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sábado, dezembro 12, 2020

PT quer indicar condenada pelo TJE para ser secretária de Edmilson Rodrigues

A ex-vice de Edmilson, que mesmo condenada pelo TJ-PA pode ser novamente secretária municipal de Belém. Imagem coletada das redes sociais de Ivanise Gasparim.


Por Diógenes Brandão  

Em todo o Pará, diversos prefeitos eleitos e reeleitos já definiram todos os seus secretários municipais, alguns apenas uma parte e em Belém, Edmilson Rodrigues (PSOL) ainda não anunciou nenhum, mas a lista de pretensões é grande. 

O PT, que teve a promessa de ter 4 secretarias, agora tá sendo informado de que pode ter 3. 

Em linhas gerais, o PT-PA indicou Ivanise Gasparim, ex-vereadora de Belém, ligada ao grupo dos deputados Beto Faro (federal) e Carlos Bordalo (estadual) para ser Secretária Municipal de Saneamento. 

O pedido vem com a chancela do presidente estadual do partido, o próprio Beto Faro.

Seus próprios companheiros de partido questionam a indicação, já que Ivanise foi lançada para ser vice de Edmilson Rodrigues, na disputa pela prefeitura de Belém e logo em seguida foi substituída por Edilson Moura, eleito vice-prefeito. 

Na época, em setembro deste ano, a saída de Ivanise Gasparim foi justificada por ela, em nota publicada em suas redes sociais, onde disse o seguinte:

"Em junho deste ano, assumi a tarefa de ser pré-candidata a vice prefeita em Belém, indicada pelo PT na chapa com Edmilson Rodrigues (PSOL). Participei de dezenas de lives, plenárias, debates, encontros com a militância e juntos abrimos caminhos para construir a Belém que sonhamos e sabemos como concretizar, devido a experiência que adquirimos quando governamos a cidade. Mas comunico a todos que, por motivos de saúde, infelizmente não poderei disputar esta eleição", escreveu Ivanise Gasparim em suas redes sociais. 

Passados três meses, petistas se perguntam se a ex-secretária de Ana Júlia já está curada?

Em uma mensagem recebida pelo blog, tivemos a seguinte informação: "Há informações fidedignas de que o PT, a partir da Articulação Socialista (AS), tendência do Beto Faro, irá indicar Ivanise Gasparim, para ser Secretária da Sesan. Ivanise está condenada pelo TJPA por improbidade administrativa no governo Ana Júlia e exatamente por isso não foi vice do ED.

Naquele momento, este blog publicou a matéria O PT e a súbita troca da vice de Edmilson Rodrigues com a seguinte explicação: Segundo uma matéria do portal Roma News, os motivos seriam outros: "Por responder a processos judiciais por conta do escândalo da suposta fraude em kits escolares durante o governo da Ana Júlia, em 2009, não será mais a candidata do PT", afirma a notícia.  

Pelo que o blog apurou no tribunal de Justiça  do Estado do Pará, Ivanise responde como ré em 3 processos, que não estão sob segredo de justiça. Ela foi Secretária de Trabalho, Emprego e Renda no governo de Ana Júlia e hoje é tesoureira do PT estadual, onde o problema de saúde não lhe impede de continuar no cargo.

FARINHA POUCA, MEU PIRÃO PRIMEIRO

Com tantos grupos internos no PT querendo indicar seus nomes para compor o governo de Edmilson Rodrigues, por que Beto Faro insiste em querer emplacar Ivanise, que alegou problemas de saúde para ser vice de Edmilson e agora já está curada para ser secretária dele?

Na lista de outros pretendentes ao cargo de Secretário Municipal no governo de Edmilson Rodrigues, estão na disputa: o presidente do PT Belém, Bira Rodrigues para a SECOM - Secretaria de Economia, Milene Lauande para a Secretaria de Habitação e Alfredo Costa para a FUNPAPA.

quarta-feira, agosto 26, 2020

Militância se revolta ao saber que racista recebeu título de honra do deputado petista

Carlos Bordalo ofereceu o título de Honra ao Mérito ao racista que ofendeu a deputada petista Benedita da Silva.

Por Diógenes Brandão

Mais uma vez, a militância petista no Pará passou pelo constrangimento de confirmar o quanto é usada e preterida por seus líderes e dirigentes, sem o devido reconhecimento e retribuição. Entre os descontentes, a maioria serve apenas de degraus pisados para a escalada do poder e não recebem o devido retorno, por parte de quem se beneficia da atuação voluntária daqueles que acreditam nas causas que o Partido do Trabalhadores construiu nestes 40 anos de sonhos, conquistas e decepções. 

Petistas se contorceram ao saberem que o deputado estadual Carlos Bordado (PT), presidente da Comissão de Direitos Humanos da ALEPA, ofereceu o título de Honra ao Mérito da Assembleia Legislativa do Estado do Pará a Júlio Marcos Saraiva, que atacou a deputada federal Benedita da Silva, do PT do Rio de Janeiro, chamando-a entre outras ofensas de “preta ridícula”, “beiçuda” e “vagabunda”, ao compartilhar um texto do jornalista Augusto Nunes.

O episódio causou furor e indignação nas bolhas petistas e da esquerda brasileira, ganhando notoriedade através da publicação da Revista Fórum, que trouxe o fato ao conhecimento nacional. 


  
"“Administrador especialista em gestão com pessoas”, como ele mesmo se define nas redes sociais, Julio Marcos Saraiva, morador de Belém (PA), usou sua conta do Facebook, nesta terça-feira (25), para atacar a deputada federal Benedita da Silva (PT-RJ) com ofensas racistas. “Mulher feia, insípida, inodora, incolor, preta ridícula, beiçuda, nariz de tomada, essa vagabunda, criou uma lei, que da para quem é quilombola, (preguiçosos e lerdos) e preto em geral, cota de 20 % nos partidos na próxima eleição, vai inviabilizar os partidos, só podia ser coisa dessa negra idiota, líder da esquerda evangélica”, disparou Saraiva.  O administrador, de acordo com postagens de seu próprio Facebook, parece já ter sido próximo da esquerda e passou, nos últimos anos, por uma “virada” ideológica. Entre 2011 e 2012, participou do “Movimento Nova Politica” que, de acordo com matéria compartilhada por ele, era “inspirado” na ex-senadora Marina Silva", revelou a matéria da Fórum.

Mesmo homenageado pelo petista, o racista não se deu ao trabalho nem de escrever o nome do parlamentar petista corretamente. Em uma postagem em que citou o deputado do PT que lhe deu o título de Honra ao Mérito, o nacional chamou Carlos Bordalo de "Orlando Bordalo".

Enquanto isso, milhares de militantes petistas e da esquerda paraense jamais tiveram a honraria de um título oferecido pelo parlamentar petista, que com o deputado federal Beto Faro integra a ala petista que mais flerta com a direita e partidos conservadores no Pará, com uma atuação pragmática que não dispensa se aproximarem de conservadores e reacionários que odeiam a esquerda, como o racista agora desmascarado.




“’PICO-da-NEBLINA’, que separa-nos no campo ideológico, mas ele teve a grandeza de passar por cima disso tudo, e concedeu-me o titulo de Honra ao Mérito, pelo transcurso dos 50 anos do curso de ADMINISTRAÇÃO. Em nossa Unidade Federativa. Deputado Estadual Orlando Bordalo,(PT), Administrador Julio Marcos Saraiva”, escreveu Júlio Marcos Saraiva em seu perfil no Facebook.  

Ao perceber a repercussão negativa em sua própria base, Carlos Bordalo disse que vai trabalhar para cassar o título concedido ao administrador e repudiou a postagem do racista.

“O Deputado Estadual Carlos Bordalo (PT) repudia as declarações racistas, misóginas e preconceituosas do Senhor Júlio Marcos de Deus Saraiva contra a Deputada Federal Benedita da Silva, publicadas em conta pessoal dele em uma rede social. A deputada Benedita da Silva foi a primeira senadora negra do Brasil, é uma referência na luta aos direitos de homens e mulheres negras, uma ativista pela igualdade racial. As declarações do Sr Saraiva expressam, lamentavelmente, o racismo impregnado que o nosso país vive”, disse a nota do petista.

O blog se pergunta se o crime de racismo só merece notas de repúdio ou a denúncia formal para que o autor seja investigado e punido.

terça-feira, julho 14, 2020

A polêmica "desistência" de Ursula Vidal de disputar a prefeitura de Belém

O senador Jader Barbalho (MDB) e Ursula Vidal (PODEMOS), em um evento de inauguração de uma obra em Belém do Pará.

Por Diógenes Brandão

A notícia da suposta desistência de Ursula Vidal de concorrer às eleições municipais pela prefeitura de Belém não surpreendeu a todos, como alguns imaginam. O blog AS FALAS DA PÓLIS já registrando os movimentos que indicavam o que agora se confirmou. 

Através de diversas matérias e artigos alertamos que no dia 04 de Junho venceria o prazo para que a pré-candidata deixasse o cargo que ocupa no governo de Helder Barbalho, como Secretária de Cultura do Estado do Pará. 

A jornalista que em pouco mais de cinco anos já passou pelo PPS, REDE, PSOL e agora está filiada no PODEMOS, anunciou de forma privada para jornalistas do Diário do Pará, a declaração de que não iria mais manter a pré-candidatura.

Ainda ontem, 13, o jornalista e apresentador da RBA, Mauro Bonna, tuitou:


Hoje, a coluna Repórter Diário, do jornal Diário do Pará, veio complementar a narrativa de Ursula Vidal, publicada apenas por jornalistas que trabalham nos veículos de imprensa da família Barbalho, já que embora tenha nome de Nota Oficial, nenhum outro veículo de comunicação ou jornalista alega ter recebido o comunicado. Nem mesmo nas redes sociais da desertora é possível ler a tal nota.



Em um grupo de jornalistas no Whatsapp, várias indagações e considerações foram feitas sobre essa notícia cabulosa.

Entre os comentários, destacamos alguns:

"Eu já tinha cantado essa pedra aqui no grupo com antecipação: a Úrsula perdeu o prazo para sair e quando quis sair já era tarde. Foi mal assessorada e, na dúvida, dormiu, em vez de se afastar. A justificativa dela apresentada na coluna "Repórter Diário", não explica nem justifica nada. Apenas corrobora o que ela não admite: vacilou, dançou, para ficar na linguagem popular."

"Esse negócio de dizer que resolveu sair da disputa um mês e meio atrás é desculpa pueril. Se havia desistido, por que não disse aos quatro cantos, ou ventos?"

"Uma mulher dita experiente vacila desse jeito."

"A pergunta é: Foi vacilo ou caso pensando/orientado?"

"Vem cá, o Helder Barbalho tá cheio de assessor aspone... Nenhum falou pra ele sobre o prazo de desincompatibilização da Úrsula Vidal da Secult, se ela era de fato a candidata favorita dele?"

A questão que merece ser respondida é: Como é que Ursula Vidal aparece agora dizendo que decidiu há um mês e meio atrás desistir de sua candidatura, se há pouco mais de três semanas, ela estava pleiteando o apoio do PT Belém, que a rejeitou e elegeu Edmilson Rodrigues como candidato dos petistas?

Conforme este blog já havia noticiado, o Encontro do Diretório Municipal do PT Belém ocorreu no sábado, 27 de Junho. Dois nomes foram apontados para que o PT decidisse quem apoiaria para prefeito: Edmilson Rodrigues, que recebeu 35 votos e Ursula Vidal, que ficou com 10 votos dos membros do diretório petista.

Na mesma reunião, realizada via internet, o PT decidiu apontar o nome da ex-vereadora Ivanise Gasparim na chapa de Edmilson, como sua vice.

Este blog também noticiou, que nos últimos meses, Ursula estava em campo, em plena pré-campanha, tanto partidária, quanto pública. Em sua peregrinação para ter um partido, procurou o PT. Assim, a máquina pública do governo do estado passou a ser usada a favor disso. A nomeação do petista Aristides Ganzer foi divulgada no Diário Oficial do Estado, logo após Valdir Ganzer reaparecer com sua esposa e filho, recepcionando Ursula Vidal em sua fazenda, que chamam de sítio. 

O grupo controlado pela família Ganzer, que inclui o deputado estadual Dirceu Ten Caten, se jogou em peso em campanha interna no PT para que Ursula fosse a candidata do partido, ao invés de Edmilson. Além deste grupo, outros menores e sem parlamentares, também fizeram parte da estratégia de levar o PT para o apoio de Ursula. O publicitário Francisco Cavalcante - mais conhecido como Chiquinho da Vanguarda, seria o mentor dessa construção. Chiquinho é o atual companheiro de Ursula e ao mesmo tempo é o nome de Edmilson Rodrigues em todas as suas campanhas eleitorais. O assunto será tratado em uma nova publicação.

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sábado, junho 27, 2020

PT decide apoiar Edmilson e indica vice na chapa de esquerda para prefeitura de Belém

Em sua quinta eleição pela prefeitura de Belém, Edmilson Rodrigues terá uma petista como vice.

Por Diógenes Brandão

Conforme adiantamos em primeira mão, o Diretório do PT Belém decidiu na noite deste sábado, 26, por 35 votos a 10 apoiar a pré-candidatura do ex-prefeito de Belém e hoje deputado federal, Edmilson Rodrigues (PSOL) à prefeitura de Belém.  

O presidente estadual do PT comemora a indicação e aprovação do nome da ex-vereadora de Belém, Ivanise Gasparim para ser a vice na chapa da coligação encabeçada pelo PSOL, nas eleições municipais previstas para esse ano. 

A ideia é reunir outros partidos de esquerda, como o PCdoB e PDT para somar no tempo da propaganda eleitoral no rádio e na tv. 

A outra opção petista era a secretária de cultura Ursula Vidal, que bem que se esforçou, mas não conseguiu convencer a maioria dos membros do diretório, de que seria o melhor nome para o partido apoiar, tal como defendia pequenos grupos internos.

Leia logo mais, quem é Ivanise Gasparim.

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quarta-feira, junho 17, 2020

Bordalo diz que foi vítima de Fake News? Será que foi aquela do filho preso por tráfico?

O governo de Helder Barbalho e sua legião de barbalhistas querem impor um novo conceito sobre Fake News: "Aquilo que eu não gosto que seja noticiado eu chamo de Fake News. O que gosto é notícia".

Por Diógenes Brandão

O deputado Carlos Bordalo (PT) disse hoje na ALEPA que foi vítima de Fake News. Será que ele se refere à notícia de que um dos seus filhos foi preso traficando 40 kilos de maconha de Parauapebas para o estado do Maranhão? 

Lembro que um dia depois da prisão ser divulgada, o deputado chegou a admitir que o filho estava realmente preso e chegou a revelar que o mesmo seria dependente químico. Só não disse de qual droga: A cocaína. 

Se considera mesmo uma Fake News, o deputado já deveria ter processado quem ele acusa de ter feito isso. Se não o fez, deve ter consentido, da mesma forma que consente, o governador Helder Barbalho, que ele tanto defende, que também não processa quem produz Fake News contra ele. 

Quem está sendo processado pelo governador é justamente os jornalistas que noticiam fatos comprovados e tendo como fontes o Diário Oficial do Estado e o Portal da Transparência, como é o meu caso. Mas isso a justiça ainda vai esclarecer, embora a polícia civil esteja endossando a tese dos advogados de Helder Barbalho, que contou com a ajuda do juiz Heyder Tavares, em sua tentativa de difamar e calar os poucos profissionais da comunicação paraense que ousam denunciar a roubalheira que ocorre nos cofres públicos.

Em resumo, o governo de Helder Barbalho e sua legião de barbalhistas querem impor um novo conceito sobre Fake News: "Aquilo que eu não gosto que seja noticiado eu chamo de Fake News. O que gosto é notícia".

Não vai colar!

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domingo, abril 05, 2020

Fortalecendo o MDB, família Faro racha o PT e militantes deixam o partido

Ao lado do casal Dilvanda e Beto Faro, Helder Barbalho vai cooptando bases e lideranças petistas.

Por Diógenes Brandão

Que o atual presidente estadual do PT fechou um acordo político e eleitoral que vem enfraquecendo o próprio partido em reforço à estratégia do MDB, partido do governador Helder Barbalho, os petistas mais esperançosos já sabem há tempos. O que talvez eles não imaginassem era que mesmo na condição de presidente do PT, Beto Faro iria deixar a estratégia eleitoral do partido em segundo plano, em nome de uma aliança fiel com a família Barbalho.

Nos últimos 15 dias, o PT perdeu vereadores e diversas lideranças municipais. 

O caso mais grave de esvaziamento do partido é em Cametá, município onde o PT já governou por duas vezes e onde pelo menos metade do partido, incluindo parte do grupo de Beto Faro, deixou o PT, em protesto e decepção com os rumos que foram levados pela força de cima pra baixo, de forma anti-democrática e unilateral do que a família Faro quis e implantou na marra.

O motivo da debandada geral, segundo fontes do blog, é a insistência de Beto Faro e sua esposa, a deputada estadual por ele eleita, Dilvanda Faro, em tentarem impor goela a baixo quem será o candidato da legenda no município. 

Não respeitando os chamados “ritos petistas", que incluem debates democráticos e prévias partidárias para escolha dos candidatos majoritários, o casal vem dizimando a estrutura do Partido dos Trabalhadores no Pará. Por isso, alguns dirigentes e lideranças começam a se manifestar. É o caso de Paulo Gaya, que disputou a presidência municipal do PT em Belém, nas últimas eleições internas do partido. 

Leia abaixo:



Um áudio que circula nos grupos de Whatssap é atribuído à liderança conhecida como Moreno, que foi candidato a presidente municipal do partido em Cametá e que também fazia parte da direção do PT estadual, indicado por Beto Faro.

Moreno se despede do partido e sem cerimônias expõe as vísceras autoritárias do grupo que hoje controla o PT.

Ouça o que o petista ligado ao grupo de Beto Faro, diz para a executiva estadual do partido:


Como se não bastasse perder o que tem, Beto Faro teria anunciado nos últimos dias, a entrada de diversas lideranças no PT, Wellinton Magalhães vereador de Belém e Jarbas Vasconcelos atual secretário do governo estadual, seriam algumas das novas aquisições do PT de Faro. 

Ao lado do deputado federal José Priante, presidente do MDB Belém e de Jader Barbalho Filho, presidente estadual do MDB, Jarbas Vasconcelos foi filiado ao partido, depois de muitas promessas de que seria filiado ao PT.

Vasconcelos chegou a ser anunciado em fóruns internos do partido como mais novo filiado. Mas na tarde de ontem, tanto Wellington, quanto Jarbas filiaram-se no MDB, com as bênçãos de Beto Faro, que também entregou o PT do Acará (cidade em que sua esposa, a deputada estadual Dilvanda Faro, foi candidata nas duas últimas eleições municipais e foi derrotada), para o MDB.


Para muitos petistas ouvidos pelo blog, causa decepção e surpresa o fato de que assim como Jarbas Vasconcelos, até às vésperas do prazo final para filiações partidárias de futuros candidatos, o tal do Pedrinho da Balsa, candidato de Beto Faro a prefeito do município do Acará, era anunciado como futuro candidato do PT e no fim foi filiado ao MDB.

Embora o esvaziamento do PT tenha um custo muito alto à organização partidária, há quem diga que Beto Faro negociou o partido em diversos municípios, com a promessa de que terá o apoio político, comunicacional e financeiro do MDB e de toda a estrutura do governo de Helder Barbalho e de suas empresas, para a disputa da única vaga ao senado, nas eleições de 2022, quando o senador Paulo Rocha deverá deixar o cargo e se aposentar da política, por motivos ainda não revelados.

Rocha há 6 anos é senador e nem a militância petista, muito menos a sociedade paraense, conseguem perceber algum resultado de seu mandato, o qual é considerado como um peso morto em Brasília e inútil para o país, embora caro e dispendioso.


Assista o vídeo de Beto Faro:

terça-feira, agosto 06, 2019

Indicação política promove críticas na UFPA

Regina Feio retirou seu perfil do Facebook, após ser indicada para assumir cargo federal.

Por Diógenes Brandão

Pegou muito mal na comunidade acadêmica da UFPA, o fato da Professora Regina Feio ter tirado do ar seu perfil pessoal no Facebook e, logo em seguida, ainda na manhã de ontem, saberem da nomeação dela como a nova diretora-superintendente do Hospital Universitário Barros Barreto.

Aposentada como professora titular, a petista histórica foi vice-reitora do ex-reitor Alex Fiúza. Em 2009, Regina Feio disputou a reitoria da UFPA e foi derrotada por Carlos Maneschy.

Já em 2016, apoiou a chapa petista que concorreu à sucessão de Maneschy, atacando a candidatura de Emmanuel Tourinho, como sendo do PMDB, e ontem, o mesmo a nomeou como a nova superintendente do complexo hospitalar da UFPA, responsável pela gestão do Barros Barreto, após a exoneração do Dr. Paulo Amorim, conforme noticiou o portal AmazonLive.

Leia Também: Apesar das denúncias, Hospital Barros Barreto tem servidores comprometidos

Até bem pouco tempo atrás, em seu perfil do Facebook, a nova superintendente do Barros Barreto fazia ataques reiterados ao candidato e agora presidente Jair Bolsonaro.

"Seguindo o padrão camaleônico de Fiúza, Regina retirou o seu perfil do ar. Agora, depois de declarar apoio ao Emmanuel Tourinho, vai jurar fidelidade a Bolsonaro?", indaga a fonte do blog que enviou as informações que alimentam esta matéria.

O complexo hospitalar da UFPA é administrado por uma empresa pública (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares - EBSERH) e vem enfrentando enorme crise nos últimos 36 meses,  devido aos custos de pessoal terceirizado (cerca de 500), que vinham sendo custeados com recursos dos serviços prestados ao SUS pelos hospitais.

Esta situação fazia com que os hospitais não tivessem recursos para investimentos, daí a enorme crise financeira e orçamentária que assola esses hospitais.

Foram técnicos de nível superior do próprio hospital que tiveram a difícil missão de administrar estes hospitais em situação pré-falimentar.

A situação, entretanto, acabou de mudar: a EBSERH Nacional fez concurso público e assumiu o pagamento de cerca de 500 funcionários dos hospitais, que antes eram pagos com as verbas do SUS, a partir do trabalho diuturno dos hospitais.

Então, os hospitais da UFPA terão alta liquidez para investimentos, uma vez que todo o recurso arrecadado do SUS será investido nos próprios hospitais. Só o HUJBB- terá uma liquidez de 60 milhões anuais, conforme também noticiado pelo portal AmazonLive.

É neste novo cenário orçamentário que se delineia nos hospitais universitários que o Reitor exonerou o chefe do complexo hospitalar, o Dr. Paulo Amorim e nomeou a professora e dentista aposentada, Regina Feio, como nova superintendente do complexo hospitalar da UFPA.

O que chama a atenção é que existem vários médicos, da ativa, nos hospitais universitários da UFPA,  mas foi uma dentista aposentada a escolhida.

Outra coisa que causa estranheza é o fato de que a professora Regina Feio, é petista de carteirinha, e  dizem, reflete as novas alianças do magnífico Reitor Emanuel Tourinho, com setores majoritários do PT, visando construir pontes para seu futuro político próximo.

A comunidade interna aos hospitais, especialmente no Barros Barreto promete reagir a esta indicação política, que pode ter passado despercebida pelo general Oswaldo Ferreira, presidente da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), responsável pelas gestões do Hospitais Universitários Barros Barreto e Bettina Ferro.

O blog considera normal as pessoas expressarem suas opiniões e terem a liberdade de expressão garantida, mas estranha que alguém que faça duras críticas a um governo, retire suas publicações de suas redes sociais e vá compor esse mesmo governo que tanto combateu.

Seguem alguns prints do Facebook de Regina Feio, antes dela retirá-lo do ar:











sexta-feira, julho 12, 2019

Candidata a presidente do PT critica submissão do partido ao MDB



Por Diógenes Brandão

Militante do PT paraense desde a adolescência, Karol Cavalcante é hoje a principal liderança da DS - Democracia Socialista, tendência interna de onde saíram, entre outros petistas, a ex-governadora Ana Júlia hoje no PCdoB e o ex-deputado federal Cláudio Puty, hoje no PSOL. 

Cursando o mestrado em Ciência Política pela UFPA, a jovem também se destaca como coordenadora de cursos nacionais da Fundação Perseu Abramo, entidade de formação política do PT. 

Por estar em uma disputa interna pela presidência do diretório estadual do partido, ocupado hoje por João Batista, há mais de uma década no cargo, Karol vem debatendo a situação da legenda, propondo mudança na política de alianças, que segundo ela, se mantém com os golpistas que traíram o PT.

No Pará, o PT é controlado por grupos liderados pelo senador Paulo Rocha, o deputado federal Beto Faro e o ex-deputado federal Zé Geraldo.


Além da postagem abaixo, com uma crítica ácida e realista pela manutenção da aliança do PT com o MDB - partido que hoje governa o Pará e foi um dos principais responsáveis pela derrota eleitoral quando disputou a reeleição de Ana Júlia - há tempos que Karol comenta e explica a posição contrária que muitos militantes tem, dos 'caciques' que controlam o Diretório Estadual do PT no Pará, onde exerceu durante alguns anos o cargo de secretária-geral.

'Se comportam como subserviente.  É de partir a cara de vergonha.  É mais que ser base de governo, querem ser capachos!  É de chorar!''



'Precisamos defender o petismo que pulsa em nós.  O PT é maior que o autoritarismo mandatário.'' 


Leia a última postagem onde a militante desabafa e critica aquilo que considera errado no PT-PA:

quinta-feira, outubro 11, 2018

O mais votado do PT declara apoio a Márcio Miranda (DEM)

Dirceu Ten Caten faz parte de uma nova safra de políticos petistas, que dialogam com amplos setores da sociedade e seus mais variados partidos. Ele foi o mais votado entre os deputados estaduais que o PT elegeu no Pará.

Por Diógenes Brandão

Dirceu Ten Caten, o deputado estadual mais votado pelo PT no Pará, assumiu que apoia Márcio Miranda (DEM), que disputa o segundo turno com Helder Barbalho, do MDB. 

Para um dirigente estadual do PT, a escolha abre um debate interno caloroso e que o partido protelou até aqui. 

"Estamos diante de uma eleição em que o PT não pode dar-se ao luxo de ser egoísta e mesquinho. O DEM sempre foi um aliado do PSDB, sabidamente o nosso principal adversário em muitos anos de luta política no Brasil, mas aqui no Pará, o Márcio Miranda se revelou um dos melhores líderes políticos do Estado, se distanciando de posturas adotadas pelas velhas raposas da política paraense, conseguiu apoio para se eleger e se reeleger duas vezes como presidente da ALEPA, liderando todos os deputados, com respeito, democracia e apoio irrestrito em todas as demandas a ele confiadas. 

Precisamos deixar de olhar pelo retrovisor e entender que a sociedade não nos quer mais defendendo partidos e sim boas práticas e todos os partidos possuem bons e maus políticos, inclusive o PT. Por que no DEM não pode haver aliados e bons nomes para apoiarmos?", perguntou o petista que assim como Dirceu, faz parte de uma nova safra de dirigentes do PT paraense, os quais apostam que seja importante abrir canais de diálogo com partidos distintos, inclusive aqueles que podem ajudar o PT a eleger Fernando Haddad, ao invés de Jair Bolsonaro

O dirigente petista que nos informou sobre o clima político dentro do PT, preferiu não ter seu nome revelado, pois segundo ele, isso causaria certo desconforto dentro da direção partidária, pelo fato de que o PT Pará ainda não reuniu seu diretório para fechar posição, neste segundo turno. 

Dirceu é filho da ex-deputada Bernadete Ten Caten e Luiz Carlos, duas fortes lideranças do PT paraense e pelo apurado com a nossa fonte, eles certamente arrastarão outros petistas para a campanha que rivaliza com o candidato do partido que impulsionou o golpe contra a ex-presidente Dilma e foi um dos principais ministros do presidente Michel Temer, quem o PT sempre não esquece de ser o maior golpista e traidor do país.

Além de Dirceu, o PT reelegeu Carlos Bordalo, com 49.854 votos e elegeu pela primeira vez, Dilvanda Faro, que obteve 43.796 votos. Dilvanda é esposa de Beto Faro, deputado federal também reeleito no último domingo.

Beto, Dilvanda e Bordalo integram o mesmo grupo interno no PT, mas Bordalo tem mais afinidade com Márcio Miranda, enquanto Beto e Dilvanda sempre foram muito próximos a Helder Barbalho, no entanto, nenhum dos três se manifestou sobre qual candidato apoiarão para o governo, no segundo turno, aqui no Estado do Pará.

Nos debates internos do PT, a opção de liberar a militância para que ela vote em quem bem entender, é muito maior do que a perigosa tese de que o partido precisa fechar apoio em um dos candidatos na disputa pelo governo do Estado.

Para a maioria dos militantes que se manifestam nas redes sociais, a prioridade agora é eleger Fernando Haddad presidente, contra Bolsonaro. Mas o côro de que petista não vota em golpista, anda crescendo entre diversos grupos internos, que não engoliram o golpe que sofreram do MDB.

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#FicaTemer: Petista comemora 10 anos em DAS no governo federal

terça-feira, junho 05, 2018

Os paneleiros arrependidos

Rodolfo Gonçalo lamenta ter se deixado “contaminar” pelo que falavam de Dilma dentro de seu táxi (Foto: EMILY ALMEIDA/AGÊNCIA O GLOBO)
Surge nas cidades brasileiras uma nova categoria de engajados: os ex-paneleiros que lamentam ter colaborado para a ascensão de Michel Temer, à frente do governo mais impopular da história 

Por JULIANA DAL PIVA E ALESSANDRO GIANNINI, na Época

Eles voltaram. No último domingo à noite, enquanto Michel Temer anunciava em rede nacional um conjunto de medidas para tentar encerrar o movimento dos caminhoneiros grevistas, o barulho das caçarolas tomou conta de diferentes cidades do Brasil. Frequentes nos meses que antecederam o impeachment de Dilma Rousseff, os panelaços foram momentos ruidosos de união cívica entre cidadãos desejosos da deposição da presidente. Muita coisa mudou de lá para cá. O governo impopular da petista foi substituído por um governo ainda mais impopular, que atingiu os maiores índices de reprovação da história. Surgem agora, em meio aos problemas de abastecimento provocados pela paralisação dos caminhoneiros, os primeiros “paneleiros” arrependidos de terem protestado pela queda de Dilma e colaborado para a ascensão de Temer.  

O servidor público Mário Rodrigues Magalhães, de 33 anos, mirava o nada durante o início da tarde da terça-feira 29 de maio. Sentado em um dos bancos do Largo da Carioca, entre a praça do metrô e o caminho que leva ao edifício do BNDES, no centro do Rio de Janeiro, vestia camisa social listrada, calça social e sapatos de couro, ambos pretos. Com os braços cruzados, ele se disse angustiado desde o fim da semana. “Esse clima de pânico geral, não tem como não se abalar.”  

Para ele, mesmo considerando os constantes atrasos de salário nos últimos anos, o momento em que esteve mais preocupado foi na última semana, ao acompanhar as consequências da greve e o desabastecimento de itens básicos nos supermercados, hospitais e postos de gasolina. No domingo, ele e sua mulher, Mara, assistiam à televisão em sua casa no Méier, bairro da Zona Norte do Rio, quando ouviram o pronunciamento de Temer para os transportadores de cargas. Mara repetiu então um gesto que não fazia havia quase dois anos: foi à cozinha, pegou as panelas e repetiu o panelaço que já tinha feito na época em que Dilma Rousseff ocupava a Presidência da República.  

“Minha mulher bateu panela contra a Dilma. Neste último(pronunciamento de Temer) também”, contou sorrindo. Ele afirmou que a vida não melhorou como esperava após a troca de governo. “Fui a favor do impeachment por causa da corrupção, das denúncias, dos escândalos, tudo isso aí mancha muito”, explicou. No entanto, revela que a família mudou de ideia e acredita que a mudança resultou em mais dificuldades.  “Talvez tivesse sido melhor ela (Dilma) ficar, não está acontecendo nada de diferente em relação a antes”, disse Magalhães, que declarou ter votado na petista. Para ele, os índices de economia que melhoraram nos últimos anos não passam de dados para propaganda. O que conta, em sua visão, são o aumento do desemprego, a alta nos preços de combustível e do custo de vida.

Maisa Pacheco diz que se sentiu “manipulada” nos protestos pelo impeachment (Foto: LEO MARTINS/AGÊNCIA O GLOBO).

A apenas alguns metros de Magalhães, a funcionária de um escritório de contabilidade no centro do Rio, Denise Lopes, de 52 anos, amarga um arrependimento semelhante. Trajando uma blusa azul com detalhes verdes e pretos e uma calça jeans, ela retornava apressada para o escritório após o almoço quando encontrou a reportagem. Também expressava um sentimento de cansaço.  

Lopes afirmou que só não chegou a fazer panelaço no domingo porque mora em um local isolado na Portuguesa, na Ilha do Governador. “Ninguém ia ouvir, minha casa é bem afastada. Não adiantaria”, explicou. Ela contou que foi favorável ao impeachment que derrubou Dilma Rousseff, mas também avalia que a troca não trouxe o resultado que esperava. “Fui a favor porque achava que deveria mudar pelo povo brasileiro, que falava não ao governo”, lembrou. Eleitora da petista, Lopes disse que não suportava mais as denúncias de corrupção que envolviam o PT e também achava Dilma omissa em relação à situação dos serviços públicos. “Ela estava fazendo um governo incompetente. Não estava preocupada com o povo brasileiro, assistia algumas partes do Brasil, mas não o povo inteiro.”  

Dois anos depois, Lopes afirmou que lamenta a troca há algum tempo. Para ela, o estopim nem foi a greve do transporte, mas as denúncias envolvendo o presidente Michel Temer na delação da JBS e, especialmente, o projeto anunciado por ele para mudar as regras da aposentadoria na reforma da Previdência. “Quando comecei a ver o próprio Temer com as decisões dele em relação à (reforma da) Previdência, a gente viu que foi uma coisa manipulada”, explicou. “Antes tivéssemos esperado um pouco para termos o direito de votar em uma nova eleição.”  

Quem também se sentiu influenciado e mudou de ideia foi o produtor de sistemas de informação Rodolfo Gonçalo, de 38 anos. Morador de Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio, afirmou que passou os últimos anos dividindo suas tarefas em um home office com bicos de taxista. E foi dirigindo que conversou com muitos passageiros e amigos sobre a situação do país. Nesse período, ele disse que ouviu “barbaridades” sobre Dilma e outros políticos. Passado o tempo, avalia que se “deixou contaminar”. Antes favorável ao impeachment, ele disse que não sabe mais se foi a melhor opção. “Houve mudanças? Sim. Melhorou? Ninguém sabe. É o que vejo”, afirmou. “Não sou a favor dela, mas dizer que ela arrebentou tudo?”

O servidor público Mário Magalhães acha que o impeachment trouxe mais dificuldades para sua vida (Foto: EMILY ALMEIDA/AGÊCIA O GLOBO).

Na capital paulista, mais arrependidos. Dona de um sex shop na Rua da Consolação, Maisa Pacheco, de 45 anos, assustou-se com o movimento em sua loja no último domingo. Devido à crise dos caminhoneiros, seu caixa fechou o dia com apenas R$ 16, para uma média de faturamento de R$ 2 mil. Assim, quando Temer surgiu na TV para o pronunciamento, foi para a Avenida Paulista bater panelas. De repente, se viu alvo de olhares curiosos de outras pessoas. “Fiquei sozinha batendo panela na Paulista. O pessoal ficou achando que eu era louca”, brincou. Ela só estava retomando o hábito que cultivou em um passado não muito distante, quando também pegou as caçarolas para apoiar o impeachment de Dilma — período no qual teve farta companhia.  

Examinando a situação em retrospecto, ela acredita que os manifestantes foram manipulados. “Essa coisa já estava errada quando a gente foi para a rua pedir o impeachment”, disse. “Não pensamos que o vice era o Temer. Teve uma manipulação, mas não podemos reclamar. Esse pessoal que votou na Dilma também tinha de saber que era o Temer como vice. Teríamos de fazer uma mudança de processo político”, completou.  

A greve dos caminhoneiros, motivo do último panelaço, bateu no Twitter as menções registradas em outros momentos históricos, entre eles o impeachment de Dilma Rousseff. Segundo um estudo da Diretoria de Análise de Políticas Públicas (DAPP) da FGV, o volume de menções relacionadas à greve dos caminhoneiros na rede social faz do evento o maior dos últimos anos no Brasil. Desde o domingo dia 20 até a terça-feira dia 29, o estudo identificou cerca de 8,5 milhões de menções. Além do impeachment, a greve ultrapassa a repercussão da prisão do ex-presidente Lula e da morte da vereadora Marielle Franco.  

Segundo os pesquisadores, essas menções se distribuem na rede em meio às discussões que, em geral, apoiam as pautas defendidas pelos caminhoneiros, mas sem um consenso nas demais questões debatidas. Por isso, os pesquisadores veem semelhanças com as manifestações de junho de 2013. “Essa manifestação serviu como um catalisador de uma série de insatisfações que têm se acumulado no país. Um desemprego muito alto, a preocupação com inflação, a questão dos combustíveis aumentando direto em função do aumento do dólar. Em algum momento esses fatores iriam confluir como se fosse uma faísca e foi o que aconteceu. Nesse sentido, é muito parecido com o que aconteceu em 2013”, apontou o pesquisador Marco Aurelio Ruediger, líder da DAPP da FGV.



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