Por Diógenes Brandão
A resposta do 'salário razoável', a casa humilde, o fusca antigo, a gaita tocada e toda uma série de programas e inserções enfadonhas, apresentadas na propaganda de rádio, TV e redes sociais, resultaram em diversas críticas, inclusive oriundas da base de apoio do candidato do PSOL à prefeitura de Belém. Por isso, o deputado federal Edmilson Rodrigues, orientou sua coordenação de campanha a buscar um reforço pro marketing eleitoral do #Ed50.
O nome escolhido foi de Alessandro Viana, um baiano - conterrâneo deste blogueiro - que estava em Marabá, onde trabalhava na assessoria de comunicação do atual prefeito João Salame (PMDB).
Com a derrocada de Salame, que nem candidato foi, o publicitário trabalhou na campanha de Tião Miranda (PTB) e este foi eleito com 51,64% dos votos, deixando seu opositor com 41,41%. Uma diferença de mais de 10%, que o PSOL busca se espelhar para sair da traseira das pesquisas, tal como se encontra hoje.
Considerando o tom que a campanha do atual prefeito Zenaldo Coutinho (PSDB) passou a utilizar no segundo turno, depois de ter vencido o primeiro, com uma diferença de apenas 1,52%, a disputa deverá se acirrar com a adesão do PT, PMDB e da REDE, todos partidos que lançaram candidatos e agora somaram-se a Edmilson Rodrigues para evitar a manutenção do governo tucano, na disputada capital do estado do Pará.
Um dos desafios do novo marqueteiro contratado pelo PSOL, será de atrair uma base que já foi defensora de Edmilson, desde quando este era deputado estadual do PT, partido pela qual tornou-se prefeito de Belém em 1996 e reelegeu-se em 2000. Muitos que naquela época carregavam Edmilson Rodrigues nos ombros, pelas periferias de Belém, hoje proclamam voto nulo ou de protesto no candidato.
Há quem diga que o estrago causado por estes formadores de opinião foi sentido de forma tão aguda, que a campanha #Ed50 resolveu dedicar espaços em seus programas e inserções direcionadas a estes eleitores. Na opinião do blog AS FALAS DA PÓLIS, os sinais midiáticos da equipe de Edmilson, ainda não foram suficientes para devolver aos seus velhos companheiros de lutas e sonhos, a vontade de participar de sua campanha ou simplesmente de votar e conquistar votos para que ele seja eleito no próximo dia 30 de outubro. Ou seja, daqui há exatos 17 dias.