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quarta-feira, julho 22, 2020

UFPA: SINDPROIFES-PA aprova volta às aulas com segurança e inclusão

Diretoria do Sindicato dos Professores das Instituições Federais de Ensino Superior do Pará aprovou em Assembleia Geral a adoção de medidas tecnológicas para que estudantes da graduação, pós-graduação, assino como os projetos de pesquisa e extensão possam ter continuidade, contanto que haja segurança e inclusão de todos. 

Por Diógenes Brandão


Em Assembleia realizada na tarde desta quarta-feira, 22, o SINDPROIFES-PA - Sindicato dos Professores das Instituições Federais de Ensino Superior do Pará - realizou a consulta à comunidade docente da UFPA que decidiu pela manutenção das aulas no segundo semestre deste ano, ao contrário do que queria a ADUFPA - Associação dos Docentes da UFPA, que defende que as aulas sejam suspensas e que só retomem a partir de 2021, ou quando houver a vacina para a COVID-19.

A proposta do SINDPROIFES-PA é debater formas de retorno de atividades de ensino possíveis de serem desenvolvidas de forma remota, resguardando o conteúdo do trabalho e imagem social de docentes das IES, situação essa que a Administração Superior, zelosa com um de seus patrimônios, o(a) docente, poderá ver legalmente junto à sua Procuradoria.

A Assembleia foi realizada de forma virtual e aprovou a defesa da adoção do ensino remoto emergencial e uma reunião no CONSEPE - Conselho Universitário de Ensino, Pesquisa e Extensão - deverá bater martelo.

Em nota, o SINDPROIFES-PA explica sua posição:

O SINDPROIFES-PA destaca que até o momento o distanciamento social é a mais eficaz medida de combate à disseminação da COVID-19. Embora outras medidas tenham sido efetivadas no estado do Pará e no Brasil afora, como confinamento e lockdown, as mesmas ainda não são suficientes, a pandemia ainda não está sob controle e há riscos de contaminação, chamando atenção para muitas vidas de Servidores/as, discentes e seus familiares que foram perdidas para a pandemia.

A crise sanitária desnudou a face da desigualdade social e deixou claro que a maioria das(os) discentes pertencem à classe menos favorecida socialmente, para esses(as) a suspensão do calendário acadêmico e escolar resulta:  

a) Escassez de conhecimento científico, aprendizado e bens culturais que a escola, institutos e universidades oferecem;  

b) Adiamento de projetos de vida, em especial para os concluintes de graduação que vislumbram o ingresso no mundo do trabalho;  

c) Sofrimento psíquico pela indefinição do futuro e insegurança institucional no controle da doença e propostas para conviver com a crise e saída da mesma;  

d) possibilidade de aprofundamento da exclusão social;  

E para os(as) Servidores(as) Públicos das Instituições educativas, tais como as IES, tem sido produzido uma narrativa de descrédito do serviço público diante da sociedade, o qual é duramente caluniado pelo Governo Federal, sendo Servidores(as) chamados(as) de “parasitas”, improdutivos e que, portanto, merecem corte de seus salários. Essa vulnerabilidade da carreira e o questionamento do trabalho docente de todas as redes de ensino público no contexto do atual governo é visível na Instrução Normativa nº 28 de 25 de março de 2020.  

O SINDPROIFES-PA ressalta que qualquer tentativa de retomada de atividades de ensino deve levar em consideração:  

A) QUALIDADE DO ENSINO, baseada no conhecimento fruto da pesquisa científica;  

B) EQUIDADE DE ACESSO, dos(as) estudantes, aos recursos necessários à aprendizagem tendo em vista a demanda por equipamento eletrônico e acesso à banda larga;  

C) PLANO DE FORMAÇÃO DOCENTE PARA O USO DAS TECNOLOGIAS APLICADAS À EDUCAÇÃO, com o devido provimento das condições necessárias à atividade remota, o que passa, igualmente, pelo acesso aos recursos que devem ser disponibilizados pelo sistema, tanto os dados de internet quanto os dispositivos eletrônicos.  

D) RESPEITO À DIMENSÃO GERACIONAL DO PROCESSO: o fator etário é um dos determinantes na relação entre a docência e a aplicação pedagógica das tecnologias, o último parecer do MEC ressalta que 86% dos docentes sentem-se inseguros em utilizar na regência recursos tecnológicos.  

O SINDPROIFES-PA repudia qualquer tentativa de uso de uma situação de infortúnio para tirar proveitos partidários, pessoais, como mal uso de recursos públicos destinados ao combate da pandemia. É momento de união, solidariedade e acima de tudo diálogo entre todos os seguimentos da comunidade escolar e acadêmica. Desta forma estamos dialogando com a Reitoria das IES, entidades Estudantis e entidade dos(as) Servidores(as) Técnicos. Entendemos que trabalhamos muito neste período de pandemia e nossa entidade coloca sugestões para o debate e apresenta o seguinte cronograma de atividades para avançar no debate qualificado e propositivo:  

1- Contato e articulação com os/as Representantes da categoria docente no CONSEPE-UFPA para que façam uma escuta sensível da categoria em suas respectivas Unidades Acadêmicas; Contato e articulação junto à PROEN (Pró-Reitoria de Ensino) - IFPA para compartilhamento de informações sobre levantamento de dados e ações do IFPA a respeito de atividades remotas nos Campi. Período: 20 a 22/07/2020.  

2- ASSEMBLÉIA GERAL, virtual, do SINDPROIFES-PA, para deliberar posicionamentos a serem encaminhados ao Reitor da UFPA. Período: 22/07/2020 às 15h.  

3- Aplicação de Enquete junto à categoria docente sobre o ensino remoto e incentivo para que as demais categorias (Técnicos e Discentes) façam a mesma enquete junto aos seus pares. A definir o início.  

A Direção do SINDPROIFES-PA se solidariza com a categoria docente e está na luta por garantias de direitos e na resistência pela dignidade humana.

sexta-feira, novembro 25, 2016

UFPA nega ônibus solicitados por entidades dirigidas pelo PSTU/PSOL


Por Diógenes Brandão

Em Nota Oficial, a Reitoria da Universidade Federal do Pará nega o pedido feito por sindicatos e diretório estudantil, ambos dirigidos pelo PSTU/PSOL e diz que movimentos sociais devem ser autônomos e não financiados com dinheiro público.

Leia:

                        REITORIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ

NOTA OFICIAL

A Reitoria da Universidade Federal do Pará tem manifestado publicamente a sua posição contrária à aprovação, pelo Congresso Nacional, da Proposta de Emenda Constitucional 55/2016, que congela os gastos públicos por vinte anos, comprometendo seriamente o futuro de toda a rede pública de educação superior, o desenvolvimento da pesquisa e a prestação de serviços à sociedade. 

Junto com a ANDIFES, tem também envidado esforços para sensibilizar a sociedade, inclusive a classe política, para a necessidade de evitar a aprovação daquela proposta. Internamente, a Reitoria da UFPA tem respeitado os movimentos de discentes, técnicos e docentes, contrários à mesma PEC 55/2016, buscando dialogar com todos e respeitando as suas manifestações políticas, que são legítimas. 

Em particular, tem dialogado com os discentes que ocupam a instituição com atividades de mobilização e conscientização da comunidade. Na última semana, a Reitoria foi solicitada pelos sindicatos de docentes (ADUFPA) e de técnicos (SINDITIFES) e pelo DCE a disponibilizar dois ônibus para o transporte de manifestantes até Brasília, a fim de participarem de um protesto contra a PEC 55/2016. 

Em que pese ser também legítima a atividade programada para ocorrer em Brasília, entendemos que não cabe custeá-la com os recursos que a sociedade deposita na Universidade para a realização de atividades acadêmicas. Sabemos que esta é também a posição de muitos dos que estão ocupando a UFPA e lutando contra a PEC 55/2016, que entendem, como nós, que movimentos sociais devem ser autônomos e não financiados com o dinheiro público. 

A Reitoria espera que prevaleça na comunidade da UFPA o sentimento de defesa da instituição, de preservação da integridade do seu patrimônio e de compromisso com o futuro da educação superior pública no país.

Belém, 25 de novembro de 2016.

Emmanuel Zagury Tourinho.
Reitor da UFPA.

quarta-feira, setembro 16, 2015

SINDPROIFES-PA ocupa reitoria da UFPA pelo retorno às aulas

Carlos Maneschy, reitor da UFPA recebeu cerca mais de 80 professores, estudantes e pais de alunos que querem as aulas na UFPA e na Escola de Aplicação (antigo NPI).
Por Diógenes Brandão.

Com cartazes pedindo a volta às aulas, estudantes uniram-se a professores universitários e pais de alunos da Escola de Aplicação da UFPA (antigo NPI) e participaram do ato em defesa do calendário acadêmico, que já está bastante prejudicado pela greve parcial que atinge cursos de graduação e atrasa milhares de estudantes, de vários campi da UFPA, UFRA e IFPA, além dos alunos da educação básica da Escola de Aplicação.


Convocado pelo Sindicato dos Professores das Instituições Federais de Ensino Superior do Estado do Pará - SINDPROIFES-PA, o ato reuniu mais de 80 pessoas, que ocuparam o hall da reitoria da UFPA e depois foram recebidos pelo reitor da Universidade Federal do Pará, Sr. Carlos Maneschy, com quem debateram os rumos e propostas para a volta à normalidade do calendário acadêmico e ajustes à realidade socioeconômica, diante do quadro de crise, que levou o governo federal a fazer cortes em diversas áreas e propor um reajuste amargo e inferior ao que os sindicatos e federações de servidores públicos federais da educação reivindicam.

Presidido pela professora Socorro Coelho, o SINDPROIFES-PA é um dos sindicatos que está na luta por mais recursos para a educação pública e como um dos filiados à Federação dos Professores das Instituições Federais de Ensino Superior - PROIFES, vem desde 2014 negociando com o governo federal um reajuste salarial para os próximos ano e a restruturação da carreira docente, assim como  melhorias nas condições de trabalho e na estrutura física das universidades públicas do país.

QUE GREVE É ESSA?

No Pará, a paralisação de parte dos professores e servidores públicos federais das universidades, acaba prejudicando milhares de estudantes, que em sua maioria absoluta, reclamam que querem retornar às salas de aula e retomarem as atividades de pesquisa, extensão e ensino.


Entre os presentes na audiência forjada com o reitor, logo após o ato na reitoria, estudantes e professores denunciaram os inúmeros prejuízos da greve, dizendo o quanto a mesma prejudica não apenas os estudantes universitários, mas a sociedade como um todo.

Pais de alunos da Escola de aplicação admitiram o desejo de retirarem seus filhos da instituição, pois não aguentam mais tantas greves e paralisações. Um destes pais disse que estão funcionando apenas os dois últimos anos do ensino médio. As séries iniciais, o Ensino Fundamental e o primeiro ano do Ensino Médio encontram-se totalmente sem aulas.

Apesar disso, Socorro Coelho afirma que a greve não foi consolidada, já que atividades de graduação de outros campi da UFPA, seguem funcionando, mesmo sem um ou outro professor, como é o caso de Ananindeua, Bragança, Breves, Cametá e Castanhal.

Já os professores afirmaram que na pós-graduação, os cursos de mestrado e doutorado seguem funcionando dentro da normalidade, assim como em outras áreas que funcionam sob protestos dos sindicalistas da ADUFPA/ANDES, que em nota publicada em seu site, na semana passada, noticiaram o resultado da última assembleia realizada com alguns professores, onde com a presença de apenas 50 docentes favoráveis e 16 contra, aprovaram a manutenção da greve de uma categoria que possui 2249 docentes efetivos.


O SINDPROIFES-PA se manifesta contrário a esse método de fazer sindicalismo, considerado arcaico e autoritário e informa que atenderá os pedidos feitos no ato desta terça na reitoria e realizará uma grande assembleia com os professores da UFPA, na próxima quarta-feira (23),  quando já devem ter a conclusão das negociações entre o governo federal e todas as entidades nacionais (inclusive a ANDES, federação da qual a ADUFPA é ligada), que representam os servidores públicos federais da área da educação, o que deverá acontecer ainda esta semana, e que, aí sim, poderá nortear os rumos que a comunidade universitária deverá escolher livremente.

Outras ideias que surgiram no decorrer da audiência serão avaliados pelos dirigentes sindicais presentes, como a busca do Ministério Público para garantir a execução do calendário acadêmico. Um abaixo-assinado online também foi proposto para servir de apoio à comunidade universitária que quer o retorno das aulas na UFPA e na Escola de Aplicação. Para assinar, clique aqui

REITOR DESMENTE ADUFPA/ANDES E GARANTE A AUTONOMIA SINDICAL

O reitor da UFPA, Carlos Maneschy esclareceu que não cabe à administração da universidade em criar facilidades ou dificuldades para iniciar, manter ou acabar movimentos grevistas, dizendo que quem deve encerrar a greve é quem a iniciou e revelou que durante seu mandato já vivenciou duas demoradas greves, todas com duração superior a 100 dias e que nunca havia visto tantos manifestantes na reitoria e fez uma comparação muito interessante sobre as assembleias que ocorrem na UFPA, com outras universidades brasileiras, onde geralmente mais de 500 professores participam das assembleias de decidem os rumos da categoria, diferente daqui, onde nenhuma decisão grevista reúne mais de 100 docentes.

Concordando com a fala de Socorro Coelho, Maneschy também reforçou o princípio de que os professores e servidores das instituições federais de ensino superior é que devem decidir seu destino e não solicitar à reitoria que interceda contra ou a favor de greves, como foi feito pelos dirigentes sindicais da ADUFPA/ANDES, na semana passada. 


A ADUFPA/ANDES, por intermédio de sua página na internet, afirmou que as matrículas manuais dos estudantes para exercício do semestre estavam sendo desautorizadas pela administração da UFPA, o que hoje foi desmentido pelo reitor Carlos Maneschy e disse que na condição de professor que é, tem o direito de expressar suas opiniões e que por isso acha que o movimento grevista está desgastado. 

Essa situação e muitas outras manobras e invenções, revelam a falta de escrúpulos e do que são capazes, estes grupelhos partidários ligados ao PSTU e o PSOL, os quais comandam a ADUFPA/ANDES, que por sua vez ignoram o desejo dos estudantes de estarem em aula, para manterem oposição ferrenha contra o governo Dilma e o seu partido, e por isso fazem questão de continuar a greve através da paralisação da máquina administrativa, por saberem que não tem o devido apoio da maioria dos professores e estudantes universitários, os quais acreditam ser esta greve mal sucedida, desde o seu nascedouro e sua continuidade não faz o mínimo sentido, e, por isso, saíram da reitoria dizendo que estarão em peso na próxima assembleia.

Clique aqui para escutar a audiência entre o SINDPROIFES-PA e o reitor da UFPA

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