Por Fransinete Florenzano, sob o título TCE-PA não reconheceu legalidade das OS
quarta-feira, outubro 07, 2020
A Fake News da aprovação dos contratos fraudulentos das OS no governo Helder Barbalho
terça-feira, outubro 06, 2020
Toffoli relaxa prisão de parte a Organização Criminosa acusada de desvio bilionário no Pará
Por Diógenes Brandão
O ministro Dias Toffoli, do STF, concedeu habeas corpus determinando o relaxamento da prisão de Leonardo Maia Nascimento, assessor do governo do estado que foi preso durante a Operação SOS, deflagrada na última terça-feira (29.09), para apurar fraudes na área de Saúde no Pará. Muito embora tenha proferido a decisão num HC impetrado por Nascimento, o ministro estendeu os efeitos da medida a outros investigados que tiveram a prisão prorrogada na última sexta-feira, dia 2 de outubro, por decisão do ministro do Superior Tribunal de Justiça Francisco Falcão.
Assim, deverão ser soltos o ex-secretário Parsifal Pontes, o secretário de Transportes, Antônio de Pádua Andrade, o ex-secretário Peter Cassol Silveira e o homem apontado como elemento chave para o cometimento das fraudes, Nicolas Tsontakis Morais (que é o mesmo Nicholas Silva Freire citado na decisão).
A Teoria do Caos e o Efeito Borboleta nas eleições de Belém
Por Diógenes Brandão
“O simples bater de asas de uma borboleta no Brasil pode ocasionar um tornado no Texas”. Provavelmente você já ouviu ou leu essa frase em algum lugar. Mas, isso realmente é possível?
Em 1960, o matemático Edward Lorenz obteve como fruto de suas pesquisas, os principais resultados daquilo que conhecemos como Teoria do Caos.
Segundo um artigo do Instituto Brasileiro de Coaching, "o Efeito Borboleta nada mais é que a análise de como pequenas alterações nas condições iniciais de grandes sistemas, podem gerar transformações drásticas e significativas nestes.
Como sistemas, podemos considerar os padrões climáticos que temos, a movimentação de grandes grupos de asteróides, ou a forma como as pessoas interagem entre si e com todo o universo ao seu redor, em seu dia a dia. No que diz respeito à esta grande descoberta, o que se sabe é que Lorenz, que também era meteorologista, fazia uso de um computador antigo para realizar o cálculo relacionado à padrões climáticos.
Após fazer uma só simulação, ele decidiu realizá-la mais uma vez, no entanto, no momento de inserir os dados e as informações novamente no sistema, ele acreditou que o acréscimo ou a diminuição de casas decimais nos números não fariam diferença no resultado obtido ao final da equação.
Assim, ao invés de colocar 0,000001, conforme fez na primeira vez, ele colocou 0,0001. Ao fazer a análise do resultado obtido através desta segunda simulação, ele observou que ela estava completamente alterada e diferente em comparação com a primeira, o que lhe deu base para formular, através da equação obtida, o que conhecemos hoje como Efeito Borboleta.
Desses cálculos surgiram também a Teoria do Caos, que podemos definir como sistemas tidos como verdadeiramente complexos e que são imensamente sensíveis à pequenas modificações em suas condições iniciais.
O Efeito Borboleta é algo verdadeiramente poderoso e que tomamos conhecimento através do filme "The Butterfly Effect", lançado no Brasil em 2004, onde conta a história do jovem Evan Treborn, interpretado pelo ator americano Ashton Kucther. Nele o rapaz, que sofre com dores de cabeça severas, capazes inclusive de fazê-lo desmaiar, consegue, nos momentos em que está completamente inconsciente, realizar viagens no tempo, voltando para situações difíceis, especificamente para períodos relacionados à sua infância e adolescência.
Ao retornar para estes momentos de seu passado, Evan consegue também alterar fatos importantes, que causaram sofrimento não só a ele, mas também a seus amigos, como é o caso de Kayleigh, sua namorada de infância. O problema é que ao modificar as situações passadas, Evan acaba gerando consequências verdadeiramente inesperadas no futuro, tanto para ele mesmo quanto para todos que estão seu redor, principalmente Kayleigh e seu amigo e vizinho Lenny.
Quando paramos para pensar sobre ele, somos levados a refletir sobre os acontecimentos de nosso cotidiano, desde os menores até os maiores. Quantas histórias você já ouviu de pessoas, que, por pequenos atrasos, acabaram perdendo um voo marcado e evitaram se tornar vítimas de acidentes aéreos?
Ou quantas vezes você já ouviu alguém contar que estava saindo para uma entrevista de emprego, por exemplo, se deu conta que esqueceu o celular em casa e, ao retornar para pegar o aparelho, acabou perdendo o transporte coletivo, não conseguindo chegar à tempo, o que o fez perder uma oportunidade e ganhar outra ainda melhor dias depois?
Situações assim acontecem todos os dias, o tempo todo, seja conosco, com nossos amigos, familiares, bem como com pessoas que nem conhecemos, mas que estão por aí, espalhadas pelo mundo, fazendo escolhas que podem impactar suas próprias vidas e as vidas daqueles que as rodeiam.
Diante disso, o Efeito Borboleta nos faz refletir também, não só sobre as questões que pontuei mais acima, mas também sobre as escolhas que fazemos, sobre a necessidade de pensarmos de forma cada vez mais global, de pensarmos no universo como um todo, nas pessoas, no meio ambiente, para que assim ajamos de forma mais consciente e que cause menos impacto negativo na vida do outro e nos sistemas nos quais estamos inseridos.
É fundamental que, antes de agir ou de nos decidirmos por algo, façamos uma análise profunda dos efeitos que nossas escolhas terão de forma geral, seja em casa, no ambiente de trabalho, nos espaços religiosos dos quais fazemos parte, na escola, faculdade e assim por diante.
Pensando assim, ou seja, no real impacto de nossas ações, podemos evitar diversas situações que têm causado complicações no mundo como um todo, como a poluição ambiental, por exemplo. Se cada um de nós fizer a sua parte, realizando coleta seletiva dentro de nossos lares, utilizando cada vez menos plásticos, colocando o lixo em nossos bolsos, quando estivermos na rua, para descartar nos locais corretos depois, entre outras ações, ainda teremos chances de preservar o nosso planeta, bem como todos os recursos naturais que ele oferece.
Assim, cabe a todos nós analisar qual o nosso papel? Como podemos ser conflitos no ambiente de trabalho ou em casa, por exemplo?"
E o que tudo isso tem a ver com as eleições municipais em Belém?
Um pequeno comentário do pesquisador e cientista político, Edir Veiga resume:
"A disputa politica em Belém está embolada em relação ao segundo colocado em todas as pesquisas. Se aplicarmos a margem de erro o segundo colocado se comunica com outros 6 candidatos.
O escândalo envolvendo o governo do estado e as investigações do MPF e PF deve atingir em cheio o candidato da família Barbalho nas eleições, que é o deputado Priante.
Portanto, a tendência aponta que Cássio Andrade, Vavá Martins, Thiago Araújo, Eguchi, Seffer e Mário Couto lutarão pela segunda colocação.
O eleitor, em véspera do primeiro turno deve descarregar seu voto naquele candidato que demonstrar força para superar Priante e evitar que a família Barbalho e seu candidato chegue ao segundo turno".
sábado, outubro 03, 2020
Edmilson lidera e demais candidatos estão embolados, aponta IBOPE
Via Ver-O-Fato, sob o título: Sai 1ª pesquisa do Ibope em Belém: Edmilson, 39%; Priante, 10%; Eguchi, 5%; e Sefer, 5%
Os candidatos Cássio Andrade, Mário Couto, Thiago Araújo e Vavá Martins têm 4% cada um. O que os coloca tecnicamente empatados com Eguchi e Sefer. Dr. Jerônimo tem 2%; Cleber Rabelo, Guilherme Lessa e Jair Lopes têm 1% cada um. A pesquisa foi realizada entre os dias 30 de setembro e 2 de outubro
A primeira pesquisa do Ibope para a eleição de prefeito da capital paraense – encomendada pela TV Liberal – aponta resultados diferentes nas intenções votos para o candidatos em colocação abaixo do líder disparado, Edmilson Rodrigues (Psol)
Enquanto na pesquisa estimulada, o candidato do MDB, José Priante, aparece em segundo lugar, já na espontânea, quem surge empatado com Priante é o deputado Gustavo Sefer (PSD).
Chama a atenção nessa pesquisa, também, a margem elevada dos eleitores pesquisados que afirmam que votarão em branco ou anularão o voto.
Resumo: faltando 1 mês e 12 dias para a eleição, muita água ainda promete rolar debaixo dessa ponte eleitoral.
Veja os resultados:
Edmilson Rodrigues (PSOL): 39%
Priante (MDB): 10%
Delegado Federal Eguchi (Patriota): 5%
Gustavo Sefer (PSD): 5%
Cassio Andrade (PSB) : 4%
Mario Couto (PRTB): 4%
Thiago Araújo (Cidadania): 4%
Vavá Martins (Republicanos): 4%
Dr. Jeronimo (PMB): 2%
Cleber Rabelo (PSTU): 1%
Guilherme Lessa (PTC): 1%
Jair Lopes (PCO): 1%
Branco/Nulo: 16%
Não sabe/ Não respondeu: 5%
Rejeição
A pesquisa também perguntou em quem os eleitores não votariam de jeito nenhum. Os percentuais foram os seguintes:
Priante (MDB): 40%
Edmilson Rodrigues (PSOL): 30%
Mario Couto (PRTB): 24%
Gustavo Sefer (PSD): 18%
Cassio Andrade (PSB): 17%
Vavá Martins (Republicanos): 16%
Thiago Araujo (Cidadania): 13%
Delegado Federal Eguchi (Patriota): 11%
Cleber Rabelo (PSTU): 10%
Jair Lopes (PCO): 9%
Guilherme Lessa (PTC): 8%
Dr. Jeronimo (PMB): 6%
Poderia votar em todos (resposta espontânea): 1%
Não sabem ou preferem não opinar: 8%
Os entrevistados podiam apontar mais de uma resposta, por isso, a soma dos fatores apontados é de mais de 100%.
Espontânea
A pesquisa também tratou da intenção de voto espontânea, quando o eleitor diz em quem vai votar sem ter os nomes dos candidatos apresentados. Os percentuais foram os seguintes:
Edmilson Rodrigues (PSOL): 25%
Gustavo Sefer (PSD): 3%
Priante (MDB): 3%
Cassio Andrade (PSB): 1%
Delegado Federal Eguchi (Patriota): 1%
Mario Couto (PRTB): 1%
Thiago Araujo (Cidadania): 1%
Outros: 3%
Branco ou nulo: 20%
Não sabem ou preferem não opinar: 41%
Sobre a pesquisa
Margem de erro: 4 pontos percentuais para mais ou para menos
Quem foi ouvido: foram entrevistados 504 votantes
Quando a pesquisa foi feita: entre os dias 30 de setembro e 2 de outubro
Número de identificação na Justiça Eleitoral: PA 02012/2020
O nível de confiança utilizado é de 95%. Isso quer dizer que há uma probabilidade de 95% de os resultados retratarem o atual momento eleitoral, considerando a margem de erro.
quarta-feira, setembro 30, 2020
Dr. Daniel Santos seria eleito prefeito de Ananindeua já no 1º turno, revela DOXA
Intenção de voto em Dr. Daniel Santos chega a 52,7% em Ananindeua e configura vitória já no primeiro turno das eleições municipais de 2020.
Via DOXA Pesquisas
Se a eleição fosse hoje, o deputado estadual, Dr. Daniel (MDB), ganharia a eleição com 52,7% das intenções de voto.
É o que aponta a segunda pesquisa registrada no TRE nº PA-05485/2020 da DOXA, realizada no período de 24 a 27 de Setembro de 2020, com 600 entrevistas aplicadas em todos os bairros de Ananindeua.
A margem de erro da pesquisa é de 4,5 pontos percentuais para mais ou para menos na amostra.
A pesquisa teve o objetivo de avaliar a corrida eleitoral 2020 após a definição das candidaturas que vão disputar o pleito.
ESPONTÂNEA
Na pergunta espontânea, em que não se apresenta os nomes dos candidatos, Dr. Daniel (MDB) aparece na frente com 25,2% das intenções de voto.
Em segundo lugar vem o vice-prefeito de Ananindeua, Carlito Begot (PSD) com a 3,2%.
Allan Bittar (Cidadania) vem com 1,8%.
Pedro Soares (PT) aparece em seguida com 1,4%; Jackson (PRTB) está com 1,2%; Livia (PSOL) ficou com 1,1% e João Bernardes (PTC) está com apenas 0,5%.
Os eleitores indecisos representam 57,6%, enquanto 8,0% tem intenção de anular ou votar em branco.
ESTIMULADA
Quando se estimula, isto é, são apresentados os nomes dos candidatos, Dr. Daniel (MDB) vai para 52,7%. Carlito Begot (PSD) fica em segundo lugar com 5,2%.
Alan Bittar (Cidadania) é o terceiro colocado, aparecendo com 3,5%; Pedro Soares (PT) vem com 2,3%; Lívia Noronha (PSOL) está com 2,1% das intenções de voto; Jackson (PRTB) vem em seguida com 1,5%; João Bernardes está com 1,1%.
Branco/Nulo somam 10,0; e indecisos, 21,6%.
VOTOS VÁLIDOS
Quando se faz a intenção de voto por apenas os votos válidos, isto é, retiram-se os votos Brancos e Nulos, deixando apenas os votos nominais, que é como o T.R.E calcula na eleição, encontramos o seguinte resultado: Dr. Daniel (MDB) desponta com 77,0%; Carlito Begot, 7,6%; Allan Bitar, 5,1%. O petista Pedro Soares está com 3,4%. Lívia Noronha (PSOL) vem com 3,1%. Jackson (PRTB) tem apenas 2,2% e João Bernardes vem com 1,6%.
REJEIÇÃO
Em se tratando de rejeição, Carlito Bergot (PSD) aparece com rejeição de 9,2%, seguido por Dr. Daniel (MDB) com 5,2%.
Pedro Soares (PT) vem depois com 4,1% de rejeição, seguido por Jackson (PRTB), 3,4%. A Lívia Noronha (PSOL) tem 2,5% de rejeição.
Alan Bittar (Cidadania) ficou com 1,4%.
João Bernardes (PTC), 0,8%.
Outros 32,1% não rejeitam nenhum dos candidatos e 41,3% não opinaram.
FICHA TÉCNICA DA PESQUISA
Nível de Confiança: O nível de confiança utilizado é de 95%. Isso quer dizer que há uma probabilidade de 95% dos resultados retratarem o atual momento eleitoral.
DADOS DA PESQUISA
Nome da pesquisa: Contexto eleitoral em Ananindeua-PA.
Margem de erro: A margem de erro estimada é de 4,5 pontos percentuais para mais ou para menos sobre os resultados encontrados no total da amostra.
Tema: Administração Pública/Eleições/Opinião Pública.
Execução: Doxa Pesquisa.
Período de coleta: 24 A 27 de Setembro de 2020.
Registrada no T.R.E nº PA-05485/2020.
Local: Ananindeua - PA.
Amostra: Foram entrevistados 600 eleitores.
terça-feira, setembro 29, 2020
A prisão dos operadores do esquema criminoso de Helder Barbalho. Veja a lista de nomes
Helder Barbalho é alvo de megaoperação da PF que investiga o desvio de R$1,3 bilhão da saúde
Além do chefe do Executivo, os investigados são empresários, o operador financeiro do grupo e integrantes da cúpula do Governo do Pará. |
Via Roma News
O governador do Pará Helder Barbalho e outros integrantes da cúpula do governo são alvos na operação deflagrada na manhã de hoje, 29, pela Polícia Federal, que investiga o desvio de recursos na área da saúde. A ação visa desarticular uma organização criminosa dedicada a contratação de organizações sociais para gestão de hospitais públicos do Pará, dentre eles os hospitais de campanha montados para enfrentamento da pandemia do coronavírus.
Os agentes estão nas ruas dando cumprimento a 12 (doze) mandados de prisão temporária e 41 (quarenta e um) mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), além de 64 mandados de prisão temporária e 237 mandados de busca e apreensão expedidos pelas Varas de Birigui e Penápolis, em São Paulo.
No Pará as diligências ocorrem nos municípios de Belém, Capanema, Salinópolis, Peixe-Boi, Benevides, além das cidades de Goiânia, Araçatuba e diversas outras cidades paulistas.
A investigação se refere ao período de agosto de 2019 a maio de 2020, em 12 contratos celebrados entre o Governo do Pará e Organizações Sociais ligadas ao grupo investigado, totalizando o valor de R$ 1.284.234.651,90 bilhão. Os investigados são empresários, o operador financeiro do grupo, integrantes da cúpula do Governo do Pará, além do próprio governador Helder Barbalho.
A operação contou com a participação de 218 policiais federais, 14 auditores da CGU e 520 policiais civis. Os crimes investigados são fraude em licitações, falsidade ideológica, peculato, corrupção passiva, corrupção ativa, lavagem de dinheiro e organização criminosa, com penas previstas superior a 60 (sessenta) anos de reclusão.
quinta-feira, setembro 24, 2020
O cemitério hospitalar de Helder Barbalho
Depósito da SESPA está mais para um cemitério de equipamentos hospitalares, denuncia populares. |
domingo, setembro 20, 2020
O Liberal especula sobre a saída de Simão Jatene do PSDB
Por Diógenes Brandão
Como uma redação repleta de jornalistas, o jornal O Liberal não se dá ao trabalho de ligar para seu ex-patrocinador, que tanto injetou recursos públicos nos cofres das empresas da família Maiorana via contratos de propaganda do governo do Estado e prefere fazer como certos blogs e demais veículos de imprensa alternativos: especular.
Sem ouvir o ex-governador Simão Jatene, a coluna Repórter 70, lança uma pulga para a orelha daqueles que antes chamávamos de "Maria vai com as outras", talvez com o intuito de jogar mais gasolina na fogueira das vaidades que arde em chamas no ninho tucano paraense.
Eleições 2020: sociedade que deu origem ao PT não existe mais, diz Pochmann
Por Diógenes Brandão
O PT não lidera as pesquisas em nenhuma das principais capitais do país. Em Belém, o partido que que venceu quatro eleições presidenciais consecutivas neste século e governou o país até quatro anos atrás, vem a reboque do PSOL, que tem como candidato único, em sua quinta disputa pela capital paraense, Edmilson Rodrigues, com um programa que se diz novo e moderno, mas que só reedita a velha fórmula da esquerda que o PT inaugurou há décadas e que já não é mais aceita pela maioria da sociedade, como revelaram os resultados das últimas eleições.
Falo isso sem nenhum prazer, pois contribuí por muitos anos com o partido, analisando erros e acertos, pontuando sempre as críticas pelas contradições existentes e que distancia a teorias, da prática, daquela que chamo agora de ex-querda paraense.
É com essa lógica que o blog AS FALAS DA PÓLIS sustenta sua tese de que a esquerda paraense, mesmo com um candidato liderando todas as pesquisas, como aconteceu nas duas últimas eleições, se aproxima de sua terceira derrota consecutiva.
O raciocínio pode incomodar meus ex-companheiros de partido e dirigentes de movimentos sociais que ainda não se deram conta de que precisam evoluir, se conetar com a realidade e passarem a dar ouvidos críticas de outros intelectuais, como o Pochmann, que a matéria de Ricardo Kotscho, no UOL lembrou muito bem.
Leia abaixo:
Onde foi parar o Brasil que estava aqui quando o PT foi fundado, 40 anos atrás, ainda em plena ditadura? "Precisamos prestar muita atenção neste momento, pois estamos definindo o país que teremos nos próximos 40 ou 50 anos", alertou o economista Marcio Pochmann, ex-presidente da Fundação Perseu Abramo, em palestra profética que fez em Porto Alegre um ano atrás, ao analisar as perspectivas da esquerda para as eleições municipais deste ano, que não são nada animadoras.
Para Pochmann, o PT perdeu o bonde da história e não percebeu as profundas mudanças que passaram pela janela nos últimos anos até a chegada da extrema-direita do capitão Bolsonaro ao poder.
A dois meses da eleição, perdido em seu labirinto, o PT não lidera as pesquisas em nenhuma das principais capitais do país.
É mais dramática a situação em São Paulo, onde o partido corre o risco de não ir para o segundo turno e ainda perder a hegemonia na esquerda para o PSOL, mas nas outras regiões do país o quadro não é mais favorável. O que aconteceu com o partido que venceu quatro eleições presidenciais consecutivas neste século e governou o país até quatro anos atrás?
"A sociedade do final dos anos 70 e início dos anos 80, que deu origem ao PT, não existe mais. Se seguirmos fazendo as coisas do jeito que fizemos até aqui não teremos melhores resultados do que os que já obtivemos", constata Pochman, que foi candidato derrotado do partido a prefeito de Campinas, em 2016.
A pá de cal naquela sociedade civil organizada, que surgiu na Campanha das Diretas, em 1984, da qual o PT se tornou a maior expressão partidária, foi dada com a reforma trabalhista de Michel Temer, após o golpe de 2016, uma sentença de morte para os sindicatos que deram origem ao PT e à CUT.
Quando Lula fala em defesa da classe dos trabalhadores, como fez no 7 de setembro, é o caso de perguntar de quem estamos falando. Quatro entre cada cinco trabalhadores não estão mais na indústria, que hoje representa menos de 10% do PIB (menos do que em 1910), mas nas diversas áreas de serviços.
Sem lideranças e sem condições de reagir ao massacre da nova legislação trabalhista, que praticamente acabou também com a Justiça do Trabalho, eles não se engajam mais em lutas coletivas. Vigora a lei do salve-se quem puder.
O grosso do eleitorado não está mais nas fábricas, mas nos shoppings, call-centers e no Uber ou trabalhando por conta própria.
Carteira assinada virou coisa do passado e quem ainda tem emprego morre de medo de perder o salário no fim do mês. Passa longe dos sindicatos.
"Essa nova realidade não faz parte do discurso dos sindicatos e dos nossos partidos. Estamos com uma retórica envelhecida", afirma o ex-presidente da Fundação Perseu Abramo, um centro de estudos e pesquisas do PT.
Envelheceram as lideranças e os discursos. A esquerda já não sabe como chegar e o que falar para esse eleitorado individualista, conquistado pela teologia da prosperidade das igrejas evangélicas dos Edires e Malafaias, em lugar da teologia da libertação, de católicos como Frei Betto, meu guru.
Ao mesmo tempo, as seitas neopentecostais e as milícias avançaram no espaço deixado aberto por movimentos sociais criados pelas pastorais da ala progressista da Igreja católica, que teve um papel fundamental na formação do partido.
Sem uma organização pela base, nos locais de trabalho e nas universidades, o eleitorado ficou solto no espaço à mercê dos líderes da "nova política", que prometem a salvação aqui e agora, do "deixa que eu resolvo, contra tudo isso que está aí".
De que jeito? Liberando armas e munições para todos, abrindo as porteiras para "passar a boiada" e cada um que se vire.
Com bala, porrada e bomba, a ordem é atropelar quem se puser no caminho - o Congresso, o STF, as ONGs, as entidades que restaram na sociedade civil (ABI, OAB, CNBB). Quem não é aniquilado, é cooptado com gordas verbas federais, como está acontecendo com boa parte da mídia.
Em lugar de assembleias de trabalhadores, nos sindicatos e nos movimentos estudantis, o povo começou a ir cada vez mais às assembleias de Deus para buscar ajuda em territórios dominados pela milícia.
É com essas novas forças políticas, que dominam as redes sociais, unindo governo com mercado financeiro, igrejas evangélicas, policiais e militares, marombados de academias e invasores de terras indígenas, destruidores da Amazônia e do Pantanal, que o país segue em direção ao glorioso passado da ditadura.
Elio Gaspari poderia escrever um novo volume da sua coleção sobre aquele período, agora revivido: " A ditadura esculachada".
Enquanto o atraso avança, o PT, primeiro partido a abrir espaço para as mulheres na política, não é capaz de encontrar nenhuma negra para formar chapa com Jilmar Tatto, seu candidato oficial em São Paulo, neste momento de luta contra o racismo e o machismo.
E acabou formando uma chapa de dois homens brancos, de meia idade, sem nenhuma expressão popular e sem ter uma bandeira para empunhar na campanha. É a vitória do aparelho do partido, que será derrotado nas urnas.
A classe trabalhadora que deu origem ao PT não existe mais. A sociedade civil organizada está hibernando. A classe média assalariada deu lugar a PJs, pessoas jurídicas, e consultores sem vínculo empregatício.
Esta semana, por um desses acasos do destino, se estivessem vivos, d. Paulo e Paulo Freire completariam 99 anos.
Símbolos da resistência à ditadura, eles estariam tristes ao ver que aquele Brasil solidário e justo, com o qual sonharam e ao qual dedicaram suas vidas, perdeu-se no horizonte.
Em seu discurso de Porto Alegre, um antigo reduto do PT de outros tempos, Pochmann lembrou Habermas: "Toda vez que perdemos a referência no horizonte, a gente se debruça sobre amenidades. Temos hoje uma narrativa inapropriada que nos leva à acomodação e a saídas individuais".
"E daí?", perguntaria Bolsonaro.
Confesso que também não saberia o que responder.
Neste momento, em que a luta coletiva por um Brasil para todos, que marcou a história do PT, está numa encruzilhada da vida sem encontrar saídas, se eu votasse em São Paulo não teria dúvidas em apoiar Boulos e Erundina, que pelo menos representam uma esperança.
Ninguém vive sem esperança. Eleição é sempre uma oportunidade para mudar a realidade, por mais adverso que seja o cenário. Foi assim que o PT chegou ao poder, depois de muitas derrotas.
Amanhã será outro dia.
Vida que segue.
sábado, setembro 19, 2020
Paraenses padecem sem a saúde que a propaganda de Helder diz existir
Por Fransinete Florenzano, em seu blog sob o título Sespa e Abelardo Santos negam leito a paciente
O tirano Helder Barbalho e seus lacaios
Por Diógenes Brandão
Passados dois dias das convenções partidárias que definiram os rumos das eleições municipais em Belém, o blog recebeu um áudio bombástico e cheio de detalhes, onde uma importante liderança política, aliada do governador explica como Helder Barbalho operou para que Eder Mauro e Jefferson Lima não fossem candidatos nestas eleições em Belém. O primeiro pelo PSD e o outro pelo PP, o certo é que ambos foram golpeados em seus próprios partidos e devem sair deles assim que houver uma janela.
Após o ocorrido, a covardia da classe política e jornalística se justificava através de manifestações do tipo: "Eles mereceram!", "Não eram Santos" ou "Bem-feito". Tudo ao estilo que do que o senso-comum prega cotidianamente neste país adoecido: bandido bom é bandido morto.
No entanto, as vítimas deste golpe não foram apenas os dois degolados por seus partidos através de uma intervenção imoral por parte de Helder Barbalho. A sociedade e a política paraense é que mais foram atingidas com tal falta de escrúpulos, que nem Maquiavel previu em seus escritos.
A história da política paraense registra um de seus momentos mais cabulosos e nefastos, onde a maioria da classe política se regozija e aplaude o feito antidemocrático e a promiscuidade entre partidos, que reproduzem a política do 'toma lá-dá cá', em plena luz do dia, sob os olhares de todos e quase ninguém diz absolutamente nada.
Ao jornalismo paraense, estuprado e jogado na vala comum, fica os nossos pêsames pela morte abrupta imposta pela família barbalho, que o assassinou com golpes mortais e consentidos.
Aos demais partidos e líderes políticos, que se rendem e se vendem a um governador tirano e sem pudores, a nossa manifestação de nojo pelo estado de putrefação em que se encontram.
O áudio que recebi e me incentivou a escrever este artigo, não virá a público por mim, a pedido do autor.
Crise: Edmilson Rodrigues perde seu braço esquerdo no PSOL
Luiz Araújo deixou o PT para fundar o PSOL, onde viveu até então organizando a corrente interna "Primavera Socialista" e supostame...
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