Despedindo-se do Senado, o senador não reeleito Mário Couto (PSDB-PA) anunciou nesta terça-feira um novo pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff. O pedido, dessa vez, é sustentado pela informação da revista “Veja” de que o ex-diretor de Abastecimento da Petrobrás, Paulo Roberto Costa, teria enviado em 2009 um e-mail a então ministra da Casa Civil, alertando sobre investigações do Tribunal de Contas da União que recomendava a paralisação das obras de refinarias da Petrobras onde operava o esquema de desvios de recursos para partidos da base governista. O pedido foi protocolado hoje.
O primeiro pedido de impeachment de Dilma foi protocolado por Mário Couto quando a presidente admitiu que, como presidente do Conselho de Administração da Petrobras, avalizou a compra da refinaria de Pasadena, baseada em um parecer técnico incompleto. Os pedidos são analisados pela Câmara dos Deputados, poder a que competente admitir ou rejeitar a denúncia contra a presidente da República. O primeiro foi arquivado.
- Cheguei a pedir o impeachment da Presidenta Dilma, quando, textualmente, ela declarou que leu todo o documento da compra da refinaria do Texas e assinou. E cometeu visivelmente um crime de improbidade, e os seus defensores continuaram a defender a Dilma - disse Mário Couto.
Agora, disse em discurso na tribuna, ao aparecer nome de políticos que teriam sido beneficiados por recursos de propina de empreiteiras contratadas pela Petrobras, Mário Couto diz entender por que os senadores da base reagiram de forma tão enérgica às denúncias veiculadas sobre depoimentos e delações premiadas da Operação Lava-jato.
Os senadores Gleisi Hoffmann (PT-PR) e o líder do PT Humberto Costa (PT-PE) foram citados como beneficiários do esquema de propina da Petrobras, com o ex-presidente do PSDB, Sérgio Guerra, já morto.
- Vejo eu agora, no escândalo da Petrobras, por que esses Senadores ficavam tão aborrecidos comigo, por que esses senadores defendiam tanto a Presidenta Dilma, mesmo sabendo que a Presidente Dilma massacra o país! Agora começaram a aparecer os senadores nas revistas de maior circulação deste País, e eu olho a cara e me lembro daqueles momentos em que esses senadores e senadoras só faltavam me agredir em defesa da Dilma. Agora eu entendo por que eles faziam isso - disse Mário Couto.
Nota do Blog As Falas da Pólis.
Aliada do PSDB e do senador, a família que controla o portal ORMNews e seus veículos de comunicação - Jornal OLiberal, várias emissoras de rádios e a TV Liberal (filiada à Globo) - um dia já o chamou de criminoso, mas hoje por motivos empresariais, esconde a longa e histórica "ficha" de Mário Couto, que pousa de probo, mas já foi bicheiro, preso com uma metralhadora em casa e consta como réu em vários processos, tendo sido investigado e acusado de corrupção tanto na justiça paraense, onde já teve inclusive seus bens bloqueados, quanto no STF, onde espera-se que seja um dia julgados, assim como os demais criminosos ligados ao PSDB.
O respeitado site do Congresso em Foco já havia publicado a existência das denúncias feitas pelo Ministério Público Estadual que apontavam "fraudes em licitações e nas folhas de pagamento de servidores da Assembleia Legislativa do Estado (Alepa) entre 2003 e 2007, período em que era presidida pelo hoje senador do PSDB do Pará. Segundo a denúncia, Mário compunha uma quadrilha especializada em adulterar contracheques, autorizar compras superfaturadas, fraudar licitações, utilizar laranjas em negócios escusos e compactuar com a ocorrência de funcionários fantasmas no Legislativo paraense".
Além disso, Mário Couto é o responsável pela indicação política de vários "laranjas" acusados de desviar dinheiro dos órgãos públicos - como o DETRAN - onde eram apontados pelo senador como administradores, pela cota política do tucano, nos governos do PSDB no Pará.
Mesmo aquinhoado, Couto sempre agiu impulsivamente quando contrariado e este ano, chegou a chamar o governador de "safado", que para se reeleger teve que contrariar os interesses eleitorais do senador, que chegou a ameaçar deixar o PSDB, mas recuou da ideia, vindo a disputar as eleições e foi derrotado nas urnas por Paulo Rocha, o candidato do PT. Simão Jatene pelo jeito estava certo em sua estratégia e se reelegeu, tendo a partir de 2015 um senador com trânsito junto ao governo Dilma, que pelo tudo indica seguirá tendo que ouvir as bravatas de quem a qualquer momento pode ser preso e responder pelos crimes que acusa os outros de cometer.
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O respeitado site do Congresso em Foco já havia publicado a existência das denúncias feitas pelo Ministério Público Estadual que apontavam "fraudes em licitações e nas folhas de pagamento de servidores da Assembleia Legislativa do Estado (Alepa) entre 2003 e 2007, período em que era presidida pelo hoje senador do PSDB do Pará. Segundo a denúncia, Mário compunha uma quadrilha especializada em adulterar contracheques, autorizar compras superfaturadas, fraudar licitações, utilizar laranjas em negócios escusos e compactuar com a ocorrência de funcionários fantasmas no Legislativo paraense".
Além disso, Mário Couto é o responsável pela indicação política de vários "laranjas" acusados de desviar dinheiro dos órgãos públicos - como o DETRAN - onde eram apontados pelo senador como administradores, pela cota política do tucano, nos governos do PSDB no Pará.
Mesmo aquinhoado, Couto sempre agiu impulsivamente quando contrariado e este ano, chegou a chamar o governador de "safado", que para se reeleger teve que contrariar os interesses eleitorais do senador, que chegou a ameaçar deixar o PSDB, mas recuou da ideia, vindo a disputar as eleições e foi derrotado nas urnas por Paulo Rocha, o candidato do PT. Simão Jatene pelo jeito estava certo em sua estratégia e se reelegeu, tendo a partir de 2015 um senador com trânsito junto ao governo Dilma, que pelo tudo indica seguirá tendo que ouvir as bravatas de quem a qualquer momento pode ser preso e responder pelos crimes que acusa os outros de cometer.
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