Wlad, o deputado da falsa tatuagem de Temer foi destaque no quadro: "Cadê o dinheiro que tava aqui?" do Fantástico. |
Por Diógenes Brandão
O 'deputado dos confetes', o mais enfático defensor do ex-deputado federal Eduardo Cunha (PMDB) - hoje preso - e agora de Michel Temer, de quem tatuou o nome recentemente, teve trechos de sua conturbada vida pregressa relatada, na mais esperada e comentada matéria jornalística exibida no Fantástico deste domingo (12).
Por ser paraense e conhecer muito bem o elemento, este blog foi o primeiro veículo a divulgar a foto que revelou a tatuagem feita por Wladimir Costa, o vendedor ambulante que virou radialista e cantor de brega e hoje protagoniza as cenas mais bizarras, que um político jamais poderia imaginar fazer, foi o deputado federal que mais chamou a atenção da imprensa nacional nos últimos meses. Com o mandato cassado há pouco mais de um ano pelo TRE-PA, 'Wlad', como prefere ser chamado, é acusado pelo Ministério Público de chefiar um esquema em conluio com servidores do governo de Simão Jatene (PSDB), que desviaram mais de 230 mil reais, os quais deveriam ser usados em um curso de canoagem para jovens de baixa renda em Barcarena-PA.
Sua incontestável capacidade de ridicularizar-se em frente às câmeras de TV é segundo alguns que lhe conhecem pessoalmente, uma estratégia de marketing que acaba funcionando para alcançar o perfil de eleitor que já o elegeu e reelegeu por cinco (05) mandatos consecutivos.
No Pará, seus aniversários são comemorados sempre com festas de aparelhagens que tem entrada gratuita, distribuição de bebida, prêmios e carne de segunda assada no espeto, os famosos "churrasquinhos de gato".
Com frases bizarras e sempre enfatizando-se como um anti-comunista e anti-petista, 'Wlad' já foi há pouco tempo atrás aliado do PT, quando o partido governou o Estado do Pará, durante os anos de 2007 a 2010. Nessa época, era filiado ao PMDB, partido que no Pará é liderado pelo senador Jader Barbalho e seu filho, o Ministro da Integração Helder Barbalho.
Com o retorno de Simão Jatene (PSDB) ao governo do Estado nas eleições de 2010, o deputado 'mudou de time' e passou a agredir verbalmente seus antigos aliados, com quem mantém um clima exageradamente hostil e beligerante.
No Pará, Wladimir Costa dá sinais de manter muito mais do que um alinhamento político ao fazer a defesa do PSDB e do jornal OLiberal, o qual é propriedade do mesmo grupo empresarial da família Maiorana, que detém a retransmissão local da Rede Globo, através da TV Liberal, que forneceu apoio à matéria que o deputado federal diz ser "manipuladora".
Diante de tanta contradição, cinismo e total ausência de coerência, Wlad já foi um dos parlamentares mais ausentes da Câmara dos Deputados, onde não tem nenhum projeto de lei aprovado que tenha trazido benefícios para os seus eleitores, mas mesmo assim faz de tudo para se manter em evidência, só que agora de forma exageradamente negativa.
Assista a reportagem com pouco mais de sete (07) minutos e perceba o motivo de tantos paraenses sentirem-se envergonhados pela atuação vexatória do deputado que usou um lançador de confetes no impeachment de Dilma, tatuou o nome de Temer com hena, dizendo que pagou R$ 1.200,00 pelo serviço, para depois ser obrigado a assumir que tudo não tinha passado de uma grande mentira. Na mesma semana, quando ocorria a votação do processo que poderia ter afastado Temer do poder, Wlad foi flagrado pedindo fotos de bundas para duas mulheres em seu whatsapp e está sendo ameaçado de ser processado por assédio contra uma jornalista, que lhe indagava sobre a falsa tatuagem que ele teimava em afirmar ser verdadeira.
Tudo isso em menos de duas semanas.
Tudo isso em menos de duas semanas.
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