quinta-feira, fevereiro 03, 2011

A Esquerda e as Tecnologias da Informação - Parte I


Ultimamente tenho exercitado pelo twitter e Facebook, um ativismo político mais denso e crítico do que por aqui pelo blog. Tal opção se dá pelas vantagens que o rei dos micro-blogs oferece. Além do que muito do que você escreve lá, além de ser diretamente encaminhado para um roll de pessoas que o seguem por identificação/opção, o twitter é uma espécie de messenger onde acabamos encontrando pessoas que estão on-line e isso acaba gerando uma interação que ainda inexistente nos blogs convencionais.

Ontem, comentava com amigos na Marambaia, de que a imensa maioria dos ativistas políticos de esquerda, lideranças do movimento popular, sindical, das ONG's, enfim, a  turma dos movimentos sociais, não utiliza as ferramentas de comunicação disponíveis.

Tal constatação me angustia mas é o retrato da exclusão digital, que pode ser considerada um dos efeitos nocivos de anos de exclusão social que muitos lutadores foram e outros continuam submetidos. 



Fico imaginando se meus/minhas amig@s e companheir@s de luta, de todos os segmentos sociais, muitas vezes chamados de minorias sociais, estivessem presentes nas redes sociais, opinando, divergindo, fomentando e debatendo temas oriundos de sua realidade. Ah, o Twitter não seria o mesmo, não seria mesmo...


Lembro que parcela significativa de um público que só fala de academia, comenta novelas, prega morte aos nordestinos em SP e pede votos para os big brothers, entre outras bizarrices constantes nas redes sociais, é a mesma que ignora a história, a geopolítica e os temas relevantes do século passado e as mudanças de paradigmas que  forjaram este processo de evolução tecnológica que hoje desfrutamos.

Um comentário:

  1. Francisco Weyl
    CARPINTEIRO DE POESIA disse:

    Caro DIÓGENES, parabéns pelas reflexões, que de alguma forma também me atormentam, num bom sentido.
    Considerando que sou uma espécie de guerilheiro virutal - mas fundamentalmente - presencial, avanço nas redes, mas não esueço os emails, que é aliás o espaço pela via do qual eu mais tenho manifestado as minhas posições, á moda antiga, como se carats aquelas palavras fossem.
    Mas sabendo que quase ninguém sequer abre meus emails e mesmo sabendo que ainda aquels que abrem nem fazem a leitura até o final, continuo minha saga.
    Gosto de micro blogs e da síntese mas não me limito a rigorosamente nada.
    Twitter é foda, 140 caracteres. Face é quase uma coluna social. Nos dosi espaços há mais mediatismos e tendências do que reflexões.
    Sou da antiga, gosto do presencial, mas admiro de montão este teu comentário.
    CONTINUE.

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