domingo, setembro 22, 2013

Diga não ao preconceito e a xenofobia contra os médicos cubanos

No Facebook da Eunice Guedes*
Em relação aos/as médicos/as cubanos/as indaguei como foi o processo para eles chegarem até aqui ao Brasil ou como se inscreveram e como chegaram até aqui? 
Nós eu e amigas indagamos sobre isso a alguns e a resposta foi interessante. Afinal como as Maribel, a Vilma, a Mercedes, o Mario saíram para cá? Primeiro descobri que tem médicos/as de todas as províncias de cuba (província sendo a mesma coisa de estado aqui no Brasil). 
Depois o sistema cubano de poder e decisão é diferente do brasileiro. Não existe democracia representativa em Cuba. Ela é democracia direta, ou seja, a representação é ascendente e os órgãos/ministérios estão representados em todas as cidades/províncias. 
Assim o Ministério da Saúde cubano divulgou em todo o país a solicitação do governo brasileiro e médicos/as se inscreveram em vários cantos de cuba nas várias representações populares e governamentais. A seleção foi baseada em critérios entre os quais: disposição para vir;ter mais de 10 anos de formado; ter participado de outras ações internacionais semelhantes.
Assim os /as escolhidos/as foram os melhores dos inscritos em cada localidade. Se alguém tiver oportunidade indague a cada um sobre isso. 
Para cá não vieram a ralé (como na época da colonização de Portugal) mas os melhores. Existe respeito maior desse povo (cubano) do que isso? 
De nos enviar quadros dignos para necessidades tão básicas em muitos municípios do Brasil que é ter médico e atenção primária funcionando? 
Não se sustenta assim a xenofobia e o preconceito sobre a formação dos médicos cubanos.
Nota do blog: Muito bem Eunice Guedes. Eu também tive a oportunidade de entrevistar 03 destes profissonais e percebi o quanto são compromissados com a saúde da população que atendem em Cuba, Venezuela e agora do Brasil. Assim que publicar, te marcarei pra veres. 
Aproveito para dizer que vou publicar seu texto no blog AS FALAS DA PÓLIS e compartilhar nas redes sociais. O povo brasileiro e paraense precisam respeitar e tratar bem que veio nos ajudar a resolver esse sério e grave problema que é a saúde pública.
*Eunice Guedes é psicóloga, formada pela UFPA onde leciona e militante da causa da saúde pública.
 

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