tratamento da Covid-19 ainda são um mistério mesmo para bons entendedores. A nota do estado é, hoje, de 79,75 pontos.  

De um total de 34 indicadores avaliados nos pilares formados por “Informações Disponíveis”, “Formato das Informações”, “Legislação” e “Controle Social”, nove são nota zero. Nas Informações Disponíveis, a parte que cabe à divulgação de “edital e fases da licitação” é zero. No Formato das Informações, o que é chamado de “dicionário de dados”, para democratizar a assimilação das informações constantes dos processos do governo, também é zero. No tocante à Legislação, a nota zero é atribuída a “contratações acompanhadas por órgãos de controle”, simplesmente por não haver.

 Mas a pior parte da gestão de Helder Barbalho no tratamento das informações sobre a Covid está, disparado, no Controle Social, ou seja, na forma como o Governo do Estado tem possibilitado ao cidadão comum e à sociedade em geral acompanhar os gastos públicos. O governo Helder é zero em “redes sociais”, na parte de destaque para contratações; em “link para Ouvidoria” e “assunto Covid-19”, no que concerne à Ouvidoria; em “pedido de acesso sigiloso” e “assunto Covid-19”, no quesito transparência passiva; e, também, em “conselho ou comissão”, no âmbito de órgão coletivo.  

Do levantamento anterior para o atual, o Controle Social aparece estagnado porque em maio foram, também, seis notas 0. Estados mais pobres, como Alagoas e Maranhão, e tão intensamente assolados pela pandemia quanto o Pará, como Amazonas e Ceará, proporcionam hoje estratégias de controle social sobre os gastos públicos muito mais eficientes. É o Pará, em mais uma pesquisa, passando vergonha nacional.

Veja aqui o ranking.

terça-feira, junho 30, 2020

Atraso na entrega do hospital do Tapajós deixa 6 cidades do PA sem leitos de UTI para tratar a Covid-19

Moradores de Itaituba, no PA, protestam devido ao atraso da entrega do Hospital Regional do Tapajós.


Região soma 3.702 casos e 58 mortes de Covid-19 até esta segunda. Moradores protestam há anos devido aos atrasos na entrega das obras que começaram em 2013.

Por Taymã Carneiro, no G1 PA - Belém

O atraso na entrega do Hospital Regional do Tapajós, em Itaituba, sudeste do Pará, motiva manifestações de moradores na cidade. Sem o hospital, a região do Tapajós fica sem leitos para tratar a Covid-19 pela rede estadual. A ocupação de leitos é 0%, segundo dados do governo.  

O governador Helder Barbalho (MDB) havia anunciado a entrega para a última sexta (26) e agora o novo prazo passou a ser na primeira quinzena de julho, segundo o governo.  Segundo a direção, a unidade ainda deve funcionar, inicialmente, sem a capacidade total, somente para casos de Covid-19.  

A unidade deveria estar funcionando com 54 leitos clínicos e 20 de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para atender seis municípios, que somam 3.702 casos e 58 mortes de Covid-19 até esta segunda.


Região tem saúde pública fragilizada 

O único hospital referência para Covid-19 da região começou a ser construído em 2013 e protestos já ocorrem há anos em Itaituba.  

Na última sexta, os manifestantes acenderam velas em frente à unidade e carregavam cartazes em memória de pessoas que morreram por complicações da Covid-19 e pedindo que o hospital funcionasse com toda a capacidade.  

Os protestos começaram desde dia 19 de junho. Segundo moradores, muitos precisam se deslocar aproximadamente 369 km até Santarém para buscar tratamentos no Hospital Regional do Baixo Amazonas, incluindo pacientes com sintomas de Covid-19.  

Eles dizem ainda que quatro respiradores que seriam destinados ao município foram transferidos para leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em Santarém e que o hospital de Itaituba não funcionaria com 100% da capacidade.

Manifestantes acedem velas em protesto na frente de hospital com obras atrasadas no interior do Pará. Foto: Reprodução

Promessas 

De acordo com o governador Barbalho, a unidade de Itaituba deveria atuar com 164 novos leitos para atender a região. O hospital vai receber pacientes de outros municípios como Jacareacanga, Novo Progresso, Aveiro, Rurópolis e outros da região.  

No dia 19 de maio, Helder Barbalho anunciou que foram liberados R$42 milhões para a entrega do Hospital de Itaituba, com os 164 leitos; além de mais 120 em Castanhal e 20 em Castelo dos Sonhos.

O governador havia dito também que a unidade deve ter capacidade para atender cerca de 250 mil pessoas.  

'Outro lado' 

Sobre o atraso, a Secretaria de Saúde do Pará (Sespa) disse, em nota, que aguarda a instalação da central de oxigênio no hospital.  Já a direção do hospital disse que a unidade "só poderá entrar em funcionamento depois que a empresa fornecedora do sistema de abastecimento de oxigênio do Hospital, a White Martins, resolver os problemas técnicos que até aqui impediram o fornecimento de oxigênio".  

Ainda em nota, a direção afirmou que a unidade funcionará como hospital referência apenas para casos suspeitos ou confirmados de Covid-19 e que, por isso, vai funcionar sem a completa instalação da rede de abastecimento de oxigênio.  

"Reforçamos nosso compromisso com a resolução do entrave e esperamos que a White Martins solucione o mais rápido possível para que possamos anunciar a abertura do Hospital nos próximos dias", afirmou.

O G1 solicitou posicionamento da White Martins e aguarda retorno.

sexta-feira, junho 26, 2020

Qual a origem do dinheiro encontrado com advogado ligado a Helder e a operação da PF?

Sócio do escritório jurídico que defende Helder Barbalho, Leonardo Maia Nascimento foi encontrado com R$ 60.000,00. Ele havia assumido, em abril, o cargo de secretário-adjunto da SESPA, no lugar de Peter Cassol, com quem a PF encontrou R$ 750.000,00 reais.

Por Diógenes Brandão

Na terça-feira, 23, a Polícia Federal cumpriu o terceiro mandado de busca e apreensão em casas de suspeitos de participarem do esquema criminoso que teria desviado dinheiro destinado a salvar vidas, no combate à COVID-19. 

Dessa vez, a operação policial focou locais e pessoas ligadas ao milionário Secretário de Saúde do Pará, Alberto Beltrame, na capital e em uma cidade litorânea do Rio Grande do Sul, além de um escritório de advocacia. Só em uma luxuosa mansão em área nobre de Porto Alegre foram encontradas mais de 300 obras de arte, a maioria com valores expressivos. A suspeita é de que as obras sejam parte de um esquema de lavagem de dinheiro. 

A mansão onde abrigava o acervo, digno de dar inveja a muitos museus, estava com sua venda sendo anunciada pelo valor de R$ 6.000.000,00 (seis milhões de reais). Segundo uma avaliação preliminar, o custo total das obras pode passar dos R$ 50.000.000,00 (cinquenta milhões). 

Em sua defesa, Alberto Beltrame emitiu uma nota em que alegou que as obras "são fruto de 35 anos de trabalho" e que "foram adquiridas antes de minha gestão como Secretário de Saúde no Pará". Além disso, afirmou que algumas delas são cópias. "As que têm valor foram declaradas no meu imposto de renda. Foram pagas com transferências bancárias e tenho suas notas fiscais", diz o texto. 

O que o Secretário Estadual de Saúde não disse é que trouxe do Rio Grande do Sul ao Pará, um parceiro. Trata-se de Peter Cassol Silveira, que recentemente foi exonerado do cargo de Secretário-adjunto da SESPA, onde também chegou a acumular o cargo de diretor-financeiro. 

Em sua casa, a PF encontrou uma caixa térmica (cooler) com R$750.000,00 (setecentos e cinquenta mil reais). No dia 15 de abril deste ano, Peter foi afastado do cargo da SESPA e em seu lugar assumiu o advogado Leonardo Nascimento, com quem a Polícia Federal encontrou R$ 60.000,00 (sessenta mil reais). 

Na última sexta-feira, 19, o governador e seu ex-chefe da Casa Civil, Parsifal Pontes assinaram a exoneração da secretária adjunta de Gestão de Políticas de Saúde, Ivete Gadelha Vaz, e mais outros 30 servidores da SESPA. As exonerações foram publicadas no Diário Oficial do Estado e causou surpresa e indagações. Há suspeitas de que esses servidores foram afastados dos seus cargos para dificultar as investigações no órgão, que foi abalado pela operação Para Bellum, da Polícia Federal.



Diferente da SESPA, o gabinete do governador manteve no cargo o assessor jurídico lotado na Casa Civil, Leonardo Maia Nascimento, que além do cargo no governo é sócio do escritório de advocacia Centeno, Nascimento, Pinheiro, & Almeida Advogados, que é justamente o escritório que defende Helder Barbalho. 



Conforme noticiado pelo blog do portal Amazon Live, Leonardo é íntimo da família Barbalho, tendo atuação em processos judiciais contra adversários e na defesa dos seus interesses políticos e financeiros, inclusive frequenta a casa do governador, conforme pode ser comprovado em fotos publicadas em suas redes sociais.  



Leonardo é sócio do advogado Alex Centeno, que é filho de Camilo Centeno, sobrinho da deputada federal Elcione Barbalho (MDB), mãe do governador. Além de ser primo do governador, Camilo Centeno é diretor da RBA, empresa da família Barbalho. No governo, Leonardo está lotado no cargo de Assessor Especial III, o qual tem o salário de R$ 6.129,26 bruto e líquido de R$ 5.126,09.

O Ministério Público já deveria ter se manifestado sobre o que pretende fazer em relação a essa, no mínimo, estranha ligação deste advogado com os contratos da SESPA, com empresas suspeitas, e checar a origem do dinheiro que estava em sua residência e que ele ainda não explicou.

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