Segundo dados do Movimento LGBT do Estado do Pará somente em 2009 pelo menos seis travestis foram mortas em Belém e região metropolitana. Além disso, a ONG denuncia ainda o descaso em apurar esses crimes argumentando que nenhum deles foi resolvido e nenhum acusado foi preso. “O grande número de assassinatos é o reflexo da velha história de que elas precisam ir fazer programas nas ruas porque não encontram nenhuma colocação no mercado de trabalho formal. Não vamos mais deixar que a polícia varra pra debaixo do tapete nenhum caso envolvendo Travestis ou nenhuma vítima da nossa comunidade, principalmente agora com o apoio da defensoria e do governo estadual e federal nessa luta”, desabafou Marcelo Carvalho, coordenador de comunicação do Movimento LGBT.
Hoje em dia em Belém, cerca de 90% das travestis da cidade trabalham como profissionais do sexo, sendo que cerca de 60 delas atuam na Avenida Almirante Barroso e aproximadamente 50 no bairro do reduto. Apenas 10% não se prostituem, atuando como cabeleireiras, donas de pensão e donas de casa. De acordo com dados do Movimento LGBT, a cada 3 dias um travesti sofre agressão física nos pontos de prostituição.
A esquina da travessa do Chaco com Almirante Barroso, é ponto de prostituição de travestis conhecido em Belém, e já foi alvo de críticas por parte de moradores locais. Os representantes das travestis alegam saber do problema e revelam que já tentaram debater o assunto, mas a polícia se negou a colaborar.
Segundo Marcelo Carvalho, há cerca de 2 meses, representantes das travestis, da Associação dos moradores do bairro do Reduto, representantes da coordenadoria pela livre orientação sexual da Seju-DH e do Movimento LGBT reuniram-se para firmar acordo para boa convivência entre ambas as partes e debater o problema da exclusão e abordagem policial, mas os representantes da área de segurança pública do Estado não se fizeram presentes.
Fonte: ASCOM GLBT – Assessoria de Comunicação do Movimento GLBT do Pará.
eh, camarada, dá pra ler letra preta no papel preto não, sô. passo por aqui outra hora. abraço grande.
ResponderExcluirO Governo Lula obteve certo avanço na questão de gênero, mas o poder público no Pará parece lembrar dos transgêneros e homossexuais apenas quando precisa de gente para animar seus eventos políticos.
ResponderExcluirUm total desrespeito
Paulo, A letra é lilás, veja a configuração do seu monitor deve se isso o problema na visualização.
ResponderExcluirQuanto à Mallika, você tem razão em ser crítica quanto aos espaços de participação ainda minguados do segmento GLBT na esfera pública, o que não nos confere a anuência com a espetacularização do movimento por alguns.
Penso que as lideranças tendem à sucubir diante do poder e por isso as políticas afirmativas andam ão lentamente, mas as entidades é que deveríam reivindicar com mais força, inclusive da coordenadoria ligada à casa civil da governadoria.
É incrível como não conseguimos publicizar as ações efetivas do Governo no combate a violência LGBT
ResponderExcluir1º Varias leis aprovadas e sancionadas pelo governo a) a que impede o Estado de ter contrato com empresas de qualquer ramos que tenham processo por discriminação; b) a que aprova o dia estadual do respeito ao gay 28 de junho c) a que cria o dia de combate a discriminação 17 de maio;
2º Várias ações normativas inclusive a que permite o pre-nome social em Escolas Públicas por Travestis e Transexuais e agora por decreto do Governo a que permite seu nome em qualquer órgão público.
3º Apoio efetivo a mais 70 paradas e eventos no ano de 2008, o que permite além da visibilidade o respeito na sociedade local e clima favorável a vivência com lgbts;
4º A criação do Centro de Referência LGBT na Defensoria Pública, o que ajudou a solucionar vários casos de discriminação inclusive acompanhando em delegacias, com advogados, defensor, psicólgo e sociologo,
5º Aaprovação do Plano Estadual de Combte a Homofobia no CONSEP - Conselho de Segurança Pública
6º O auxilio na realização de conferências organizativas do moviemnto e de Governo, como as que ocorreram em 2008 e 2009;
7º A craição do conselho da diversidade com participação de organizações do movimento e de governo.
MAS NÃO SE VENCE PRECONCEITO POR DECRETO, NEM DENTRO DOS AGENTES PÚBLICOS, NÃO DÁ PRA FAZER DISCURSO RASO, É NECESSÁRIO SE ORGANIZAR, OU ALGUÉM TEM DÚVIDA QUE O ESPETACULO DAS PARADAS, PERMITIRAM A NOSSA CONVIVÊNCIA MELHOR EM SOCIEDADE INCLUSIVE EM BELÉM ?
OUTRA OBSERVAÇÃO AO CARO DIOGENES BRANDÃO - ASSESSOR DA SEEL, É QUE CAVE A CASA CIVIL ARICULAR O GOVERNO, DEFININDO POLÍTICAS E A OPERAÇÃO DISTO SE DÁ ATRAVÉS DA SECRETARIA.
OUTRA OBSERVAÇÃO É QUE QUEM ARTICULA A POLÍTICA É A SEJUDH, ATRAVÉS DA COORDENADORIA DE PROTEÇÃO A LIVRE ORIENTAÇÃO SEXUAL, BRILHANTEMENTE CONDUZIDA PELO IVON CARDOSO, QUE INCLUSIVE FOI POSTO LÁ POR FORÇA E SENSIBILIDADE DO MOVIMENTO.
ANTONIO FRANCO
ASSESSOR CASA CIVIL
Caro Franco,
ResponderExcluirVou ser rápido em minha resposta mas quero de antemão dizer que considero um avanço significativo e até histórico ter representações do movimento afroreligioso, negro, GLBT, e populares discutindo "por dentro" as demandas reprimidas por décadas, nos governo anteriores e é isso uma dos motivos que acusa o governo Ana Júlia como Democrático e Popular. No entanto, se a questão da criminalização dos homofóbicos e toda a carga preconceituosa contra os gays, lésbicas, transexuais e transgênero, mulheres, negros e afrodescendentes já foi algo resolvido no Brasil não precisaríamos de políticas afirmativas e repressivas.
Penso que é no exercício da democracia plena que chegaremos à execução de políticas públicas efetivas e de Estado, independente de quem estiver no poder e cabe sim à quem exigir por direitos cobrar com mais afinco dos companheiros de luta, quando no poder, a aplicabilidade e a defesa, em primeiro lugar, das causas de quem está à margem de seus direitos.