Mostrando postagens classificadas por data para a consulta Fake News. Ordenar por relevância Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens classificadas por data para a consulta Fake News. Ordenar por relevância Mostrar todas as postagens

quinta-feira, abril 29, 2021

Deu na imprensa: Quinta-feira, 29.04.2021



Via Perseu Abramo

A CPI e seus desdobramentos continuam sendo o foco central da grande mídia tupiniquim e são o foco das manchetes dos dois diários paulistas. Folha destaca que Governo e aliados de Renan pedem tom mais baixo na CPIEstadão informa que Defesa do governo na CPI mobiliza milícias digitais

O Globo dá na manchete que o Supremo determina realização do Censo ainda neste ano. Já o El País Brasil vai com a notícia que mais repercute na mídia estrangeira: o discurso do presidente dos EUA no Capitólio. Biden pede ao Congresso mais impulso a suas propostas sociais: "Não podemos parar agora", destaca na capa a edição brasileira do jornal espanhol. 

De fato, no cenário externo, a notícia do dia é o apelo do presidente Joe Biden ao Congresso dos EUA para que garanta recursos para o turbinado plano social de US$ 1,8 trilhão. "Temos que provar que a democracia ainda funciona", disse. Biden apresentou ontem uma ambiciosa agenda para reescrever o pacto social americano, aumentando significativamente as licenças familiares, os cuidados infantis e a política de saúde pública. 

A sucessão de propostas do governo democrata equivale a uma aposta de que um país profundamente polarizado em linhas ideológicas está pronto para um governo mais ativista. O discurso de Biden é manchete do New York TimesWashington Post e Wall Street Journal e ganha ampla repercussão na mídia europeia, com destaque no Financial TimesThe TimesThe Guardian e Le Monde. Leia mais em INTERNACIONAL

De volta ao Brasil e à CPI da Pandemia – ou da Covid – além dos jogos de pressão do Planalto, que apelou a líder do Centrão para ver se o relator Renan Calheiros baixa a bola e a fervura, enquanto três baluartes do bolsonarismo recorrem novamente ao Judiciário para tirar o senador do MDB e mais Jader Barbalho da comissão, que avança. A CPI ouvirá os ex-ministros da Saúde Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich na próxima terça-feira, e o General Eduardo Pazuello na quarta. O atual titular Marcelo Queiroga será ouvido na quinta. Outros requerimentos de convocação serão votados hoje pela comissão de inquérito.

No GloboMíriam Leitão fala do pacto entre oposição e independentes na CPI para dar foco às investigações"O foco está sobre as ações e omissões do governo federal nesta pandemia, como diz o fato determinado", pontua. "Houve pelo menos 11 oportunidades de compra de vacina que o governo desperdiçou, há inúmeros indícios de prevaricação e negligência na gestão da pandemia que já se aproxima de 400 mil mortos"

Estadão destaca em manchete que o governo acionou as "milícias digitais" para fustigar os integrantes da CPI. Senadores viraram alvo de uma campanha orquestrada de ataques virtuais que tem como origem ativistas do bolsonarismo nas redes sociais. As mensagens incluem desde a disseminação de fake news, como a publicação de declarações descontextualizadas, até ameaças veladas. Em outra frente, parlamentares passaram a receber "dossiês" apócrifos contra adversários do presidente em seus gabinetes.

Enquanto isso, Bolsonaro volta a contestar foco de CPI da Covid, distorce tratamento com cloroquina e descarta se vacinar agora. Folha traz página inteira com texto para tentar explicar a crise da Covid no Amazonas e os sinais de negligência do governo que serão investigados pela comissão. Globo e Estadão noticiam que os requerimentos de senadores governistas na CPI foram feitos no Planalto. Assessora da Secretaria da Presidência é indicada como autora de pedidos de Ciro Nogueira e Jorginho Mello, aliados de Bolsonaro. A pasta é ligada à ministra indicada pelo Centrão.

No GloboBela Megale informa que o Palácio do Planalto aposta em ações do procurador-geral Augusto Aras contra governadores para abastecer base governista na CPI da Covid. A tropa de choque bolsonarista vai pedir o compartilhamento de todos os dados da PGR sobre investigações do Ministério Público e da Polícia Federal envolvendo governadores.

Segundo texto de Malu Gaspar no site do Globo, o roteiro de Renan Calheiros na CPI favorece Lula, seu grande aliado. Renan vai fazer sangrar o governo sem necessariamente chegar ao impeachment. Segue "o roteiro que interessa ao seu maior aliado, o ex-presidente Lula". Escreve a colunista: "Para o petista, o melhor dos mundos é polarizar a eleição de 2022 com um Bolsonaro enfraquecido, mas não com uma candidatura de centro-direita — que tende a ganhar espaço se Bolsonaro estiver fora do páreo".

Folha traz carta aberta de José Carlos Dias, André Singer e Margarida Bulhões Pereira Genevois clamando aos membros da CPI que não se curvem às pressões do governo Bolsonaro. "Pesam sobre vossos ombros responsabilidades que ficarão na memória do país", apontam. 

O texto é direto: "O escândalo de milhares de mortes diárias por Covid-19 não pode continuar, nem passar em branco. O atraso na compra de vacinas, combinado a discursos negacionistas que não cessam de provocar o aumento da contaminação, aponta inexoravelmente para a acumulação dos óbitos. Em nome dos que perdemos e dos que podemos preservar, esperamos que os senadores não poupem esforços e coragem".

Sobre a pandemia, uma boa notícia no Painel da FolhaCovas está negociando vacina contra a Covid-19 com Cuba, anuncia Marta Suplicy. A secretária de Relações Internacionais de Bruno Covas (PSDB), disse que a Prefeitura de São Paulo abriu negociações com Cuba para compra da vacina Soberana 2, contra a Covid-19. Ela disse que as tratativas são iniciais, mas envolvem também a possibilidade de instalação de uma fábrica do imunizante na capital paulista. "Vimos que Cuba, segundo a Opas nos informou, a vacina deles sempre foi de excelência. Foram os primeiros que fizeram a vacina de hepatite, que foi apoiada pela OMS", disse.

Na economia, destaque do dia está na FolhaBrasil deve ter menor crescimento entre as dez maiores economias do planeta. Estudo da FGV com dados do FMI mostra que França e Reino Unido se aproximarão do país em 2021. Se for considerado o tamanho das economias mundiais com base na PPC, o Brasil deve manter em 2021 a 8ª posição pelo terceiro ano seguido. Em 2018, era o sétimo colocado.

LULA

Folha noticia que a esquerda tenta reduzir favoritismo de Bolsonaro em segmento evangélico para 2022Lula prepara carta pública a religiosos, e Ciro e Boulos tentam romper preconceito de denominações com progressistas. A ideia no PT é que o documento seja distribuído em templos, igrejas e terreiros e ressalte a importância das medidas de isolamento e a solidariedade com a população vulnerável, que tem passado fome com a paralisação da atividade econômica. "Nas próximas semanas, Lula também pretende se reunir com integrantes da bancada evangélica que já apoiaram governos petistas", informa.

ELEIÇÕES

Painel da Folha informa que o deputado Aécio Neves (PSDB-MG) quer adiar prévias do partido para 2022 e diz que momento é de buscar nome de consenso do centro. O movimento ocorre após o senador Tasso Jereissati (CE) se manifestar a favor da mudança. O tucano mineiro defende prévias em março de 2022.

LAVA JATO

Estadão noticia que a Corregedoria do MPF abre sindicância para investigar elos da Lava Jato com EUA e Suíça. A corregedora-geral diz que há 'dúvida razoável' sobre os procedimentos adotados pela força-tarefa e afirma ser 'urgente' um aprofundamento do caso. A apuração foi instaurada no último dia 16 e tornada pública ontem. 

A subprocuradora Elizeta Maria de Paiva Ramos diz que o objetivo da sindicância é esclarecer se houve irregularidades nas conversas entre a Lava Jato e as autoridades estrangeiras e se todas as cooperações seguiram as regras. 

A defesa do ex-presidente Lula acusa a Lava Jato de realizar tratativas informais para obter informações com autoridades americanas e suíças durante as negociações do acordo de leniência da Odebrecht. Os advogados do petista citam conversas que indicariam que a suposta colaboração ocorreu fora dos meios formais. Os procuradores negam.

GUEDES

Outro assunto importante é a decisão do ministro Marco Aurélio de Mello, do STF, que mandou o governo realizar o Censo 2021, cancelado por falta de verba. Ministro determinou ao Executivo que adote as medidas necessárias para fazer o levantamento neste ano. O Censo do IBGE foi cancelado por falta de dinheiro. O ministro acolheu pedido do estado do Maranhão e determinou ao governo a "adoção de medidas voltadas à realização do censo".

Mais surpreendente, contudo, foi a reação do ministro Paulo Guedes, culpando o Congresso por corte no Censo. O ministro  afirmou que o governo não foi responsável por cortar as verbas para a realização do Censo Demográfico neste ano, mas sim o Congresso. "Não fomos nós que cortamos o Censo. Quando houve corte no Congresso, a explicação que nos deram é que o isolamento social impediria que as pessoas fossem de casa em casa transmitir o vírus", afirmou. "Porque é físico, os pesquisadores vão de casa em casa fazendo perguntas e preenchem os relatórios. Então, me pareceu que essa era a explicação, vou me informar a respeito", disse.

No GGNLuís Nassif aponta a perda de tração de Guedes no governo. Ele teve de se desfazer de parte da equipe para conter os críticos. "Sua passagem desastrosa pelo ministério terá o único mérito de acelerar a perda de hegemonia do mercado sobre a política econômica", destaca o colunista no artigo Guedes, o canto de cisne do ultraliberalismo tupiniquim"Conseguiu a unanimidade, de ser condenado pela esquerda, pela direita mercadista racional, por desenvolvimentistas e pelo próprio mercado", aponta. "Os elogios que eventualmente recebem significam apenas a esperança de que consiga dar uma última tacada nas privatizações, antes de soçobrar".

No TijolaçoFernando Brito também escreve sobre as mudanças na equipe econômica, destacando a falta de senso de Guedes e sua demonstração de covardia ao atribuir ao Congresso a não realização do Censo em 2021. Brito antevê que ele vai para o limbo e perderá espaço para o Centrão"O bestialógico de Paulo Guedes de ontem para hoje, foi coroado por suas declarações cândidas sobre o Censo de 2021, dizendo que o Congresso havia cortado suas verbas por conta da pandemia, que iria impedir a busca de informações 'de casa em casa'", observa. "Desde ontem era voz corrente entre os repórteres em Brasília que as substituições no Ministério da Economia foram consumadas à sua revelia".

INTERNACIONAL 

Toda a mídia global dá amplo destaque ao discurso de Biden no Congresso dos EUA na noite de quarta-feira. O assunto é manchete dos principais jornais americanos, ganhando atenção total do Washington PostNew York TimesUSA TodayWall Street Journal e outros, com ampla repercussão na mídia de toda a Europa, claramente favorável às ideias do presidente dos EUA. NYTimeselogia: Biden está transformando o que significa ser um democrata.

O francês Le Monde diz que "Biden se envolveu em uma batalha histórica contra a desigualdade". Em editorial, o jornal lembra que o democrata prometeu aos trabalhadores americanos 'reconstruir a América, para melhor'. "Virando as costas à ortodoxia das índices, empurrado pela esquerda, Biden continua no caminho certo para reabilitar as classes média e popular", sublinha. 

Libération destacou trecho da fala de Biden: "A América está avançando novamente". O espanhol El País fala em "ambiciosa agenda social" do presidente, enquanto o diário El Mundo fala em "dose de esperança". O português Público diz que Biden quer por o 1% mais rico a pagar o combate à desigualdade. O alemão Frankfurter Allgemeine Zeitung destaca que Biden quer fazer uma reconciliação: "o presidente americano quer provar que o estado funciona".

No discurso ao capitólio, ao lado de Kamala Harris e Nancy Pelosi, Biden fez um balanço dos primeiros 100 dias no cargo e anunciou um novo pacote: o Plano das Famílias Americanas no valor de US$ 1,8 trilhão que se concentra nas crianças, e deve trazer à tona os tópicos de reforma policial e justiça racial, a crise climática e um enorme plano de infraestrutura, unidade e imigração. O plano da Casa Branca vai investir bilhões em um programa nacional de creche, pré-escola universal, faculdade comunitária gratuita, subsídios de seguro saúde e redução de impostos para trabalhadores.

Se o plano for aprovado, cerca de US$ 300 bilhões serão dedicados ao financiamento da educação, US$ 225 bilhões para creches e outros US$ 225 bilhões para subsidiar férias familiares. O programa reflete ideias progressistas, incluindo um programa nacional de licença familiar, que só recentemente foi adotado pelos legisladores democratas convencionais. Os EUA são a única nação rica que não tem uma política federal de licença-maternidade paga e faz parte de um grupo muito pequeno de países mais ricos que não oferecem licença-paternidade. 

Na imprensa inglesa, o pesadelo político do primeiro-ministro Boris Johnson é manchete de capa dos principais jornais. The Guardian destaca a fúria de Johnson durante confronto na Câmara dos Comuns com Sir Keir Starmer. O jornal traz quatro fotos do primeiro-ministro com o rosto vermelho usando um dedo para apresentar seu caso durante sessão. O diário diz que a disputa pelo "dinheiro das cortinas" está cada vez mais engolfando Johnson. Ele insiste que não fez nada de errado. O jornal o chama de Coringa.

Times abre outro flanco: Há preocupação em Downing Street com a "trilha de papel" nas reformas do apartamento do primeiro-ministro. O jornal afirma que há alegações de que o presidente do partido conservador, Ben Elliot, alertou Johnson em fevereiro do ano passado que os planos de financiar o projeto por meio de doações eram "loucura". Até o Financial Times trata da crise política no Reino Unido na manchete. A investigação da Comissão Eleitoral é a manchete e o jornal relata que uma segunda investigação sobre o apartamento do primeiro-ministro será conduzida por Sir Christopher Geidt, o ex-conselheiro sênior da Rainha. 

NA GRINGA

Sobre a crise sanitária brasileira, o americano Wall Street Journal destaca que a variante da Covid-19 do Brasil está "rasgando a América do Sul em advertência ao mundo". Os países que recentemente controlaram a disseminação do Covid-19 agora estão vendo hospitalizações e aumento de mortes. A variante P1 já foi detectada em mais de 30 países e está devastando o Uruguai.

O francês Le Monde distribui um podcast sobre a crise sanitária brasileira que desembocou numa crise política. "O Brasil tornou-se nos últimos meses um dos principais centros da epidemia de Covid-19. Por trás de uma situação de saúde catastrófica, um duelo político está acontecendo entre o presidente Jair Bolsonaro e o ex-presidente Lula", destaca o jornal. Bruno Meyerfeld, correspondente do Monde no Rio de Janeiro, fala sobre esse duelo. O podcast está no Spotify e pode ser ouvido aqui.

No Financial Times, o editor Michael Stott escreve artigo defendendo que a América Latina deve adotar um caminho fora das polarizações ideológicas na reconstrução da região após a pandemia. "Retornar ao status quo não é uma opção", diz o título do artigo. "Os cabos-de-guerra políticos devem dar lugar ao consenso à medida que a região emerge dos destroços do Covid-19", pondera. 

"Por décadas, a América Latina foi dividida por um cabo de guerra amargo e muitas vezes destrutivo sobre a política econômica, que opôs 'neoliberais' a favor de mercados livres contra estatistas de grandes governos", lembra. "Um lado puxaria os eleitores em sua direção; quatro anos depois, o eleitorado viraria na direção oposta e o time rival alcançaria a vitória. Seu primeiro ato no cargo seria desfazer o mais rápido possível o trabalho dos ocupantes anteriores".

"A chave é 'reconstruir melhor' – termos usados por todos, desde o Banco Mundial até os acadêmicos, para aproveitar a oportunidade criada pela pandemia e tornar as economias da região mais competitivas, inclusivas e sustentáveis", diz. "Isso envolve abraçar as oportunidades abertas por uma digitalização mais rápida para melhorar tudo, desde a educação até os serviços de saúde e o governo, e usar a transição para uma energia mais verde para investir em infraestrutura que ofereça melhores serviços públicos mais baratos".

O argentino Página 12 destaca na edição de hoje a declaração do General Luiz Eduardo Ramos. Chefe da Casa Civil do Brasil confessou que foi se vacinar às escondidas de Bolsonaro. O jornal diz que declaração do general aposentado é surpreendente. Já o Clarín informa que o Brasil começou a fabricar sua primeira vacina contra o coronavírus. Mas ressalta: o ButanVac é produzido em São Paulo. Ainda faltam testes em humanos.

No português Diário de Notícias, a notícia sobre o Brasil é a constatação de autoridades e médicos no país sobre a crescente onda de mortes de grávidas por covid"Só entre janeiro e abril de 2021, 433 grávidas ou mães recentes perderam a vida, número muito elevado quando comparado aos 546 óbitos registados em todo o ano passado", informa. Já o francês Libération fala do imbróglio envolvendo Brasil e Rússia na controversa decisão de banir a Sputnik no maior país da América Latina: Brasil duvida da vacina Sputnik V, Rússia denuncia decisão política.

 

AS MANCHETES DO DIA

Folha: Governo e aliados de Renan pedem tom mais baixo na CPI

Estadão: Defesa do governo na CPI mobiliza milícias digitais

O Globo: Supremo determina realização do Censo ainda neste ano

Valor: União de Americanas e B2W cria rival para Magalu e Via

El País (Brasil): Biden pede ao Congresso mais impulso a suas propostas sociais: "Não podemos parar agora" 

BBC Brasil: As perguntas que devem ser feitas aos primeiros convocados a depor na CPI da covid

UOL: Com Renan na mira de governistas, CPI da Covid define plano de trabalho

G1: 11 pedidos de governistas na CPI saíram do Planalto, indicam documentos

R7: Guedes, o canto de cisne do ultraliberalismo tupiniquim

Luis Nassif: Guedes, o canto de cisne do ultraliberalismo tupiniquim

Tijolaço: Covarde, 'mimimi' de Guedes sobre censo vai atiçar o "Centrão"

Brasil 247: Drauzio Varella: Bolsonaro é o maior responsável pela disseminação do vírus no Brasil

DCM: Senadores bolsonaristas acionam STF para tirar Renan da CPI da Covid 

Rede Brasil Atual: Perda de renda na pandemia causa aumento de despejos, ocupações e remoções

Brasil de Fato:  País tem quase 80 mil casos de covid em 24h; Fiocruz aponta nível crítico da pandemia

Ópera Mundi: 'Governo da Índia alinha neoliberalismo à religião', diz Florência Costa

Vi o Mundo: O TCU quer U$ 453 milhões de Gabrielli. R$ 2,4 bi. Ele descarta fazer vaquinha e se diz mais uma vítima da perseguição a petistas

Fórum: Eleições 2022: Em Sergipe, Lula tem 55,2% das intenções de voto, mais que o triplo de Bolsonaro, diz pesquisa

Poder 360: 58% dos beneficiários do auxílio emergencial desaprovam governo Bolsonaro

New York Times: Biden argumenta para expandir amplamente o papel do governo

Washington Post: Biden, em discurso ao Congresso, oferece agenda abrangente e apregoa democracia

WSJ: Biden pede amplo plano econômico

Financial Times: Johnson enfrenta problemas formais sobre quem pagou pela plástica facial de Downing Street

The Guardian: Fúria do PM quando o cão de guarda lança inquérito sobre dinheiro para cortinas

The Times: Preocupação de Downing Street na 'trilha de papel' para o apartamento de PM

Le Monde: Como o executivo se converteu ao passe de saúde

Libération: Vacinas. E se entregássemos o coelho aos profissionais?

El País: A tensão da campanha relega as propostas e planos para Madrid a um segundo plano

El Mundo: PSOE admite que estratégia de polarização não mobilizou eleitorado

Clarín: A partir de sábado, estendem o confinamento com mais restrições para circular

Página 12: Explodiu

Granma: O abraço de um país, em um desfile virtual

Diário de Notícias: O que muda do estado de emergência à situação de calamidade

Público: Governo quer alargar perdão de penas a quem confessar corrupção

Frankfurter Allgemeine Zeitung: Turismo vermelho

Süddeutsche Zeitung: Pensadores laterais sob observação

The Moscow Times: "Como podemos sobreviver quando a terra acabou?" No Daguestão, um povo orgulhoso luta contra o deserto

Global Times: Xi parabeniza o lançamento bem-sucedido do módulo central Tianhe

Diário do Povo: Xi parabeniza o sucesso do lançamento do módulo central da estação espacial

sexta-feira, abril 16, 2021

Alepa aprova moção sobre vacinação de Jornalistas do Pará contra a Covid-19

Deputado Raimundo SantosFoto: Balthazar Costa (AID/Alepa)

Via ASCOM/ALEPA

Um levantamento feito pelo Sindicato dos Jornalistas no Estado do Pará (Sinjor-PA), apresentou estudo inédito sobre os óbitos de profissionais da imprensa causados pela covid-19. Infelizmente, o Pará é um dos Estados com a maior quantidade de mortes de jornalistas de todo o Brasil.  

No total, 21 jornalistas morreram no Pará devido às complicações da doença causada pelo novo coronavírus. Os estados do Amazonas e São Paulo, também aparecem com uma quantidade de óbitos elevada pela doença. Um dossiê coletado pela Federação dos Jornalistas (Fenaj), através do seu Departamento de Saúde, apontou que 169 jornalistas foram vítimas do novo coronavírus.   

Diante do que tem vivido os jornalistas do estado do Pará, que trabalham na linha de frente para levar a notícia com respeito e ética profissional, uma Moção, de autoria do deputado Raimundo Santos, ouvidor-geral do Parlamento Estadual, foi deferida durante a Sessão Ordinária do dia 13.

A Moção solicita ao governo do Pará e à Secretária de Estado de Saúde Pública (Sespa),  com base no art. 189 no Regimento Interno da Assembleia Legislativa do Estado do Pará (Alepa), a vacinação imediata que previne o novo coronavírus (SARS-Cov-2), para os jornalistas e outros profissionais de Imprensa que comprovadamente estejam na linha de frente da cobertura da pandemia, em caráter de urgência.  

A proposta segue para o governo do Estado, independentemente de deliberação no plenário.  

"A Moção faz justiça à classe jornalística do Pará, que tem apresentado a verdade para a população. O jornalista alimenta a sociedade, e diante do que estamos vivendo ele se expõe ao exibir como estão os hospitais, as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), filas de bancos, onde a população vai em busca de benefícios", disse o autor. "Os jornalistas que estão em assessorias de comunicação têm contato direto com pessoas que passaram por diversos lugares, nos finais de semana, a gente sabe que há parlamentares que se deslocam para as suas bases, mesmo tomando todas as medidas de proteção. O jornalista, ao cumprir sua missão tem colocado sua vida em risco, assim como muitos. O jornalista precisa dessa proteção, uma vez que já é campeão em números de mortes no Brasil. No Pará, está entre os que possuem mais vítimas da Covi-19. O presidente da Casa, deputado Chicão, tem conhecimento do fato, e já estamos articulando uma reunião com o governador do Estado", finalizou Raimundo Santos.

Denilson: exposição necessária.Foto: Divulgação (AID/Alepa)

Denilson d'Almeida, 35 anos, repórter do Diário do Pará há 10 anos e atuante na profissão há 13, falou da necessidade de imunização para o profissional de jornalismo. "É muito importante que a gente seja imunizado contra a covid-19. Entendo que no atual cenário que enfrentamos, toda a população é prioridade, mas existem aqueles que estão mais expostos ao risco de contágio pelo coronavírus. Nós, jornalistas, que estamos na cobertura diária da pandemia, fazemos parte dessa população exposta. Atuamos em hospitais, unidades de emergência, precisamos estar em lugares aglomerados para mostrar o que está acontecendo de verdade e passar a informação correta sobre as medidas sanitárias, sobre o uso de máscaras. Informar a população é uma arma poderosa para combater as fake News e se proteger do vírus. E para fazer isso, a gente coloca em risco a própria saúde e a saúde dos que moram conosco", afirmou. 

Tarso Sarraf: trabalho protegido.Foto: Divulgação (AID/Alepa)

"Peguei Covid-19 em abril de 2020, tenho sequelas, mas levo minha vida normal. Em maio, fui para a cobertura da pandemia na ilha do Marajó, passei um mês trabalhando de freelancer para o Estadão e Folha de São Paulo. Para levar a notícia por meio de imagens, preciso entrar no Hospital de Campanha, nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI). O medo é contínuo, mas preciso exercer meu trabalho. Tenho dois filhos, um de 13 e outro de 6 anos de idade, no momento não tenho muito contato com eles, presencialmente, procuro preservar a vida deles, já que meu trabalho exige que eu entre em locais de alto contágio. Meus pais moram comigo e é necessário ter um procedimento para entrar em casa, eles fazem parte do grupo de risco. Essa Moção é uma das melhores atitudes da Alepa, em se tratando de prevenção para os jornalistas do estado do Pará. Esperamos ser atendidos, bem como toda a população", contou Tarso Sarraf, coordenador de audiovisual do grupo O Liberal, 44 anos e 27 de profissão.

Vito Gemaque, presidente do Sinjor-PaFoto: Divulgação (AID/Alepa)

Segundo o Presidente do Sindicato dos Jornalistas no Pará (Sinjor-PA), Vito Gemaque, o Sinjor-PA desde o início do ano luta para que a categoria seja incluída no plano estadual de vacinação. "Já protocolamos ofício para o governo do Estado, assim como para a prefeitura. Com o apoio do Parlamento Estadual, acreditamos que nossa demanda será discutida e atendida. O levantamento dos óbitos demonstra a relevância da vacina para a categoria, mesmo os repórteres usando máscaras, álcool em gel e mantendo o distanciamento somos atingidos em grande quantidade, devido ao trabalho que realizamos para a população. Essa contribuição da Alepa é muito importante. Já temos uma reunião marcada com o governador para a próxima segunda-feira, 18 e esperamos que a nossa solicitação seja ouvida, precisamos ser atendidos", declarou.

Foto: Divulgação (AID/Alepa)

No último dia 14, Vito Gemaque e a jornalista Rose Gomes (Vice-presidente do Sinjor-PA), estiveram numa reunião, remota, com o deputado Raimundo Santos. Durante o encontro foi destacado que nos estados de Alagoas, Mato Grosso do Sul e Tocantins, já aconteceu uma articulação nos planos estaduais sobre vacinação para jornalistas.  Vito Gemaque ressaltou ainda que "respeitamos as opiniões diversas, mas pela natureza do jornalismo que não pode parar, considerado uma atividade essencial, o jornalista deve ser incluído no plano estadual de vacinação do governo do Pará", concluiu.  Acesse o relatório sobre jornalistas vítimas de Covid-19 no Brasil clicando AQUI.

domingo, abril 04, 2021

Belém é de novo a 5ª cidade brasileira com mais mortes pela COVID-19

Os números estão no site do Ministério da Saúde e demais plataformas de veículos de imprensa, alimentados por dados enviados pelos estados e municípios brasileiros.


Por Diógenes Brandão

Com 36 mortes nas últimas 24 horas, Belém voltou a ser a 5ª cidade brasileira com maior número de mortes causadas pela COVID-19, informa o site do Ministério da Saúde. 

A capital paraense está empatada com Uberaba-MG (32) e atrás apenas de grandes metrópoles como o Rio de Janeiro-RJ (164), São Paulo-SP (61), Belo Horizonte-MG (60) e o município de São João de Mereti-RJ (40).


Embora a gravidade e a situação que atravessamos seja dramática, pois junta-se às perdas de vidas, a falta de leitos hospitalares e de UTI, tanto na rede pública, quanto privada; a falta de médicos; enfermeiros; medicamentos e insumos para o tratamento de pacientes na capital paraense, a divulgação dos números oficiais é repelida de forma sectária e truculenta, desde a última sexta-feira, 02, quando alguns internautas, sobretudo eleitores e partidários do prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues (PSOL) passaram a retrucar e atacar a notícia trazida em primeira-mão, pela redação da página Política Pará, que revelou que a capital paraense foi a 5ª cidade brasileira com mais mortes no país, entre a quinta e sexta-feira.

Veja a postagem da notícia que gerou tanta polêmica e foi atacada por negacionistas, que insistem em não enxergar o caos que a população de Belém está atravessando, sendo uma das que estão tendo mais mortes no Brasil:

  

Tomados pela preguiça em pesquisar as informações e notícias, militantes partidários e internautas mais desatentos, chegaram a reproduzir, um gráfico do site Congresso Em Foco, replicado em um site apócrifo, criado há 4 meses, com o seguinte texto:  

É Fake News! Belém não é a quinta cidade com mais mortes por Covid-19

O Portal Congresso em Foco publicou as 30 cidades com mais mortes por Covid-19 no Brasil, Belém ficou na nona posição.  A maioria dos óbitos  ocorreram no ano 2020, na gestão do ex-prefeito Zenaldo Coutinho (PSDB).

A matéria também  apresenta as 30 cidades  com maior números de pessoas infectadas por Covid-19 no Brasil. Veja matéria completa aqui

Ao clicar no link, o leitor de fato é direcionado à plataforma - de Boletins informativos e casos de coronavírus por município, atualizados diariamente - do site Congresso Em Foco, chamada de Painel COVID-19, uma ferramenta que coleta dados de fontes oficiais e tenta manter seus leitores atualizados sobre os números da pandemia no país. 

Para o site apócrifo, denominado Pará em Pauta, Belém naquele dia era a 9ª cidade com mais mortes no país e não a 5ª, conforme a equipe de jornalismo da página Política Pará havia postado, após ter acesso à informação publicada pelo pesquisador paraense, André Santos, um especialista em coleta, análise e cruzamentos de dados e interpretação de gráficos de estudos científicos, de governos e entidades públicas e privadas.

A confusão do autor do site apócrifo, que contestou e acusou a página Política Pará de publicar uma Fake News, se deu pelo simples fato do site do Congresso em Foco não estar atualizado com os números daquele dia. Já o portal do Ministério da Saúde, sim. E lá, Belém de fato era a 5ª cidade brasileira com mais mortes.

"Bastava conferir no portal do Ministério da Saúde, que é o oficial, não no Congresso em Foco. Além disso, eu escrevi que Belém foi a 5ª mais mortal em 24 horas, não que era a 5ª mais mortal no ranking de óbitos totais. A pessoa que fez um negócio desse tem sérios problemas de interpretação de texto. O site é atualizado diariamente. Até ontem, às 17h59 horas, Belém era a 5ª mais mortal. Depois desse horário, foi atualizado, e outras cidades apresentaram mais mortes", esclareceu o pesquisador e especialista em análise de dados, André Santos. 

E foi além, revelando a estratégia de quem o contestou: "Os negacionistas estão dizendo que (Belém) não é a 5ª porque eles estão se baseando no número de mortes totais, não no de mortes por 24 horas. Isso é jogada para defender político", explicou André Santos.

COMO FUNCIONA A ATUALIZAÇÃO DE DADOS OFICIAIS

O site do Ministério da Saúde atualiza de forma oficial os dados sobre a COVID-19 e qualquer pessoa pode consultá-los aqui: https://susanalitico.saude.gov.br/.

Além disso, um consórcio de veículos de imprensa foi lançado em Junho do ano passado para dar transparência a dados de Covid-19. 

Jornalistas do G1, O Globo, Extra, Estadão, Folha e UOL passaram a coletar dados junto às secretarias de Saúde, e divulgar em conjunto, números sobre mortes e contaminados, em razão das limitações impostas naquela época, pelo Ministério da Saúde. A iniciativa foi em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de Covid-19.

Depois de fortes críticas, o Ministério da Saúde voltou a divulgar números completos da pandemia e estes passaram a ser os dados oficiais novamente, assim como os números da vacinação, mas as narrativas criadas por militantes e líderes da esquerda e da direita, do governo e da oposição têm gerado uma onda e desinformação que em nada ajuda na transparência e veracidade dos fatos.  

É preciso ter muita cautela para não acreditar em Fake News, assim como também não acusar injusta ou propositalmente,  os outros de fazê-las, pelo simples fato de discordar das fontes.

MP pede quebra de sigilo bancário e fiscal do prefeito de Ananindeua

O blog recebeu o processo de número  0810605-68.2024.8.14.0000,  que tramita no Tribunal de Justiça do Esado do Pará e se encontra em sigilo...