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domingo, outubro 23, 2016

Por que a pesquisa DOXA está sendo atacada?

Desbancando grandes institutos como o IBOPE, a DOXA destaca-se no mercado de pesquisas, com resultados certeiros e muitas vezes questionados.

Por Diógenes Brandão
A publicação da pesquisa DOXA, divulgada pelo jornal O Liberal vem causando polêmica nas mídias sociais. De um lado, os que criticam o resultado, apontando como argumento o fato do total de votos válidos chegar a 100,1%.
De outro, os que consideram que os críticos querem jogar uma nuvem de fumaça na informação trazida pela pesquisa, que demostra que se a eleição fosse hoje, Zenaldo Coutinho (PSDB) seria reeleito, com uma vantagem de 12,5% sobre Edmilson Rodrigues (PSOL).
Há uma semana para o "dia D", onde os eleitores brasileiros decidirão os prefeitos das 55 cidades e 18 capitais brasileiras que disputam o segundo turno, Belém trava uma das disputas mais acirradas e polêmicas, onde as paixões partidárias e ideológicas, fazem com que empresas e profissionais sejam até difamados, no jogo voraz pelo poder.
Ciente de que não é a primeira e nem será a última vez que esse tipo de guerra de informações será travada, ainda mais se tratando de uma campanha de segundo turno, onde a sociedade está polarizada e entre os votos nulos e brancos, temos a militância de Edmilson Rodrigues (PSOL) e de Zenaldo Coutinho (PSDB), o blog conversou com o cientista político da DOXA Pesquisas, Dornélio Silva, que explicou o motivo do instituto ter acertado novamente em sua 10ª pesquisa de intenções de voto, realiza este ano, em Belém do Pará.
“Em nossas pesquisas, a DOXA utliza a casa decimal e os votos estimulados são transformados em válidos, onde votos brancos e nulos não são computados. A divulgação do jornal OLiberal optou em apresentar os números válidos, ou seja, optou por arredondar para mais e assim Zenaldo, que aparece na pesquisa com 56,26%, acabou aparecendo na publicação com 56,3%. Edmilson vem com 43,73% e arredondado fica com 43,8%.
Ou seja, Edmilson foi beneficiado com esse 0.1% a mais que o Jornal O Liberal publicou.
“Os comentários das torcidas organizadas e seus respectivos candidatos, são compreensíveis e até normais”, confidenciou o pesquisador que elabora diversos estudos com o resultado das últimas eleições no estado do Pará e realizou só este ano, 140 pesquisas, em 60 municípios paraenses, obtendo 85% de acerto em suas aferições estatísticas.
Em um desses estudos, divulgados com exclusividade pelo blog AS FALAS DA PÓLIS, Dornélio Silva já havia trazido ao conhecimento público, o histórico das últimas eleições em Belém, onde demostra a tendência de votos em Edmilson e Zenaldo.
"A média de crescimento de Edmilson nas três últimas eleições que participou (1996-2000-2012), do primeiro para o segundo turno foi de 10%. A média de seus adversários foi de 23%", conclui o estudo que tem como fonte os resultados do TRE-PA.
Em relação aos que questionam os números apresentados pela última pesquisa da DOXA, Dornélio Silva diz que os que contestam os números do seu instituto, podem até entender de política, mas estão distorcendo, ou desconhecem a lógica matemática.
E explica, usando como exemplo outros casos, onde institutos de pesquisas como o IBOPE e Datafolha já apresentaram os motivos de muitos resultados divulgados não serem exatos, como muitos acham que deveria sempre ser.
“A soma dos percentuais totaliza 101% devido ao critério de arredondamento dos percentuais, visto que utilizamos em nossos relatórios os dados com casas decimais. Nestes arredondamentos, podemos ter casos que somam 99% (ou menos) ou 101% (ou mais), como no referido caso. O arredondamento é um conceito matemático básico, que determina que entre 0,0% e 0,4%, são arredondados para 0%, enquanto os valores superiores a 0,5% são arredondados para 1%”, explica cientista político Daniel Menezes, ao citar um caso, onde uma pesquisa arrendou para 1%. No caso da DOXA, foi arredondado apenas 0,1%".
Dornélio reforça a informação do colega de profissão e complementa: “O Excel, programa usado pela DOXA para a geração dos dados das pesquisas, é projetado para totalizar os resultados até a segunda casa decimal e arrendondar as demais. E isso não pode ser considerado um erro do sistema e sim uma possibilidade matemática”.
“Desqualificar os resultados de uma pesquisa a partir do desconhecimento, proposital ou acidental, de uma regra básica de matemática – o arrendondamento -, beira o obscurantismo”, finaliza o cientista político Daniel Menezes, em uma matéria publicada pelo blog “De olho no discurso”.

domingo, agosto 28, 2016

Interação nas redes sociais é mais importante do que TV, afirma cientista político

Com menos tempo na televisão, a propaganda eleitoral gratuita começou sem novidades e repetindo o tom de campanhas anteriores. "Esta será a eleição das redes sociais, que certamente vão desbancar a TV, diz o cientista político Luiz Feitosa. (Foto: Celso Rodrigues).

Por Leidemar Oliveira, no jornal Diário do Pará


O primeiro dia de propaganda eleitoral gratuita no rádio e na televisão não teve muitas novidades em relação aos anos anteriores. A avaliação é do cientista político Luiz Feitosa. Para ele, como já era previsto, a maioria dos candidatos usou o tempo para se apresentar ao eleitor, enquanto o atual gestor municipal optou em prestar contas do primeiro mandato. Apenas um candidato chamou a população para o debate político e outro apresentou propostas.

“O primeiro dia foi de mais apresentações e menos propostas. A tendência é que o conteúdo programático mais forte venha para os próximos dias”, diz Luiz Feitosa. Além de ter o tempo reduzido de 30 para dez minutos, a propaganda eleitoral deste ano tem o desafio de concorrer com a internet. “Esta será a eleição das redes sociais, que certamente vão desbancar a TV. Vai ser muito mais cômodo para o eleitor acompanhar a tudo pelo celular”, afirma Luiz Feitosa.

INTERATIVIDADE

Além disso, na internet, o eleitor tem a opção de interagir, de discordar e sugerir propostas diariamente e de forma instantânea. A mudança vai exigir do candidato carisma e conteúdo para defender a candidatura e prestar contas das ações o tempo todo. A dica do especialista é contratar um webmaster, profissional responsável pelo planejamento e alimentação do conteúdo para a internet. 

Mulheres e jovens são a maioria dos eleitores e são também os que mais acessam a rede, por isso os candidatos devem dar mais atenção para esses dois segmentos. A professora Gorett Ferreira, 49, diz que vai acompanhar tudo pelo celular. “Na TV, todos falam a mesma coisa, sem nenhum atrativo. Prefiro ver nas redes sociais e pelo celular, pois posso acompanhar a qualquer momento do dia”, justifica.

terça-feira, julho 19, 2016

Presidente do STF determina restabelecimento imediato dos serviços do WhatsApp



Via STF

O presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Ricardo Lewandowski, suspendeu decisão do juízo da 2ª Vara Criminal da Comarca de Duque de Caxias (RJ) para restabelecer imediatamente o serviço de mensagens do aplicativo WhatsApp. Segundo o ministro, a suspensão do serviço aparentemente viola o preceito fundamental da liberdade de expressão e comunicação (artigo 5º, inciso IX, da Constituição Federal) e a legislação de regência sobre a matéria.

A liminar foi deferida na Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 403, ajuizada em maio deste ano pelo Partido Popular Socialista (PPS), originalmente contra decisão do juiz da Vara Criminal de Lagarto (SE) que bloqueou o aplicativo. Nesta terça-feira, o partido, por meio de petição, informou a ocorrência de nova ordem judicial no mesmo sentido, desta vez do juízo da 2ª Vara Criminal de Duque de Caxias, e requereu a imediata suspensão daquela decisão.

Ao deferir a liminar, o presidente do STF observou que a Lei 12.965/2014 (Marco Civil da Internet) dispõe que a disciplina do uso da internet no Brasil tem como um dos princípios a “garantia da liberdade de expressão, comunicação e manifestação de pensamento, nos termos da Constituição Federal”. Além disso, há expressa preocupação com a “preservação da estabilidade, segurança e funcionalidade da rede”.

Segundo Lewandowski, é preciso destacar a importância desse tipo de comunicação por mensagens instantâneas até mesmo para intimação de despachos ou decisões judiciais, como já vem sendo feito em alguns casos. O ministro destacou que a própria juíza de Duque de Caxias assinala, na decisão que suspendeu o uso do aplicativo, que ele possui mais de um bilhão de usuários no mundo, e que o Brasil é o segundo país com maior número de usuários.

Quanto à possibilidade de a empresa responsável pelo serviço quebrar ou não a criptografia das mensagens, permitindo acesso ao seu conteúdo, o ministro ressaltou que se trata de tema da mais alta complexidade, não existindo dados e estudos concretos quanto à possibilidade de execução da medida determinada pelo Juízo da 2ª Vara Criminal da Comarca de Duque de Caxias/RJ e supostamente descumprida pelo WhatsApp. Assim, em análise preliminar, concluiu que o poder geral de cautela do magistrado assegura a suspensão de ato aparentemente pouco razoável e proporcional, além de gerar insegurança jurídica, deixando milhões de brasileiros sem esse meio comunicação.

quinta-feira, julho 14, 2016

Novos rumos na Comunicação da PROIFES e sindicatos associados

Durante dois dias, dirigentes sindicais e assessores de comunicação trocaram experiências e informações sobre os desafios da PROIFES e seus sindicatos filiados, no que concerne o fortalecimento e integração destas entidades.

Por Diógenes Brandão

Realizado na sede da ADUFRGS nos dias 7 e 8 da semana passada, o evento reuniu profissionais da comunicação que atuam como assessores de imprensa e diretores sindicais de vários estados brasileiros e em dois dias estabeleceram troca de experiências e abordagens, como das novas tecnologias da informação e estratégias midiáticas, que ao certo ajudarão aos sindicatos a se fortalecerem nesta era digital.

Rafael Caliari (CUT-RJ) contribuiu demasiadamente com sua experiência e pontos de vista, sobretudo em relação às narrativas nas redes, que os sindicatos ainda não desenvolvem tão bem, quanto os ativistas digitais da era da informação. Foto: ASCOM-ADUFG

Com a marcante participação do jornalista e ativista digital Rafael Caliari, que atua na assessoria de comunicação da CUT-RJ, o II Seminário de Comunicação da PROIFES foi um marco na nova etapa que a Federação dos professores das Instituições Federais de Ensino Superior começa a vivenciar, utilizando-se dos novos modos de comunicar e produzir informação, conteúdo e facilidade na interação com a classe trabalhadora de sua base sindical e demais entidades parceiras.

Foto: ASCOM-ADUFG

EXPECTATIVAS SUPERADAS

Ao ser perguntado o que havia sido mais significativo no Encontro, o presidente do SIND-PROIFES, Valdemir Alves, opinou: “O ambiente de liberdade permitiu críticas e autocríticas construtivas, o que nos levou a constatar que temos excelentes profissionais de comunicação subaproveitados. A Integração dos planos de comunicação dos sindicatos, ações da federação como centralizadora das informações de interesse nacional de forma antenada, atualizada e em tempo real, e a sistematização na distribuição e disponibilização dessas informações, também indispensável se pensar na implementação de um sistema de vídeo conferência entre sindicatos e federação”.

Valdermir Alves, presidente do SINPROIFES destacou a crítica e autocrítica existente no Seminário de Comunicação. Foto: ASCOM-ADUFG

O vice-presidente e também diretor de comunicação da PROIFES, Flávio Alves, disse que Encontro de Comunicação promovido pela entidade possibilitará uma grande mudança na comunicação da PROIFES e dos sindicatos filiados, pois segundo suas palavras “foi a possibilidade de cada sindicato conhecer a comunicação do outro, ou seja, a partir de agora todos sabem o que há de bom e de pior na sua comunicação. Desta forma todos procurarão se adequar para melhorar a sua comunicação e a da Federação. Para a PROIFES e demais sindicatos expandirem-se, o investimento em comunicação deve ser ampliado”, concluiu Flávio.

Flávio Alves considera que os investimentos em comunicação da federação e demais sindicatos, devem ser ampliados. Foto: ASCOM-ADUFG.

A PARTICIPAÇÃO PARAENSE

Para a Diretora de Assuntos Educacionais do Magistério Superior, fez uma breve análise do II Encontro de Comunicação do PROIFES, dizendo: “Já está na hora de mudarmos a forma com que os sindicatos se comunicam com seus filiados e com a sociedade em geral. Precisamos nos adequar aos novos meios de comunicação existentes. Não basta só saber que as redes sociais são importantes, precisamos usá-las adequada e sistematicamente, afim de gerar um processo de interação entre as partes e fazendo com que a informação flua entre todos os estados do país, pois uma ação sindical exitosa que ocorra em Belém, pode e deve servir de exemplo para outros sindicatos, como o de São Paulo, Goiás ou do Rio de Janeiro, por exemplo e viceversa”, disse Socorro Coelho, que também é presidenta do mais novo sindicato filado à federação, o SINDPROIFES-PA, que mesmo não estando presente, soube de tudo que ocorria no evento através de um contato online, com o assessor de comunicação do sindicato, o comunicador Diógenes Brandão, que lhe alimentava com informações instantâneas, usando para isso as redes sociais, durante o seminário.

Diógenes Brandão apresentou o Plano de Comunicação da ASCOM-SINDPROIFES-PA.

O SINDPROIFES-PA, que recentemente completou um ano de fundação e conquistou seu CNPJ e sede provisória, terá a criação e desenvolvimento de sua identidade visual (logotipo) e página na internet, patrocinados pela federação, conforme decisão da diretoria da entidade nacional, que destacou o trabalho do sindicato paraense, dizendo que é o que tem maior potencial de crescimento entre os demais e por ter obtido proporcionalmente, a maior participação entre os demais sindicatos filiados, no processo de eleição da delegação para o XII Encontro Nacional da PROIFES, que encerrou na sexta-feira passada e foi feito 100% de forma digital, através de uma urna nas nuvens. 

CONCLUSÕES E PROPOSTAS

Entre as decisões tomadas pela direção da federação e informadas aos participantes do evento, está a orientação para que os profissionais que atuam nas assessorias de comunicação dos sindicatos, participem do XII Encontro Nacional da PROIFES, tanto para fazerem a cobertura midiática e colaborativa do evento, como para darem seguimento ao processo de formação da rede de comunicação PROIFES.

Na avaliação final do evento, o presidente nacional da PROIFES, Eduardo Rolim, disse que o evento cumpriu o seu objetivo ao reunir as experiências desenvolvidas nos estados onde a federação é representada por seus sindicatos e com os profissionais e dirigentes que nelas atuam com a comunicação sindical, debateram novas estratégias para serem aplicadas por todos. “A federação nasceu para ser diferente, plural e moderna e não abrimos mão de investir em comunicação, pois sabemos da importância desta área para o pleno desenvolvimento de nossas entidades”, concluiu Eduardo.

terça-feira, julho 12, 2016

Mudanças no Facebook: Como driblar os limites da linha do tempo

Mudanças na rede social criaram ainda mais dificuldades para as fanpages serem visualizadas. Descubra como fugir desses limites e se manter atualizado.

Por Diógenes Brandão

Muitos leitores perceberam e cobraram, outros já estão familiarizados com as nossas publicações diárias em nossa fanpage do Facebook e não reclamaram tanto, mas a solitária e despossuída redação deste blog, sente-se na obrigação de pedir desculpas por tanto tempo sem a devida atualização deste espaço de informação, opinião e debate, principalmente sobre política, cultura e comportamento.

Por isso, resolvemos trazer para cá uma importante dica do Comitê Digitalutilizada em cursos e oficinas sobre mídias digitais e redes sociaistanto para quem faz uso profissional das novas tecnologias da comunicação, quanto para quem não é do meio, mas já percebeu que as redes sociais convivem lado a lado da blogosfera, mas com um "q" a mais de visualizações, interatividade e compartilhamento de conteúdos, que são despejados na internet diariamente.

Pensando nisso e com o tempo escasso para chover no molhado, resolvemos criar um passo-a-passo para nossos leitores.

Pensando nisso e com o tempo escasso para chover no molhado, resolvemos criar um passo-a-passo para que nossos leitores possam nos manter visíveis em suas linhas do tempo.

Por que isso? 

Talvez não seja fácil de ser explicado e nem tão pouco de ser rapidamente compreendido por todos, mas em linha geral é o seguinte: O Facebook é uma rede social e ao mesmo tempo uma plataforma de propaganda, ou seja, visa o lucro e quer ganhar cada vez mais dinheiro com todos que estão nela, sejam pessoas físicas ou jurídicas (empresas públicas ou privadas). 

Como fazem isso? 

Com a cobrança por anúncios e impulsionamento de publicações. Tal medida possibilita que empresas e usuários comuns possam impulsionar para centenas ou milhares de pessoas, as suas postagens, visando atingir o maior número de usuários, já que quando alguém publica algo em seu perfil pessoal ou em uma fanpage, o algoritmo do Facebook só permite um número extremamente baixo de alcance da publicação, mesmo se as pessoas tiverem muitos amigos, ou fãs e seguidores, no caso de empresas e entidades.

Isso se explica pela forma com que os donos do Facebook fizeram desta chamada "rede social", uma das maiores referências, em termos de plataforma de publicidade do mundo contemporâneo e por isso, cobram para que os interessados em fazer propaganda de suas marcas, produtos, serviços, notícias (sim, se vende notícias e até boatos!), cheguem a mais pessoas do que a simples postagem orgânica alcança.

Segundo a imprensa informou, na semana passada o Facebook anunciou mais uma mudança na forma com que a rede escolhe quem vai ver as atualizações em seu feed, ou linha do tempo. A medida nada mais é do que uma forma de forçar aqueles que puderem pagar para serem mais vistos, que façam isso.

O vice-presidente de produto do Facebook, Adam Mosseri, alega que a ideia é "mostrar às pessoas as histórias que são mais relevantes para elas". Por isso, a rede determinou que as postagens mais importantes seriam as dos amigos e da família. Com a medida, usuários como você, verão menos as publicações de fanpages.

Páginas como a nossa, não tem o mínimo interesse de enriquecer ainda mais o bilionário Mark Zuckerberg, dono do facebook e por isso vamos explicar como você terá que fazer para manter-se visualizando nossas postagens em sua linha do tempo, sabendo que curtir, comentar e compartilhar é a melhor forma para que esteja sempre recebendo as atualizações do blog e da nossa fanpage. 

Tudo isso você aprende em apenas três passos fáceis e rápidos. Vamos lá?!

Passo 1 - Clique aqui e vá à nossa página no Facebook.



Passo 2Passe o cursor sobre o botão "curtir", e se abrirá um menu. Mude a opção "padrão" que aparece selecionada para "ver primeiro".



Passo 3Agora, você pode escolher se o Facebook deve notificá-lo sobre algo que publicamos - da mesma forma que ele avisa quando você foi mencionado em um comentário ou postagem, por exemplo.



quinta-feira, março 24, 2016

Abaixo-assinado #LulaEmBelém pede líder na capital paraense



Por Diógenes Brandão

O blog AS FALAS DA PÓLIS elaborou uma carta aberta ao presidente Lula, pedindo sua visita à capital paraense. A iniciativa justifica-se nos pedidos que Lula tem feito para que seja convidado para visitar os estados brasileiros, o que voltou a fazer na Plenária Nacional de Sindicalistas em Defesa da Democracia, do Estado de Direito e Contra o Golpe, ocorrida na tarde desta quarta-feira (23), na Casa de Portugal, no bairro da Liberdade, centro de São Paulo.

Com isso, a iniciativa do abaixo-assinado começou em grupos do WhatsApp, contendo o seguinte texto:

CARTA ABERTA AO LULA PARA VISITA À BELÉM

Para: Instituto Lula.

Lula, somos paraenses que percebemos que os ataques que tens sofrido por setores do judiciário, dos barões da mídia nativa e dos partidos políticos que você derrotou em 4 eleições consecutivas, tem ameaçado agora a sua liberdade e dos seus familiares. Por isso, queremos convidá-lo para participar de um evento em Belém, onde terás o nosso apoio e manifestações de carinho e respeito que nutrimos por ti. 

Com a rápida adesão de militantes do PT e demais partidos e movimentos sociais da esquerda paraense, o texto foi logo sendo reproduzido e compartilhado, com o nome e o RG de pessoas de vários municípios, tudo através de alguns grupos do WhatsApp. 

A iniciativa de lançar a Carta Aberta ao Lula para que ele venha à Belém, agitou os grupos petistas e de esquerda. Por isso, ficou difícil reunir todas as assinaturas em um só lugar, sem perder alguns nomes, diante da rápida viralização que ela tomou. Por isso, criamos uma petição online, o que facilita o acesso e reúne todos os que querem ver Lula conosco.

Clique, assine e compartilhe http://goo.gl/bZP4kl

quarta-feira, março 02, 2016

Depois do Telegram, WhatsApp passa a permitir o envio de documentos

Os principais sites especializados em tecnologia ainda não noticiaram a novidade, mas fizemos um teste para nossos leitores ficarem atualizados com mais essa novidade tecnológica.

Por Diógenes Brandão.

Em um passado não muito distante, a única forma de enviar e receber mensagens de texto através dos aparelhos celulares, era com o ex-famoso SMS, também conhecido como torpedo. Acontece que com o surgimento dos smartphones, os celulares tornaram-se compudores de mão, com seus programas oferecendo um número enorme de programas, que nas plataformas portáteis são chamados de aplicativos ou simplesmente Apps. 

Um dos aplicativos que substituiu o SMS e passou a ser o mais utilizado para o envio e recebimento de mensagens instantâneas chama-se WhatsApp. Com o seu surgimento, a maneira com que a maioria das pessoas passaram a enviar e receber mensagens instantâneas ficou muito simples e eficaz, tornando o ato de se comunicar até mais divertido e ao mesmo tempo polivalente, já que além de poder interagir com centenas de pessoas ao mesmo tempo, o aplicativo permite a troca de imagens, audios, vídeos e até emoções através de símbolos, entre seus usuários.

Através dos emoticones, os usuários dos aplicativos enviam mensagens instantâneas que expressam seus sentimentos em relação ao que conversam.

Mas havia uma funcionalidade que somente o seu maior rival, o Telegram, possuia: A opção de enviar e receber documentos. Pode até parecer uma coisa pequena, mas é muito útil, tanto para pessoas que deixarão de enviar emails, até grupos de corporações que precisam distribuir em massa arquivos no formato tipo .docx, .pdf e .ppt 

Para enviar um documento, os usuários destas duas plataformas só precisam seguir os mesmos passos que para enviar imagens, ou seja, pressionando o ícone do clip e selecionando a opção Documentos.

Comprado em 2014 por 22 bilhões de dólares pelo Facebook, o WhatsApp ainda é o aplicativo mais utilizado no segmento, mas não é o melhor. Testes realizados por este blogueiro e confirmados por outros ativistas digitais revelam a superioridade do Telegram. 

Desenvolvido em software livre e em constante aperfeiçoamento, o Telegram já permitia anexar documentos, assim como sempre esteve à frente do Whatsapp, permitindo um número maior de membros nos grupos (cada grupo por ter até 1000 membros), assim como a criptografia e auto-destruição das mensagens trocadas, o que ajuda a manter a privacidade e segurança dos usuários.

A novidade não foi testada em Iphones e nem está disponível para versão web, na qual é possível utilizar tanto o Telegram, como o Whatsapp, a partir de desktops e notebooks.

Testes de envio para alguns usuários mostram que é preciso atualizar o aplicativo para que a nova funcionalidade possa ser utilizada.



No caso do Whatsapp, o acesso requer que o usuário esteja com o aparelho de celular conectado à internet e com o aplicativo instalado no computador, podendo ser acessado depois de um leitor de QR CODE fizer a leitura da imagem, tal como na ilustração acima. No Telegram, basta informar o número da linha do celular conectado e digitar o código enviado para a linha do aparelho.

Se você gostou deste artigo, curta a nossa página no Facebook e fique antenado com as novidades e dicas do mundo das tecnologias da informação que passaremos a publicar neste blog.
 

sexta-feira, fevereiro 26, 2016

Quantas redes sociais são necessárias para preencher o nosso vazio existencial?


Por Leandro Karnal, no portal Raízes

Eu acredito que nós estamos gritando desesperadamente para sermos observados. Eu acredito que nós estamos nos sentindo muito solitários. Eu acredito que nós potencializamos o eu, mas atomizamos, se preferirmos a metáfora física. Ou capilarizamos, se preferirmos a metáfora biológica.

Nós temos, desde a invenção da imprensa, no século 15, na Alemanha, a invenção da grande imprensa, nos século 19 e 20; a televisão, no século 20, o rádio no século 20. Nós temos um crescimento gigantesco na capacidade de comunicação com o grande público. Ainda estamos lidando com estes fatos, mas sem sombra de dúvida as pessoas estão dando opinião de tudo e isso é um bom exercício.

A pergunta é se alguém está ouvindo a opinião alheia, se alguém está lendo a dos outros? Se eu tiver 35 grupos de WatsApp: família, amigos, emprego, festas, etc.; se eu tiver três contas no Instagram; se tiver quatro contas no Face, inclusive um fake para sacanagem. Se tiver tudo isso, quem eu estou lendo de fato, se o meu tempo é consumido pela atualização destas questões?

Eu, como pessoa mais velha, assisti ao nascimento do celular, assisti ao nascimento do computador pessoal, ouvi tocar o primeiro celular em sala de aula. Os jovens não sabem disso, mas não havia celular antes. Eu sei que essa ideia é… é uma ideia muito extraordinária. E como dizem algumas alunas:

– Eu não posso desligar, professor, eu tenho filho.

Como será que nossas mães nos criaram sem o celular? Minha preocupação não é com a tecnologia. Uso o celular e gosto muito, ele é útil, e ele resolve muitas coisas para mim. A minha preocupação não é tirar ou reforçar o celular, é secundário… A minha preocupação é quem sou eu que preciso estar presente em tantos personagens, em tantos lugares, para que tanta gente me veja?

Quando eu falo, às vezes, na televisão, e essa televisão tem interação via redes sociais, eu tenho a sensação que ninguém me escuta, eu tenho a sensação que muitos telespectadores estão casados comigo; não me escutam e não temos sexo. Ou seja, é um casamento absoluto. Eu tenho a sensação que cada um emite a sua opinião imediatamente quando identificam que eu disse alguma coisa. E graças a isso vão mandando mensagens. Mandando mensagens… A participação é muito boa e quando eu escuto, interajo, ela é fundamental.

Nós temos a chance de uma virada. Vou usar uma palavra mais difícil: epistemologia do século 21 em que o conhecimento atingiu um novo patamar de validação. Temos a chance, mas isso ainda não ocorreu. Nós não estamos brilhantes ou mais produtivos do que há trinta anos. Apenas estamos incrivelmente mais ocupados com o mundo virtual. Eu saí com uma profissional de arquitetura que fazia um trabalho pra mim e ela sentou comigo para jantar e discutir um problema de reforma; ela atendeu o celular. Eu fiquei esperando. Certamente era algo grave. Começamos a conversar, ela atendeu novamente. Eu esperei. Certamente era algo gravíssimo que impedia a nossa reunião. Na terceira vez, tocou o celular. Era eu ligando para ela. E dizendo para ela: já que você prefere pelo celular, vamos ter a reunião assim. E tivemos. E foi uma reunião produtiva. E o celular dela não tocou mais. Porque nós tivemos (a reunião).

É uma questão de escolha. Me preocupa que a realidade virtual se sobreponha à realidade real. Me preocupa isso. Mas é provável uma preocupação de idade. Não que seja uma preocupação de criança ou jovem. Isso vai passar. Me preocupa que realmente a fala reflexiva que é o tom da fala de Hamlet tenha desaparecido. E a fala informativa esteja dominando. Como diz um filme sobre a dificuldade de Shakspeare. O problema de Shakspeare é que ele nunca diz: vai daqui prá lá. Shakspeare diz: “Toma das asas de mercúrio e passa deste ponto àquele outro onde o sol se põe”.

As metáforas, as interpolações, os adjuntos, os apostos, os vocativos shakspearianos tornam complicadas as frases reflexivas. Porque a frase reflexiva pressupõe pensar no que estou dizendo. E quando eu penso no que estou dizendo, curiosamente, eu digo menos, que é mais significativo. Quando eu não penso no que estou dizendo eu digo mais coisas porque elas perderam o sabor.

E se tornam num quilo. Apesar do restaurante por quilo ser uma maravilha ele reduziu todos os alimentos a um mesmo sabor. O chuchu, a vitela, o purê, o milho, a alface, todos têm o mesmo gosto. E se não são os onze quando são colocadas, três, pelos menos, certamente têm o mesmo sabor. As pessoas põem um pouco de cada como se fizesse qualquer diferença o frango, o peixe ou a carne. E escolhem a ervilha como quem escolhe pérolas, uma por uma e colocam, delicadamente, no seu prato. Eu fico pensando, é tão sem graça essa comida. Eu tenho que ter muito cuidado ao comer pra me sentir comendo alguma coisa. Ou seja, quando eu não tenho sabor nas coisas que eu vivo e faço eu multiplico as coisas que eu vivo e faço. E falo mais e saio mais e faço mais festas e tenho mais amigos, viajo e não paro de viajar, porque como eu não consigo estar comigo, quero estar em todos os lugares do mundo.

Eu não tolero estar na minha casa. Sou pensativo, então eu tenho que estar no estresse do aeroporto. E visitando. Você foi à Argentina, foi à Buenos Aires, foi à Córdoba? Você conhece Salta? Ah, Salta eu não conheço. Então vamos à Salta neste momento. Agora eu fui a Salta. E a Patagônia? E Mal Del Plata? Ou seja, é uma vida. Uma vida para rodar, rodar, até que fique tão longe que eu perca a consciência de mim mesmo. Por isso que nós viajamos mais do que jamais viajamos no passado. Porque nós não vemos mais nada. E batemos fotos que vão para o computador e não vão ser vistas por ninguém ou você envia cópias para dez mil pessoas que não vão ver ou vão ter inveja de eu estar viajando e vão responder apenas: kakakaka.

Ou seja, este é o vazio que o Hamlet estranharia, já que o Hamlet faz toda a peça dele, a mais reduzida de todas, num único espaço da corte. Num único espaço de Elsinore, em salas do palácio e dali apenas, eles falam de uma viagem à Inglaterra, de navio e de uma ida a Paris. Mas toda peça se passa ali, porque a casca de noz de Hamlet é suficiente reinado; é suficiente para ele.

*Leandro Karnal é um historiador brasileiro, atualmente professor da UNICAMP na área de História da América.

sábado, outubro 31, 2015

O Brasil vai mesmo virar um país de intolerantes?



Por Philippe Ladvocat, no BrasilPost.

Sempre que discussões como o feminismo, os direitos das mulheres ou a violência contra minorias vêm à tona, um grupo de pessoas (com muitas características em comum) é insistente em bradar que não pode ser enquadrado na mesma categoria por não ser estuprador, violento, pedófilo ou homofóbico.

A questão é sempre a mesma: "temos que pagar o pato pelos erros dos outros?". E aqui vai uma notícia para você: sim, você tem que pagar o pato. Nós temos que pagar o pato. E sabe por quê?

Porque essas pessoas que sofrem a violência e a desigualdade diariamente vêm pagando o pato há muito tempo. E agora é hora de acertar as contas.

Quando eu era mais novo, insistia em dizer que não existia dívida histórica porque eu não escravizei ninguém.

O que eu falhava em perceber é que uma sociedade completamente dividida em que negros não usufruem dos mesmos direitos dos brancos, são olhados com desconfiança em um País de mestiços e são tratados, muitas vezes, como cidadãos de segunda classe (se é que são tratados como cidadãos), há sim uma dívida histórica e essa conta ficou para todos nós.

E os juros continuam subindo e destruindo qualquer esperança de uma sociedade justa.

E aí é que entra a conivência geral, mesmo quando você não é o indivíduo ameaçando ou abusando.

O brasileiro adora se orgulhar de levar a vida com leveza e bom humor. Adora rir de tudo e dizer que é especial porque faz piada mesmo com as mazelas da vida.

E assim explica-se boa parte do problema: tudo é engraçado, tudo vira humor, nada é levado a sério.

Boa parte dos brasileiros prefere compartilhar a zuêra para ganhar curtidas no Facebook, se perde nas tirinhas infames, nas montagens ridículas, na boçalidade diária de não levar nada a sério. Esquece da filosofia, da história, do contexto, para divulgar uma idiotice ofensiva -- seja política ou social.

O que importa é ganhar um "hahaha" ou um "rsrs", não é discutir, debater ou desenvolver uma sociedade melhor. Até que ponto vale realmente a pena ridicularizar absolutamente tudo em vez de criar discussões válidas e embasadas?

A primeira herança da ditadura militar já sabemos bem: as instituições públicas absolutamente sucateadas (ou você acha que a educação pública, a segurança das grandes cidades e o sistema de saúde se tornaram todos tão caóticos durante os anos 60, 70 e 80 por coincidência?).

A outra herança é uma geração de desinformados que, com o acesso às novas mídias sociais e a falta de noção da importância de se apurarem os fatos (para isso existe, em teoria, o jornalismo), grita seus preconceitos, indignações seletivas e revoltas preguiçosas aos quatro ventos, sem nem se preocupar em entender definições.

Às vezes sabem que a notícia é falsa, mas não importa. Fora o humor canalha, a ridicularizarão do outro, que vale mais do que uma discussão saudável. Os adjetivos preconceituosos, a piadinha elitista para sugerir que os pobres são todos bandidos e/ou ignorantes, está tudo lá, substituindo o argumento.

Junto com parte dessa geração (a parcela que se revolta mas não se informa), os filhos mimados e igualmente preguiçosos, ex-alunos medíocres, que perderam a oportunidade de criar um senso crítico -- qualquer que seja a ideologia.

Junto com seus erros gramaticais, repetem as falácias cansadas, vazias e superficiais e se orgulham de dizer que são contra o governo (qualquer que seja), o feminismo, a igualdade de gêneros, os direitos homossexuais, a proteção ao meio ambiente, a diminuição da quantidade de carros nas ruas, porque "nada disso é importante".

Pedem disciplina, cadeias, punição, gasolina barata, reduzem tudo a dois lados e não percebem a ignorância do mundinho em que estão inseridos: um pensamento erradicado em boa parte do mundo há décadas mas que persiste naqueles que não se esforçam para considerar algo diferente daquilo que acham que produziram com o próprio cérebro.

Já sabemos que grande parte dos comentários altamente intolerantes vem da lavagem cerebral promovida pelos oportunistas falsamente religiosos, mas existem os outros intolerantes que acham que têm o direito de fiscalizar a vida alheia, seja em suas relações amorosas, em sua decisão sobre o corpo ou em sua luta pela igualdade onde quer que seja.

São os tipos patéticos que reclamam da falta de humor alheio, que acham que "tudo virou fobia" e que confundem a liberdade de expressão com a mediocridade de suas palavras. Que acham que só aquilo que conhece importa e danem-se os outros porque são uma parcela menor da população.

Que acham que lutar por direitos é garantir privilégios enquanto os verdadeiros privilégios são os de não ter que lutar por nada.

São aqueles que comentam uma 'piadinha' ou um comentário 'revoltado' sobre um ex-presidente no vídeo de um cachorro fazendo algo engraçado.

São os obcecados que não deixam ninguém em paz porque precisam descontar as próprias frustrações em qualquer culpado que vá gerar curtidas no comentário.

São aqueles que reduzem o mundo a dois lados, a direita e a esquerda, sem perceber a complexidade do pensamento crítico e sem lembrar que aquela cagada histórica chamada Muro de Berlim caiu faz muito tempo.

E toda essa violência verbal (e às vezes física mesmo) que clama por morte (do bandido pobre ou do político), por punição, pelo fim da defesa dos direitos humanos, que acha que a disciplina pura vai resolver o problema, só demonstra a falta de vivência, de experiência e de diálogo.

Quem vai atrás do "bandido bom é bandido morto" ou do "leva pra casa" claramente nunca se preocupou em conversar com quem dá aula na favela.

Quem fala "feminazismo" nunca parou pra pensar em quão tosca e desrespeitosa é essa comparação (inclusive com os próprios judeus).

Quem acha graça em piada com mulher sendo violentada não pensa na mãe, na namorada ou na irmã vivendo essa situação.

O Brasil caminha, ou corre, em direção ao extremismo, à intolerância, ao radicalismo. Os mesmos que vimos destruir países do Oriente Médio, que às vezes nem parecem tão distantes do gigante latino.

E se o País não fizer meia volta e começar a usar a empatia como combustível, o destino final pode ser terrível.

quarta-feira, setembro 09, 2015

Quem fala, discursa ou reclama da saúde pública deveria participar da Conferência de Saúde


Por Gcrson Domont*

A XI Conferência Estadual de Saúde, tem como tema “Saúde pública de qualidade para cuidar bem das pessoas: direito do povo brasileiro”. Uma temática que incorpora diferentes significados, em contraposição à mercantilização, privatização e precarização dos serviços de saúde.

Vai discutir temas considerados transversais: a Reforma democrática e política, participação social, direitos sociais e democratização dos meios de comunicação, e o papel fundamental dos movimentos populares e conselhos de saúde.

Neste tempo de crise, é importante afirmarmos os valores da democracia e da participação. Conseguiremos construir uma sociedade justa, igualitária, fraterna e inclusiva se tivermos meios democráticos, de ampla participação popular. Não se constrói com autoritarismo uma sociedade efetivamente justa.

Destacamos a superação do modelo de comunicação em que o SUS dependia da intermediação da mídia tradicional, a informação não está mais exclusivamente nas mãos da grande mídia e a saúde não deve e nem precisa esperar que a mídia tradicional atue em seu favor. Essa intermediação já não é nem necessária na prática. Com o surgimento da internet, a mídia tradicional perdeu essa intermediação, foi superado pelos comunicadores que somos todos nós, a partir das redes sociais.

É necessário ir além das mudanças de regras eleitorais e colocar no centro das discussões a questão do poder de forma ampla. “O exercício do poder, os mecanismos que temos para exercer o poder e os caminhos que temos para controlar o poder. O poder reflete a desigualdade brasileira e também estrutura os processos de desigualdades que vivemos. Que o poder seja alicerçado na soberania popular, afastando o Poder econômico e seu monopólio. A reforma do sistema político é um dos caminhos fundamentais para a democracia e a participação social no país.

É por isso consideramos que o processo da XV Conferência Nacional de Saúde, onde se encontra a XI Conferência Estadual de Saúde, nos contempla. O CNS assumiu a crítica, quanto aos limites e equívocos cometidos pelos Conselhos de Saúde que levaram à perda da representatividade dos Conselhos de Saúde e recolocou a questão de que a quantidade, a diversidade e a autonomia devem ser buscadas e refletem a qualidade do processo da participação, nos fóruns instituídos de participação – propôs por exemplo, retomar o caráter reflexivo e mobilizador dos Conselhos de Saúde – isso ajuda a se enfrentar os mecanismos de exclusão cristalizados nos Conselhos de Saúde.

A XV Conferência Nacional de saúde inova ao incluir no seu processo a inclusão dos não incluídos e o diálogo com os movimentos populares, fortalece o processo ao incluir uma quarta etapa as Conferências de Saúde, talvez a mais obvia das ações; o monitoramento do PPA. Pouco adianta se chamar os usuários do SUS os trabalhadores de saúde e os prestadores e gestores, sem que fosse garantida a inclusão das diretrizes das Conferências no Plano Pluri Anual (PPA), a Lei que transforma em política pública as propostas e diretrizes da Conferência. Agora se espera que cada conselheiro cumpra seu papel, melhor articulado com os movimentos sociais e respaldado pela base legal do SUS, amplie e consolide definitivamente o SUS.

"O Conselho Nacional de Saúde também reafirma o papel das conferências como processo político mobilizador de caráter reflexivo, avaliativo e propositivo, não devendo ser visto meramente como um evento. Diante disso, na 15ª Conferência Nacional de Saúde, o CNS propõe incentivar o princípio da paridade de gênero, sem comprometer a paridade entre os segmentos; superar as barreiras de acessibilidade às pessoas com deficiência; e Instância máxima de deliberação do SUS, Lei nº 8.142, de 28/12/1990. Lei nº 8.142, de 28/12/1990. Garantir acesso humanizado. Recomenda também a participação de movimentos sociais e populares não institucionalizados, conforme estabelece o Regimento da 15ª CNS”.

A etapa estadual da Conferência Nacional e a XI Conferência Estadual de Saúde acontecerão nos dias 15, 16 e 17 de setembro de 2015, no Centro de Cultura Cristã, em Ananindeua discutindo e aprofundando as mesmas temáticas assim como aconteceu nas etapas municipais.

*Gerson Domont é presidente do Conselho Estadual de Saúde do Estado do Pará.

quinta-feira, julho 02, 2015

#AnulaSTF pedem internautas do mundo inteiro


Há horas que o assunto está em 1º lugar nos Trends Topics Brasil, como o mais comentado no país e acaba de entrar como o um dos mais citados no mundo.

Internautas brasileiros usam a hashtag ‪#‎AnulaSTF‬ para pedir que o Supremo Tribunal Federal anule a decisão aprovada ontem na Câmara dos Deputados de mudar a constituição em prol da redução da maioridade penal.

A Unicef chama de 'retrocesso' a aprovação da redução da maioridade no Brasil.

O Conselho Federal da OAB divulgou nota dizendo que a redução da maioridade é inconstitucional e irá ao STF impedir a mudança na constituição. O texto também aponta inconstitucionalidade na aprovação da emenda, realizada na madrugada de hoje, pela Câmara dos Deputados.

"Constitucionalmente, a matéria rejeitada não pode ser votada no mesmo ano legislativo. A redução da maioridade, que já possuía a inconstitucionalidade material, porque fere uma garantia pétrea fundamental, passa a contar com uma inconstitucionalidade formal, diante deste ferimento ao devido processo legislativo."


O deputado federal Chico Alencar (PSOL-RJ) disse através do suas redes sociais, que a sessão foi uma farsa, uma afronta ao regimento.

Para a deputada federal Erika Kokay (PT-DF), "a Casa que produz leis não pode desrespeitá -las".

sábado, maio 30, 2015

"O ambiente digital está alterando nosso cérebro de forma inédita", diz neurologista britânica

Susan Greenfield, especialista em fisiologia cerebral, diz que estamos cada dia mais dependentes de redes sociais e videogames e prevê um futuro sombrio para os "nativos digitais", geração que passará a vida inteira online.

Na Veja.

Para a neurocientista britânica Susan Greenfield, o admirável mundo novo da internet e das redes sociais não é tão admirável assim. Videogames e redes sociais estão, na visão dela, criando uma nova geração - a de "nativos digitais" - que vai passar a maior parte de sua vida online. E isso não é bom, segundo ela. "As crianças que estão crescendo agora nesse ambiente do ciberespaço, não vão aprender como olhar alguém nos olhos, não vão aprender a interpretar tons de voz ou a linguagem corporal", disse em entrevista ao site de VEJA, concedida em sua passagem pelo Brasil para falar na Conferência Fronteiras do Pensamento, em São Paulo e Porto Alegre.

Susan, de 52 anos, autora de livros como The Private Life of the Brain (A Vida Privada do Cérebro, sem edição no Brasil), afirma que há um grande risco de as pessoas passarem a viver suas vidas exclusivamente em ambientes virtuais. "Um estudo americano, de 2010, mostrou que mais da metade dos adolescentes entre 13 e 17 anos gastava mais de 30 horas por semana na internet. São quatro ou cinco horas por dia não andando na praia, não dando um abraço em alguém, não sentindo o sol no rosto, não subindo em uma árvore, não fazendo todas as coisas que as crianças costumavam fazer."

Outra comparação feita pela neurocientista, que também é professora de Farmacologia na Universidade de Oxford, é entre as redes sociais e a indústria do cigarro. De acordo com ela, assim como as produtoras de tabaco negavam o poder viciante do cigarro, o mesmo ocorre hoje com as companhias que lucram com o uso das redes sociais e videogames. "É preciso admitir que existe um problema", diz ela, citando estudos que relacionam a utilização intensiva de redes sociais com a liberação de substâncias estimulantes no cérebro.

Apesar de enxergar com pessimismo um mundo em que estejamos conectados a maior parte do tempo, Susan diz que não adianta proibir crianças e adolescentes de usar videogames e redes sociais. "É preciso oferecer um mundo tridimensional mais interessante para eles."

A internet afeta o cérebro? Todos estão interessados em saber como as tecnologias digitais, especialmente a internet, afetam o cérebro. A primeira coisa a saber é que viver afeta o cérebro. O cérebro muda a todo instante de nossas vidas. Tudo que é feito durante o dia vai afetar o cérebro. A razão disso é que o cérebro humano se desenvolveu para se adaptar ao ambiente, não importando qual fosse esse ambiente. É interessante notar que agora o ambiente é muito diferente, de maneira sem precedentes.

Como a imersão num ambiente virtual pode afetar o cérebro? Há várias perguntas diferentes a serem respondidas. Eu acho que há três grupos abrangentes. O primeiro é o impacto das redes sociais na identidade e nos relacionamentos. O segundo é o impacto dos videogames na atenção, agressividade e dependência. E o terceiro é sobre o impacto dos programas de busca no modo como diferenciamos informação de conhecimento, como aprendemos de verdade. É claro que há muitos estudos que ainda precisam ser feitos, mas certamente há cada vez mais evidências sobre aspectos positivos e negativos. 
Por exemplo, já foi demonstrado que jogar videogames pode ser similar a fazer um teste de QI. Pode ser que o aumento de QI visto em alguns testes aconteça graças à repetição de uma certa habilidade ao jogar videogames. Agora, só porque vemos um aumento de QI em quem joga videogames não quer dizer que haja um aumento de criatividade ou capacidade de escrita. Também se sabe, por alguns estudos, e por exames de imagem, que os videogames aumentam áreas do cérebro que liberam dopamina. Também sabemos que, em casos extremos, nos quais as pessoas gastam até 10 horas por dia na frente da tela, existe uma forte correlação com anormalidades em exames cerebrais. Como costumamos dizer, uma andorinha só não faz verão. Então é importante fazer mais estudos. Isto não é definitivo, em se tratando de ciência nada é definitivo, por isso é importante começar a fazer pesquisa básica porque, até agora, está claro que coisas boas e coisas ruins estão acontecendo de um modo que não haviam acontecido em gerações passadas.

Existe um limite de tempo seguro para navegar na internet? É claro que muitos pais já me perguntaram: 'com que frequência meus filhos devem usar a internet? Até quando é seguro?' O que acontece na Inglaterra, acho que aqui também, é que alguns pais falam para os filhos 'façam uma pausa a cada 10 minutos'. Mas eu não conheço ninguém que no meio do jogo pensa 'está na hora da minha pausa de 10 minutos'. Minha sugestão é agradar as crianças, em vez de dizer 'você só jogar por uma ou duas horas, ou você simplesmente não pode jogar.' Não seria melhor se a criança decidisse sozinha que não quer jogar? E por que eles fariam isso? Porque o que você vai oferecer a ele é muito mais excitante, muito mais agradável, muito mais interessante, do que esse jogo. É um desafio, mas o que temos que fazer é tentar pensar em maneiras, não tentar negar a tecnologia. Nós podemos, na nossa sociedade maravilhosa, com toda essa tecnologia, com todas as oportunidades que temos, dar aos nossos filhos um mundo tridimensional interessante para viver.

Há quem associe o aumento da incidência do transtorno de déficit de atenção e da hiperatividade (TDAH) ao uso da internet pelas crianças. Essa ligação faz sentido? Está havendo um crescimento alarmante de TDAH. Sabemos que a prescrição de drogas como ritalina, usadas para TDAH, triplicaram, quadruplicaram nos últimos 10 anos. É claro que isso é muito. A condição pode estar sendo mais diagnosticada ou pode ser que os médicos estejam prescrevendo mais os remédios. Há, porém, outro fator importante: a causa pode ser as tecnologias digitais.

Por que culpar a internet e não a TV, por exemplo? Algumas pessoas dizem que a TV é a mesma coisa que a internet. Mas já se mostrou que não é o caso. Há uma grande diferença para o que fazemos na internet, que é altamente interativa e também tende a ser mais estimulante. Nós também sabemos que, quando se joga videogame, uma substância química no cérebro relacionada com o estímulo, chamada dopamina , é liberada. O que é interessante é que, quando se toma ritalina, a dopamina também é liberada. Então, agora as pessoas estão pensando que talvez as crianças estejam viciadas em videogames. E estão medicando essas crianças porque elas teriam TDAH, e estão fazendo, embora não façam ideia, com que haja mais dopamina no cérebro. Então certamente há uma ligação entre TDAH e videogames, mas precisamos entender mais sobre os mecanismos cerebrais para entender como isso funciona.

Como a senhora acha que a geração atual será no futuro? É interessante pensar no caráter, nas aptidões da próxima geração, os cidadãos da metade do século 21. Eu acho que haverá coisas boas e coisas ruins. Imagino que talvez eles tenham um QI maior e uma boa memória. Acho também que eles correrão menos riscos que nossa geração - isso pode ser tanto bom quanto ruim. Por um lado, ninguém quer pessoas que nunca se arriscam, que são excessivamente precavidas, mas, por outro lado, também não queremos pessoas inconsequentes. Infelizmente, também acho que essa geração terá um senso de identidade mais frágil, menos empatia, menos concentração, e podem ser mais dependentes ao viver o "aqui e agora" em vez de ter um passado, presente e futuro. Talvez eles fiquem mais presos ao presente.

Por que o senso de identidade seria menor? Até recentemente, em muitas partes do mundo, os seres humanos tinham preocupações mais imediatas, como sobreviver, se manter aquecido, não ter dor, não viver com medo e ter onde se abrigar. Essas questões eram as mais importantes quando se era um adulto. Mas agora a tecnologia, em sociedades mais privilegiadas, como o Brasil e a Grã-Bretanha, está permitindo que a população, pela primeira vez na história, viva muito mais e tenha uma vida saudável. Uma criança tem, agora, uma em três chances de viver mais de 100 anos. Então o que fazer com esse tempo? Essa é uma pergunta que não se fazia no passado porque as pessoas morriam de doenças ou estavam preocupadas com outras coisas. Mas agora é factível presumir que as pessoas não saberão o que fazer com a segunda metade de suas vidas, após seus filhos estarem criados. Se elas estiverem saudáveis, em forma, mentalmente ágeis, não poderão simplesmente jogar golfe todo dia, ou sudoku. Acho que uma das grandes questões para eles será fazer perguntas que tradicionalmente apenas adolescentes fazem: "Quem sou eu? Qual é o sentido da vida? Para onde estou indo? Qual o propósito disso tudo?" Na minha opinião, isto pode ajudar a explicar por que, de uma maneira engraçada, Facebook e Twitter são tão populares.

Por quê? As pessoas têm um senso integral de identidade. De repente elas se sentem importante porque gente ao redor do mundo está se comunicando com elas, comentando o que elas disseram. Então, este tipo de pessoa, que no passado vivia em uma comunidade local, e tinha uma identidade dentro daquela cultura, dentro daquele país, agora tem uma presença global, mas que é construída externamente. Não é real. É como em uma ocasião na qual estava em um café da manhã com Nick Clegg (vice-primeiro-ministro da Grã-Bretanha) e tinha uma mulher perto de mim tão ocupada contando a todo mundo que ela estava tendo uma café da manhã com Nick Clegg que nem conseguiu prestar atenção ao que ele estava dizendo. Ela só ficava tuítando o tempo todo: "café da manhã com Nick Clegg". Eu vi um filme com duas meninas conversando dentro de um carro e uma pergunta para a outra: "Como você se sente dentro deste carro?" Ela não responde "estou triste" ou feliz ou animada, nada disso. Ela diz: "o carro é digno de um post no Facebook."

Por que isso é preocupante? A partir disso eu infiro que as pessoas estão construindo uma identidade no ciberespaço que em boa parte é formada pela visão das outras pessoas. Existe um site chamado KLOUT. Se você entrar nesse site, ele te diz o quão importante você é, te dá um número chamado Klout Score. Klout, em inglês, significa importante. As pessoas pagam para ver qual é a sua pontuação e para aumentá-la. Eu acho interessante essa tendência de que mesmo que você sinta-se muito importante, muito conectada, você se sente insegura, tenha baixa autoestima, sinta-se constantemente inadequada. Existe um livro muito bom escrito por Sherry Turkle chamado Alone Together - Why We Expect More From Technology and Less From Each Other (algo como "Juntos sozinhos - Por que esperamos mais da tecnologia e menos de cada um de nós", lançado em janeiro, ainda sem editora no Brasil). Ela disse: "bizarramente, quanto mais conectado você está, mais você está isolado."

Hoje, entretanto, a maior parte das pessoas continua levando suas vidas normalmente, fora do ciberespaço, e apenas uma pequena parte dentro dele. Isso se inverterá no futuro? A maioria das pessoas dirá que, se tirarmos um instantâneo da sociedade hoje, um monte de pessoas está vivendo normalmente e feliz em três dimensões. Elas têm amizades saudáveis e gostam de estar no Facebook e no Twitter. Com certeza, é apenas uma minoria de pessoas que gastam até 10 horas por dia em frente do computador. Porém eu acho esse tipo de argumento problemático porque é solipsista - você está argumentando a partir do seu ponto de vista. Já falei várias vezes com jornalistas, que geralmente são de meia-idade e de classe média, e dizem que usam isso e aquilo e é fantástico. Às vezes sou criticada porque não estou no Facebook, não estou no Twitter, e mesmo assim estou comentando a respeito. Eu respondo que, mesmo se eu estivesse me divertindo muito no Facebook, isso não quer dizer que todos sejam como eu ou que vão usar do mesmo modo que eu uso, ou que vão ter o mesmo tipo de amizades que eu tenho.

O uso então é exagerado? Eu acho que precisamos olhar para as estatísticas em vez de apenas levar em conta as impressões pessoais ou os meios de comunicação. De acordo com as estatísticas, os chamados nativos digitais, gente que nasceu após 1990, apresentam níveis de uso alarmantes. Por exemplo, um estudo americano, de 2010, mostrou que mais da metade dos adolescentes entre 13 e 17 anos estavam gastando mais de 30 horas por semana na internet. O que me chama atenção não são as 30 horas, mas o que vai além disso. Isso significa que pelo menos quatro ou cinco horas por dia em frente ao computador. O problema com isso é que, não importando o quão fantásticas ou benéficas sejam as redes sociais - vamos dizer que sejam 100% maravilhosas - ainda são quatro ou cinco horas por dia não andando na praia, não dando um abraço em alguém, não sentindo o sol no rosto, não subindo em uma árvore, não fazendo todas as coisas que as crianças costumavam fazer. Acho que devemos prestar atenção a essa questão. Acho também que podemos comparar o que acontece hoje com o momento do anos 50 quando as pessoas começaram a mostrar uma relação entre o câncer e o cigarro. A indústria do tabaco foi hostil a essa descoberta, tentou negar e insistir que fumar não era viciante. E se você tem um grupo de pessoas se divertindo e outro grupo fazendo dinheiro com isso, esse é um círculo perfeito. A primeira coisa a fazer quando pensamos na relação entre os jovens e a internet é reconhecer que talvez aí exista um problema.

Não se trata de excesso de zelo? Existem outras questões também. Há uma grande diferença entre os chamados "imigrantes digitais", pessoas como eu e possivelmente pessoas como as que estão lendo essa entrevista e que tiveram uma educação convencional, cresceram lendo livros, tendo relações apropriadas, em três dimensões, e as crianças que estão crescendo agora, recebendo um comando evolucionário para se adaptar ao meio ambiente. Se esse ambiente é incessantemente o ciberespaço, elas não vão aprender como olhar alguém nos olhos, elas não vão aprender a interpretar tons de voz ou a linguagem corporal. Elas não vão aprender como é quando se toca alguém, se tem um contato físico. O que significa que, se alguém ficar cara a cara com alguém no mundo real será mais desagradável, mais agressivo, então as pessoas vão preferir se comunicar por meio das telas. Já é o caso da Grã-Bretanha, não sei como é aqui no Brasil. Escritórios se tornaram locais bastante silenciosos, porque, em vez de conversarem entre si, as pessoas preferem enviar mensagens. Outro problema que, acho eu, mostra uma tendência, é um fantástico aplicativo - é fantástico que as pessoas paguem por isso. São dois, na verdade. Um deles se chama Self Control (Auto controle). O outro se chama Freedom (Liberdade). Você paga para que eles não o deixem usar a internet obsessivamente. Eles desligam seu computador a cada 50 minutos ou a cada hora. Por que as pessoas deveriam pagar por algo que elas mesmas poderiam fazer facilmente, a menos que estejam obcecadas ou tenham se tornado dependentes? Eu posso chegar para você e dizer que tenho uma maneira brilhante de ganhar dinheiro: você me paga para eu desligar seu computador para você. Você vai me dizer que estou louca.

Crise: Edmilson Rodrigues perde seu braço esquerdo no PSOL

Luiz Araújo deixou o PT para fundar o PSOL, onde viveu até então organizando a corrente interna "Primavera Socialista" e supostame...