quinta-feira, janeiro 14, 2021

Prefeito de Manaus diz que também fecharia divisa do Amazonas com o Pará

David Almeida se indignou com a decisão de Helder Barbalho e disse que se fosse o governador do Amazonas fecharia a divisa do seu estado com o Pará.


Por Diógenes Brandão 

A indignação do prefeito de Manaus, com a decisão de Helder Barbalho pegou todos os paraenses de surpresa. Ao invés de mandar ajuda, o governador paraense emite sinais de indiferença com a situação dramática do estado vizinho.

Apelidado como "Rei do Norte", no auge da pandemia, Helder chegou a dizer que o governo do Pará poderia receber pacientes amazonenses com a COVID-19, caso o estado vizinho precisasse. A declaração foi feita ano passado, mas hoje parece não ver mais. 

Leia a matéria publicada no Amazonas Atual

O prefeito de Manaus, David Almeida, afirmou que ficou surpreso ao saber que o governador do Pará, Helder Barbalho, proibiu a entrada de embarcações com passageiros do Amazonas no estado vizinho na noite desta quarta-feira, 13. David afirmou que, caso fosse governador do Estado, emitiria um decreto aplicando o princípio da reciprocidade, fechando, assim, a divisa territorial do Amazonas com o Pará.

O prefeito de Manaus lembrou que a atitude é delicada, em virtude de muitos moradores do Pará receberem atendimentos hospitalares em unidades instaladas em municípios do Amazonas, citando como exemplo Parintins (a 369 quilômetros de Manaus). Além disso, uma parte desses pacientes também é atendida nas UBSs (Unidades Básicas de Saúde) e hospitais de Manaus.

“Não sou governador do Amazonas, eu sou o prefeito de Manaus. Porém, se fosse governador, aplicava o princípio da reciprocidade com relação à atitude do governador do Pará, até porque, muitos dos pacientes que atendemos nas nossas unidades de saúde de Manaus e na cidade de Parintins, são pacientes vindos do estado vizinho”, disse.

Ex-servidores de Zenaldo cobram dias trabalhados na gestão de Edmilson

Presidente do Instituto de Assistência à Saúde dos Servidores Público do Município de Belém, Dr. Chiquinho (PSOL) não quer pagar servidores que fizeram a transição no órgão da prefeitura e é acusado de só passar duas horas no ambiente de trabalho.


Por Diógenes Brandão 

Servidores e ex-servidores públicos de Belém denunciam a nova gestão do IASB (antigo IPAMB) de não pagar servidores da gestão anterior (Zenaldo Coutinho) que trabalharam nos primeiros dias da nova gestão (Edmilson Rodrigues). Ou seja, os servidores que fizeram a transição governamental.

Segundo informam, estes servidores foram os responsáveis pela manutenção do atendimento no instituto, nos primeiros dias da nova gestão, pois não haviam portarias com novos nomeados para cargos de chefia e operacionais, ou seja, não havia funcionários para assinar os procedimentos de internação, quimioterapia e hemodiálise, feitas pelo órgão.

Ainda segundo estes servidores, o presidente do Instituto de Assistência à Saúde dos Servidores Público do Município de Belém (IASB) Francisco Antônio Guimarães de Almeida, mais conhecido como "Doutor Chiquinho", só chega no órgão às 10h e fica até o meio-dia, deixando a responsabilidade da gestão nas mãos do diretor Israel Pereira Corrêa, pois o titular possui uma clínica particular, onde atua como médico e proprietário e ainda leciona em escolas do Estado.

Chiquinho foi vereador pelo PSOL por dois mandatos e não conseguiu se reeleger nas eleições de 2020. Na Câmara Municipal ganhou o apelido de gazeteiro.


Empresa de Alan Bitar é interditada por irregularidades

Por Diógenes Brandão 

A empresa Office Clean Comércio de Material de Higiene LTDA foi interditada pela Diretoria de Vigilância Sanitária, órgão ligado à Secretaria Municipal de Saúde de Ananindeua. 

A empresa tem como sócio-proprietário, o empresário Alan Bitar, que disputou as eleições de 2020, na condição de candidato a prefeito de Ananindeua, pelo Cidadania.

O auto de infração diz que a empresa de Alan Bitar infringiu a legislação, pela qual a Vigilância Sanitária é obrigada a fiscalizar e por isso foi interditada.




quarta-feira, janeiro 13, 2021

Helder proíbe pobres do Amazonas entrarem no Pará por navios. De avião pode

Por Diógenes Brandão 

Em suas redes sociais, Helder disse:

Boa noite, pessoal. Venho informar que amanhã vamos publicar um decreto proibindo a circulação de embarcações com passageiros entre o Pará e o Amazonas. Esta é uma medida preventiva para conter o contágio do coronavírus no nosso Estado.  #ParáContraoCoronaVírus.





Prefeito de Belém dá medalha à comunista que articula acordos com a família Barbalho

Expulsa do governo de Ana Júlia, de quem é comadre, por Cláudio Puty, Edilza Fontes recebeu uma medalha das mãos do prefeito e seu vice.


Por Diógenes Brandão 

O prefeito Edmilson Rodrigues (PSOL) e seu vice, Edilson Moura (PT) prestigiaram ex-petista Edilza Fontes, com a entrega da Medalha do Mérito Francisco Caldeira Castelo Branco.

Segundo o próprio prefeito, a medalha é entregue às pessoas que prestaram serviços relevantes ao município no âmbito da educação, cultura e serviço social.  

"Escolhemos alguns homenageados, entre tantos belenenses que contribuem e contribuíram com a nossa história nos mais diversos aspectos", escreveu Edmilson.

Edilza Fontes é uma das responsáveis pela longevidade do acordo político entre a esquerda e a família Barbalho, onde atua como uma espécie de conselheira de Helder Barbalho, a pedido do seu pai, o senador Jader Barbalho, além de ser fundadora do PT, tendo deixado o partido após ser defenestrada do governo Ana Júlia, pelo então Chefe da Casa Civil, Cláudio Puty, que por sua vez também deixou o PT e hoje é Secretário de Planejamento da Prefeitura de Belém.

Na época em que foi Chefe da Casa Civil do governo do PT, Puty foi acusado por militantes e dirigentes do PSOL de ser o responsável pela ordem para que a Tropa de Choque metesse a porrada em professores grevistas, em uma manifestação realizada em frente à governadoria do Estado do Pará.

Hoje Puty está filiado ao PSOL e Edilza Fontes no PCdoB, onde Ana Júlia também milita.

Segundo as redes sociais de Edmilson Rodrigues, também foram entregue medalhas para Maria Cleide Sousa Morais  (In memoriam); Dona Clotilde Melo de Sousa (Dona Coló); Edgar Augusto Camarão Proença; Edilza Joana Oliveira Fonte; Egídio Machado Sales Filho (In memoriam); Emmanuel Zagury Tourinho; Joelma Kláudia; José de Andrade Raiol; Luiz Arnaldo Dias Campos; Maricila do Socorro Brito Gomes; Marco Aurélio Arbage Lobo; Raimundo Alberto Figueiredo Damasceno.

Leia também: Edilza Fontes desfilia-se do PT

segunda-feira, janeiro 11, 2021

URGENTE: Em surto esquizofrênico, homem é morto após golpear PM

 

Por Diógenes Brandão

Segundo informações preliminares, um homem em estado psíquico alterado foi denunciado por populares. Na abordagem, os policiais tentaram controlar o sujeito com balas de borracha e não conseguiram a tempo dele golpear com uma barra de ferro, um dos PMs que participava da operação.

O sinistro ocorreu há poucos minutos no bairro Fé em Deus, no distrito de Icoaraci, em Belém do Pará.

Segundo informações de policiais militares, o homem sofria de transtornos mentais e esquizofrenia e teve um surto. Os moradores acionaram a PM, que acabou utilizando balas de borracha para imobilizá-lo, mas não conseguiram.

Só após alguns tiros de escopeta, o homem foi morto e o policial está internado com ferimentos no rosto.

O blog será atualizado com mais detalhes sobre o caso que deixou muitas pessoas aterrorizadas com a cenas brutais.

Assista, mas esteja ciente que os vídeos gravados por populares contêm cenas fortes.





Remo vence o Paysandu, no Mangueirão, e garante vaga na Série B

Equipe do Remo, que venceu o rival no Mangueirão, conquistou novo patamar no futebol nacional.


Por Paula Portilho, da ASCOM SEEL, via Agência Pará. 

Com o placar de 1 x 0, o Clube do Remo venceu o Paysandu Sport Club neste domingo (10), no Estádio Olímpico do Pará, o Mangueirão, e está perto da classificação para a Série B do Campeonato Brasileiro de Futebol. Os azulinos estão há 13 anos fora da segunda divisão, e agora dependem do resultado do jogo entre Londrina e Ypiranga, no Paraná. 

Para os clubes, o apoio do Governo do Pará foi fundamental para que ambos chegassem à reta final da competição em condições de acesso. “O Pará tem o privilégio de ter um governador que incentiva o futebol e o esporte em geral. Sem o apoio do governo do Estado não estaríamos neste momento, brigando pelo acesso. Apesar da situação crítica que o futebol passou, voltamos em agosto e tivemos a oportunidade de sermos o campeão estadual. No início deste ano, nossa atenção está voltada para a inauguração do nosso Centro de Treinamento”, disse Ricardo Gluck Paul, presidente do Paysandu, clube que está fora da série B desde 2019. 

O Remo também reconhece a importância da parceria com o governo estadual. “O clube vem se preparando para que chegássemos hoje em condição de acesso. Tivemos ao longo desse período uma parceria de sucesso com o governo do Estado. Estar na série B representa o aumento do número de jogos, praticamente dobramos, mais oportunidades de patrocínio, mais equipes vindo disputar jogos no estado. A gente movimenta a cadeia produtiva com o acesso à série B. Perdemos 6 milhões de reais com a bilheteria, um impacto muito grande, mas tivemos o apoio fundamental do Estado. Nossa perspectiva é de, em 2022, jogar no novo Mangueirão, que será palco de muitas vitórias do Leão”, disse o diretor de Marketing do Clube do Remo, Renan Bezerra. 

Potencial – O Re-Pa foi um dos mais disputados dos últimos tempos, e a possibilidade de classificação acirrou a tradicional rivalidade entre os times. Aos 35 minutos do 1º tempo, Salatiel abriu o placar para o Remo. 

“Para nós, da Seel (Secretaria de Estado de Esporte e Lazer), é uma grande satisfação receber este clássico. Nessa retomada do futebol, o governo do Estado tem se dedicado ao esporte. Com o acesso à Série B, vamos mostrar para todo o Brasil o potencial do nosso futebol. E, claro, o futebol é nossa vitrine, mas temos apoiado diversas modalidades, mostrando que aqui temos excelentes atletas”, afirmou Arlindo Silva, secretário de Estado de Esporte e Lazer.  

Com a retomada dos jogos sem a presença das torcidas, a imprensa paraense levou a emoção do clássico ao público. “É um jogo muito importante, talvez o mais importante da década. Esse é o 210° clássico que narro, e foram muitos clássicos, até em outros estados e no exterior, como em Suriname, no Torneio Internacional de Paramaribo. Dessa vez, será inédito se os dois subirem ao mesmo tempo”, contou o narrador da Rádio Clube, Cláudio Guimarães.

CENAS FORTES: Delinquentes espancam e matam torcedores do Paysandu

Cenas de selvageria no conjunto CDP, onde torcedores do Clube do Remo, espancaram torcedores do Paysandu. Um deles morreu no local sob chutes, socos e pauladas na cabeça.
 

Por Diógenes Brandão

As cenas são fortes, mas os criminosos precisam ser rapidamente identificados e presos e essa incitação à violência precisa ter fim.

Os dirigentes do Remo e do Paysandu precisam repudiar esse comportamento delinquente de quem se diz torcedor, mas se torna um criminoso.

O Estado precisa ser rápido e enérgico na resposta deste crime e todos os organismos, sobretudo a imprensa, precisam reagir de forma contundente contra essa brutalidade insana.

Até agora, o Diário OnLine foi o único veículo de comunicação que publicou matéria jornalística sobre o fato. Ao mesmo tempo, nenhum órgão do governo do Pará, como a SEGUP, Polícia Civil ou a Polícia Militar se manifestou sobre o ocorrido.


Torcedor é morto com pauladas na cabeça após briga; outro fica gravemente ferido

O confronto teria durado mais de vinte minutos, com os integrantes usando paus e pedras uns contra os outros.

Alegria de um lado, selvageria de outro. Um torcedor morreu e outro ficou gravemente ferido após uma briga de torcidas organizadas na noite deste domingo (10), no conjunto CDP, em Belém.

Segundo testemunhas, membros de uma torcida organizada do Remo passaram a perseguir um grupo de torcedores próximo a uma das ruas do conjunto, que fica próximo ao estádio do Mangueirão.

O confronto teria durado mais de vinte minutos, com os integrantes usando paus e pedras uns contra os outros. Após o final da confusão, dois corpos ficaram estirados no chão.

Os torcedores, que ainda não foram identificados, foram atingidos com várias pauladas na cabeça e ficaram desacordados. Segundo moradores que viram a briga, um deles veio a óbito no local e o outro foi socorrido e levado para a Unidade de Pronto Atendimento da Marambaia.

A Polícia Militar foi acionada e chegou no local logo após o término da briga. Os agentes isolaram a área e fizeram os primeiros levantamentos. Ninguém foi preso até a hora de fechamento da reportagem.









domingo, janeiro 10, 2021

O que tivemos na 1ª semana da "Belém de novas ideias"?

Edmilson Rodrigues (PSOL) e Helder Barbalho (MDB) reaparecem juntos e anunciando a união na execução do programa "Bora Belém", que serviu para eleger o prefeito e deve ser usado para reeleger o governador.

Por Diógenes Brandão

A primeira semana dos prefeitos eleitos em 2020 no Pará, trouxe-nos um choque de realidade e nos mostrou quem realmente chegou chegando e afim de trabalhar, e quem veio fazer firula. 

Impossibilitado de comentar sobre todos os 144 municípios, o blog inicia uma análise pelas gestões da Região Metropolitana e continua com mais alguns, onde tenhamos conhecimento dos fatos políticos durante o decorrer da semana.

Belém e a Herança Maldita

Na capital, o prefeito Edmilson Rodrigues encastelou-se, literalmente e ativou seus secretários e assessores para reclamar da gestão passada. É o velho macete da "Herança Maldita", subterfúgio retórico que serve para atacar o adversário e amplamente utilizado pelas estratégias do velho marketing político-eleitoral, que os criadores do slogan "Belém de Novas Ideias" resolveram manter vivo no imaginário popular.

POTOCA I

Militantes da ex-querda paraense alegaram que a eleição de Zeca Pirão (MDB) como presidente da Câmara Municipal de Belém foi natural, por ele ter sido o mais votado. 

Balela! 

Ou melhor: Potoca!


Em Ananindeua, Rui Begot (PROS) foi eleito por unanimidade para a presidência da Câmara, sendo que já era presidente na gestão anterior, de Manoel Pioneiro (PSDB) e não foi o mais votado. 

Com a potoca de que Zeca Pirão foi escolhido por seus pares, inclusive com o voto das novatas e aguerridas vereadoras, Lívia Duarte (PSOL) Bia Caminha (PT) e demais parlamentares e militantes de esquerda, que tentam esconder a cada vez mais óbvia e descarada aliança da cúpula do PSOL com a família Barbalho, os verdadeiros responsáveis pela negociação que levou à escolha do novo presidente da CMB. 

Antes de dizerem que a citação dos nome das vereadoras de esquerda é demonstração de machismo, sexismo e misoginia, o blog ressalta que espera que as parlamentares realmente façam excelentes mandatos, mantendo suas bandeiras de luta contra a violência e preconceitos contra as mulheres, sobretudo negras e pelos seus direitos, ainda bastante violados e negados em nosso país, inclusive dentro dos seus respectivos partidos, repletos de esquerdo-machos e mulheres submissas.

Bora Belém: O programa para eleger Edmilson e reeleger Helder

A estratégia de prometer um auxílio emergencial de até R$ 450,00 para famílias pobres deu certo e elegeu Edmilson Rodrigues para seu terceiro mandato como prefeito. No entanto, o anúncio de que o programa seria implantado já no dia 1º de Janeiro, como seu primeiro ato político como prefeito eleito, não aconteceu. 

Edmilson não assinou o Decreto Municipal tal como prometido e dito pelo então candidato: "podem esperar". Ao invés disso, empossado, o prefeito enviou um projeto de Lei para ser avaliado, debatido e aprovado pelos vereadores, na Câmara Municipal de Belém. 

Sob o comando no novo presidente da casa legislativa, Zeca Pirão (MDB), o projeto foi aprovado por unanimidade e todas as emendas apresentadas por quatro bancadas, foram derrotadas fragorosamente pela base aliada do prefeito, mostrando e provando que o acordo feito com a família Barbalho, está mantido e reforçado com o governador Helder Barbalho (MDB), que por sua vez deu indícios de que votou e que apoiou o candidato do PSOL na disputa pela prefeitura de Belém. 

O preço desse acordo estão  confirmar nos próximos meses e até 2022, quando tivemos clareza de que assim como Edmilson, toda a esquerda paraense não se oporá à reeleição de Helder, no máximo apresentando candidaturas "laranjas" para fazer o oba-oba e manter a militância acreditando que PSOL, PT, PCdoB e demais são partidos independentes da dinastia que reina no Pará.

Tucanos x Militância

A ex-querda paraense se estapeia na composição do governo de Edmilson Rodrigues. Enquanto ex-tucanos são nomeados para o 1° escalão da prefeitura, velhos militantes do PSOL e do PT são excluídos e limados para dar espaço a partidos que vieram apoiar Ed50, no 2° turno das eleições de 2020. É o caso de partido com o PSB que esteve com seus quadros em governos tucano, como de Simão Jatene e Zenaldo Coutinho e os mantém, no novo governo de Edmilson. A militância de esquerda chia nas reuniões fechadas e grupos de Whatsapp, mas sempre vaza e muitos morrem negando e dizem que está tudo normal.

Encastelado

A prefeitura de Belém suspendeu por alguns dias, o boletim sobre a COVID-19 e Edmilson encastelou-se durante a 1ª semana no cargo de prefeito, limitando-se a reclamar e participar de eventos com a esquerda. Outros gestores acompanharam limpeza de ruas e ações de combate à COVID.

BLACKOUT

Pelas rede sociais e depois pelos telejornais, assistimos diversas cenas de abandono por parte dos órgão municipais em diversa áreas, o que revela uma incompetência da equipe de transição em receber a prefeitura e mantê-la funcionando em normalidade. O roubo dos Pirarucus da praça Batista Campos revelou o sumiço do guardas municipais que mesmo em pequena quantidade, evitavam o pior por lá. 

Nas ruas, o sumiço dos agentes de trânsito também gerou muitos comentários. 

Há quem diga que a troca do comando dos órgãos e a briga pelos cargos - por parte dos partidos que apoiaram o prefeito eleito - consome a maior parte do tempo de quem deveria estar cuidando da cidade, conforme prometeram, mas priorizam o loteamento dos cabide de empregos, gerado com a troca dos famosos DAS's.

sábado, janeiro 09, 2021

PSOL acusa Zenaldo de um rombo de mais de R$ 51 milhões na prefeitura de Belém

 

O secretário de Planejamento e Gestão, Cláudio Puty (PSOL) foi um dos que apresentou os dados financeiros que a gestão de Edmilson Rodrigues (PSOL) considera como um rombo deixado pela gestão de Zenaldo Coutinho (PSDB).

Via o blog Ponto de Pauta, sob o título  Zenaldo deixa um rombo de mais de R$ 51 milhões nas contas municipais de Belém

O déficit financeiro de R$ 51 milhões (exatos R$ 51.661.560,56) foi deixado pela administração do ex-prefeito Zenaldo Coutinho para a nova gestão de Edmilson Rodrigues, que assumiu no dia 1º de janeiro. As cifras fazem referência ao caixa da Prefeitura de Belém na data de 31 de dezembro de 2020. Essa dívida ainda pode ser maior à medida que os órgãos municipais forem concluindo os levantamentos de débitos e saldos.

Os números foram divulgados em coletiva à imprensa, realizada na tarde desta sexta-feira (8), pelos secretários de Planejamento e Gestão, Cláudio Puty, e de Finanças, Káritas Ferreira, e pelos membros da Comissão de Transição Sylmara Leite, Bruno Batista, Ana Maria Beltrão e Júlia Ramos.

Apesar de preocupante, Cláudio Puty e Káritas Rodrigues asseguram que é possível negociar o pagamento das dívidas e estimular a arrecadação, facilitando o acesso dos contribuintes. “O que temos que fazer agora é organizar a casa, eleger prioridades, tratar as contas com probidade e incrementar a arrecadação para que os compromissos assumidos pelo prefeito Edmilson Rodrigues sejam cumpridos, mas sem aumentar impostos. Uma das medidas será facilitar o acesso da população ao pagamento do IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano)”, disse a secretária.

Ainda, apesar do rombo nas contas municipais, eles asseguraram que o programa de renda cidadã “Bora Belém”, aprovado nesta sexta-feira (8) pela Câmara Municipal, não será afetado, já que os recursos para custear o benefício de até R$ 450 para famílias em situação de extrema pobreza virão de remanejamentos do orçamento de 2021 e de convênios com o governo do Estado.

Rombo

O cálculo divulgado pela nova gestão considerou o total do saldo financeiro encontrado em 31 de dezembro de 2020, oriundo de todas as fontes de recursos no valor de R$154 milhões (R$ 154.686.321,52), do qual foram abatidos R$ 78 milhões (R$78.611.468,66), que é o montante de restos a pagar de 2020 e de anos anteriores até 2019, e R$130 milhões (R$130.273.029,22) correspondente às despesas de exercícios passados. Restos a pagar são gastos empenhados e não pagos, e despesas de exercícios anteriores são serviços prestados à prefeitura que não tiveram empenho para pagamento.

“Nos impressionou esse valor astronômico das despesa de exercícios anteriores de 2020. São quase R$ 100 milhões (R$ 92.512.139,10). Somente na Sesan (Secretaria Municipal de Saneamento) o valor é de mais de R$ 31 milhões em obras realizadas e não empenhadas”, destacou Cláudio Puty. “São serviços que foram prestados por empresas e reconhecidos pela prefeitura, só que não houve trâmite administrativo para o pagamento das dívidas, isto é, não houve o empenho e muito menos a liquidação. E como essa dívida não foi empenhada no período anterior, ela vai corroer o orçamento do prefeito que entra em 2021. Então, são R$ 130 milhões de despesas de exercícios anteriores”.

No detalhamento das análises, o déficit encontrado nas contas do tesouro municipal é de R$12 milhões (R$12.022.747,45), considerando os empenhos não pagos e despesas de 2020 e anos anteriores. Já quanto aos gastos por setores, a Secretaria Municipal de Educação (Semec) apresenta um déficit de R$ 33.466 mil (R$33.466,03) e a secretaria municipal de Saúde (Sesma) o total de R$ 547.230 mil (R$547.230,37).

Até os órgãos municipais que possuem arrecadação própria, como a Semob (Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana), Codem (Companhia de Desenvolvimento da Área Metropolitana de Belém) e IASB (Instituto de Assistência à Saúde dos Servidores de Belém) apresentaram déficit financeiro. A soma dos gastos, incluindo restos a pagar e despesas de 2020 e anos anteriores, é de R$39 milhões (R$39.058.116,71).

Ainda segundo Puty, os dados levantados até o momento contrariam a informação repassada pela gestão de Zenaldo Coutinho à comissão de transição de que ficariam R$ 30 milhões em caixa. “Na verdade, o saldo financeiro é negativo de R$ 51,661 milhões”, ressaltou o titular da Segep.

Texto: Álvaro Vinente/ Segep-PMB

sexta-feira, janeiro 08, 2021

Crise no PT afeta aliança com PSOL e na negociação de cargos da prefeitura

 

Por Diógenes Brandão 

A informação trazida pela página Política Pará revela o clima de hostilidade e guerra interna na negociação e divisão de cargos entre PT e o PSOL, na prefeitura de Belém.

Indicada pelo PT para ser a Diretora Geral da FUNPAPA, Milene Lauande nem chegou a ser nomeada no governo de Edmilson Rodrigues e já foi defenestrada do cargo que lhe haviam prometido. Antes de ser nomeada, uma crise surgiu em relação ao seu nome e sua substituta deve ser Sandra Valente, pessoa da confiança de Alfredo Costa, o presidente da FUNPAPA.

Em uma nota reveladora, o grupo interno de Milene Lauande no PT, dá sua versão sobre os fatos que abalam a relação entre petistas e sua negociação com o PSOL.

Há quem diga que funcionários efetivos da FUNPAPA tenham pressionado pela não nomeação de Milene, já que a fundação que lida com programas de Assistência Social precisam ser dirigidos por profissionais da área, coisa que ela e nem Alfredo Costa - recém-nomeado presidente da FUNPAPA - são

Leia a nota de repúdio do grupo interno do PT, do qual Milene Lauande faz parte:

A RS REPUDIA O GOLPE DO PRESIDENTE DA FUNPAPA

A Resistência Socialista do Pará - RS manifesta o seu repúdio e exige do Partido dos Trabalhadores reparação ao golpe sofrido pela companheira Milene Lauande que se viu exposta a uma situação vexatória depois de ter sido indicada pela comissão de negociação do partido junto ao novo governo municipal para assumir a direção Geral da Fundação Papa João XXIII – FUNPAPA e ter sofrido golpe pelo novo presidente do órgão, Alfredo Costa, que articulou por trás dos panos para indicar outra pessoa para o cargo.

Alfredo Costa não teve a hombridade sequer de procurar a RS e assumir seu ato e colocou toda a culpa pela situação criada nos companheiros do PSOL, afirmando que foi pressionado a tomar tal atitude ou poderia até perder também o cargo, numa tentativa de se justificar perante os companheiros da RS que foram até ele exigir explicações. Mas ficou claro que com esse argumento ele não conseguiu convencer nem a ele mesmo que indicou uma pessoa, contra a qual não pesa qualquer dúvida sobre sua competência, numa demonstração inegável do acordo feito sem o nosso conhecimento e sem a participação do PT.

Usou para se justificar também o fato dos servidores terem se mobilizado para que fossem indicadas pessoas da área e de preferência da própria FUNPAPA para os cargos naquele órgão, uma pressão que reputamos legítima, frise -se da qual o próprio Alfredo foi alvo - e que não se justifica, uma vez que a Milene tem experiência de gestão, é professora, formada em Geografia, com curso de Mestrado e, principalmente, com uma militância junto aos grupos sociais mais fragilizados de nossa sociedade que foram por ela priorizados durante o seu mandato na Câmara Municipal de Belém e com os quais trabalha há quatro (04) anos na Assessoria da Diversidade e Inclusão Social da Universidade Federal do Pará-UFPA, cuja atribuição é elaborar e executar as políticas de ações afirmativas de sorte a garantir o acesso e a permanência de quilombolas, indígenas e estudantes estrangeiros naquela instituição. 

Tendo obtido, nesta eleição, mais votos do que o Alfredo Costa, ficando como a primeira suplente do PT, Milene seria inclusive o nome natural para assumir uma secretaria. A RS democraticamente aceitou assumir somente uma Diretoria.

Com essa atitude, Alfredo Costa atingiu não somente a RS e principalmente a companheira Milene Lauande, mas descredenciou a comissão de negociação e ao próprio PT. Na audiência que tivemos com ele, fez questão de deixar claro, que ao contrário das Secretarias Municipais que tem seus cargos nomeados pelo prefeito, na FUNPAPA é o próprio presidente que nomeia e que ele já havia indicado o nome de uma servidora para a Direção Geral do órgão, passando por cima de todo mundo, em completo desrespeito à RS e ao próprio partido.

A RS agradece a indicação do PT, mas repudia veementemente a atitude de Alfredo Costa que atravessou a instância partidária e foi à porta do PSOL, de forma rasteira, pedir a substituição da companheira Milene.

Continuamos confiando e acreditando na instância partidária para resolver essa situação, que, para nós, é fruto de um golpe.

Belém do Pará, 08 de janeiro de 2021.

Coordenação Estadual da RESISTÊNCIA SOCIALISTA

Tendência Interna do PT

quinta-feira, janeiro 07, 2021

Jornalistas da TV Liberal demitidos por conta da reportagem sobre o arcebispo de Belém, diz fonte

Simone Amaro (à esquerda) e Paulo Fernandes, com a editora Josy Maciel.

Via Dedé Mesquita

A notícia caiu feito uma bomba. Um susto que deixou a todos atordoados. Dois jornalistas da TV Liberal, de Belém, que ocupavam cargos de chefia, foram demitidos da emissora, afiliada da Rede Globo, e segundo uma fonte aqui do site, por estarem atravancando a reportagem de rede de Fabiano Vilella sobre as acusações de abuso sexual contra o arcebispo de Belém, Dom Alberto Taveira. 

Os que foram demitidos são Paulo Fernandes, diretor da TV Liberal, e a jornalista Simone Amaro, que estava na direção de jornalismo dessa emissora há mais de 30 anos. Ela entrou na TV Liberal como repórter. 

Sobre o Paulo Fernandes, noticiamos aqui: No final do ano, mais mudanças nas redações de BelémMuito estranho, porque Paulo estava fazendo um bom trabalho na TV Liberal. 

A saída de Simone foi muito lamentada por todos da equipe da TV Liberal, mas o fato é que ela foi desligada da empresa na manhã desta quinta-feira, 7. 

O que aconteceu - Para quem viu a reportagem de Fabiano, no último domingo, 3, no Fantástico, pode ver quando ele disse que a TV Liberal estava há dois meses na produção da reportagem. E todos devem se lembrar que a veiculação dessa reportagem foi anunciada que seria veiculada semanas antes. E não foi. 

O fato é que Fabiano finalizou essa reportagem no Rio de Janeiro. Para quem viu a reportagem, as imagens das roupas eclesiásticas foram feitas por uma cinegrafista que não é da TV Liberal, assim, como as passagens que Fabiano fez durante a matéria foram gravadas no Rio de Janeiro, em igrejas como a do Outeiro da Glória. 

O que rola nos bastidores é que Fabiano estava com muitas dificuldades para fazer o trabalho de denúncia sobre o arcebispo. Tanto demorou que o jornal El País Brasil publicou as denúncias dos quatro ex-seminaristas duas semanas antes da TV Liberal. E todos sabem que a Globo não é de levar esse tipo de furo. 

O que está sendo comentado também é que foi travada uma verdadeira guerra entre a família Maiorana e a Rede Globo, por conta da veiculação ou não da reportagem. Inclusive, Rosângela Maiorana passou a dar expediente na sede da TV Liberal, no bairro de Nazaré. Antes, ela trabalhava na sede do jornal O Liberal, na avenida Romulo Maiorana. 

Como podem ver, em uma cidade que é palco do Círio de Nazaré, mexer com a igreja católica pode ser muito ‘perigoso’. Mas ainda bem que o jornalismo se sobrepõe sobre isso. 

quarta-feira, janeiro 06, 2021

Edmilson agora diz que Bora Belém é projeto combinado com Helder

 


Por Diógenes Brandão 

Em entrevista ao programa Barra Pesada, nesta terça-feira, 5, o prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues (PSOL) cometeu o que chamamos de ato falho, ao declarar que o programa "Bora Belém" é uma parceria entre a prefeitura e o governo do Estado e que terá  uma marca conjunta. 

Na entrevista, Edmilson declarou: "O Bora Belém é uma parceria. Vai ter uma marca conjunta, por que? Porque recursos do Estado, que bom! Que tem um governador do estado que dialoga com o prefeito", assumiu.

Líder de um partido de esquerda que jura que não faz alianças com partidos de direita e nem de centro, muito menos com dinastias, que representam a velha política brasileira, ao visitar a sede do império de comunicação de seus aliados, o "comandante cabano" acabou traindo seu próprio discurso e história, ao bajular a família Barbalho com demonstração de submissão política.

O lapso ocorre depois que o projeto "Bora Belém" foi apresentado na Câmara Municipal para apreciação e aprovação em caráter de urgência pelos vereadores. Tal decisão precisa da colaboração do presidente da Câmara, o vereador Zeca Pirão (MDB), o qual também não move um dedo sem a autorização e mando da família Barbalho.

A confissão contradiz e revela o que Edmilson e a cúpula do PSOL negam até sob tortura: A aliança e o acordo político-eleitoral com a família barbalho vem de longas datas e juntos criam estratégias de marketing e manipulação para ludibriar os eleitores e a militância do seu partido e dos demais aliados.

Com a declaração, fica claro o interesse de Helder Barbalho em apoiar Edmilson e alocar recursos para que a prefeitura consiga cumprir minimamente a proposta que ajudou a eleger o candidato do PSOL: Os novos mandatários da prefeitura de Belém serão aliados na reeleição de Helder Barbalho em 2022 e continuarão calados e pacatos, diante de toda e qualquer improbidade administrativa e desvios éticos por parte da administração estadual.

O silêncio do SINTEPP e demais sindicatos ligados ao PSOL, PT e PCdoB já sinalizavam a relação tática que Edmilson agora deixou evidente.

Assista: 



COVID-19: Hospitais públicos já estão colapsando novamente

Pacientes com suspeita de estarem com a COVID-19 procuraram a Policlínica Itinerante do Hangar, já que o Hospital de Campanha foi desativado. Lá, sob forte sol, pois o local não possui cobertura onde formam-se filas, o atendimento foi suspenso e os pacientes que não são atendidos, são orientados a procurarem UPAS. Diversos hospitais públicos já sinalizam um princípio de colapso e até agora nenhum plano foi anunciado pelo governo do Estado e muito menos pela prefeitura de Belém. Foto: Igor Mota.


Por Diógenes Brandão

O governador Helder Barbalho relaxou a fiscalização do cumprimento das medidas de proteção e prevenção, sobretudo de aglomerações e tal como este blog avisou, sem um plano de contingência, o Pará voltaria à alta no caso de mortes e contaminação e internação de pacientes com a COVID-19.

Evitando aumentar a impopularidade diante dos que não gostam das medidas protetivas, Helder afrouxou e deu nisso que estamos vivenciando: Um novo caos nos hospitais públicos do Estado do Pará.

"Mais de 300 pessoas no Hangar hoje e pararam de atender antes de 12h", informou uma paciente que procurou atendimento sob sol forte, em uma fila enorme formada na parte de fora do Hangar, onde funciona o Hospital de Campanha de Belém. 

A paciente continua: "Quando anuncia atendimento de 8 às 17h. Aí mandaram pro Mangueirão e a lá me disseram a mesma coisa. Não tem mais atendimento. Aí alegaram muita demanda, mas desconfio que é falta de médico, porque só tinha 3 no Hangar hj, pra essa multidão. Acho que não pagaram os médicos, por isso eles não estão dispostos a trabalhar. Vim do hangar agora e eles pararam de atender.

Meu amigo foi no Mangueirao é também parou às 12h. Fui ontem na Upa da sacramenta e não tinha raio X

Vim hj da UBS atrás do Bosque e não tem como fazer e imprimir o cartão SUS, que em todos os lugares que fui, me cobraram. 

Perguntei no Hangar como alguém faz se passar mal com covid. Eles disseram que deve ir na UPA. Lá, eles não fazem exame. Só passam medicação pra aliviar os sintomas (Dipirona e Dexametasona pra ti comprar) e mandam embora. Ir para o Hangar. Ou seja, não tem locais de atendimento de fato.

Na UPA dão paliativo. No Hangar fazem exame do nariz e só. Não deram medicação, nem encaminham pra outro local.

Fica desde cedo uma fila gigantesca na frente do hangar pegando sol. 

Não tem cobertura. Idoso, grávidas e o resto. Uma mulher desmaiou na fila com falta de ar. Levaram na cadeira de rodas para o atendente. Ele mandou o acompanhante levar pra UPA. 

Aí me meti e cobrei dele (o atendente da UPA) uma ambulância pra levar ela. Não tinha. 

Aí falei pra ele dar um encaminhamento, pelo menos. 

Lembrei que não tinha raio X na UPA da Sacramenta. 

Ele sem o que falar, disse que eu gritei com ele. 

Eu tentando ajudar há um tempão e ele nem ligava pro que eu dizia. Por isso tive que falar alto.

Mas esse atendimento que tô falando fica no estacionamento e é o local pra onde as pessoas com sintomas devem ir.

Estamos em estado crítico. O Pará está em vermelho. 

Então precisa de um grande plano de atendimento".

O relato acima é de uma paciente com sintomas da COVID-19 que buscou atendimento na rede pública de saúde, tanto estadual, quando municipal e não conseguiu.

A Sespa informou que a Policlínica Itinerante que foi posiconada ao lado do Centro de Convenções Hangar, estava atendendo, na manhã desta segunda-feira, 4, 73 pacientes, sendo 37 em leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

Dados da própria SESPA informam que em diversas regiões do Estado do Pará, os hospitais já estão com sua capacidade de internação, tanto nos leitos clínicos, quanto nas UTIs, chegando à sua lotação máxima. Em algumas delas, já não existem leitos de UTI e noutras, muito poucos.

Bora Belém: A promessa de Edmilson vira um cheque sem fundo nas mãos dos vereadores de Belém

Em uma sessão fechada e sem a presença de populares, Edmilson apresentou o projeto de Lei do Programa "Bora Belém", ao presidente da Câmara Municipal de Belém, Zeca Pirão e pediu aos vereadores e vereadoras que o projeto tramite em caráter de urgência, sem dizer quanto, quando e nem de onde pretende tirar os recursos para viabilizá-lo.
Foto: Mácio Ferreira.


Por Diógenes Brandão 

Ao prometer que seu primeiro ato de governo seria assinar um decreto municipal de auxílio emergencial instituindo o programa "Bora Belém", o deputado federal e então candidato a prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues (PSOL) sabia que esse compromisso lhe traria votos suficientes para afastar a ameaça trazida por seu adversário, no 2° turno das eleições de 2020. Além disso, a possibilidade de ter sua 3ª derrota consecutiva na disputa pela prefeitura de Belém fez o antes chamado "Prefeito Criança" apelar para algo que ele sabia que não seria fácil de ser entregue. 

Em linhas gerais, o que o eleitorado de Belém imaginou foi que Edmilson faria o repasse mensal de R$ 450,00 para casa família de baixa renda, mas não é bem assim.

Ao dizer que as famílias carentes teriam sua assinatura em um projeto de lei como seu primeiro ato enquanto prefeito, Edmilson iludiu não só aqueles que precisam de auxílios, como toda uma cidade que espera bem mais que um programa assistencialista para enfrentar os graves problemas que Belém ainda possui, nestes 405 anos de sua descoberta pelos Europeus.

Assim que tomou posse, Edmilson mudou o discurso e declarou que enviaria um projeto de lei para que a Câmara dos Vereadores aprovasse o tal do "Bora Belém". Bastou isso para que Edmilson e seus seguidores passassem a ser cobrados por milhares de pessoas nas redes sociais.

O blog recebeu trechos do projeto de Lei enviado por Edmilson aos vereadores de Belém. O documento bem que poderia ser colocado de forma pública, para que a população tivesse acesso ao seu conteúdo, mas a "Belém de Nova Ideias" ficou só no slogan de campanha do PSOL e hoje o que temos é a principal promessa de Edmilson Rodrigues envolta a um projeto sem transparência e conhecimento do público. Nele, não é informado quantas famílias serão beneficiadas, muito menos quantas receberão R$ 50 ou R$ 450 reais. 

Também não há nenhuma informação de quando e nem quem serão os beneficiados. Uma comissão de notáveis, que o projeto de lei também não informa quem irá compor é que está projetada para decidir todos os prazos, valores e critérios. Tudo muito sombrio e sem a mínima transparência, controle social ou participação popular, bandeiras que Edmilson Rodrigues tanto defende em seus longos e utópicos discursos.  

INVIÁVEL

Segundo o pesquisador André Santos, Belém tem 265 mil famílias elegíveis a esses R$ 450 reais. O impacto mensal dessa promessa, caso o critério adotado seja o banco de dados do CadÚnico, do Ministério do Desenvolvimento Social, o custo do Bora Belém será de 120 milhões e em 3 meses, geraria impacto de 10% sobre a arrecadação do ano inteiro. A conta é inviável para uma cidade que possuí outras despesas. 

Caso o critério utilizado pela prefeitura de Belém seja o números de famílias inscritas na base de dados do Bolsa Família, o impacto diminui bastante, pois serão 119 mil famílias belenenses elegíveis para o recebimento do auxílio emergencial e não 265 mil do CadÚnico.

Passada a eleição, o prefeito eleito resolveu falar a verdade e a realidade veio à tona: Edmilson só vai destinar 30 milhões. Trinta milhões não significa só 25% do que seria necessário para cumprir sua promessa e por isso nem todos receberão os R$450, pois como ele mesmo deixou claro: o Bora Belém vai destinar até R$450. 

Deu pra entender a malandragem na promessa?

A PROMESSA FOI UMA "POTOCA" É O QUE MAIS SE DIZ NAS REDES SOCIAIS

O portal Ver-O-Fato, noticiou e registrou na história o fato político que marcou o início do terceiro mandato de Edmilson Rodrigues como prefeito de Belém.

”Temos já os recursos garantidos, em cooperação com o governo do Estado”, anunciou. O prefeito, porém, não ratificou o valor prometido de R$ 450 durante a campanha, nem disse quantas famílias da capital serão beneficiadas pelo projeto “Bora Belém”. Após o fim do auxílio emergencial, decretado pelo governo Bolsonaro, muitos que votaram em Edmilson apostam que ele irá cumprir a promessa e ampará-los, já que para milhares restou apenas o Bolsa Família.  Segundo o prefeito, ele havia anunciado que esse seria o primeiro ato de seu governo, mas resolveu ouvir os vereadores. Ou seja, dividirá com eles a responsabilidade pelo Bora Belém, o que não constava da promessa eleitoral.

Dois dias depois, o presidente da Câmara Municipal de Belém, vereador Zeca Pirão (MDB) foi entrevistado pelo Ver-O-Fato, que noticiou a desdobramento da negociação política entre o prefeito Edmilson Rodrigues e o representante do parlamento, agora envolvido até o pescoço no cumprimento da promessa eleitoral.

"O prefeito mudou de ideia e preferiu apresentar um projeto de autoria do executivo. Não se sabe, porém, o que diz o texto do projeto, quantas famílias serão beneficiadas, datas dos pagamentos, fonte de custeio e como os beneficiários serão habilitados. Durante reunião com o governador Helder Barbalho, no começo de dezembro passado, ficou decidido que o governo estadual e a prefeitura fecharão uma parceria. O que se sabe apenas é que a maior parte dos recursos virá dos cofres estaduais.  

Procurado pelo Ver-o-Fato, Zeca Pirão concedeu entrevista por telefone, garantindo que possivelmente “até quinta-feira o projeto estará discutido e aprovado” para o prefeito sancioná-lo no dia 12, data em que Belém completa 405 anos de fundação. Por ocasião de seu discurso de posse, no plenário da Câmara Municipal, na última sexta-feira, Edmilson afirmou que na data do aniversário irá “dar o presente” aos moradores sem renda mínima da cidade. 

 “O Edmilson já mostrou o projeto para mim, vi rapidamente, mas pedi a ele para apresentá-lo nesta segunda-feira, 4. É ele quem vai fazer a convocação dos vereadores. Se eu convocar, vou chamar 24 vereadores, porque estamos em recesso parlamentar. Mas como é o prefeito quem vai provocar a convocação, então teremos 18 vereadores, o quorum mínimo para a aprovação do projeto”, explicou Pirão.  Segundo Pirão, “o que nós queremos é aprovar o mais rápido esse projeto. A gente vota e resolve o problema”. Sobre a fonte de custeio da verba para o pagamento aos carentes e perguntado a respeito da parceria entre Estado e Município, o vereador respondeu que não sabe dizer se o governo de Helder entrará com todo o dinheiro ou parte desses recursos. “Saberei desses detalhes apenas na segunda-feira”, resumiu, reiterando que viu o projeto “muito rapidamente”.

A mudança entre o dito e o feito gerou milhares de críticas nas redes sociais e a polêmica persiste, pois o projeto de lei entregue à Câmara Municipal de Belém é um "projeto sem pé nem cabeça", segundo o estudante de Direito, Marivaldo Figueiró, que analisou o documento e enviou ao blog seu parecer: "Mais do que um cheque em branco, esse projeto é um cheque sem fundo. Não diz quanto será destinado para cada família, nem quantas famílias serão atendidas. Além disso, um Conselho que sabe-se lá por quem será formado é que terá "carta branca" para tomar decisões sobre quem deverá receber, quanto e quando.

Veja trechos do ofício e do projeto de Lei que o prefeito enviou para aprovação em caráter de urgência pela CMB e que o blog teve acesso:











terça-feira, janeiro 05, 2021

Sobre a compra de vacinas contra COVID-19 por clínicas privadas


Por Marcelo Freixo

A angústia de todos nós para começarmos logo a VACINAÇÃO CONTRA A COVID-19 está levando muita gente a defender a imunização através de clínicas privadas como solução. Vou explicar aqui por que isso é errado e vai atrasar ainda mais nosso retorno à normalidade.

Para que funcionem, campanhas de vacinação tem que partir de estratégias de imunização coletiva, com base em critérios científicos e de interesse público. Imunizar primeiro uma minoria que tem dinheiro para pagar caro pela vacina não pode ser a regra. 

A prioridade tem que ser os profissionais de saúde, responsáveis pelo combate à doença; idosos, pessoas com comorbidades, indígenas e quilombolas, que correm mais risco de morrer caso fiquem doentes, e os trabalhadores que lidam diretamente com a população em seu cotidiano. 

Assim vamos reduzir a quantidade de internações, aliviar a pressão nos hospitais e diminuir a taxa de letalidade, o que permitirá que retomemos cirurgias e exames eletivos, em boa parte represados por causa da pandemia, além de dar segurança à retomada das atividades. 

Um jovem adulto sem nenhum fator de risco que tem dinheiro para pagar caro pela vacina não pode ser imunizado antes de um idoso ou de um profissional de saúde. Além de ser imoral, isso prejudicará o combate eficaz à Covid-19.

Adquirir vacinas não é como comprar bananas na feira. A oferta é limitada, a competição entre os países é feroz e o preço para quem quiser pagar será altíssimo, impedindo o uso em massa como exige o interesse público. 

O Brasil tem a 2ª maior concentração de renda do mundo (ONU): o 1% mais rico detém quase 1/3 de toda a riqueza. Isso significa que a esmagadora maioria dos brasileiros, incluindo os do grupos de risco, não poderá arcar com o alto custo da vacina e continuará desprotegida. 

Isso tem graves consequências. Como explicou a epidemiologista e professora Ethel Maciel, quando uma pequena fração da população se vacina e a maioria segue exposta, se o vírus sofrer uma mutação e fazer com que todo o esforço seja desperdiçado.

Além disso, essa minoria com condições de pagar pela vacina poderá seguir carregando o vírus nas mãos, roupas e sapatos, por exemplo, colocando em risco a maioria da população que não tem dinheiro para se imunizar. 

Diante da oferta escassa, cada vacina destinada a quem pode pagar é uma vacina a menos para profissionais de saúde e grupos de risco. A prioridade tem que ser o sistema público em acordo com o plano nacional, como têm feito países que atuam de forma responsável na pandemia.

Essas 5 milhões de doses são obviamente muito bem-vindas, mas tem de ser direcionadas ao SUS para complementar a estratégia nacional com as vacinas da Fiocruz/Astrazeneca e Butantã/Coronavac, reforçando as 3 primeiras etapas do plano de imunização.

O SUS é referência mundial em campanhas de vacinação em massa. Em 2010, foram vacinados 27 milhões por mês na pandemia de H1N1. Nosso papel é seguir pressionando o governo e brigar por mais vacinas, pela distribuição gratuita e pela prioridade dos grupos de risco. 

Só venceremos de fato a Covid-19 se seguirmos uma estratégia coletiva de imunização que coloque o interesse público em primeiro lugar. Defender a venda de vacinas a preços altíssimos que beneficia somente quem pode pagar não vai nos tirar do buraco.

terça-feira, dezembro 29, 2020

Fogo e destruição no Aurá, um dos bairros mais pobres e abandonados de Ananindeua




Por Diógenes Brandão 

As imagens de um incêndio no bairro do Aurá, circularam na noite desta segunda-feira, 29. As chamas atingiram diversos estacionamentos, entre eles, uma Unidade Básica de Saúde e um Mercado.

Assista o vídeo:

Prestes  assumir a prefeitura, o prefeito eleito Daniel Santos (MDB) fez a seguinte postagem em suas redes sociais: 


Sendo o município entrecortado pela Rodovia Br 316, a população que mora do lado direto de Ananindeua sofreu com a prioridade dada ao lado esquerdo, onde ficam os conjuntos Cidade Nova, o shopping Metrópole e condomínios de luxo, como o Lago Azul, onde moram alguns figurões da política, entre os quais, o atual prefeito, Manoel Pioneiro e o governador do Estado, Helder Barbalho, que teve a casa visitada por duas vezes pela PF, só esse ano.

A soma de 8 anos de Helder Barbalho na prefeitura e os 16 anos (que terminam agora dia 31) de Manoel Pioneiro, à frente da prefeitura de Ananindeua, mostraram para quem eles governaram e quais foram suas prioridades.

O Aurá e tantos outros bairros, conjuntos e ocupações, que ficam do outro lado da BR 316, sofrem uma espécie de apartheid social, pois permanecem excluídos de água tratada, esgoto, asfalto e tudo que os moradores destes condomínios e conjuntos que a classe média e alta habita e usufrui, daquilo que podemos chamar que foi o planejamento urbano excludente e desigual que estes ricos gestores pusseram em prática. E olha que nenhum deles pode reclamar de falta de apoio, pois os dois tiveram isso, tanto dos governos estaduais e federais, mas não canalizaram todos os esforços necessários para priorizar as áreas mais pobres.

Agora, urge a inversão de prioridades, pois é nessas áreas, consideradas como bolsões de pobreza, onde sobrevive abandonada em situação precária e humilhante, boa parte dos eleitores de Ananindeua.

Não é novidade para ninguém que o município estancou na liderança dos piores índices de saneamento do país, justamente no período em que a dobradinha Helder e Pioneiro somaram 24 anos no poder. 

Nesse tempo já daria para o 2° município mais populoso do Pará ter menos miseráveis e oferecer mais qualidade de vida aos seus moradores, para que estes pudessem ser considerados como cidadãos, mas o que vemos são os prefeitos imensamente mais ricos e a maioria da população sem acesso aos seus direitos básicos.  

O prefeito eleito contou e conta com o apoio de Manoel Pioneiro, que continua no PSDB, sendo que Daniel Santos se filiou ao MDB, após ter se aliado à família Barbalho, no segundo turno das eleições de 2018, quando chegou inclusive a ser expulso do seu partido até então, o PSDB.

Mesmo assim, após dois mandatos de vereador em Ananindeua, Daniel Santos foi eleito deputado estadual e foi apontado por Helder Barbalho como presidente da ALEPA cargo que termina agora seu mandato. 

Em 2020, Daniel Santos fez uma campanha baseada em uma estratégia de marketing que falou em amar Ananindeua e seu povo. 

Vamos cobrar esse amor aos mais pobres e áreas mais necessita desse olhar prometido de humanidade do novo gestor.

No entanto, precisamos ser justos ao lembrarmos que até agora não foi apresentado nenhum plano efetivo para que o amor saia do discurso e chegue onde mais precisa. 



Crise: Edmilson Rodrigues perde seu braço esquerdo no PSOL

Luiz Araújo deixou o PT para fundar o PSOL, onde viveu até então organizando a corrente interna "Primavera Socialista" e supostame...