domingo, março 28, 2010

O difícil caminho da 3ª via - I

O blog do jornalista Hiroshi Bogéa deu a notícia:

Lideranças do Partido da República – PR – voltaram a indicar o nome do presidente estadual da legenda e vice-prefeito de Belém, Anivaldo Vale como um nome para concorrer ao governo do Estado nas próximas eleições. A indicação foi feita durante o II Encontro Estadual do partido, realizado nesta sexta-feira, 26, no ginásio municipal “Renato Veloso”, em Marabá.

Para este blog, a notícia vem demonstrar a disponibilidade do partido do vice-prefeito de Belém, em ser protagonista, ou se for o caso, coadjuvante de primeira instância, sendo mais provável como vice na chapa de Ana Júlia ou de Jader Barbalho, ambos, os mais cotados nas pesquisas eleitorais em 2010 como cabeças de chapa para a disputa eleitoral em outubro.

No mais, é bom lembrarmos que Duciomar Costa mantém boa relação com seu vice e seu partido e como o momento é de muita conversa entre os principais atores políticos do Estado é nesta hora que os compromissos e a credibilidade nas relações pesam na decisão das coligações, por isso, Duciomar Costa e seu partido (PTB), juntos com Anivaldo Vale (PR) cogitam-se como a 3ª via frente aos dois blocos, encabeçado por Jáder (PMDB) e Ana Júlia (PT).

Conveniências não faltam para ambos os casos. Duciomar Costa que está mais inclinado a continuar prefeito ou a uma vaga ao senado, deve/tem gratidão ao PMDB por este ter lhe dado a mão amiga, quando Dudu tentou aprovar a privatização do sistema de água em Belém.

Acontece que Ana Júlia tem consciência do imbróglio que envolve a aliança e dependência do PMDB para sua reeleição e vê no Bloco PR/PTB a energia do capital político deste, como alternativa capaz de fazer frente a uma disputa com seus adversários, incluindo aí, que tem em mente voltar à cena nacional, vislumbrando a montagem do 2º palanque da presidenciável Dilma no Pará, o que inevitavelmente, aumentaria seu prestígio junto ao poder federal, seu verdadeiro e maior desejo. Ana Júlia para ter o PR/PTB, deveria para isso, atender algumas demandas que hoje se torna, o “X” da questão. Uma das reivindicações de Duciomar Costa é que a bancada petista na Câmara Municipal de Belém concorde com a aprovação da privatização da água. No entanto, dois dos cinco vereadores petistas - Adalberto Aguiar e Otávio Pinheiro – vieram da categoria dos urbanitários e não abrem mão de defender os principais interessados pela manutenção do serviço pelos órgãos públicos, e encabeçaram o enfrentamento com o prefeito Duciomar Costa e sua base de apoio.

A empreitada de Ana Júlia e do PT em reelegê-la, está cada dia mais complexa, pois conciliar interesses do PT na capital e agregar partidos opositores ao PT em Belém requer que haja mais do que acordos.

O prestígio do núcleo duro do governo vem sendo dia-a-dia minado por atropelos, tornando-se o principal obstáculo, tanto para os atuais aliados, como para os que estão sendo cooptados para a base de apoio de Ana Júlia.

A versão proliferada pelos blogs e replicada sem a citação de fontes - como reclamou recentemente o Hiroshi - de que a DS está mais voltada em eleger seus parlamentares que em reeleger Ana Júlia, não procede, posto que a visão hegemônica dos experts que a aconselham vai além de estarem no poder, querem de fato ter poder!

Tal constatação vem sendo frequentemente reiterada, pois sem parlamentares e sem maioria no PT e iniciando sua inserção na base dos movimentos sociais, tudo que é planejado e feito pela Democracia Socialista, sem acordo com os russos, é passivo de revisão, já que as decisões sofrem mudanças por não serem impostas por quem realmente podem fazê-las.

Definitivamente não podem, pelo menos ainda!

sexta-feira, março 26, 2010

SEDUC: O 'X' da Questão! n° 1


Esse é o retrato da política do governo do estado em relação à educação. As justificativas para a exoneração da secretária Socorro Coelho ainda não estão bem explicitadas, mas haveria descontentamento da governadora Ana Júlia com uma reforma interminável em uma escola em Breves (já adiantamos, caso a governadora não saiba, há muitas outras na mesma situação) ou com falta dos famosos Kits escolares em escolas da Marambaia (em Belém). Entretanto fontes de dentro da SEDUC alegam que além destas justificativas haveria outras, de caráter mais administrativo, que dizem respeito à não liberação de pagamentos das “reformas” nas escolas estaduais e que em muitas dessas obras não teria sido cumprido o rito licitatório exigido pela legislação. Não podemos afirmar como verídica essa versão, mas ela anda solta pelos corredores da SEDUC.
Independente que quais sejam os motivos alegados uma coisa fica evidente: a falta de compromisso do governo do estado com a educação. O SINTEPP há muito vem denunciando a falta de política para a educação. Repressão policial violenta contra a categoria, desrespeito com o PCCR, reajuste salarial irrisório, negativa em implementar efetivamente a gestão democrática, são apenas alguns dos elementos que permeiam o quadro da educação em nosso estado, que como já informamos diversas vezes, amarga o pior IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) do ensino médio de todo o Brasil.
Embora não questionemos a responsabilidade do titular da pasta da educação sobre as políticas (ou falta de políticas) para a educação é mister reconhecer que as constantes mudanças além de não resolverem o problema evidenciam que a responsabilidade, em última instância, é do próprio chefe do poder executivo, no caso a governadora Ana Júlia Carepa.
 
Nota oficial do SINTEPP sobre o anúncio feito aos meios de comunicação do Estado sobre a queda da titular da SEDUC, professora Socorro Coelho.

quinta-feira, março 25, 2010

O Pará que queremos?

Do blog do Profº Henrique Branco
O PSDB no Pará sob liderança de seu pré-candidato ao governo do Estado, Simão Jatene, além de outros importantes dirigentes partidários, iniciou caravanas por todas as regiões do estado, no intuito de conhecer as necessidades dessas localidades. Neste sentido, os tucanos querem produzir seu plano de governo mais próximo possível das demandas locais. A pergunta, o questionamento é inevitável: doze anos no poder, à frente do governo estadual não lhes permitiu conhecer as demandas, as necessidades de cada região? Dos municípios? Esse processo de sair e buscar “garimpar” as demandas sociais pelos municípios paraenses demonstra claramente que os tucanos reconheceram que tomaram o rumo errado nas suas gestões. Ou que, no mínimo o projeto de governo tinha alto teor elitista e concentrador na execução das políticas públicas. Em outras eleições os tucanos não tinham a mesma disposição em buscar essas demandas “in locu”, ou seja, no lugar. Os projetos eram feitos, formuladas nos escritórios, longe da observação da realidade e das necessidades dos muitos locais. Outro ponto por mim observado: foram doze anos do PSDB no poder, ou seja, pelo menos, três projetos de governo. Por que agora começar do zero, refazer os antigos? Não servem? Estavam longe de atender realmente as necessidades da população? São questionamentos que faço pela composição dos acontecimentos. Total falta de coerência entre passado, presente e futuro do Pará. Como se os tucanos começassem do zero a partir de agora, ou seja, doze anos no governo não serviram para o futuro. Não por acaso suas propostas, formas e ações estão sendo reconstruídas para um novo processo de fomento as políticas públicas. O Pará que os tucanos querem, talvez não seja o mesmo que a maioria dos paraenses almeja, pois rejeitaram esse projeto na última eleição e, pelo visto, deverão a rejeitar de novo. Literalmente, esse não é o Pará que queremos.

terça-feira, março 23, 2010

Diálogo entre educação e casa própria

Newton Pereira*

Certo dia a educação foi visitar uma família que vivia em uma casa humilde, de madeira, coberta com palhas, sem saneamento ou infra estrutura básica para sobreviver com dignidade. A família era formada por uma mãe solteira com quatro filhos, oriundos do interior do Pará e fixando-se na área periférica do município de Ananindeua.

A educação perguntou à mãe: “A senhora deseja que seus filhos tenham um futuro melhor que o seu e de sua geração, tal como seus pais e avós?” A senhora prontamente respondeu: “Sim, eu quero”. A educação então respondeu: “eu tenho uma proposta para a senhora! Vou implantar aqui em Ananindeua um Pólo Universitário com as três instituições públicas de ensino superior, para que seus filhos possam estudar e ter uma profissão diferente da sua. O que a senhora acha?

A mãe disse: “volte aqui amanhã que lhe darei resposta!”

Quando a educação saiu, entrou outra figura que também rondava os sonhos daquela família humilde, a casa própria. Pediu licença, entrou e perguntou à mãe de família: “A senhora deseja que seus filhos tenham um lar, com condições dignas de morar, em um espaço com área de lazer, rua asfaltada, a casa será alvenaria com divisões internas e quartos para que seus filhos possam descasar após os estudos, de papel passado, e com garantia de pertencer aos seus filhos no futuro?

A mãe disse: “olhe dona Casa Própria, hoje recebi outra visita que me fez uma outra proposta: Volte amanhã que lhe darei a resposta”.

A mãe reuniu os quatro filhos, todos em idade escolar, do ensino fundamental ao médio, um com idade de prestar o vestibular, e iniciou o diálogo “gente, hoje recebi uma visita de tem feito parte dos meus sonhos desde saímos da nossa cidade no interior. Sonho em ter uma casa própria para que possa dar conforto à todos vocês, que tenha água encanada e que quando chover um não tenha que tá correndo com balde para “aparar a água da goteira”. Esse sonho pode se tornar realidade o mais breve possível”.

“Também sonho, continuou a mãe, que vocês possam ter a educação que não tive, que possam ter uma escola pública de qualidade. Quero o meu primeiro filho na universidade, esse sonho ainda pode estar longe, mais um dia vai ser realidade”.

A mãe abraçou todos os filhos, aquele abraço que só mãe sabe fazer, e disse: “vou lutar para que nossa casa saia logo, e a universidade de vocês também. Não posso deixá-los morando aqui a vida toda e também vocês não podem ficar esperando pela universidade por toda a vida”.

No dia seguinte a “educação” chegou cedo, e a mãe pediu para ela aguardar a chegada de outra visita. Logo sem seguida a “casa própria” chegou.

A mãe chamou todos os filhos na pequena sala e disse as duas visitas: “aqui estou eu e meus filhos para responder a vocês e a seus senhores sobre a proposta de ontem. Sei da importância da casa própria, já participei de muitas reuniões na comunidade sobre a construção de casa para todos nós, que não temos onde morar. Sonho todas as noites que esse dia vai chegar e estou pronta isso. A educação que não tive quero para meus filhos, também sonho que eles possam entrar na universidade e tenham a vida diferente da minha. Contudo a proposta que vocês duas fizeram ontem para mim, se quero uma casa própria ou a educação dos meus filhos não tenho apenas uma resposta, mas antes quero contar o que meu filho mais velho me falou”.

Ele me disse: “Mãe o que essas duas visitas vieram lhe propor é um direito nosso. Não podemos escolher entre uma coisa e outra, nós temos que ter as duas, pois falando com uma professora na escola ela afirmou que a educação e moradia são direitos fundamentais, que está escrito naquele livro de capa verde e amarela chamado de Constituição. Mãe não podemos abrir mão de nenhuma delas, vamos lutar e exigir nossos direitos pelas duas: Educação e Moradia”.

“Então minhas queridas visitas” - continuou aquela senhora- “digo para vocês não posso escolher apenas uma, EU TENHO DIREITO AS DUAS POLÍTICAS PÚBLICAS. Peço para vocês voltarem para seus chefes e digam a minha resposta.”

Cada visita voltou a seu superior e disseram juntas: “Temos que atender aos dois sonhos daquela família. Afinal, propomos a ela escolher qual a necessidade mais urgente e vimos que as duas são necessidades urgentes. Afinal é a primeira vez que consultamos alguém para tomar nossa decisão”.

Moral da história. Não peçam para uma mãe carente escolher apenas um direito para seus filhos, pois ela deseja lhe proporcionar todos aqueles que são fundamentais para a produção de sua existência com respeito e dignidade.

Não peçam ao povo sofrido de Ananindeua para escolher entre a construção de casas populares ou um pólo universitário no espaço da Granja do Icuí. Afinal todos têm direito a educação de qualidade e moradia digna.

* Professor, advogado, mestrando em teoria geral do Direito e do Estado.

“O pai (Dr. Antonio Pereira) veio de Óbidos, interior do Pará, aqui trabalhou como padeiro, passou no vestibular em direito na UFPa. Casou, criou e formou na universidade seis filhos (uma professora, dois advogados, uma farmacêutica, uma bióloga e um administrador). Morou na baixada do bairro da pedreira (canal da Visconde) depois mudou-se para Conj. satélite, Conj. Tapajós, e Cidade nova, todos conjunto de moradia popular.)”

CQC revela corrupção e roubo de televisor doado à prefeitura

O CQC programa da rede Bandeirante de Televisão, exibido no horário nobre da televisão brasileira, apresentou uma matéria que havia sido censurada pela justiça paulista por mostrar o tramite de uma televisão que foi "inxertada" com um chip GPS e doada à Secretaria Municipal de Educação de Barueri, mas estava na casa de uma funcionária de uma escola, ao invés de uma escola como "pretendiam" os "doadores". O programa deste dia 22/03/2010 foi a demostração de que é possível fazer jornalismo sério, com bom humor no Brasil. Parabéns p/ toda a equipe CQC. Espero a postagem no youtube para trazer prá cá, pois como dizem, uma imagem vale mais do que mil toques! Assista o vídeo, entenda e comente!

segunda-feira, março 22, 2010

Chico Mendes deve estar se revirando no túmulo...Laranja do PSDB: Marina se torna linha auxiliar da candidatura de Serra à Presidência

Do Blog Amigos do Presidente Lula.
Na composição das alianças políticas para as eleições 2010, a propaganda eleitoral gratuita do deputado federal Fernando Gabeira (PV) ao governo do Rio terá dois candidatos à Presidência: Marina Silva (PV) e José Serra, do PSDB, partido que integra a coligação de Gabeira no Rio. Segundo Gabeira, esse entendimento foi alcançado antes mesmo que Serra falasse, na sexta-feira, pela primeira vez como postulante à Presidência.
Pelo mesmo acordo, ficou decidido que, nas ruas, ele fará campanha primordialmente ao lado de Marina, enquanto seu candidato a vice, provavelmente o também deputado federal Márcio Fortes (PSDB), apoiará Serra. No programa eleitoral gratuito, tanto Marina quanto Serra vão aparecer. Mas (na imagem da TV) haverá sempre um registro da Marina como candidata a presidente pelo PV - explicou Gabeira Já os candidatos a deputado dos outros partidos da coligação no Rio, o DEM e o PPS, além do próprio PSDB, darão apoio a Serra. Definições que, de acordo com Gabeira, não impedem novas conformações políticas num possível segundo turno, nem eventuais encontros com Serra: De acordo com o presidente regional do PV e coordenador nacional da précampanha de Marina Silva, Alfredo Sirkis, a presença de Serra no programa eleitoral de Gabeira estava acertada desde o acordo de apoio do PSDB.

domingo, março 21, 2010

Vale suspende tratamento de saúde de filho especial de sindicalista no Pará

Do Blog Furo. A Vale suspendeu tratamento de saúde de garoto especial filho de funcionário fábrica de Barcarena, Pará, região do Baixo Tocantins. O filho de Gilvandro Santa Brígida é portador de paralisia cerebral. O garoto tem 10 anos. Santa Brígida foi um dos fundadores do Sindicato dos Químicos e é funcionário da Alunorte. O garoto necessita de tratamento em São Paulo, que realizava desde 2001. A informação do cancelamento do tratamento foi repassada pelo gerente de recursos humanos no dia 19 de março, apesar do parecer favorável da médica responsável. Santa Brígida tentou contato com o gerente de relações trabalhistas, e não obteve retorno. O dirigente avalia que a suspensão do tratamento do filho é uma represália contra ele. Brigida vai encabeçar uma chapa no Sindicato dos Químicos de Barcarena, Pará. A eleição ocorrerá em maio. Em 2007 a Vale cometeu práticas anti-sindicais em Barcarena. Dirigentes sindicais denunciaram que a Vale montou uma chapa e assediou funcionários. A Vale foi a empresa que mais investiu em propaganda no país ano passado. No Pará é robusta a propaganda com apelo de responsabilidade social e ambiental. Faz oito meses que sindicalistas do Canadá realizam greve na mineradora Inco da Vale, por conta de corte de direitos. A Vale é segunda maior mineradora do mundo e as plantas industriais que fabricam alumina e alumínio em Barcarena passam por processo de aumento da produção. Enquanto isso rola por aqui...

Vale é alvo de greve e protestos no Canadá

Amanhã, a maior empresa privada brasileira será alvo da fúria de mais de 4.000 pessoas de várias cidades canadenses reunidas em Sudbury (centro-sul do Canadá). Trata-se de passeata planejada por sindicatos em apoio a 3.200 grevistas em quatro unidades da Vale Inco, subsidiária da Vale. Deu no IHU.

quarta-feira, março 17, 2010

Governo do Estado faz Helder Barbalho cair no “Rebolation”

Do blog Ananindeua Debate

Se criou uma grande polêmica (ou falsa polêmica) em Ananindeua, depois que a governadora resolveu doar aquele elefante branco -- a Granja do Governador (residência oficial dos governantes do Pará), que fica na entrada do Icuí -- para a construção de 1500 casas populares.

Ananindeua tem um grande déficit habitacional, a construção de casas populares naquela área terá vários aspectos: social, moradia para a população carente, geração de empregos diretos e indiretos, segurança. A derrubada do muro lateral na entrada do Bairro do Icuí que, segundo a polícia, colabora para o alto indice de violência no local. Infra-estrutura: obras que irão beneficiar os moradores do conjunto e de todo bairro do Icui ajudando a tirar aquele povo da lama e sujeira, por descaso do governo municipal. O prefeito Helder é contra, defende a instalação de um Campus Universitário. Afinal, quantas Escolas o Prefeito já construiu ? Recentemente, cortou o vale-alimentação dos professores da rede municipal.

A vinda de um Campus Universitário para o Município é uma boa idéia, mas não depende da boa vontade de ninguém nem de uma varinha mágica, envolve orçamento federal e cronograma das instituições de ensino superior federal, com a contratação via concursos de professores e outros profissionais e a ampliação de vagas para alunos, todo esse planejamento demoraria anos. Como as obras nesse município se alongam muito -- temos o exemplo do estádio municipal que “está pronto” na maquette há 3 anos -- parece que o prefeito quer marcar posição ou fazer politicagem.

Para surpresa da população de Ananindeua, a edição de sábado do Jornal Diário do Pará traz como matéria de primeira pagina “ Ananindeua vai ter 3.200 casas populares”, que na verdade é um projeto do governo federal, o “ minha casa, minha vida’, e que já tinha sido anunciado há um tempo atrás. Vamos admitir, parece que ação da governadora deu um choque de ânimo no governo Helder Barbalho, que vem sendo muito criticado pela população por falta de obras e serviços. Parece que o prefeito resolveu se mexer, tipo a dança do “rebolation’.

Inexperiência:A vinda à Ananindeua da Ministra Nicéia Freire, da Secretaria Nacional de Políticas para as Mulheres, semana passada, para inaugurar junto com a governadora o Centro Maria do Pará, um espaço importante para as mulheres do município, na semana em que se comemorava 100 anos do Dia internacional da Mulher, não teve a participação do prefeito -- que estava no município -- e não deu o ar da sua graça.

Até o Serra que é o Serra, de um partido de oposição ao governo Federal, participa das inaugurações que têm a presença de ministros do governo Lula. O prefeito foi no mínimo inexperiente, perdeu um grande momento de discutir com a ministra ações do governo federal para o município, fora a descortesia com a Governadora e com a Ministra, além das mulheres residentes no município que estavam presentes a inauguração. No dia seguinte o site da prefeitura informava sobre a inauguração de um centro similar, criado pela prefeitura. Chego a conclusão que o prefeito entrou no “rebolation” e começou a dançar. Desculpe-me, a se mexer! No mais, o rebolation...

Fernando Assunção - Acadêmico de Direito

terça-feira, março 16, 2010

Falou e disse!

"O Governo também adquire áreas ou cede áreas p/ Minha Casa M Vida, como o Icuí, que abrigará 1500 resid p/ famílias mais carentes"
Governadora Ana Júlia em seu twitter confirmando que está empenhada em destinar a área que hoje é ocupada pela granja icuí para fins de moradia de interesse social, afim de reduzir o déficit habitacional do município de Ananindeua, onde o prefeito faz "populismo" em prol de um falso dilema entre designar a área para abrigar pólos universitários ou para residências populares.

As Falas das Cidades

LACRANDO AS FENDAS COM ANANIN
Por Alcir Matos.
"Fica muito difícil acreditar na pureza de propósitos democráticos do atual alcaide de Ananindeua, quando posta em seu blog veementes discursos contra a intenção do Governo do Estado em destinar a área de sua granja no município para a construção de mais 1.500 casas para famílias com renda de até 3 salários mínimos, tentando fazer uma falsa polêmica entre o que seria mais importante para a população: a educação ou a moradia, como se fossem políticas absolutamente distintas e profundamente antagônicas. Numa postura de quem, do alto da pirâmide do “poder” ainda não aprendeu a horizontalidade das necessidades de quem está na base social".
Alcir Matos Conselheiro Nacional das Cidades e coordenador da União Nacional por Moradia Popular. Leia mais no blog Ananindeua debates

domingo, março 14, 2010

Pará é destaque em Brasília durante a II CNC

Do site do Ministério da Cultura

Conferência Magna

Criatividade brasileira embeleza a abertura dos trabalhos da II CNC, em Brasília

Na manhã desta sexta-feira, 12 de março, a capacidade criativa do brasileiro coloriu o auditório do Centro de Eventos e Convenções Brasil 21, em Brasília, momentos antes da abertura da Conferência Magna: Cultura, Diversidade, Cidadania e Desenvolvimento, proferida pelo professor português Antônio Pinto Ribeiro na II Conferência Nacional de Cultura.

Tão logo o moderador João Batista Ribeiro Filho anunciou o nome do conferencista para iniciar a sua palestra, integrantes do grupo Ação Griô Nacional, sediada em Lençóis, na Bahia, entraram cantando, fazendo o que chamam de ‘cortejo griô’, com a seguinte saudação: “Ô lua nova, cadê a lua cheia? Os griôs já estão chegando para abrir a sua aldeia”. Uma mensagem de alegria, de boas-novas, com muita originalidade.

Essa riqueza da diversidade cultural brasileira - mostrada na prática, ali dentro do auditório lotado - foi mencionada por Pinto Ribeiro, que tem formação acadêmica nas áreas de Filosofia, Ciências da Comunicação e Estudos Culturais, com prática de Programação Artística e de Gestão Cultural. “Nós vivemos num tempo em que é preciso rever tudo. Um ministério cultural não pode ser só um ministério das artes, mas também da cidadania”, enfatizou o professor.

Segundo o conferencista, a Cultura é um termo abstrato, com o qual pode-se dizer muito ou nada. Destacou a questão do multiculturalismo e expôs a realidade da atual expansão cultural, por meio da multiplicação das bienais de arte, da arquitetura que se transformou em “algo sensacional” e do trabalho digital que “está por todo o lado”.

Entrevista

Numa breve entrevista, o catedrático português falou da importância de os públicos serem subsidiados, e não somente os produtores. Explicou a questão: “A atividade cultural deve ser equiparada, por exemplo, à saúde ou à educação. Em muitos países, o dinheiro gasto com essas duas áreas é deduzido dos impostos. Então, a exemplo do que acontece nesses setores, poderia haver dedução de parte das despesas com cultura, o que deixaria as pessoas mais dispostas, mais satisfeitas, já que poderiam deduzir os seus gastos, e com isso pode-se construir mais cultura”.

“Estou absolutamente maravilhado com a realização da II Conferência Nacional de Cultura”, comentou. Para Pinto Ribeiro, vão surgir durante os debates diferentes pontos de vista, alguns até vão entrar em colisão, mas o público está tendo a oportunidade de fazer o diagnóstico da virada cultural no Brasil. “E isso é fantástico”, destacou entusiasmado.

(Texto: Gláucia Ribeiro Lira) (Fotos: Pedro França) (Comunicação Social/MinC)

terça-feira, março 09, 2010

Heranças à Esquerda 26

O marxismo ocidental 8: Michel Foucault

Do Blog Hupomnemata

A herança que Michel Foucault lega à esquerda é um instrumental corrosivo com o qual se pode desmontar as segundas e terceiras intenções dos homens, grupos, classes e, mais que isso, talvez: também as intenções inconscientes de todos esses agentes. Tudo no mundo, segundo Foucault, é uma relação intrincada de poder. Sobretudo o saber, ou seja, o conjunto de falas, enunciadas ou não - não importa - evidentes ou não, mais fechadas ou mais abertas, que atravessam as relações sociais.
Em Foucault, o poder é a relação que controla e domina. Uma relação nem sempre funcional, clara ou consciente. Mas, em todo caso, o poder de impor a verdade. E também a realidade. Conquistar a subjetividade do sujeito, é esse o verdadeiro jogo do poder. O poder é a capacidade de comunicar a sua verdade, pois, como disse Nietszche, não há acontecimentos, há apenas interpretações.
E por que isso é uma herança à esquerda? Porque a esquerda é denúncia, é desvelamento, é desconstrução. Esse é o espírito da esquerda, a essência da esquerda. E aí reside a herança de Foucault. Na primeira parte da sua obra, durante os anos 1960, ele produz uma arqueologia de algumas das grandes formações discursivas do ocidente, como a loucura, a clínica e o significado das palavras que, metodologicamente falando, acabam por constituir esse instrumental corrosivo. Lá onde tudo eram pontos pacíficos, coisas tidas como certas, para lá Foucault volta-se e, como se o seu olhar fossem faróis e como se as coisas fossem sombras, lá o mundo começa a se desfazer. Arqueologia é escavar as sucessivas camadas de significados e ver como eles somam-se, simplesmente, para dissimular um embate de poder.
Numa segunda parte, ao longo dos anos 70, esse procedimento arqueológico foi substituído, ou melhor, acrescido, de uma prática que ele próprio chamou de genealógica. Tratava-se de relacionar os significados entre si, indagando sobre as relações de poder que se formam com as suas assimetrias. E, indo além, perceber como essas relações de poder abrem fissuras, microespaços, bioespaços, que se vão transformando em micropolíticas, em biopoderes... noções refinadas, que permitem o aparecimento de novas estratégias críticas, que permitem toda a reflexão pós-moderna, que permitem que muitos dos mitos da esquerda também sejam questionados, derrotados, superados...
A herança de Foucault renova a esquerda não apenas porque consiste num instrumental de denúncia da eterna dissimulação do poder mas, também, porque permite um instrumental novo para a autocrítica do poder que a própria esquerda deseja, simula e, ela também, nós também, dissimula, dissimulamos.

domingo, março 07, 2010

Diálogo sobre os empréstimos ao povo Pará

A história tem contribuído para esclarecer e informar aos homens a configuração da sociedade e seu movimento. Assim, antes de uma análise precipitada da realidade sobre o empréstimo a ser colocado em pauta de votação na ALEPA é prudente que se recorra aos fatos antecedentes que marcam a história do povo do Pará resultante da irresponsabilidade política de governantes e parlamentares que ocuparam a o Poder Executivo e Legislativo resultando na produção de um quadro de restrição e ausência do exercício da cidadania. Após três anos de intensos estudos da realidade paraense, o governo petista posiciona-se em favor da busca de recursos financeiros para resgatar a cidadania das classes populares, que por décadas foi usada como massa de manobra por parlamentares e governantes inescrupulosos defensores dos interesses de grupos minoritários que controlam os meios de produção neste imenso Estado. Construir um Estado decente, com direitos assegurados a todos os cidadãos é o mote do governo petista, e a prova incontestável dessa lógica, pode ser observada durante os três anos de governo que vem resgatando a cidadania e adotando como estratégia a valorização do social e secundariamente o econômico. Os governos que passaram no Estado do Pará ocorreram no equivoco de que priorizar o econômico apontando para o social como conseqüência do desenvolvimento do primeiro, não conseguiu mudar a cara de Estado, mas apenas elevou a miséria, a dependência, e a perda da dignidade e da auto-estima das classes populares. É hora do povo do Pará dizer sim a proposta de mudança no modelo de desenvolvimento que vem sendo protagonizado pelo governo popular, e que o empréstimo para continuidade do avanço do Estado do Pará seja o elemento aglutinador de novos horizontes para a sociedade paraense como um todo. Newton Pereira é professor, advogado, aluno do mestrado em Teoria Geral do Direito e do Estado.

RBA x ORM o duelo escondido na disputa eleitoral do Pará

Para o PT nacional, o deputado Federal Jader Barbalho (PMDB) está deixando o PT-PA em banho maria e ganhando tempo para fechar acordos com os demais partidos paraenses afim de bancar candidatura própria e/ou barganhar cada vez mais poder na esfera estatal. Notoriamente conhecido como fisiologista, o PMDB não possui bandeiras e conteúdo programático, e por isso não tem pudores em fechar acordos temporários com que quer que seja, afim de manter-se próximo ou no poder de fato. A investida que vem sendo deferida pelo grupo de comunicação da RBA, Jornal Diário do Pará, TV, Rádios AM e FM - de propriedade de Jáder Barbalho e família contra os orgãos da administração de Ana Júlia pode ser compreendida como um instrumento de mão tripla: desgastar o governo estadual frente a opinião pública, cavar o exigido pela legenda por dentro do governo via as secretarias que ainda controla com um suborno deflagrado e preparar o terreno para ter Jader como salvador e ditador da pátria paraoara. Antes, visto por todos como fiel da balança na influência no cenário político local, o grupo ORM - do Jornais O Liberal, Amazônia, TV, rádios AM e FM - não é se quer citado na estratégia de ambos as possíveis coligações e assim de forma silênciosa e inacreditavelmente neutra, aguarda a definição da aliança conservadora do PSDB-PFL para se posicionar, mas é sem dúvida, escabriada e avessa à apoiar qualquer candidatura ou frente que venha atrelada ao nome da família barbalho, posto que são adversários no campo comercial, ou seja, concorrentes. Os dois grupos disputam com seus veicúlos de comunicação o público e as verbas publicitárias no Pará. Se o movimento de Jader trouxer para seu lado Duciomar Costa (PTB), prefeito reeleito de Belém, há quem já diga no PT ser um osso duro de roer, mas será mais rígido fazer com que o grupo O liberal venha concordar em ficar calado com a eminência de ter o barbalho de volta ao poder estadual e isso cria a chamada terceira via com potencial de lançar-se para contrapor o PMDB e o PT pelo velho bloco que aruinou o Pará e deixou o poder à pouco tempo.

MP pede quebra de sigilo bancário e fiscal do prefeito de Ananindeua

O blog recebeu o processo de número  0810605-68.2024.8.14.0000,  que tramita no Tribunal de Justiça do Esado do Pará e se encontra em sigilo...