Além de destacar o papel do cinema, do vídeo e da produção audiovisual em geral na construção de uma sociedade mais justa e solidária, a meta do FEST-FISC, segundo Hilton Silva, outro curador, é democratizar a programação de cultura do Fórum, proporcionando às delegações dos mais diversos países um espaço plural, de natureza intercultural, para a manifestação artística, a fruição estética e o diálogo solidário, tendo em vista um projeto de educação e sociedade que valoriza a diversidade, a relação local-global e a cultura como produção simbólica de construção de identidades.
sexta-feira, novembro 27, 2009
FEST-FISC: Aprecie sem Moderação
Além de destacar o papel do cinema, do vídeo e da produção audiovisual em geral na construção de uma sociedade mais justa e solidária, a meta do FEST-FISC, segundo Hilton Silva, outro curador, é democratizar a programação de cultura do Fórum, proporcionando às delegações dos mais diversos países um espaço plural, de natureza intercultural, para a manifestação artística, a fruição estética e o diálogo solidário, tendo em vista um projeto de educação e sociedade que valoriza a diversidade, a relação local-global e a cultura como produção simbólica de construção de identidades.
quarta-feira, novembro 25, 2009
25 de Novembro - Dia Internacional da Não-Violência contra a Mulher
terça-feira, novembro 24, 2009
Confecom: Os números e a crítica.
segunda-feira, novembro 16, 2009
Sessão Especial sobre a Usina Hidrelétrica de Belo Monte
quinta-feira, novembro 12, 2009
As Novas Tecnologias Digitais, As Crianças e a Educação
As novas tecnologias digitais são responsáveis por uma verdadeira revolução na sociedade brasileira e, por que não dizer, no mundo inteiro. O acesso à tecnologia é cada dia mais fácil, devido a fatores como preço dos equipamentos, facilidade de uso e sua portabilidade (os equipamentos são cada vez menores).
Hoje, é comum que jovens e crianças manipulem aparelhos celulares, ipod, MP4, MP5 e outros correlatos. Tais equipamentos permitem ao usuário fotografar, criar vídeos, gravar conversas, armazenar músicas, dados etc.
De posse dessas tecnologias, crianças e adolescentes - não só eles, mas principalmente eles - estão modificando seu relacionamento com a mídia tradicional. Deixaram de ser meros consumidores ou receptores de imagens e notícias e assumem o perfil de produtores de imagens e de editores de notícias, enfim, são emissores.
Sem dúvida que o cenário descrito acima enseja certo otimismo e aponta caminhos interessantes para o uso consciente e qualitativo das mídias e, em particular, para seu uso no campo da educação.
As escolas podem e devem se apropriar das tecnologias digitais para desenvolverem projetos pedagógicos, filmar e editar seus vídeos, fazer registros fotográficos das atividades, gravar digitalmente os conteúdos mais significativos, etc. Aliás, isto já está acontecendo em muitas escolas.
No Estado do Pará, podemos citar alguns exemplos em que as escolas, alunos e professores estão envolvidos em projetos relacionados às Tecnologias de Informação e Comunicação –TIC, entre os quais destacamos: o I Concurso Estadual de Blogs Educativos, no qual já ocorreram as etapas de Castanhal, Bragança, Santarém, Marabá, e ainda faltam as de Tucuruí e Belém. Após essas etapas regionais, ocorrerá a etapa estadual.
Os blogs das escolas ilustram perfeitamente como deve ser o uso inteligente e criativo das tecnologias digitais. Nos blogs podemos analisar muitos vídeos, fotografias, textos de autoria de alunos e professores; conteúdos relevantes para a formação integral do cidadão. Para conhecer vários desses blogs, basta acessar o blog da CTAE http://ctaeseducpa.wordpress.com/
Outro bom exemplo é o projeto Educarede promovido pela empresa Telefônica. No portal Educarede está em desenvolvimento o projeto Minha Terra: Aprender a Inovar. Nele, as escolas são instigadas a produzirem vídeos, fotografias, textos... sobre sua realidade local e depois postar os conteúdos produzidos na internet no próprio Portal Educarede, nos blogs das escolas e até no YouTube. Em Belém e Ananindeua, temos cerca de 22 escolas participantes da iniciativa do Educarede; essas escolas estão sendo orientadas e acompanhadas pela equipe de professores formadores do Núcleo de Tecnologia Educacional Profº. Washington Luis B. Lopes – NTE Belém. Alguns destes trabalhos já produzidos estão disponíveis no blog do NTE Belém http://ntebelempa.blogspot.com/2009/10/resultados-educarede.html
Outro exemplo é o Projeto Aluno Repórter (http://alunoreporter.com.br/) desenvolvido por professores e alunos de Bragança, coordenado pelo NTE Bragantino (http://ntebragantino.wordpress.com/). Com o projeto os alunos aprendem técnicas da radiodifusão e participam de programas ao vivo na rádio educadora de Bragança.
Ainda temos as oficinas de inclusão digital do Projeto Escola de Portas Abertas, o projeto Aluno Argonauta (http://alunosargonautas.jimdo.com/), Aluno Integrado e os cursos de Formação de Professores dos NTEs etc.
São exemplos de iniciativas com uso das tecnologias, embasadas em propostas pedagógicas sólidas, com objetivos claros a serem atingidos e que promovem o diálogo entre educadores e alunos, ação conjunta de ambas as partes envolvidas em projetos de construção de conhecimentos e experimentação de cidadania.
Entretanto, nenhuma das iniciativas, reveladas até aqui, ocupou o tempo dos grandes noticiários da imprensa local, ao contrário, o olhar da grande mídia prefere sempre expor as mazelas da escola pública. O último grande exemplo foi o episódio protagonizado por três jovens de uma escola pública de Belém. É preciso questionar, por que o uso inteligente e produtivo das tecnologias não é notícia e o uso inadequado ou ingênuo vira um espetáculo midiático?
É preciso que nós educadores, continuemos nos apropriando cada vez mais de conhecimentos para a ampla utilização das ferramentas tecnológicas disponíveis nos dias atuais, criando possibilidades de uso dessas tecnologias que aguce no aluno o interesse pela pesquisa dentro e fora da escola, desenvolvendo no educando, as capacidades de interpretação, síntese e criticidade, uma vez que, a escola é o espaço apropriado para ensinar como as pessoas devem se portar diante das tecnologias que fazem parte de seu cotidiano. Perguntamos: “será que esses estudantes envolvidos sabem, por exemplo, que a pessoa que tiver armazenado o vídeo em seu celular, pendrive ou computador poderá ser preso em flagrante acusado de pedofilia. Veja o que determina o ECA – Estatuto da Criança e Adolescente:
Segundo o ECA quem produz, dirige, fotografa, filma, contracena com crianças ou adolescentes – menores de 18 anos – em cena de nudez ou sexo explicito está sujeito às sanções referentes à pornografia infantil. E ainda, quem publica e armazena o conteúdo pornográfico também é enquadrado na Lei 11.829. A pessoa pode ser presa em flagrante delito se for pega com o celular ou qualquer meio eletrônico em que a imagem esteja armazenada. A pena varia de um a quatro anos de detenção e multa.
Sustentamos a seguinte opinião: não é por causa do recente episódio ocorrido em uma de nossas escolas que se deve proibir o uso do celular ou de qualquer outra tecnologia na escola. Concordamoos com Sérgio Amadeu, pesquisador brasileiro de comunicação mediada por computador e autor dos livros “Exclusão digital” e “A miséria na era da informação”, quando diz que não faz sentido proibir que estudantes tenham acesso a um meio de comunicação na escola que cada vez mais vai adquirir importância na sociedade. Ao contrário “se agente tem problemas do uso inadequado nas escolas, esse é um bom lugar para ensinar como as pessoas devem se portar com o celular”. Amadeu ressalta ainda que nenhuma tecnologia substitui a ética e nem a reflexão consciente do uso dessa tecnologia.
E assim, finalizamos com um apelo a todos os professores e escolas, que juntos pensemos em projetos de aplicação das TIC que apontem não só para encurtar espaços físicos, bem como integrar as pessoas em seu espaço urbano, e refletirmos no que diz Dr.Rogério da Costa em entrevista ao Educarede, realizada em março de 2009, que o importante não é apenas o tipo de projeto realizado, mas o esforço em estabelecer um novo paradigma para as tecnologias da comunicação: elas podem servir para que as pessoas façam um uso inteligente do espaço onde vivem que possam integrar seus hábitos e atitudes num coletivo inteligente, que pensa a favor do lugar em que vive. Quem sabe, um dia possamos ser alvo da mídia em um processo inverso ao que vemos hoje, em que muitas vezes, muitas de nossas escolas são alvos de uma mídia produzida de forma aligeirada, pouco convidativa à reflexão, que mais contribui para diminuir a auto-estima de alunos e professores e que decididamente não nos serve.
Texto: Jamille Galvão
Maria do Carmo Acácio
Marcelo Carvalho
Tânia Sanches
quarta-feira, novembro 11, 2009
Os nomes da Privatização
sexta-feira, novembro 06, 2009
Uma gatíssima à preço de custo
quarta-feira, novembro 04, 2009
Nostalgia Organizada
Pri na Ilegalidade
terça-feira, novembro 03, 2009
Verequete Vive!
A Carta de Charles Alcântara
Saibam que eu não posso – e não vou – aceitar essa “molecagem” comigo, que parte de quem já está em busca do “bode” para expiar os seus pecados.Na falta de argumentos políticos plausíveis e consistentes para justificar a minha dispensa (que me foi comunicada pessoalmente pela governadora, sem que esta tenha tido o respeito de me presentar o motivo – ou motivos - que a levaram a tomar tal decisão), o núcleo do governo decidiu “vazar” a versão de que eu representaria os interesses do PMDB no governo e de que eu havia sido condescendente com o fisiologismo. A tentativa era a de desmoralizar-me politicamente, associando-me às forças que obstaculizavam o avanço do governo à esquerda (basta ler o que foi publicado no blog do Juvêncio de Arruda, no dia 11/04/2008 e nos dias seguintes, para identificar a quem pertencem as digitais contidas naquelas palavras hostis e jocosas). Que venham os redentores do socialismo e da revolução! Abram alas para a vanguarda libertária! Os autênticos representantes da esquerda pedem passagem! Que se vão os entreguistas, vendilhões e traidores do povo! Ora meus caros, resisti a tudo isto. Resisti à acusação do Zé Raimundo de que eu seria candidato, em 2010, pelo PSDB, acusação feita a uma colega de trabalho. Resisti às piadas e às insinuações. Resisti à dúvida daqueles que não conhecem a minha vida e a minha conduta, como militante político e servidor público. Mas resisti também às tentativas de interditarem o meu direito de continuar a fazer política e de expressar a minha opinião, tentativas estas que passaram – e passam – pela artimanha de disseminar a idéia de que eu estou magoado com o governo e de que, por essa razão, eu quero me vingar. Mais recentemente, tenho enfrentado a acusação de que eu estou sendo usado pela “direita” para atacar o governo. Vejam vocês: agora eu estou sendo usado pela direita. Alguns insignes representantes do núcleo do governo, por intermédio de seus áulicos mais caninamente fiéis, andam a espalhar que eu, por ingenuidade ou má-fé mesmo, deixei-me instrumentalizar pelas forças de direita que querem derrubar o governo. Ora, meus caros, se tenho sido resistente até então, não pensem que eu tenho vocação ou talento para ser permissivo ou tolerante com essa “molecagem” (mais uma, aliás) que querem fazer comigo. De repente, os autênticos representantes da mais pura e destemida esquerda paraense acham-se no direito de sair por aí a apontar quem é de direita e de esquerda, ou quem está a serviço desta e daquela. É muita pretensão! É muito cinismo! Esses “esquerdistas” de meia-sola, embalados pelo lema de que “um outro mundo é possível” e, certamente, julgando-se os seus únicos construtores, devem estar vivendo, agora, num mundo irreal e inventado em suas mentes adoecidas pela presunção, soberba, egoísmo e falsidade. No mundo inventado por “eles”, restrito aos arraiais palacianos, impera a perseguição a companheiros, a cobiça do poder – pelo poder –, a esquizofrenia, que vê nos velhos companheiros, a imagem do inimigo a ser abatido. Não fosse o bom-senso do policial que comanda o efetivo da PM na fronteira do Itinga (cujo nome eu nem recordo), eu teria sido preso, por “ordens superiores” (a mão invisível da repressão do grupo de “esquerda” que comanda o governo estadual), por que estava ali fazendo o que muitos de nós, ao longo da nossa trajetória política, fizemos muitas vezes, ou seja, garantindo a paralisação decidida em assembleia geral da categoria. E eu é que sou de direita! Estamos, no Sinditaf/PA, reivindicando concurso público, pois, além da crônica falta de pessoal, há uma prática disseminada e deletéria de desvio de função pública no âmbito da Sefa. A medida fortalece a função pública – e de Estado – exercida pela administração tributária estadual e reforça o combate à sonegação. E eu é que sou de direita! Estamos, no Sinditaf/PA, defendendo a autonomia da administração tributária e o fim da interferência política nas decisões político-administrativas do órgão, com vistas a garantir a supremacia do interesse público sobre o interesse privado. E eu é que sou de direita! Estamos, no Sinditaf/PA, defendendo que haja isonomia de tratamento entre os contribuintes do ICMS, de modo a evitar que haja privilégios e afrouxamento para uns e rigor excessivo para outros, em razão de suas preferências políticas. Isto fortalece o fisco como uma atividade de Estado – e não de governo, além de proteger os servidores ciosos das responsabilidades de sua nobilíssima função pública. E eu é que sou de direita! Estamos, no Sinditaf/PA, defendendo a valorização dos servidores do fisco, que precisam ser prestigiados, fortalecidos e reconhecidos, social e institucionalmente, inclusive para resistir e enfrentar as forças do poder econômico e do poder político que funcionam a serviço do interesse privado. E eu é que sou de direita! Estamos, no Sinditaf/PA, lutando pela autonomia da entidade sindical em relação ao governo e ao partido. E eu é que sou de direita! Ora, como eu, ao longo da minha vida, como militante do PT e como servidor público, sempre defendi essas mesmas idéias, chego à conclusão (depois de 25 anos) de que - de acordo com a visão de esquerda e direita implantada pelos únicos e autênticos porta-vozes da esquerda paraense, que estão instalados no palácio dos despachos e que atendem pela alcunha de “núcleo-duro” do governo – eu sou de direita. É duro! Só um núcleo muito “duro” mesmo para elaborar uma tese tão escatológica! Mas que seja assim. Eu sou de direita e “eles” são, não “de” esquerda, pois isto não lhes seria suficiente, mas “a” esquerda. A única, a pura, a verdadeira “esquerda”. Paciência tem limite! Como eu sou de direita e quero derrubar o governo de “esquerda”, aproveito para reafirmar o que já disse aos companheiros André Farias e Airton Faleiro, que me procuraram para conversar, por delegação da governadora: Eu estou disposto a celebrar todos os acordos possíveis para ajudar o – ainda “nosso”, embora cada vez menos ”nosso” – governo, desde que preserve os princípios que sempre nos foram caros – ainda que, hoje, esses princípios sejam considerados de direita – e afirme a autonomia da Sefa, protegendo-a das interferências políticas e do toma-lá-dá-cá, próprio das conveniências eleitorais. Saibam que eu não posso – e não vou – aceitar essa “molecagem” comigo, que parte de quem já está em busca do “bode” para expiar os seus pecados. A administração tributária é atividade essencial ao funcionamento do Estado, que deve ser exercida por servidores de carreiras específicas e que terá recursos prioritários para desenvolver suas atividades. Esta é a diretiva constitucional contida no Inciso XXII do Artigo 37 da CF. E disto não abro mão! E que me deixem continuar a minha trajetória de direita. Mas que me respeitem! Abraços,
sexta-feira, outubro 30, 2009
terça-feira, outubro 27, 2009
O Bolsa e a Vida
Por Juremir Machado da Silva
Dizem que Bolsa-Família é coisa de país atrasado. Concordo. Todo país europeu desenvolvido e com algum senso de responsabilidade social tem Bolsa-Família. Sem esse nome, claro. A Alemanha tem. A França tem. Os países escandinavos têm. Até a Inglaterra tem. Os europeus são dinossauros. Na França, o Bolsa-Família atende pelo nome de "aides sociales" (ajudas sociais). A França é totalmente insensível aos novos tempos. O seguro-desemprego francês pode durar até 36 meses. Depois disso, se a vida continua dura, o sujeito pode ter acesso ao RMI (renda mínima de inserção): 447 euros para uma pessoa só, 671 euros para quem tiver um filho.
Quase 2,5 milhões de franceses recebem o RMI (nome válido até este ano). A partir dos 59 anos de idade, a pessoa pode receber o RMI sem sequer ter a obrigação de procurar trabalho. Não dá! As famílias francesas recebem ajuda financeira conforme o número de filhos. O Estado ajuda a alugar apartamento e até a tirar férias. O sistema de saúde é universal e gratuito, inclusive os medicamentos. Que atraso! Um estudante estrangeiro em situação regular na França pode receber ajuda do Estado para ter onde morar. É muita mamata. Lembrete: o governo francês atual é, como eles dizem, de direita. Mas o Estado francês é republicano. A concepção de Estado dos europeus é muito esquisita: uma instituição para ajudar a todos e proteger os interesses da coletividade, devendo estimular a livre iniciativa e dar condições de vida digna aos mais desfavorecidos. Agricultores recebem subsídios. Empresas ganham incentivos. A universidade é gratuita para todos os aprovados no BAC, o Enem deles. Há vagas para todos. Obviamente não há necessidade de cotas. Que loucura!
Existem instituições privadas de ensino cujos salários dos professores são, em geral, pagos pelo Estado, pois se trata de um serviço de utilidade pública. Aí os nossos liberais adoram dizer: "É por isso que a França está quebrada". Tive a impressão de que a crise mundial mostrou os Estados Unidos mais quebrados do que a França. Os mesmos liberais contradizem-se e afirmam: "A França é rica e pode se dar esse luxo...". É rica ou está quebrada? Quase 30% do PIB francês é distribuído em ajudas sociais. O modelo francês enfurece os capitalistas tupiniquins, leitores de revistas como a Veja, cujas páginas pingam ideologia. Visto que dá mau exemplo de proteção social, o Estado francês é chamado de anacrônico, ultrapassado, assistencialista e outros termos do mesmo quilate usados na guerra midiática. Está certo. Moderno é ajudar a turma dos camarotes e mandar a plebe se virar. Acontece que a plebe do Primeiro Mundo não aceita esse tipo de modernidade tão avançada.
É plebe rude. Se precisa, quebra tudo, mas não cede. Os ruralistas de lá são mestres em incendiar prefeituras quando falam em cortar-lhes os subsídios estatais. Nas cidades, a turma adora queimar uns carros para fazer valer seus direitos. Na Europa, pelo jeito, não se melhora o Estado piorando a sociedade. A França tem muito a aprender com o Brasil. Somos arcaicamente modernos. Numa pesquisa recente, a França tem a melhor qualidade de vida da Europa. Nada, claro, que possa nos superar.
segunda-feira, outubro 19, 2009
Nós, os jornalistas
"Jornalista é um animal solto, livre, selvagem, que vive bem mais do instinto do que da racionalidade"
Da jornalista Ana Célia, em seu Blog Perereca da Visinha. Demitida de O Liberal, logo depois que o jornal veiculou a matéria em que a própria denunciava um suposto esquema no Rangar, ops, Hangar, acabou sendo contratada - e até hoje tá aguentando dar "manutenção" no Blog do Vic, aquele mesmo, Deputado Federal e Presidente do DEM-PA.
O que seria do Jornalismo sem essa coisa de procurar debaixo do tapete; de fuçar a limpeza da cozinha, de onde vem o cheiro maravilhoso da comida?
Ou sem essa coisa de tocar fogo no circo, para que até os palhaços sejam obrigados a arrancar as máscaras e parar de rir?
E o que seria da sociedade sem Jornalismo? Sem aquele sujeito chato, enjoado pra porra, que fica dizendo: “olha, tem alguma coisa errada aí; olha, tem alguma coisa errada aí”... Enquanto tá todo mundo pra lá de feliz, numa grande bacanal?
Que seria de nós, repórteres, linha de frente do Jornalismo, se nos limitássemos, apenas, a pedir a bênção do entrevistado?
Certamente, chegaria a hora em que o arguto, sapientíssimo leitor, diria: “Esse sujeito tá é doido, ou tá se fazendo!... Como é que ele diz que acredita que aquele outro foi pra Lua, se nem conseguiu sair de lá de Cametá?”
Jornalismo que é Jornalismo não se detém diante de barreiras, concretas ou imaginárias, naturais ou artificiais.
Jornalismo que é Jornalismo tem de expandir o território em que se faz, em que se realiza.
Tem de ambicionar contemplar o mundo, toda a gente.
Tem de ser a síntese entre o Céu e o Inferno, com o Purgatório e a Terra pelo meio, até como parâmetros, a mediar essa exegese chamada notícia.
Jornalismo que é Jornalismo instiga, faz pensar.
E faz sonhar, também.
Com a confluência das divergências.
Com o possível, que agora nos parece impossível.
Com a grande valsa que dançarão, um dia, todos os integrantes da sociedade...
E a gente tudo descansado, naquele boca-livre total!...
Jornalismo que é Jornalismo não se contenta com o mais fácil, com a simples declaração.
Jornalismo que é Jornalismo, aspeia – mas, interroga.
Revira a lata de lixo e até “cafunga” o entrevistado, para aferir o quanto de Humanidade existe nele.
Jornalismo que é Jornalismo, olha nos “zóio”; estuda e compreende as expressões, o não-dito.
O não-dito, vírgula: aquilo que se berra pela mais simples expressão corporal; pelos “atos falhos” das expressões corporais...
Porque o jornalista é, ao fim e ao cabo, um animal solto, livre, selvagem, que vive bem mais do instinto do que da racionalidade.
Que cheira, toca, perscruta com o olhar.
É o sujeito que quer saber, com uma curiosidade infantil.
Que quando lhe dizem: “Vovô viu a uva”, ele pergunta: “Mas, de que cor é que era a uva?”, “E onde foi que o vovô viu a uva”, “E o que é que ele fez quando viu a uva?”, “Mas, a uva era no sentido concreto ou figurado?”, “Mas, quando o vovô viu a uva ele já usava óculos, é?”, “E, afinal, quando o vovô viu a uva ele estava com fome ou era um tarado?”
Jornalista que é jornalista é um sujeito chato pra porra, um sujeito insuportável!...
Tão insuportável que a maioria dos jornalistas quer é distância de outros jornalistas.
Mais ainda pra casar.
Já imaginaram um jornalista interrogando outro jornalista, acerca da cueca ou da calcinha que ele ou ela usava quando saiu de casa?
As pessoas têm de entender que jornalista é um sujeito pior que bêbado.
Porque bêbado ainda tem a desculpa de ter enchido a cara. Enquanto que o jornalista vive em estado aparentemente etílico, em tempo integral!
É o sujeito que vê o que ninguém mais vê. E que quando vê uma visagem, ainda tem o descaramento de perguntar: “Pô, mano, mas você por aqui? Mas o que é que você tá achando lá do inferno? Quantos graus é que faz lá, à sombra?”
Jornalista é o sujeito que chega com a sogra e diz que o genro não presta; que chega com genro e diz que a sogra não presta; e que ainda rouba o pirulito da criança endiabrada, só pra ver a reação da sogra, e do papai e da mamãe que se diziam exemplares...
É um sujeito tão insuportável que, geralmente, não tem nem amigo jornalista.
Mas, geralmente, sai com outros jornalistas só pra ter informação e falar mal... Da "catiguria", de tudo que é coleguinha e de quem mais aparecer!...
Jornalista é uma praga – e eu digo isso com conhecimento de causa, visse?
Mas, que seria de nós, se, simplesmente, exterminássemos aqueles que olham debaixo do tapete; que olham a limpeza da cozinha, apesar do cheiro maravilhoso do peixe?
Que seria de todos nós se, simplesmente, nos livrássemos de seres tão absolutamente neuróticos e desprezíveis?
Certamente, que, por uns tempos, todos viveriam na maior felicidade, sob as palmeiras aonde cantam os sabiás...
Mas, também chegaria o momento em que a sujeira debaixo do tapete seria tamanha que seria preciso jogar fora o tapete, a casa, as pessoas e até a rua e o país onde esteve, um dia, aquele tapete.
Chegaria o momento em que não apenas o peixe estaria estragado – mas, o óleo, a farinha, a cozinha, o cozinheiro, os utensílios e tudo o mais.
Jornalismo e jornalistas somos, afinal, a linha de frente de uma fiscalização permanente e enjoada, que precisa existir.
Até para que se possa apreciar o peixe.
Até para que se possa, apenas, mandar aspirar o tapete e continuar a viver...
FUUUUIIIIIIIIII!!!!!!
quarta-feira, outubro 14, 2009
Alimentação um direito inviolável
16 de outubro- Dia Mundial da Alimentação
"Toda pessoa tem direito a um padrão de vida capaz de assegurar a si e a sua família saúde e bem estar, inclusive alimentação, vestuário, habitação, cuidados médicos e os serviços sociais indispensáveis, e direito à segurança em caso de desemprego, doença, invalidez, viuvez, velhice ou outros casos de perda dos meios de subsistência fora de seu controle.” (Artigo XXV / Declaração Universal Dos Direitos Humanos)
MP pede quebra de sigilo bancário e fiscal do prefeito de Ananindeua
O blog recebeu o processo de número 0810605-68.2024.8.14.0000, que tramita no Tribunal de Justiça do Esado do Pará e se encontra em sigilo...
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Luiz Araújo deixou o PT para fundar o PSOL, onde viveu até então organizando a corrente interna "Primavera Socialista" e supostame...
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Samir Chamon é um dos donos da empresa mineradora acusada de ser usada em um esquema criminoso de exploração ilegal de minérios em terras da...
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No Blog do Bordalo Hoje, às 9 horas, na sessão ordinária na Assembleia Legislativa do Pará (Alepa) estão em pauta para votação, os s...