sexta-feira, junho 26, 2009

As Falas do GLBT

Segundo dados do Movimento LGBT do Estado do Pará somente em 2009 pelo menos seis travestis foram mortas em Belém e região metropolitana. Além disso, a ONG denuncia ainda o descaso em apurar esses crimes argumentando que nenhum deles foi resolvido e nenhum acusado foi preso. “O grande número de assassinatos é o reflexo da velha história de que elas precisam ir fazer programas nas ruas porque não encontram nenhuma colocação no mercado de trabalho formal. Não vamos mais deixar que a polícia varra pra debaixo do tapete nenhum caso envolvendo Travestis ou nenhuma vítima da nossa comunidade, principalmente agora com o apoio da defensoria e do governo estadual e federal nessa luta”, desabafou Marcelo Carvalho, coordenador de comunicação do Movimento LGBT.

Hoje em dia em Belém, cerca de 90% das travestis da cidade trabalham como profissionais do sexo, sendo que cerca de 60 delas atuam na Avenida Almirante Barroso e aproximadamente 50 no bairro do reduto. Apenas 10% não se prostituem, atuando como cabeleireiras, donas de pensão e donas de casa. De acordo com dados do Movimento LGBT, a cada 3 dias um travesti sofre agressão física nos pontos de prostituição.

A esquina da travessa do Chaco com Almirante Barroso, é ponto de prostituição de travestis conhecido em Belém, e já foi alvo de críticas por parte de moradores locais. Os representantes das travestis alegam saber do problema e revelam que já tentaram debater o assunto, mas a polícia se negou a colaborar.

Segundo Marcelo Carvalho, há cerca de 2 meses, representantes das travestis, da Associação dos moradores do bairro do Reduto, representantes da coordenadoria pela livre orientação sexual da Seju-DH e do Movimento LGBT reuniram-se para firmar acordo para boa convivência entre ambas as partes e debater o problema da exclusão e abordagem policial, mas os representantes da área de segurança pública do Estado não se fizeram presentes.

Fonte: ASCOM GLBT – Assessoria de Comunicação do Movimento GLBT do Pará.

5 comentários:

  1. eh, camarada, dá pra ler letra preta no papel preto não, sô. passo por aqui outra hora. abraço grande.

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  2. O Governo Lula obteve certo avanço na questão de gênero, mas o poder público no Pará parece lembrar dos transgêneros e homossexuais apenas quando precisa de gente para animar seus eventos políticos.
    Um total desrespeito

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  3. Paulo, A letra é lilás, veja a configuração do seu monitor deve se isso o problema na visualização.

    Quanto à Mallika, você tem razão em ser crítica quanto aos espaços de participação ainda minguados do segmento GLBT na esfera pública, o que não nos confere a anuência com a espetacularização do movimento por alguns.

    Penso que as lideranças tendem à sucubir diante do poder e por isso as políticas afirmativas andam ão lentamente, mas as entidades é que deveríam reivindicar com mais força, inclusive da coordenadoria ligada à casa civil da governadoria.

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  4. É incrível como não conseguimos publicizar as ações efetivas do Governo no combate a violência LGBT

    1º Varias leis aprovadas e sancionadas pelo governo a) a que impede o Estado de ter contrato com empresas de qualquer ramos que tenham processo por discriminação; b) a que aprova o dia estadual do respeito ao gay 28 de junho c) a que cria o dia de combate a discriminação 17 de maio;

    2º Várias ações normativas inclusive a que permite o pre-nome social em Escolas Públicas por Travestis e Transexuais e agora por decreto do Governo a que permite seu nome em qualquer órgão público.

    3º Apoio efetivo a mais 70 paradas e eventos no ano de 2008, o que permite além da visibilidade o respeito na sociedade local e clima favorável a vivência com lgbts;

    4º A criação do Centro de Referência LGBT na Defensoria Pública, o que ajudou a solucionar vários casos de discriminação inclusive acompanhando em delegacias, com advogados, defensor, psicólgo e sociologo,

    5º Aaprovação do Plano Estadual de Combte a Homofobia no CONSEP - Conselho de Segurança Pública

    6º O auxilio na realização de conferências organizativas do moviemnto e de Governo, como as que ocorreram em 2008 e 2009;

    7º A craição do conselho da diversidade com participação de organizações do movimento e de governo.

    MAS NÃO SE VENCE PRECONCEITO POR DECRETO, NEM DENTRO DOS AGENTES PÚBLICOS, NÃO DÁ PRA FAZER DISCURSO RASO, É NECESSÁRIO SE ORGANIZAR, OU ALGUÉM TEM DÚVIDA QUE O ESPETACULO DAS PARADAS, PERMITIRAM A NOSSA CONVIVÊNCIA MELHOR EM SOCIEDADE INCLUSIVE EM BELÉM ?

    OUTRA OBSERVAÇÃO AO CARO DIOGENES BRANDÃO - ASSESSOR DA SEEL, É QUE CAVE A CASA CIVIL ARICULAR O GOVERNO, DEFININDO POLÍTICAS E A OPERAÇÃO DISTO SE DÁ ATRAVÉS DA SECRETARIA.

    OUTRA OBSERVAÇÃO É QUE QUEM ARTICULA A POLÍTICA É A SEJUDH, ATRAVÉS DA COORDENADORIA DE PROTEÇÃO A LIVRE ORIENTAÇÃO SEXUAL, BRILHANTEMENTE CONDUZIDA PELO IVON CARDOSO, QUE INCLUSIVE FOI POSTO LÁ POR FORÇA E SENSIBILIDADE DO MOVIMENTO.

    ANTONIO FRANCO
    ASSESSOR CASA CIVIL

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  5. Caro Franco,

    Vou ser rápido em minha resposta mas quero de antemão dizer que considero um avanço significativo e até histórico ter representações do movimento afroreligioso, negro, GLBT, e populares discutindo "por dentro" as demandas reprimidas por décadas, nos governo anteriores e é isso uma dos motivos que acusa o governo Ana Júlia como Democrático e Popular. No entanto, se a questão da criminalização dos homofóbicos e toda a carga preconceituosa contra os gays, lésbicas, transexuais e transgênero, mulheres, negros e afrodescendentes já foi algo resolvido no Brasil não precisaríamos de políticas afirmativas e repressivas.

    Penso que é no exercício da democracia plena que chegaremos à execução de políticas públicas efetivas e de Estado, independente de quem estiver no poder e cabe sim à quem exigir por direitos cobrar com mais afinco dos companheiros de luta, quando no poder, a aplicabilidade e a defesa, em primeiro lugar, das causas de quem está à margem de seus direitos.

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