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sexta-feira, março 15, 2019

Especialista critica ausência das mineradores e a superficialidade do debate promovido pela ALEPA

A ALEPA poderia ter se preparado melhor para fazer esse debate, diz especialista em meio ambiente. Foto Hanny Amoras.

Por Fidelis Paixão*

Estive numa Sessão Especial da Assembleia Legislativa que discutiu a questão das barragens de mineração no Estado do Pará, na manhã desta quinta-feira (14). Considerei uma grande perda de oportunidade, pois as informações apresentadas foram absurdamente superficiais, a maior parte das falas foram baseadas em opinião e não em dados, as empresas mineradoras foram absolutamente grosseiras e não compareceram (com exceção da MRN)  demonstrando o desrespeito com o Poder Legislativo Estadual e entre os próprios deputados estaduais, pois apenas três participaram: Marinor Brito (PSOL), Dirceu Ten Caten (PT) e Dilvanda Faro (PT).   

A condução dos trabalhos pela deputada Marinor (PSOL) foi bem simpática, mas ficou visível a ausência de um trabalho de bastidores que deveria ter sido realizado pela assessoria e pelo corpo técnico daquela Casa, para fundamentar as preocupações e motivações que levaram a convocação daquela Sessão; ao contrário disso, se montou um mesa gigantesca, com muitos órgãos absolutamente desnecessários porque não são responsáveis diretos pelo licenciamento ou fiscalização de empreendimentos minerários, ausência de outros necessários, tais como o IBAMA.   

Causou satisfação ouvir o representante do MAB - Movimento dos Atingidos por Barragens - com um discurso bem articulado, apresentando questões pontuadas por aquele movimento social. A representante do Ministério Público além de desrespeitar o tempo de fala, ainda foi de uma superficialidade absurda, trazendo questões secundárias para a gravidade do problema.   

Enfim, a ALEPA está devendo uma discussão mais substancial sobre esse tema da Mineração no Estado do Pará, não apenas pelo viés do perigo de acidentes ambientais, mas pelo conjunto dos impactos socioeconômicos que tem gerado uma polarização social, espacial e econômica sem precedentes em nossa história. 

Essas Sessões Especiais deveriam ser realizadas a partir de uma metodologia previamente articulada, com objetivos estratégicos e dinâmicas bem definidas, isso demonstraria credibilidade daquela Casa e contribuiria de forma mais incisiva para auxiliar na articulação de respostas a problemas e crises e na construção de alternativas de políticas públicas. 


*Fidelis Paixão é Conselheiro Nacional do Meio Ambiente e Membro da Facilitação Nacional das Redes de Educação Ambiental REBEA e REAPOP.

quinta-feira, outubro 11, 2018

O mais votado do PT declara apoio a Márcio Miranda (DEM)

Dirceu Ten Caten faz parte de uma nova safra de políticos petistas, que dialogam com amplos setores da sociedade e seus mais variados partidos. Ele foi o mais votado entre os deputados estaduais que o PT elegeu no Pará.

Por Diógenes Brandão

Dirceu Ten Caten, o deputado estadual mais votado pelo PT no Pará, assumiu que apoia Márcio Miranda (DEM), que disputa o segundo turno com Helder Barbalho, do MDB. 

Para um dirigente estadual do PT, a escolha abre um debate interno caloroso e que o partido protelou até aqui. 

"Estamos diante de uma eleição em que o PT não pode dar-se ao luxo de ser egoísta e mesquinho. O DEM sempre foi um aliado do PSDB, sabidamente o nosso principal adversário em muitos anos de luta política no Brasil, mas aqui no Pará, o Márcio Miranda se revelou um dos melhores líderes políticos do Estado, se distanciando de posturas adotadas pelas velhas raposas da política paraense, conseguiu apoio para se eleger e se reeleger duas vezes como presidente da ALEPA, liderando todos os deputados, com respeito, democracia e apoio irrestrito em todas as demandas a ele confiadas. 

Precisamos deixar de olhar pelo retrovisor e entender que a sociedade não nos quer mais defendendo partidos e sim boas práticas e todos os partidos possuem bons e maus políticos, inclusive o PT. Por que no DEM não pode haver aliados e bons nomes para apoiarmos?", perguntou o petista que assim como Dirceu, faz parte de uma nova safra de dirigentes do PT paraense, os quais apostam que seja importante abrir canais de diálogo com partidos distintos, inclusive aqueles que podem ajudar o PT a eleger Fernando Haddad, ao invés de Jair Bolsonaro

O dirigente petista que nos informou sobre o clima político dentro do PT, preferiu não ter seu nome revelado, pois segundo ele, isso causaria certo desconforto dentro da direção partidária, pelo fato de que o PT Pará ainda não reuniu seu diretório para fechar posição, neste segundo turno. 

Dirceu é filho da ex-deputada Bernadete Ten Caten e Luiz Carlos, duas fortes lideranças do PT paraense e pelo apurado com a nossa fonte, eles certamente arrastarão outros petistas para a campanha que rivaliza com o candidato do partido que impulsionou o golpe contra a ex-presidente Dilma e foi um dos principais ministros do presidente Michel Temer, quem o PT sempre não esquece de ser o maior golpista e traidor do país.

Além de Dirceu, o PT reelegeu Carlos Bordalo, com 49.854 votos e elegeu pela primeira vez, Dilvanda Faro, que obteve 43.796 votos. Dilvanda é esposa de Beto Faro, deputado federal também reeleito no último domingo.

Beto, Dilvanda e Bordalo integram o mesmo grupo interno no PT, mas Bordalo tem mais afinidade com Márcio Miranda, enquanto Beto e Dilvanda sempre foram muito próximos a Helder Barbalho, no entanto, nenhum dos três se manifestou sobre qual candidato apoiarão para o governo, no segundo turno, aqui no Estado do Pará.

Nos debates internos do PT, a opção de liberar a militância para que ela vote em quem bem entender, é muito maior do que a perigosa tese de que o partido precisa fechar apoio em um dos candidatos na disputa pelo governo do Estado.

Para a maioria dos militantes que se manifestam nas redes sociais, a prioridade agora é eleger Fernando Haddad presidente, contra Bolsonaro. Mas o côro de que petista não vota em golpista, anda crescendo entre diversos grupos internos, que não engoliram o golpe que sofreram do MDB.

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