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quinta-feira, setembro 17, 2020

A mão oculta

Na foto, o senador Helder Barbalho e pai do governador do Estado, Helder Barbalho


Por Ronaldo Brasiliense 

Os bois estão voando na política do Pará e há aquele que atira as pedras e esconde a mão, o mentor dos golpes que se sucedem, eliminando candidatos incômodos.

O primeiro golpeado foi o deputado federal delegado Éder Mauro, que sonhava sair candidato a prefeito de Belém, mas perdeu de goleada - 10 x 1 - na votação da Executiva Municipal do seu partido, o PSD, que optou pela candidatura do jovem deputado Gustavo Sefer, filho do notório ex-deputado Luiz Sefer.

O PSD é presidido no Pará pelo ex-vice-governador Helenilson Pontes, suplente do probissimo senador Jader Fontenele Barbalho, pai do governador Helder Barbalho e, para quem estudou tabuada, dois mais dois são quatro.

O segundo golpeado foi o honestíssimo radialista Jefferson Lima, funcionário da RBA, o grupo de comunicação da família Barbalho, um conhecido traidor da política paraense.

Na eleição de 2.014, Jeferson Lima disputou a eleição para o Senado, foi muito bem votado, apoiou a candidatura de Simão Jatene no primeiro turno, mas mudou de lado no segundo turno, pulando para a canoa furada de Helder Barbalho, que acabou derrotado.

Com esta fama de Judas, Jeferson também sonhava ser candidato a prefeito de Belém pelo PP, partido controlado no Pará pelos irmãos João e Beto Salame - que vivem um drama pessoal com a morte da mãe por Covid 19 - mas na hora H, quem diria, o Judas foi traído, provando de seu próprio veneno.

Jeferson Lima foi posto para escanteio pelo ex-deputado Luiz Sefer, que controla o PP em Belém, levando o partido a chutar o traidor para apoiar Gustavo Sefer à prefeitura de Belém.

Nos protestos pela exclusão de Jeferson Judas, seus apoiadores atacaram Luiz Sefer chamando-o de "pedófilo", mas só lembraram do passado tenebroso de Sefer depois do golpe. Se Jeferson Lima tivesse sido escolhido Luiz Sefer continuaria virgem como uma vestal da mitologia grega.

Para pavimentar o caminho do primo José Priante (MDB) à Prefeitura de Belém, o governador Helder Barbalho ainda tentou afastar a candidatura do deputado federal Vavá Martins, ligado à igreja Universal do Reino de Deus - unha e carne com o governo do presidente Jair Bolsonaro - oferecendo o cargo de vice na chapa de Priante, mas Martins recusou a oferta e manteve sua candidatura.

No vale-tudo para tentar conquistar a Prefeitura de Belém - segundo maior orçamento do Pará - Helder Barbalho topa tudo. 

Os ipons em Éder Mauro e Jeferson Lima foram apenas o início da briga, que só vai terminar num provável segundo turno eleitoral em Belém, dia 29 de novembro.

Em plena pandemia do novo coronavirus - a maior em cem anos -, quem viver, verá.

segunda-feira, agosto 31, 2020

Filho do Sgt Silvano é nomeado em DAS mais alto, um dia depois do PM bajular a família do governador



Por Diógenes Brandão

Tudo indica que a estratégia morde e assopra do vereador Sargento Silvano continuará sendo aceita por Helder Barbalho, que vire e mexe é pressionado por policiais militares ligados ou sob a influencia de Silvano, que se coloca com defensor da tropa, na luta por seus direitos.

Ainda ontem, Silvano compartilhou uma postagem de Helder Barbalho no Facebook. Hoje seu filho foi exonerado de um cargo de DAS 11.2 na SEDEME e nomeado na Casa Civil, onde muitos dizem que não é preciso comparecer no local de trabalho para receber seu gordo salário todo fim de mês. 

Veja A fanpage do blog AS FALAS DA PÓLIS.





A nomeação do filho do vereador é mais uma sinalização de que Helder Barbalho compra o silêncio e o apoio de quem bem entende, usando para isso o dinheiro público. No caso de Silvano, o papel é defender o governador nos momentos mais críticos, quando a tropa se revolta contra os baixos salários e as péssimas condições de trabalho.

"Silvano tenta mostrar que defende a tropa, mas acaba se mostrando um duas caras. Embora se diga evangélico, esquece do trecho onde a palavra é certeira: "Não se pode servir a Deus e a Mamon", comentou um policial militar que não concorda com a postura vacilante de Silvano.


domingo, agosto 30, 2020

Helder x Jatene: O destino político do Pará nas mãos dos deputados estaduais

Helder Barbalho (MDB) quer reprovar as contas do último ano do governo de Simão Jatene (PSDB) e torná-lo inelegível para evitar confrontá-lo nas urnas em 2022.

Por Diógenes Brandão

A semana que se inicia será decisiva para o futuro político do Pará, sobretudo para Simão Jatene e seu grupo político, o qual ultrapassa as fronteiras do PSDB. É que mais uma batalha política se avizinha no front da guerra entre os dois principais grupos políticos do Pará, que tem data marcada para acontecer. 

O dia será nesta terça-feira, 1.
O ringue será o plenário da ALEPA.
Os guerreiros serão os deputados estaduais.

A vantagem é do governador Helder Barbalho, que já orientou sua bancada de apoio - a maioria esmagadora - a detonar o adversário, que alguns dizem estar "morto" politicamente, chamando todos que não estão ao lado e submissos à família barbalho de "viúvas". 

Entre os possíveis votos favoráveis à cassação do ex-governador Simão Jatene, uma das principais lideranças tucanas no Pará, há inclusive deputados do PSDB na lista dos que o governador Helder Barbalho conta para impedir o adversário de disputar outra eleição com o mesmo. Helder não esquece a derrota que amargou em sua primeira e única disputa eleitoral com Jatene e quer a todo custo evitar a próxima. 

Mesmo com as contas reprovadas pela ALEPA, Jatene ainda sim poderá disputar a prefeitura de Belém e se fortalecer para disputar o governo do Estado com Helder, quando este disputará a reeleição. 

Mesmo sendo o nome mais forte na oposição anti-barbalhista, Jatene disse há poucas semanas, ao seu grupo suprapartidário, que não será candidato a prefeito de Belém, abrindo um leque de opções, onde o deputado Thiago Araújo é o preferido, inclusive por Zenaldo Coutinho, mas o desfecho desse enredo ainda está suspenso, pois nenhum nome conseguiu emplacar mais que 5% nas pesquisas realizadas até agora.

Interlocutores dizem que Jatene recuou de sua pré-candidatura à prefeitura de Belém como sinalização de que não quer guerra. Mas se tiver as contas reprovadas, Jatene irá aceitar passivamente a tentativa de seu sepultamento político? 

Há quem diga que isso pode é provocar que ele tire o pijama e se pinte pra guerra. 

Em um artigo publicado na página da cronista Vera Cascaes, a escritora junto com Roberto Amoras e Daniele Khayat revelam trechos de uma versão deste confronto que está prestes a acontecer.

Leia:


Diz respeito a nós!  

Praticamente às vésperas das definições dos pré-candidatos à prefeitura da nossa amada Belém, uma sensação de “orfandade” toma conta de enorme parcela da população, em especial dos que temem pelo pior. 

O que aconteceu com Jatene? 

O nome mais forte, o único, segundo muitos, a fazer frente à candidatura bancada de todas as formas imagináveis - e até pouco éticas - pelo Governador Barbalho, não vem aparecendo no tabuleiro. 

Como assim? 

Por que? 

Vamos contar-lhes um enredo, resumido, que vai esclarecer suas ideias e mostrar como os tentáculos do governador podem mudar a nossa história. 

Leia até o final e entenda porquê os deputados que nós elegemos devem comparecer à sessão da AL, desta terça, quando as contas de 2018 do governador Jatene, já aprovadas pelo Tribunal de Contas do Estado à unanimidade, serão julgadas pelo Legislativo com base no Parecer do próprio TCE. De 2018!!!  

Jatene governou o estado do Pará em três mandatos (2003/2006, 2011 até 2018 por conta de sua reeleição) e ao final de cada ano, teve as contas aprovadas pelo Tribunal de Contas do Estado, conforme a legislação determina. Em onze anos, obteve aprovação à unanimidade, sem ressalvas. 

Em 2018, suas contas também foram aprovadas, a unanimidade, após discordar do parecer de uma única procuradora do Ministério Público de Contas (que não é um órgão julgador, mas orientador) sobre a reposição de salários que, segundo a mesma, contrariava a legislação eleitoral. Os sete pontos elencados tinham como causa, apenas dois assuntos. O primeiro, foi a reposição salarial de abril que só veio a ser aprovada pela Assembléia Legislativa em dezembro – sendo que a AL é um poder independente e que, apesar de ter recebido a mensagem com a antecedência devida, tem o seu rito processual próprio. 

Ressalte-se que a Alepa, mesmo aprovando em dezembro, o fez com efeitos retroativos, homologando dessa forma todos os atos praticados pelo chefe do poder executivo, não havendo nenhuma ilegalidade. 

Esse era (é) o procedimento, inclusive dos Tribunais, da Assembléia, Ministério Público etc., uma vez que, sem conceder a reposição em abril, o funcionalismo seria penalizado e o aporte, acumulado em dezembro, gigantesco. 

Como um procedimento considerado praxe, é tratado, exatamente em 2018, quando o “novo” governo venceu as eleições, como “irregularidade”? 

O TCE discordou, e com muita razão. Ressalve-se que foi o parecer de uma procuradora e não do órgão. O colegiado do TCE por unanimidade aprovou (isso mesmo, aprovou unanimemente!) e discordou do parecer do MPC, uma vez que, para julgar, não conta apenas com uma manifestação, possui uma equipe técnica de mais de trinta profissionais especializados envolvidos no exame da matéria. 

Note-se que o Conselheiro Relator do TC (hoje seu Presidente) é um técnico concursado do órgão, competente e ilibado, altamente qualificado. Já há manifestação do Supremo Tribunal Federal que revisão geral salarial pode ser concedida, inclusive no período eleitoral, jurisprudência essa que atesta que a autorização ou aprovação prévia do legislativo não é necessária. 

O Pará, durante os governos de Jatene, esteve entre os melhores na gestão fiscal, nos últimos anos ostentou o primeiro lugar e em 2018, o segundo. Quem atestou o desempenho, além de vários órgãos fiscalizadores, foi a Secretaria do Tesouro Nacional, instituição federal, técnica e independente! 

Jatene manteve o Pará apto, com louvor, a receber financiamentos e outros benefícios federais que exigiam a regularidade fiscal, ao contrário de outros estados que já estavam com os cofres comprometidos, sendo o caso mais gritante o do Rio de Janeiro cujos governantes se encontram ou presos, ou afastados. 

A outra alegação diz respeito ao déficit primário, quando a despesa é maior que a receita. 

Havia a aprovação de uma meta de superávit. As metas são indicadores negociáveis, levando-se em conta a realidade. Porém, a alegação de que o governo gastou mais do que arrecadou não é verdadeira. 

A crise que se abateu sobre o país se iniciou em 2013 e Jatene, economista experiente, gastou menos nesse período, prevendo os tempos que poderiam se tornar mais difíceis. Por ter gestão fiscal rígida, segurou as despesas apesar do custo político, para manter reservas.

Ou seja, poupou durante quase três anos, para enfrentar as dificuldades. Em 2018, as despesas correntes, de custeio, não foram maiores que o arrecadado. O governo investiu parte da reserva, implementando obras necessárias (inclusive nos hospitais que foram essenciais no atendimento não só às vítimas da Covid-19, mas no interior, onde eram absolutamente necessários) e, com elas, gerou emprego e renda. Isso é inquestionável.

Jatene deixou um significativo montante de dinheiro em caixa para obras da próxima gestão (sendo inclusive, as únicas que foram inauguradas) e para o BRT. (O ex-governador nunca se negou a tocar obras importantes que, todos sabiam, seriam inauguradas pelos seus sucessores. A lista é grande. Quem mais faz isso?) 

Voltemos às contas. 

O TCE enviou as contas de 2018 para a Assembleia Legislativa que provavelmente deve apreciá-las na sessão desta terça, dia 1 de setembro. 

Os nobres deputados têm, nesse momento, o compromisso ético de votar a matéria em tempo hábil, pois, caso isso não ocorra, estará configurado, publicamente, um golpe da oposição para fugir à possibilidade de que seu nome (o de Jatene) seja apresentado como candidato nas próximas eleições. Isso sim, é conhecido como “tentar vencer no tapetão”. Golpe. Dos mais baixos. 

Cada um de nós votou em algum deputado estadual. São nossos representantes. Cabe-nos cobrar que compareçam e façam o seu trabalho. É O MÍNIMO. 

E quem acredita na democracia e no poder da nossa representatividade, compareça à AL para acompanhar, em tempo real, como o nosso legislativo atua! O destino só foge das mãos dos indiferentes.

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quinta-feira, agosto 13, 2020

Com Bolsonaro ao lado, Helder agradece ajuda na pandemia e desmente o próprio jornal

 

Helder Barbalho e Jair Bolsonaro na inauguração de mais uma praça no centro de Belém, que perdura desde 2018 e custou R$ 34,5 milhões da União e ainda não está completa, conforme promessa feita naquele ano eleitoral.

Por Diógenes Brandão

Quem não lembra da capa do jornal Diário do Pará do final do mês passado, onde a manchete estampava uma queixa por mais recursos para o governo de Helder Barbalho?

Eis que duas semanas depois, mais exatamente na manhã desta quinta-feira, 13, inaugurando uma obra incompleta, que já custou R$ 34,5 milhões em investimentos do governo federal, mas ainda não está completa, no palanque de inauguração, Helder desmentiu o próprio jornal, que é tocado pelo irmão, presidente do MDB paraense, Jader Barbalho Filho - que não adota o sobrenome do pai e prefere ser chamado de Jader Filho.

Sob uma chuva de vaias durante todo o seu discurso, onde foi chamado de ladrão e bandido por centenas de populares que assistiam de longe, o desgastado governador do Pará em seu 20º mês de mandato, Helder Barbalho agradeceu o governo federal pela ajuda recebida durante a pandemia da COVID-19. 

Segundo dados oficiais, o governo federal realizou diversas ações no estado do Pará para o combate à covid-19, como a destinação de medicamentos, equipamentos, testes e materiais de proteção, além de R$ 2 bilhões em recursos. “É um dos estados, proporcionalmente, melhor atendido no combate ao vírus”, disse o presidente Jair Bolsonaro, durante a inauguração do Parque Urbano Belém Porto Futuro, em Belém.  

Bolsonaro lembrou que o governo adiou o pagamento de dívidas e adiantou recursos para que os estados mantivessem a saúde fiscal, mesmo com a perda de arrecadação, causada pela redução das atividades econômicas durante a pandemia.

CRÍTICAS SOBRE A OBRA

Pelas mídias sociais, muita gente criticou a obra como sendo eleitoreira, demorada, cara e incompleta.

"O Porto do Futuro foi inaugurado apenas a primeira parte, de uma obra cara, demorada, um verdadeira intervenção federal na esfera municipal, idealizada com fins eleitoreiros, que vai beneficiar uma parte pequena da população belemense, que já dispõe de equipamentos e espaços de lazer. Nem venha me dizer que o Porto do Futuro atrairá turistas. Melhor seria ter gasto o dinheiro público para prosseguir o Portal da Amazônia até a UFPA", disse Zé Carlos do PV.

terça-feira, agosto 11, 2020

O que faz Helder Barbalho manter uma "tucana" na JUCEPA?

Cilene Sabino é mantida na JUCEPA desde o governo de Simão Jatene e ganhou mais poder no governo de Helder Barbalho.

Por Diógenes Brandão

O então candidato Helder Barbalho afirmou em campanha que, eleito governador, iria promover o desmonte de antigos aliados do até então governador Simão Jatene. A máquina estadual seria conduzida por aliados e/ou filiados ao MDB.

Pode se dizer que esta foi a regra, quando o governador eleito assumiu em 01 de Janeiro de 2019, onde a caneta de nomeações (e exonerações) funcionou com intensidade.

Porém em um órgão, a Junta Comercial do Estado do Pará - JUCEPA, esta regra não prevaleceu. A presidente Cilene Sabino foi mantida. Houve mudanças na vice-presidência, secretaria-geral,  em diretorias e gerências. 

Talvez por ser entidade do segundo escalão, o fato não tenha chamado muita atenção para aqueles não pertencentes aos meios medebistas. 

Mas, os ferrenhos defensores e trabalhadores da candidatura Barbalhista se questionam até hoje: por que não houve troca na JUCEPA, considerando, o fato político de que Cilene foi intransigente defensora da candidatura de Márcio Miranda (DEM), encabeçando campanha eleitoral interna e externa à JUCEPA,  à cata de votos e outros apoios para adversários do  candidato do MDB?

Márcio Miranda ao lado de Cilene Sabino, seu irmão Celso Sabino e o então governador em exercício, Zequinha Marinho, com outros servidores da JUCEPA, na comemoração dos seus 141 anos, em 2017.

Esta situação já estava até adormecida, transcorridos estes 18 meses da nova gestão. Porém, e como sempre há um porém, a inesperada morte do vice-presidente, administrador Luis Sérgio Borges, cidadão da maior confiança da família Barbalho, no mês de julho passado, iniciou uma série de mudanças na JUCEPA, patrocinadas por sua presidente.

Trocou o secretário-geral, diretores e gerentes ligados ao PMDB, promovendo uma limpeza geral. No popular: passou a gerir o órgão de porteira fechada.

Qual a explicação para este poder? É o que indagam medebistas históricos! 

Cipriano Sabino, Conselheiro do Tribunal de Contas do Estado e Helder Barbalho, governador do Pará.


Será que o que dá respaldo para Cilene Sabino ter tanta força no governo de Helder Barbalho é pelo fato de ser irmã do conselheiro do TCE, Cipriano Sabino

Ou seria pelo fato de também ser irmão do deputado federal Celso Sabino (PSDB), que há tempos trava uma disputa no PSDB, para primeiro ser presidente da leganda no Pará, quando desistiu ao perceber que não teria força para enfrentar o atual presidente estadual, o também deputado federal Nilson Pinto



Embora este curioso blogueiro tente, não consigo chegar a uma explicação lógica. 

Aí, especulações surgem nos bastidores da política paraense: será que sua excelência, irmão de Cilene, o conselheiro Cipriano Sabino está assentado sobre algum processo do ex-prefeito de Ananindeua, agora governador do estado? 

A aprovação das contas do governo de Helder Barbalho, à frente do executivo estadual, depende da aprovação do conselheiro? Helder vai apoiar a eventual candidatura de Celso Sabino a prefeito de Belém? 
  
Vamos apurar mais a fundo.

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sábado, julho 25, 2020

Jader amado, Helder tolerado

"Jader amado e o Helder tolerado às custas de cargos e sinecuras", diz artigo.

Via Redação Debate Carajás, sob o título: Estilo Hélder: “Tem fogo ardendo debaixo do munturo”
No primeiro semestre de 1994, ocorreu a inauguração da Escola Estadual Anísio Teixeira, em MarabáHaroldo Bezerra era prefeito recém-eleito e com boa popularidade. Nagib Mutran era ex-prefeito, cassado por suposta corrupção, tinha perdido a eleição para seu arquirrival (o próprio Haroldo), estava com popularidade em baixa e bastante desgastado. Os dois sequer se falavam e se consideravam inimigos.
No ato de inauguração da Escola, ao lado de Haroldo, o então governador Jader Barbalho chamou entre os presentes o ex-prefeito Nagib Mutran e surpreendeu a todos, fazendo com que Haroldo segurasse uma das pontas da faixa de inauguração e Nagib a outra. Os três descerraram a placa. Jader Barbalho dera uma demonstração clara de apreço por seu correligionário, chegando às vias de humilhar politicamente o então prefeito Haroldo Bezerra. A lealdade tão decantada de Jader pelos seus amigos ficara demonstrada.


Jader Barbalho renuncia por 'situação extravagante' | Exame
Senador Jader Barbalho

Primeiro semestre de 2017, o então ministro da Integração Helder Barbalho fez uma grande reunião em Marabá para entregar caçambas e equipamentos para vários municípios. O prefeito Tião Miranda sequer se deu ao trabalho de prestigiar o governador. Mandou para o ato político seu chefe de Gabinete.
No auditório, o ex-prefeito João Salame se encontrava para prestigiar o evento. Salame tinha saído desgastado da prefeitura, mas em 2014 comandou um enorme grupo que concedeu a Hélder cerca de 74% dos votos para governador no primeiro e segundo turno. Hélder não apenas não convidou o ex-prefeito para participar da mesa de solenidade, como sequer citou seu nome. Era como se fosse uma ‘laranja já espremida’.


Ex-prefeito de Marabá, João Salame tem bens bloqueados pela ...
João Salame, ex-prefeito de Marabá

No ano de 2016, o ex-vereador de Xinguara, Edmar Brito, jaderista convicto, decidiu ir ao estado do Mato Grosso visitar sua mãe. Ao chegar à cidade de Barra do Garças, ele foi acometido de uma forte crise de saúde. Ao saber do fato, o senador Jader Barbalho entrou em contato com a família e se colocou à disposição para enviar um avião para deslocar Edmar para Belém. Chegando a Marabá, Edmar teve avião à sua disposição. Em Belém, um apartamento o esperava no Hospital Beneficência Portuguesa. Todas as despesas médicas, de transporte e hotel para Edmar e a família foram garantidas. No dia da operação, Jader fez questão de ir ao hospital visitar o amigo.  Hoje curado, Edmar permanece um jaderista radical, sem nada pedir.
Em ano de coronavírus, Nagib Mutran, Asdrúbal Bentes e João Salame foram infectados pela doença. Até onde se sabe, o governador não agiu da mesma forma. No caso de Salame, desempregado, sem plano de saúde, enfrentando dificuldades financeiras e numa espécie de auto-exílio em Brasília, teve que ficar 24 horas numa cadeira de um hospital público até que amigos de época de Ministério da Saúde o ajudassem a conseguir um leito. Não houve nenhum telefonema vindo do mais famoso Palácio de Belém. Nenhum apoio financeiro. João Salame não recebeu nenhum apoio vindo de Helder Barbalho.


MARABÁ: Nagib Mutran Neto morre – Folha do Bico
Nagib Mutran, ex-prefeito de marabá

Poderíamos citar dezenas de outros casos, mas esses explicitam de forma contundente porque Jader Barbalho é amado e seu filho não desperta essa mesma paixão entre seus aliados. A postura do governador passa a nítida sensação de que os tem como apoiadores de seu projeto pessoal de poder, mas não como parceiros. Se tiverem força eleitoral servem. Se tiverem desgastes são descartados.
Em Marabá, Helder, jogou seus aliados na toca do leão. Entregou-os a própria sorte. Priorizou a aproximação com o prefeito Tião Miranda, porque este está com boa popularidade, às custas de abandonar seus aliados de primeira hora. Mesmo sendo constantemente esnobado por Miranda, Helder parece não desistir do apoio político do atual prefeito de Marabá.


Ex-deputado federal Asdrubal Mendes Bentes morre devido à covid
Ex-deputado federal, Asdrubal Bentes

O grupo de João Salame, ainda é forte, apesar de não ter hoje nenhum poder e dos desgastes que acumulou, muito pelo fato de ser uma liderança que prestou muitos serviços, sabe agregar e tratar bem seus aliados, porém continua totalmente isolado.
Manoel Veloso, que poderia ser uma alternativa de enfrentamento a Tião Miranda, também não recebeu nenhum apoio significativo. João Chamon, que tinha como certo que seria secretário de governo do estado do Pará, foi relegado a um cargo de pouca expressão e nenhum orçamento. O filho, “Chamonzinho”, que sonhava ser presidente da Assembleia Legislativa do Pará (Alepa), sequer na Mesa Diretora ficou.


ENTREVISTA EXCLUSIVA: Tião Miranda, prefeito de Marabá - ZÉ DUDU
Tião Miranda, prefeito de Marabá

O deputado Tony Cunha, que muito bateu em Helder e Jader na campanha para governador em 2018, agora com mandato, ainda conseguiu impor sua vontade para assegurar algumas sinecuras na máquina estatal em Marabá. Helder mais uma vez acenou a quem tem mandato. No entanto, aspirando a ser candidato a prefeito em Marabá e sem que no horizonte o apoio de Helder fique claro para essa pretensão, Tony é mais um provável adversário que as urnas de 2020 vão produzir para o governador.
Esse cenário mostrou o equívoco da estratégia do governador quando não conseguiu atrair Tião Miranda para o MDB. Sequer arrancou o compromisso do prefeito de que o MDB poderia lhe indicar o vice. Ciente da política de enfraquecimento que Helder adota em relação aos seus aliados, Miranda, como bom enxadrista, age de forma fria e se fortalece sem nada ceder. Ao contrário, agora o governo acena com 30 km de asfalto para o prefeito, às vésperas de uma campanha eleitoral, fragilizando ainda mais seus antigos aliados.


Deputado protesta contra uso de recursos federais do Pará em ...
Deputado Tony Cunha

Ao encerrar do prazo de filiação partidária, visando a disputa das eleições deste ano, Helder viu que sua estratégia em Marabá estava ‘vazando água’. Nem chapa de vereador seu MDB estava conseguindo montar. Destacou seu secretário de Transportes, Antonio Pádua, para a missão, turbinado com muitas promessas de empregos e ajuda financeira. Recorreram até ao ex-prefeito João Salame, a quem nunca ‘deram moral’, para a tarefa de construir a chapa do MDB.
Depois de muita conversa e promessas ainda maiores o objetivo foi atingido. No entanto, ao bom estilo Helder, agora os aliados de novo se sentem frustrados. Muitos já reclamam das promessas não cumpridas. O próprio Antonio Pádua se queixa, entre quatro paredes, que Hélder já não é mais o mesmo da época do Ministério da Integração Nacional. Já não lhe prestigia como antes, daí a dificuldade de honrar os compromissos. João Salame ajudou a montar a chapa no MDB, foi usado mais uma vez, todavia foi ‘esquecido de novo’ pelo governador.


COISAS DA POLÍTICA: Haroldo Bezerra nega que tenha sido convidado ...
Haroldo Bezerra, ex-prefeito de Marabá

Esse modo peculiar de fazer política de Helder Barbalho poderá produzir uma cena inimaginável em 2022, pois se depender do atual cenário político, Tião Miranda, Manoel Veloso, Tony Cunha e João Salame podem figurar em qualquer polo político onde Helder não esteja. Tião porque nunca engoliu e não engole os ‘barbalhos’. Os demais por serem menosprezados.
Essa semana, Helder revelou mais uma vez seu modus operandi. Nem o tio resistiu à sua determinação em ‘se livrar dos anéis para garantir os dedos’. Diretor do Detran, envolvido em boatos sobre supostas irregularidades, Joércio Barbalho foi exonerado. Claro, ganhou uma assessoria de menor importância, afinal de contas é tio, mas não há sentimentos maiores. Não há lealdade. Ninguém se sustenta, se atrapalhar o mínimo que seja os desejos imperiais do governador.


Prefeito Darci assina decreto de Estado de Calamidade Pública em ...
Darci Lermen, prefeito de Parauapebas

Essa situação está se reproduzindo em muitos municípios. Nenhum aliado tem a segurança do apoio de Hélder. Em Santarém, o aliado de primeira hora e prefeito, Nélio Aguiar, vê crescer a candidatura da ex-prefeita Maria do Carmo. Como Helder tem uma aliança com o PT no plano estadual, o entorno do prefeito já está com a ‘pulga atrás da orelha’. Em Redenção, o aliado de primeira hora Carlos Iavé, prefeito do município, vê a cúpula estadual do partido atuar contra o seu candidato no MDB para sua sucessão. Em Parauapebas, o prefeito Darci Lermen, um dos carros chefes da campanha de Hélder em 2018, vê parte do governo flertando com seu adversário, o ex-prefeito Walmir da Integral, sem que Helder se manifeste claramente sobre qual é sua opção.
Essa é a diferença entre o Jader amado e o Helder tolerado às custas de cargos e sinecuras. Muitos que eram do governo passado estão adorando essa estratégia, continuam se alimentando do que a bajulação possibilita, apesar de não entregarem a lealdade que os Edmar Britos, João Salames, Nagibs Mutran, Darcis e Nélios devotavam a custo quase zero. Se a estratégia vai dar certo só o tempo dirá, mas como diriam nossos nativos mais antigos: “tem fogo ardendo debaixo do munturo”.


Santarém Surreal: Nélio Aguiar é o pior prefeito de Santarém
Nélio Aguiar, prefeito de Santarém

quarta-feira, julho 15, 2020

Ex-esposa do delegado geral da Polícia Civil é ‘funcionária fantasma’ no governo de Helder Barbalho

Delegado geral da Polícia Civil do Pará é acusado de nepotismo (foto Agência Pará)
Como o Pará web News já noticiou antes, o delegado geral da Polícia Civil do Estado do Pará, Alberto Teixeira, é acusado da prática de nepotismo dentro da administração pública do Governo do Estado. Em reportagem anterior, foi mostrado que Teixeira nomeou uma cunhada para a Polícia Civil, que foi exonerada na semana passada pela Casa Civil, e indicou a atual esposa para um cargo na Casa Civil.
Agora, a denúncia é que Alberto Teixeira também encontrou uma maneira da ex-esposa dele, Márcia do Socorro Pimentel Moura- mãe do casal de filhos mais velhos do delegado- ter um cargo na Polícia Civil. A denúncia segue com as informações de que Márcia não frequenta o lugar onde está lotada, sendo assim o que se chama de ‘funcionária fantasma’, e ainda recebe indevidas diárias de viagens na Polícia Civil.
Nomeação – Mesmo estando divorciada de Alberto Teixeira, Márcia Pimentel foi nomeada para ser Diretora de Divisão na Polícia Civil do Estado do Pará, mas ela sequer é policial e muito menos bacharel em Direito, como o cargo requer. A portaria de nomeação de Márcia foi publicada no Diário Oficial do Estado do Pará (DOE) de número 33867, publicada no dia 7 de maio de 2019. O delegado Augusto Lobato Potiguar foi exonerado da função gratificada para dar lugar à Márcia.
A portaria foi assinada por Parsifal Pontes, agora, ex-titular da Casa Civil. Parsifal é cunhado de Alberto Teixeira e Parsifal não sabia que Márcia Pimentel é ex-esposa de Teixeira? Parsifal não se lembrou de sua ex-concunhada ao assinar a nomeação?
Nomeação de Márcia do Socorro Pimentel Moura
Márcia, mãe de dois filhos de Alberto Teixeira, recebe remuneração de R$ 2.931,75, quase três mil reais, como Diretora de Divisão da Polícia Civil do Pará. Todo esse dinheiro recebido mensalmente, sem contar com as inúmeras diárias recebidas por ela para viajar a serviço da Polícia Civil.
Fantasma – O fato mais grave é que Márcia é ‘funcionária fantasma’ da Delegacia Geral de Polícia Civil, ou seja, nunca trabalhou na instituição, nem ao menos aparece no departamento onde está lotada.
Para tirar qualquer dúvida, se Márcia trabalha ou não na Delegacia Geral, basta perguntar aos servidores que trabalham na Diretoria de Recursos Humanos da Polícia Civil do Pará, e os servidores informarão, se realmente essa servidora labora no local.
Frequência de Márcia Pimentel
Férias – Para demonstrar a falta de zelo com o serviço público, Márcia com menos de um ano de serviços prestados à Polícia Civil, viajou de “férias” para outros estados do Brasil.
Ela tinha pouco meses no cargo, desde maio de 2019, mas em dezembro desse ano, ela viajou para Santarém, no oeste do Pará, e em janeiro de 2020, estava na cidade de Foz do Iguaçu, no estado do Paraná, em passeio com a família, com a irmã Luciana Moura.
Viagem de Márcia, com a irmã Luciana, para Foz do Iguaçu, em janeiro deste ano. Márcia é a pessoa nos detalhes da foto
Márcia em viagem para Santarém com a irmã Luciana
Diárias – Além de não frequentar o local de trabalha, de ter férias com menos de um ano de nomeação, Márcia tem recebido diárias de viagens que nunca realizou.
Capanema – A primeira viagem, com pagamento de oito diárias para Márcia foi para Capanema, região nordeste do Pará, durante oito dias, de 22 a 30 de agosto de 2019.
Portaria das oito diárias para Capanema
O pagamento das diárias, de R$ 1.080,00, foi devidamente realizado pela administração pública, conforme verificado no Portal da Transparência.
Pagamento das diárias para Capanema
Moju – Em outubro de 2019, a servidora Márcia, mais uma vez foi agraciada, desta vez, para viajar sozinha do município de Belém para a cidade de Moju-PA, onde teoricamente passou oito dias.
Portaria das oito diárias para Moju
A servidora Márcia, como Diretora de Divisão, lotada na Coordenadoria de Gestão de Pessoas, viajou para Moju por quê? E para quê? Qual atividade administrativa Márcia foi realizar em Moju?
Pagamento das oito diárias para Márcia em viagem a Moju
Tanto para a viagem de Capanema no mês de agosto, quando para Moju, em outubro, Márcia recebeu oito diárias, no valor de R$ 1.080,00, cada viagem, totalizando R$ R$ 2.160,00 em diárias “fantasmas”, da Polícia Civil do Estado do Pará, somente no ano de 2019.
Carnaval – No ano de 2020, as fraudes continuaram. Márcia foi destacada junto com Edilson Filgueira Lima Filho e o delegado Samuelson Yoiti Igak, para uma viagem de “apoio à Operação Carnaval” em Salinópolis (Salinas), no nordeste do Estado.
Portaria de diárias para Salinas
A “Operação Carnaval” não seria voltada ao policiamento ostensivo, repressivo, desenvolvimento por Agentes de Segurança Pública, legalmente habilitados para tanto? Que tipo de trabalho, uma pessoa que trabalha no Recursos Humanos (RH) de um órgão desenvolve em uma “Operação Carnaval”?
Pagamentos das diária para Márcia no Portal da Transparência
A verdade é que não havia sequer motivo para deslocamento de uma servidora que não é policial civil, mas que é nomeada para trabalhar na parte administrativa do RH da Polícia Civil.
Diárias indevidas – Mas em se tratando de diárias, o próprio Alberto Teixeira também faz uso delas. O Pará Web News já havia denunciado, em março deste ano, que Teixeira recebe diárias de viagens pelo interior do Estado, mas permanece em Belém, despachando normalmente, enquanto as diárias são pagas pela Polícia Civil do Pará
Sem fiscalização – O delegado geral Alberto Teixeira e Márcia Pimentel Moura, de forma pública, lesam ao erário sem temer os órgãos de controle e fiscalização.
O delegado geral, não somente pela nomeação de sua ex-esposa para um cargo de direção na Polícia Civil, que ele dirige, mas pelas diárias pagas à Márcia por viagens que nunca existiram, uma prática que ele faz, vez por outra, como está no link da reportagem acima.

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