Parceria em risco: Governador Simão Jatene durante o início do seu 3º mandato e Márcio Miranda, presidente da ALEPA em seu 2º mandato. |
Uma simples nota do jornalista Severino Moota, publicada na coluna Radar OnLine da revista Veja foi o suficiente para voltar a assombrar deputados, prefeitos e empresários aliados do PSDB no Estado do Pará, mas principalmente o governador Simão Jatene, que viu reaparecer seu nome em mais um escândalo tucano, que há 11 anos corre em segredo de justiça.
A nota diz o seguinte:
"O governador do Pará, Simão Jatene (PSDB), foi denunciado pelo Ministério Público, que o acusa de corrupção, num caso envolvendo o perdão de dívidas e concessão de incentivos à cervejaria Cerpa.
Para que o tucano vire réu, é preciso que não só os ministros do STJ acatem a denúncia, mas que a Assembleia Legislativa do Estado autorize o processo.
A Assembleia já foi notificada pelo Ministério Público para se posicionar sobre a denúncia".
A informação de que a Assembleia Legislativa do Estado do Pará já foi notificada sobre a denúncia oferecida pela Procuradoria-Geral da República é uma provocação aos deputados estaduais, comandados pelo presidente da casa, o deputado estadual Márcio Miranda (DEM), eleito e reeleito com ajuda de Simão Jatene que segue em seu segundo mandato, mas que agora enfrentará fortes pressões para não deixar com que o governador, fique impune por culpa da omissão da ALEPA.
O trecho da matéria "Jatene é denunciado por corrupção no caso Cerpasa", assinada pela jornalista Luiza Melo e publicada no jornal Diário do Pará* relembra a denúncia.
"O inquérito 465 tramita, há quase 11 anos, no Superior Tribunal de Justiça. Nele, Jatene é acusado de ser o principal beneficiário do pagamento irregular de propina obtida após benefício oferecido à cervejaria, com incentivos fiscais e perdão da dívida do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Esses crimes ocorreram em 2002, ano em que Jatene foi eleito governador e quem comandava o Estado era o falecido Almir Gabriel, que lutava para fazer de Jatene seu sucessor.
Um livro de contabilidade apreendido pela Polícia Federal (PF), na sede da Cerpasa, revelou o pagamento de R$ 12,5 milhões, em prestações, durante o fim do mandato de Almir Gabriel e nos 2 primeiros anos do Governo de Simão Jatene, em 2003 e 2004". Leia mais.
*Diário do Pará foi o único jornal paraense que noticiou o fato, já que os jornais OLiberal e Amazônia Jornal, controlados pela família Maiorana, aquela que representa a Globo no Pará, obtém a maior parte das verbas publicitárias e diversos convênios com as administrações do PSDB no Estado e por isso, blinda Simão Jatene.
Pelo menos se depender da ALEPA, comandada que é em sua maioria por deputados ligados ao governador Jatene, essa denúncia vai ser varrida para baixo do tapete. Vai acabar em pizza!
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