terça-feira, outubro 05, 2010
Deputados Estaduais Eleitos
Candidato | Partido | Votos | % |
---|---|---|---|
EDMILSON RODRIGUES | PSOL | 85.412 | 2,51 |
MÁRCIO MIRANDA | DEM | 67.530 | 1,99 |
PIONEIRO | PSDB | 54.047 | 1,59 |
SIMONE MORGADO | PMDB | 50.946 | 1,50 |
CHICO DA PESCA | PT | 49.702 | 1,46 |
SIDNEY ROSA | PSDB | 48.931 | 1,44 |
BORDALO | PT | 45.075 | 1,33 |
ALEXANDRE VON | PSDB | 44.837 | 1,32 |
CILENE COUTO | PSDB | 43.924 | 1,29 |
MARTINHO CARMONA | PMDB | 43.457 | 1,28 |
JÚNIOR FERRARI | PTB | 43.279 | 1,27 |
JUNIOR HAGE | PR | 41.835 | 1,23 |
TIÃO MIRANDA | PTB | 41.193 | 1,21 |
MEGALE | PSDB | 40.090 | 1,18 |
CHICÃO | PMDB | 39.856 | 1,17 |
VALDIR GANZER | PT | 37.463 | 1,10 |
ANA CUNHA | PSDB | 35.336 | 1,04 |
DR. HAROLDO MARTINS | DEM | 33.921 | 1,00 |
BERNADETE | PT | 33.736 | 0,99 |
AIRTON FALEIRO | PT | 32.893 | 0,97 |
EDUARDO COSTA | PTB | 32.458 | 0,96 |
LUZINEIDE | PR | 32.435 | 0,95 |
PROF EDILSON MOURA | PT | 32.402 | 0,95 |
NILMA LIMA | PMDB | 30.359 | 0,89 |
JOAQUIM PASSARINHO | PTB | 30.195 | 0,89 |
PARSIFAL | PMDB | 29.863 | 0,88 |
FERNANDO COIMBRA | PDT | 29.036 | 0,85 |
ANTONIO ROCHA | PMDB | 28.977 | 0,85 |
JOSEFINA | PMDB | 28.544 | 0,84 |
ELIEL FAUSTINO | PR | 28.537 | 0,84 |
MACARRÃO | PMDB | 28.120 | 0,83 |
OZORIO JUVENIL | PMDB | 28.035 | 0,83 |
PAULO TITAN | PMDB | 26.761 | 0,79 |
PIO X | PDT | 26.269 | 0,77 |
CASSIO ANDRADE | PSB | 25.414 | 0,75 |
MARIO MOREIRA | PTB | 24.322 | 0,72 |
BELO | PSB | 24.292 | 0,72 |
TETE | PSDB | 23.975 | 0,71 |
GABRIEL GUERREIRO | PV | 23.541 | 0,69 |
DR. WANDERLAN | PMDB | 23.459 | 0,69 |
ALESSANDRO NOVELINO | PMN | 23.389 | 0,69 |
RAIMUNDO SANTOS | PR | 23.250 | 0,68 |
ZE MARIA | PT | 23.128 | 0,68 |
MILTON ZIMMER | PT | 22.906 | 0,67 |
REGINALDO CAMPOS | PSB | 22.898 | 0,67 |
PROFESSOR ALFREDO COSTA | PT | 22.762 | 0,67 |
SCAFF | PMDB | 22.500 | 0,66 |
JOÃO SALAME | PPS | 22.127 | 0,65 |
PASTOR DIVINO | PRB | 22.118 | 0,65 |
segunda-feira, outubro 04, 2010
Blog da Franssinete Florenzano: Eleitos ou não, eis a questão
sexta-feira, outubro 01, 2010
quinta-feira, setembro 30, 2010
Dicionário Papa Xibé
Ao conhecer uma paraense que passou muito tempo distante do Pará (Bahia e Itália) e apresentando-lhe algumas coisas que parimos no tempo em que esteve ausente, fui atrás de um site/blog que pudesse mostrar-lhe um pouco da obra literária genuinamente paraense e encontrei esta síntese do Dicionário Papa Xibé.
Por demais porrêta!
Eu falo Ééégua!
O dicionário Papa Xibé tenta reunir uma parte deste porrudo vocabulário que é um registro do jeito paraense de falar que encanta a quem chega nesta terra…
Aqui no Pará, dizemos tu em vez de você, falamos eras, que já foi Ebe e hoje é égua, que é usado em 99% das frases ditas pelo paraense, seja de admiração, insatisfação, raiva espanto, na alegria e na tristeza… até que a morte nos cale!
Aqui quando alguma coisa é muito boa, bacana, excelente, legal… é por que ela é Pai d’égua!!!.
As crianças daqui não fazem travessuras e sim estripulias; não quebram os brinquedos e sim esbandalham, não brincam de pic e sim de pira… pira-alta, pira-pega, pira-maromba, pira se esconde, as meninas brincam de macaca ao invés de amarelinha, os meninos brincam de peteca ao invés de bola de gude… também empinam papagaio, curica, rabiola, mas desde que a linha tenha bastante cerol para poder gritar _Au vaiêêê!!!.
Viagem de barco ou lancha?… preferimos ir de pô-pô-pô, rabeta ou vuadeira… é mais emocionante!
Aqui os insetos têm muitos nomes diferentes: é carapanã, maruim, mucuim, mutuca, muriçoca… e muitos outros M.
Preferimos a maniçoba ao invés de feijoada, jerimum ao invés de abóbora, macaxeira ao invés de aipim, mingau de milho ao invés de canjica, e canjica é como chamamos para o curau.
Paraense quando adoece, não fica fraco, fica despombalecido, pode até baldear… mas só um caribé para dar uma reanimada.
Aqui Tomamos suco de taperebá e não de cajá… tomamos açaí e não Jussara, mas com farinha d’água, camarão, peixe ou charque, nada de granola e banana…isso não! Misturar qualquer fruta com açaí pode ser fatal!
Aqui não contamos anedota, contamos causos de verdade… é Matinta-perera, Boto, Curupira, Mapinguari, Quem-te-dera e muita história de visagem! Nada de lorota ou potoca!
Antão… depois do almoço vem aquela chuvinha da tarde… aí dá aquela murrinha… ficamos até mufinos!
Enfim, existem palavras e expressões que só mesmo o paraense para entender e usar com tanta propriedade em todas as situações do dia-a-dia. E se você faz ou já fez alguma destas coisas em riba, é porque com certeza é um verdadeiro Papa Chibé!!!
Divirta-se!
Por Gisele Lopes Moreira. Turismóloga e apaixonada pelo Pará.
Acesa: assanhada, fogosa Acesume: assanhamento, fogo Acocar-se: abaixar-se
Abicorar: ficar por perto, só “manjando”. Também usado por quem joga peteca (bola de gude) como a estratégia para ficar perto da peteca do adversário. Alembrar: lembrar Antão: então Apresentado: atrevido, enxerido Arapuca: armadilha para pegar passarinho em forma de pirâmide, feita com gravetos amarrados Areia gulosa: areia movediça Arisco: danado, ágil, ligeiro, difícil, esquivo, desconfiado Arredar: afastar Arreparar: reparar, observar, tomar conta Arremedar: imitar Assanhado: bagunçado, mal arrumado, não penteado Avoado: distraído, aquele que anda com a cabeça no ar Axí: interjeição depreciativa; significa desdém, nojo, repulsa Azucrinar: exasperar, apoquentar, irritar, enfurecer, aborrecer
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Bafo: mau hálito Baladeira: atiradeira, objeto feito com uma forquilha de madeira com uma borracha que serve para atirar pedras Baldear: vomitar Baque: pancada, machucado Barranco: ribanceira Beiju: bolo feito de massa de mandioca ou de tapioca Beirada: cercania, arredores, nome genérico dado às margens dos igarapés, dos rios, dos lagos, das calçadas Bença: benção Benjamin: adaptador de tomadas Benzimento: ato de benzer Bichinho: forma de tratamento que traduz afeto e carinho Bilha: pequena moringa de barro com gargalo estreito destinada a guardar água a ser consumida Bocada: mordida Boiúna: cobra-grande, sucuri Bolo podre: bolo feito com farinha de tapioca Boró: dinheiro trocado Bombom: balinha Breguesso: coisa sem maior valor Breúme ou Breu: escuro, negro Bubuiar ou de bubuia: flutuar na superfície d’água Buiado: Endinheirado Burridade: burrice Bustela: meleca
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Caboclo ou Caboco: mistura de branco com índio, interiorano, analfabeto, semi-analfabeto Cabaço: pessoa virgem, que nunca teve relações sexuais Caboquice: adjetivo que diminui algo/fato; palhaçada Cacuri ou Curral ou Caiçara: armadilha para pegar peixes Cagoeta: fofoqueiro, aquele que não sabe guardar segredo, dedo-duro Calango: lagarto verde Calombo: inchaço, tumefação, elevação na pele Camapu: Fruto comestível de pouco valor, de formato arredondado, de cor verde ou amarelo, envolvido em capa protetora. Physalis angulata L. da família das Solonáceas Candinha: faladora, fofoqueira Candiru: Peixe miúdo muito conhecido, e até mesmo temido, por penetrar em qualquer orifício do corpo humano, quando imerso em água Vandellia cirrhosa Cangote ou Cogote: pescoço Caninga: má sorte, azar Carambela: cambalhota Carapanã: pernilongo, mosquito Caribé: mingau feito com farinha d’água bem fininha. Diz a crença ser alimento forte, que levanta as forças, quando tomado, em especial, em jejum Casco: canoa pequena, feita de uma só peça de tronco cavado, sendo que o tripulante ou canoeiro senta na popa Catiroba: menina fácil, que “fica” com qualquer um Catinga ou Inhaca: fedor, mau-cheiro, odor forte e desagradável, normalmente proveniente das axilas de quem não toma banho Causo: caso, fato, anedota Cemitério ou jogo de cemitério: queimada Cerol: mistura de vidro moído com cola de sapateiro, cuja finalidade é encerar linha de papagaio Charque: carne seca, jabá Chibé: alimentação que consiste na mistura de água e farinha d’água. Constitui um tipo de alimentação no meio da gente pobre. Aquele que se alimenta desta mistura é Papa-Chibé. Também este é o apelido dado aos naturais do Pará e do Amazonas. Chope: Suco de frutas congelado que vem dentro de um saco plástico Cisma: desconfiança, inquietação, preocupação Cocorote ou coque: Um leve soco com a falange dos dedos na cabeça; o mesmo que cascudo. Coivara: amontoado de paus velhos, de galhos e de folhas secas; restos de queimadas, sujeitos a uma nova queimada, servindo posteriormente, para adubar o terreno em que se cultiva a lavoura Consumição: lida, inquietação, preocupação Cuí: farinha fina, peneirada; resto de alguma coisa em forma de pequenos grãos; pouco. Cuia: Casca do fruto da cuieira. Quando seca e sem miolo é usada como utensílio doméstico, servindo de farinheira, de tigela para mingau; vasilhame para tomar tacacá Cuíra: inquieto, traquino, curiosidade, desejo, inquietação, gastura, impaciência. Cumbuca: vaso feito de cabaça na parte superior da qual se fez uma abertura circular. É destinado a conter água e outros líquidos. Cunhã: moça, mulher jovem Curica: papagaio pequeno feito de papel, e, raramente, com pequenas talas de miriti; geralmente feito com folhas de jornal ou revista. Curupira: ente fantástico que habita as matas, cuja característica é ter os calcanhares para frente e os dedos voltados para trás. É o protetor das matas Cuscuz: iguaria que se faz com farinha de milho e é cozida à vapor. Por cima salpica-se coco ralado e ainda derrama-se algumas colheradas do leite do coco Cusparada: cuspir repetidamente
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Danação: diabrura, travessura de criança Disque: o mesmo que “diz que” ou “dizem que” Diacho: expressão de desapontamento, raiva Derrubar: cagoetar, entregar, dedurar Despombalecido: estado de moleza e cansaço,fraqueza, enfermidade
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Embrabecer: enfurecer-se, ficar brabo, aborrecido Encafifar: encabular-se, envergonhar-se, intrigar-se Empiriquitada: faceira, moça bem arrumada Esbandalhar ou escangalhar: quebrar, destruir Esmigalhar: amassar, desmanchar, dividir em vário pedaços pequenos Espeta-caju: cabelo liso e pontiagudo que nem o pente abaixa Espiar: olhar, ver Espinha: coluna vertebral Estirão: caminhada longa; longo trecho de riacho, sem curvas Estiva: ponte feita de um só pau, sobre forquilhas em terrenos alagadiços ou pantanosos Estripulia: travessura, traquinice
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Facada: algo muito caro Farinhar: Fazer ou vender farinha Feridento: cheio de feridas Forquilha: vara aforquilhada para impulsionar a canoa Frito: estar em dificuldade, ferrado, com problemas Furdunço: festança popular; muita gente reunida; bagunça
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Gambiarra: coisa mal feita, improvisada Gastura: mal-estar, inquietação, angústia Gazeteiro: aquele que falta às aulas Gito ou Gitito: pequeno, miúdo Gororoba: comida mal feita ou de má qualidade Guariba: tosse forte e violenta, às vezes sufocante
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Igaçaba: pote de barro, de boca larga, servindo para depósito de água e de farinha Igapó ou Gapó: alagado; área que fica alagada por um determinado período do ano Igarapé: canal, córrego ou estreito natural situado entre duas ilhas, ou ainda, entre ilha e terra firme Igarité: embarcação grande, de madeira, impulsionada a remo ou motor Ilharga: ao lado, próximo Inhambu ou Nambu: designação comum às aves tinamiformes da família dos Tinamídeos, parecem com galinhas
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Jamaxi: grande paneiro, tecido de cipó, formando malhas fechado ou aberto. É apoiado na testa e serve para carregar alimentos ou crianças Jararaca: cobra venenosa, porém mansa; pessoa de gênio forte; Jerimum ou Jurumum: abóbora; fruto da aboboreira Jia: tipo de anfíbio pequeno e de pele fria Jirau: estrado de madeira, preso ao chão, cuja finalidade é para lavar ou guardar utensílios domésticos, principalmente panelas e pratos. É comum nos interiores Joça: porcaria; coisa sem valor; interjeição exclamativa de aborrecimento Jururu: triste, melancólico, quieto, adoentado, abatido Juta-irica ou jutaicica: árvore de grande porte, resinosa. Quando o seu tronco é ferido, escorre um óleo, adicionado a uma solução, serve para preparar vernizes.Muito usado para envernizar o interior de panelas de barro
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Leso: idiota, maluco, doido Lombriguento: cheio de lombrigas Lorota: mentira, conversa fiada
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Macaxeira: o mesmo que aipim. Não é venenosa como a mandioca Macaca: mesmo que brincadeira de amarelinha Maciota: sem esforço, na tranqüilidade Maldar: fazer mal juízo, pensar mal de alguém Malinar: irritar, fazer travessuras, judiar, fazer maldade com alguém Mandioca: Planta leitosa, com tubérculos em amido. Algumas espécies são venenosas e servem para fazer farinha de mesa Manemolência: moleza, indisposição, fraqueza Mangal: terreno cheio de mangues Manicuera: bebida doce feita a partir da fermentação da mandioca Maninhu ou Maninho: colega, amigo, companheiro Maniva: planta da família euforbiáceas que depois de moída, serve para fazer a maniçoba, que é um prato típico da região Mapinguari: gigante lendário semelhante ao homem, coberto de pêlos, com um olho na testa e uma boca na barriga Maracá: chocalho artesanal feito de cuia, sementes e madeira Marajoara: aquele que é natural da ilha do Marajó; Sociedade ceramista que habitou a ilha do Marajó no passado Marimbondo: inseto dotado de ferrão da espécie menóptero. É um tipo de caba, vespa Maromba: jirau onde se põe o gado por ocasião das cheias. Brincadeira de criança onde se usa uma bola para acertar em outra pessoa Maruim: inseto de picada dolorosa Matapi: armadilha artesanal feita de talas de palmeira, utilizada para a pesca do camarão de água doce Matuto: desconfiado, acaboclado, acanhado, tímido; aquele que vive no mato Mucuim ou Micuim: inseto cuja picada provoca forte coceira Miriti: Palmeira muito alta própria de lugares alagados. Suas folhas servem para construção de telhados e também é usado na confecção de brinquedos de miriti, que fazem muito sucesso no período do Círio de Nazaré Mofino ou Mufino: adoentado, enfraquecido, mole, abatido, cansado, sem ânimo, triste Molongó: adoentado, fraco, abatido Montaria: canoa pequena feita de toco escavado e ateado fogo Moquear: secar a carne ou peixe ao moquém para serem conservados Moquém: grelha de vara para assar e secar o peixe ou a carne Mocegar ou amorcegar: subir ou descer de um transporte terrestre em movimento Moroçoca ou Muriçoca: mosquito de picada dolorida Morrinha ou Murrinha: quebreira, preguiça, tédio, indisposição, moleza Muiraquitã: amuleto indígena, símbolo de sorte e fertilidade. Normalmente têm a forma zoomórfica de uma rã e são feitos de jadeíte. Segundo à lenda, eram feitos pelas guerreiras Amazonas Mundiar: encantar, atrair, seduzir Mutá: espécie de escada tosca usada pelos seringueiros para subir nas árvores Mutuca: nome dado a um inseto de picada forte, da família Tabanídeos
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Ovada: mulher grávida, estado de gestação
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Pai-d’égua: algo excelente, ótimo, muito bom Panela: dente acariado, estragado Panema: infeliz, azarado, sem sorte na caça, na pesca e na vida Papa-chibé ou Papa Xibé: paraense autêntico; aquele que se alimenta de chibé (água e farinha) Papeira: o mesmo que caxumba ou parotidite. Doença causada pela inflamação das glândulas parótidas Pareceiro: parceiro; qualquer um Paresque: parece que Parideira: mulher que tem muitos filhos Pão careca: nome dado ao pão francês de massa grossa Paúra: gastura, aflição, irritação Pavulage: faceirice, convencimento, metidez, frescura, pedante, pretensioso Pávulo: vaidoso, gabola, convencido, metido Peconha: laço de corda ou de cipó que se prende aos pés das pessoas para auxiliar a subida em árvores sem ramo, em especial, palmeiras de açaí Penico: urinol, bacio, mijador Pequena: menina, moça, namorada, mulher. Termo muito usado na cidade de Cametá Pereba: ferida; lesão na pele Peteca: o mesmo que bolinha de gude Pipira: mulher que dá em cima do homem alheio Piquixito: pequeno, pequenino Pira: sarna, ferida. Brincadeira de criança, tipo pira-alta, pira esconde…; o mesmo que pic Piracema: época em que os grandes cardumes de peixes vão para as nascentes dos rios para desovar Piracuí: farinha feita a partir de restos de peixe Pirão: Papa grossa de farinha de mandioca escaldada. Qualquer mistura de caldo de carne, galinha ou peixe com farinha Pirento: aquele que possui muitas feridas Pissica: má sorte; desejar o azar do outro; torcer contra Pitar: fumar, cachimbar, tragar Pitinga: branca. Diz-se da cuia depois de seca, sem pintura Pitiú: Cheiro característico de peixe; cheiro de maré, de maresia Pitó: arranjo feito com os cabelos, puxados para trás em forma de círculo, com abertura no centro, preso por pente-travessa; o mesmo que coque Ploc: garota de programa; prostituta; meretriz Pô-Pô-Pô: Embarcação típica ribeirinha, composta por um a canoa coberta, movida a motor de 2 tempos. Possui esse nome devido ao barulho produzido pelo motor quando está navegando pelo rio Poronga: lamparina usada por ocasião da pesca do camarão; refletor. Espécie de lanterna artesanal usada para iluminação Pororoca: encontro das águas do rio com as águas do mar, formando grandes ondas nos rios, causando turbulência e forte estrondo Potoca: mentira, conversa fiada, papo furado Prenha: grávida, buchuda Priprioca: planta herbácea cujas raízes têm forma de botão e o caroço tem aroma especial; muito usada para fazer perfumes Puçá: pequena rede para pescar camarão Puxada: construção que prolonga o corpo central da casa
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Quebranto: mal-olhado Quem-te-dera: ser lendário que costuma encantar homens e usá-los como montaria a noite inteira
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Rabiola: um tipo de pipa feita com papel de seda e talas de miriti Ranzinza: birrento, teimoso, rabugento Rasga-mortalha: espécie de coruja (suindara) que vive nas cidades e, segundo a crença popular, é agourenta Refastelar: descansar, distrair-se Reinar: malinar, irritar, provocar Remanso: correnteza na margem oposta à do canal do rio, formando um verdadeiro funil. É também chamado de redemoinho Remendo: conserto ou costura de uma roupa Restinga: faixa de mato às margens do rio, que surge por ocasião das grandes marés ou cheias de inverno, aflora enquanto o terreno aparece submerso Riba: acima de, em cima de
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Sabrecar ou Saprecar: chamuscar, queimar superficialmente Saído: esperto, saliente, enxerido, intrometido Sairé: dança e canto dos tapuios. Manifestação popular que ocorre na cidade de Santarém Sagica: rijo, duro Sapecar: jogar fora, atirar para longe Sapopema: raiz que cerca a base do tronco de muitas árvores, como a Samaumeira. Índios usavam sua raiz como abrigo Sarará: mestiço, arruivado; pequeno caranguejo Sassariqueira: assanhada, alegre Sereno: brisa fria após a chuva Seboso: sujo, porcalhão, sem higiene
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Tabatinga: argila sedimentar mole e untosa Tabefe: tapa estalado; bofete Tacacá: bebida de herança indígena servida em cuia, feita de goma de mandioca fervida, tucupi, camarão seco e jambu. Faz parte da culinária típica do Pará Tapagem: barragem de terra para represar rios e igarapés Tapera: habitação pobre e simples, sítio abandonado, pobreza Tapioca: farinha em grãos maiores e bem alva que se extrai da mandioca; espécie de beiju seco consumido com manteiga ou coco Tapuru: bicho de fruta; qualquer larva branca venenosa ou não Taquari: cachimbo feito de bambu Tarubá: bebida fermentada feita da massa de mandioca Teba: grande, forte, avantajado Teso: parte elevada de um terreno alagado; duro Tijuco: pântano, atoleiro, lama preta Tipiti: instrumento de palha usado para separar a massa de mandioca do tucupi Tipitinga: água esbranquiçada, barrenta Tiquira: aguardente de mandioca Topada: tropeço, pancada no pé Toró: chuva muito forte Trapiche: construção, na maioria das vezes, de madeira que adentra os limites do rio ou do mar, utilizada para embarque e desembarque de passageiros ou mercadorias, bem como o pescado. Conhecida popularmente em outros estados como: Porto; dique; ponte Travessa: tiara; arco usado para enfeitar os cabelos Tucandeira: tipo de formiga cuja ferrada é muito dolorida; sinônimo de calça pescador Tucupi: líquido amarelo extraído da mandioca, depois de ralada e espremida. Muito usado em pratos da culinária paraense. Se não for fervido, torna-se venenoso Tuíra: sujo, ressequido (pelo sol e pela lama) Turú: molusco que se alimenta de troncos submersos, cavando buracos e causando prejuízos em embarcações. O Turu é um alimento muito consumido em comunidades pesqueiras
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Ubá: embarcação indígena sem quilha e sem banco, construída de um só lenho, escavado a fogo ou de uma casca inteiriça de árvore cujas extremidades são amarradas com cipó Urupema: espécie de peneira de fibra vegetal usada na culinária
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Visagem: espírito, alma penada, assombração Visgo: rastro Varejeira: mulher safada, que namora com vários homens Voadeira: lancha, embarcação aquática veloz movida a motor
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Xarão: tabuleiro de alumínio; fôrma de alumínio retangular Xirí: vagina, órgão genital feminino
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Zinho: pequeno, inferior
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E você? Conhece alguma palavra paraense que não está aqui? Então nos envie a sua palavra com o significado para aumentarmos ainda mais nosso vocabulário!
Por Gisele L. Moreira
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Fontes de Pesquisa:
Vocabulário Popular em Dalcídio Jurandir, por Rosa Assis. Belém, UFPA, 1992.
Dicionário Aurélio, por Aurélio Buarque de Holanda, edição digital, 2009.
Blogs:
http://recantodasletras.uol.com.br
http://acaidasletras.blogspot.com
http://forum.brfoto.com.br
http://equilibriodistante.blogspot.com
Sites:
www.bregapop.com
A Música do Momento
Pensando em uma música que representasse este período que antecede as eleições do próximo domingo, um bom anjo me fez lembrar dessa linda canção do nosso grande Beto Guedes em parceria com o Ronaldo Bastos.
O sal da Terra
Roupa Nova
Composição: Beto Guedes - Ronaldo Bastos
Anda, quero te dizer nenhum segredo
Falo nesse chão da nossa casa
Vem que tá na hora de arrumar
Tempo, quero viver mais duzentos anos
Quero não ferir meu semelhante
Nem por isso quero me ferir
Vamos precisar de todo mundo
Pra banir do mundo a opressão
Para construir a vida nova
Vamos precisar de muito amor
A felicidade mora ao lado
E quem não é tolo pode ver
A paz na Terra, amor
O pé na terra
A paz na Terra, amor
O sal da Terra
És o mais bonito dos planetas
Tão te maltratando por dinheiro
Tu que és a nave nossa irmã
Canta, leva tua vida em harmonia
E nos alimenta com teus frutos
Tu que és do homem a maçã
Vamos precisar de todo mundo
Um mais um é sempre mais que dois
Pra melhor juntar as nossas forças
É só repartir melhor o pão
Recriar o paraíso agora
Para merecer quem vem depois
Deixa nascer o amor
Deixa fluir o amor
Deixa crescer o amor
Deixa viver o amor
(O sal da terra)
Somos todos grupelhos
quarta-feira, setembro 29, 2010
quinta-feira, setembro 23, 2010
Soberana é a Constituição, pois é ela quem dá corpo e alma à soberania do povo.Essa frase soaria melhor em meus ouvidos se fosse lida ao contrário: Soberano é o povo, pois ele é quem dá corpo e alma à Constituição. Nesse trecho do manifesto, encontramos um chororô tucano autoexplicativo:
É repugnante que essa mesma máquina oficial de publicidade tenha sido mobilizada para reescrever a História, procurando desmerecer o trabalho de brasileiros e brasileiras que construíram as bases da estabilidade econômica e política, com o fim da inflação, a democratização do crédito, a expansão da telefonia e outras transformações que tantos benefícios trouxeram ao nosso povo.* E o Gabeira, ou melhor, o ex-Gabeira esteve ontem no Clube da Aeronáutica, no centro do Rio, e proferiu insanidades golpistas simplesmente inacreditáveis: Trechos da matéria do Globo:
Fernando Gabeira (...) criticou o governo federal, que, na sua visão, tem a "tentação de suprimir a liberdade de imprensa e até as próprias leis".
"há a tentação de suprimir a propriedade privada, evidentes em iniciativas do MST; tentação de suprimir a liberdade de imprensa; e tentação de suprimir em certos momentos as próprias leis".Mas o pior vem agora. Respirem fundo: Gabeira defendeu a utilização das Forças Armadas no enfrentamento do tráfico no Rio. (...) "Falta inteligência na segurança. E as Forças Armadas têm grande know-how. O deslocamento de tropas para áreas da cidade tem questões de legislação... Serviço de inteligência, quando bem-feito, ninguém sabe quem fez. E já houve trabalho de inteligência do Exército no combate a civis". Mon Dieu! Macacos me mordam! Ele defende o uso de inteligência do exército no combate a civis! Tudo bem, o exército sempre pode cooperar, mas a maneira como ele se posiciona, parece que está mesmo incentivando um golpe! Primeiro fala que o governo quer suprimir as leis e a propriedade privada, e depois diz que o exército pode usar seu serviço de inteligência para combater civis! Onde ele quer chegar! * Mais manifestações golpistas:
- Editorial velhaco e velhusco do Estadão, talvez copiado de alguma edição de março de 1964. Eles atacam o presidente dia e noite, desde que ele tomou posse, e quando Lula reage, eles se colocam como vítimas inocentes.
- Dora Kramer e Merval Pereira e suas xaropadas reaças de sempre.
Mundo maluco II - O Clube Militar promove hoje um seminário "Democracia & Liberdade de Expressão". No mesmo dia, em São Paulo, alguns sindicatos realizam um ato contra a imprensa. Na ditadura, era o contrário.Goes sabe muito bem que não era bem assim. Os sindicatos, na época de Jango, apoiavam o governo e também viviam em pé de guerra com a imprensa, a qual, por sua vez, tambem acusava dia e noite o governo de pretender instalar um regime totalitário no país.
Fim de um ciclo em que a velha mídia foi soberana
Por Luís Nassif
Dia após dia, episódio após episódio, vem se confirmando o cenário que traçamos aqui desde meados do ano passado: o suicídio do PSDB apostando as fichas
O provável anúncio da saída de Aécio Neves marca oficialmente o fim do PSDB e da aliança com a velha mídia carioca-paulista que lhe forneceu a hegemonia política de
Daqui para frente, o outrora glorioso PSDB, que em outros tempos encarnou a esperança de racionalidade administrativa, de não-sectarismo, será reduzido a uma reedição do velho PRP (Partido Republicano Paulista), encastelado
O Fim de um período odioso
Restarão os ecos da mais odiosa campanha política da moderna história brasileira – um processo que se iniciou cinco anos atrás, com o uso intensivo da injúria, o exercício recorrente do assassinato de reputações, conseguindo suplantar em baixaria e falta de escrúpulos até a campanha de Fernando Collor em 1989.
As quarenta capas de Veja – culminando com a que aparece chutando o presidente – entrarão para a história do anti-jornalismo nacional. Os ataques de parajornalistas a jornalistas, patrocinados por Serra e admitidos por Roberto Civita, marcarão a categoria por décadas, como símbolo do período mais abjeto de uma história que começa gloriosa, com a campanha das diretas, e se encerra melancólica, exibindo um esgoto a céu aberto.
Levará anos para que o rancor seja extirpado da comunidade dos jornalistas, diluindo o envenenamento geral que tomou conta da classe.
A verdadeira história desse desastre ainda levará algum tempo para ser contada, o pacto com diretores da velha mídia, a noite de São Bartolomeu, para afastar os dissidentes, os assassinatos de reputação de jornalistas e políticos, adversários e até aliados, bancados diretamente por Serra, a tentativa de criar dossiês contra Aécio, da mesma maneira que utilizou contra Roseana, Tasso e Paulo Renato.
O general que traiu seu exército
Do cenário político desaparecerá também o DEM, com seus militantes distribuindo-se pelo PMDB e pelo PV.
Encerra-se a carreira de Freire, Jungman, Itagiba, Guerra, Álvaro Dias, Virgilio, Heráclito, Bornhausen, do meu amigo Vellozo Lucas, de Márcio Fortes e tantos outros que apostaram suas fichas em uma liderança destrambelhada e egocêntrica, atuando à sombra das conspirações subterrâneas.
Em todo esse período, Serra pensou apenas nele. Sua campanha foi montada para blindá-lo e à família das informações que virão à tona com o livro do jornalista Amaury Ribeiro Jr e da exposição de suas ligações com Daniel Dantas.
Todos os dias, obsessivamente, preocupou-se em vitimizar a filha e a ele, para que qualquer investigação futura sobre seus negócios possa ser rebatida com o argumento de perseguição política.
A interrupção da entrevista à CNT expôs de maneira didática essa estratégia que vinha sendo cantada há tempos aqui, para explicar uma campanha eleitoral sem pé nem cabeça. Seu argumento para Márcia Peltier foi: ocorreu um desrespeito aos direitos individuais da minha filha; o resto é desculpa para esconder o crime principal.
Para salvar a pele, não vacilou em destruir a oposição, em tentar destruir a estabilidade política, em liquidar com a carreira de seus seguidores mais fiéis.
Mesmo depois que todas as pesquisas qualitativas falavam na perda de votos com o denuncismo exacerbado, mesmo com o clima político tornando-se irrespirável, prosseguiu nessa aventura insana, afundando os aliados a cada nova pesquisa e a cada nova denúncia.
Com isso, expôs de tal maneira a filha, que não será mais possível varrer suas estripulias para debaixo do tapete.
A marcha da história
Os episódios dos últimos dias me lembram a lavagem das escadarias do Senhor do Bonfim. Dejetos, lixo, figuras soturnas, almas penadas, todos sendo varridos pela água abundante e revitalizadora da marcha da história.
Dia após dia, mês após mês, quem tem sensibilidade analítica percebia movimentos tectônicos irresistíveis da história.
Primeiro, o desabrochar de uma nova sociedade de consumo de massas, a ascensão dos novos brasileiros ao mercado de consumo e ao mercado político, o Bolsa Família com seu cartão eletrônico, libertando os eleitores dos currais controlados por coronéis regionais.
Depois, a construção gradativa de uma nova sociedade civil, organizando-se em torno de conselhos municipais, estaduais, ONGs, pontos de cultura, associações, sindicatos, conselhos de secretários, pela periferia e pela Internet, sepultando o velho modelo autárquico de governar sem conversar.
Mesmo debaixo do tiroteio cerrado, a nova opinião pública florescia através da blogosfera.
Foi de extremo simbolismo o episódio com o deputado do interior do Rio Grande do Sul, integrante do baixo clero, que resolveu enfrentar a poderosa Rede Globo.
Durante dias, jornalistas vociferantes investiram contra UM deputado inexpressivo, para puni-lo pelo atrevimento de enfrentar os deuses do Olimpo. Matérias no Jornal Nacional, reportagens
E o gauchão, dando de ombros: meus eleitores não ligam para essa imprensa. Nem me lembro do seu nome. Mas seu desprezo pela força da velha mídia, sem nenhuma presunção de heroísmo, de fazer história, ainda será reconhecido como o momento mais simbólico dessa nova era.
Os novos tempos
A Rede Record ganhou musculatura, a Bandeirantes nunca teve alinhamento automático com a Globo, a ex-Manchete parece querer erguer-se da irrelevância. De jornal nacional, com tiragem e influência distribuídas por todos os estados, a Folha foi se tornando mais e mais um jornal paulista, assim como o Estadão. A influência da velha mídia se viu reduzida à rede Globo e à CBN. A Abril se debate, faz das tripas coração para esconder a queda de tiragem da Veja.
A blogosfera foi se organizando de maneira espontânea, para enfrentar a barreira de desinformação, fazendo o contraponto à velha mídia não apenas entre leitores bem informados como também junto à imprensa fora do eixo Rio-São Paulo. O fim do controle das verbas publicitárias pela grande mídia, gradativamente passou a revitalizar a mídia do interior. Em temas nacionais, deixou de existir seu alinhamento automático com a velha mídia.
Em breve, mudanças na Lei Geral das Comunicações abrirão espaço para novos grupos entrarem, impondo finalmente a modernização e o arejamento ao derradeiro setor anacrônico de um país que clama pela modernização.
As ameaças à liberdade de opinião
Dia desses, me perguntaram no Twitter qual a probabilidade da imprensa ser calada pelo próximo governo. Disse que era de 25% - o percentual de votos de Serra. Espero, agora, que caia abaixo dos 20% e que seja ultrapassado pela umidade relativa do ar, para que um vento refrescante e revitalizador venha aliviar a política brasileira e o clima de São Paulo.
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