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terça-feira, agosto 02, 2011

Terruá Pará: Te explica!

Gaby Amarantos, participou do Terruá Pará e do show da virada cultural em SP.

O Deputado Estadual e líder da bancada petista na ALEPA, Sr. Carlos Bordalo, informou através de sua assessoria que ingressará ainda esta tarde na Comissão de Educação, Cultura e Saúde da Assembléia Legislativa do Pará com o pedido de explicações sobre os critério de seleção e valores gastos no Terruá Pará.

O feito pode vai trazer o superman da comunicação do governo, o secretário Ney Messias, ter que baixar à terra para uma digamos, prestação de contas dos R$3 milhões desembolsados pela máquina pública para o evento que privilegiou noites, uma plateia em SP e depois de críticas e sugestões, veio por três dias consecutivos animar 2000 mil pessoas no Teatro Margarida Schivasappa do Centur e promete visitar Marabá e Santarém ainda esse ano.

Vale lembra que neste momento, o governador do Estado do Pará anuncia a recriação de 05 secretarias especiais de governo, as quais consumiram juntas R$ 6 milhões de reais, ou seja a metade do custo do Terruá Pará.

Leia+ sobre o Terruá Pará em:

  

Terruá Pará: Quando a esmola é grande...

Tradicional X Indústria Cultural?

 

terça-feira, junho 28, 2011

Jatene gastou em 2 noites o que será gasto em 6 meses

Me rouba logo!

A 2ª edição do Terruá Pará foi bastante comentada pelos assessores de Jatene, mas nem todos o viram com os mesmos bons olhos, dos que estão na SECOM, sob a indicação e tutela de Ney Messias, aquele apresentador da TV Liberal que depois assumiu a presidência da FUNTELPA, no primeiro governo de Jatene com a missão de recontratar com os Maioranas aquele escandaloso esquema de uso das antenas públicas da TV Cultura e ainda tirou milhões dos cofres públicos para os barões da mídia no Pará, lembram?


Pois é. Almejando ser o Secretário de Cultura do governo tucano, Ney Messias, astuto, mas pouco transitável no ninho tucano, principalmente na velha guarda, acabou sendo preterido por Paulo Chaves, quem adentrou em seu 13º ano de comando da pasta. Há quem diga que o Terruá Pará seja a cobrança de Ney pelo pagamento do "serviço" feito durante a campanha eleitoral, quando este, assim como o totó do Orly, usaram e abusaram de trollagens, jingles, vídeos e textos apócrifos e difamatórios, para desgastar a gestão petista. 

Acontece que o mimo dado por Jatene ao capacho mor, incomodoou outros secretários do governo, que se sentem desprestigiados desde o lançamento da agenda mínima, apresentada pelo governador, na qual se destinou a bagatela de R$ 3 milhões de reais, por duas noites de show, de alguns artístas paraenses escolhidos à dedo para se apresentarem em São Paulo, o que representou o que será a metade do custo operacional das cinco secretarias especiais que Jatene pretende recriar ainda este ano e que juntas custarão ao erário R$ 6 milhões de reais/ano, 500 mil/mês.

Para se ter idéia de como é bom um DAS na Secretaria de Comuicação do Estado, um dos seus diretores recebeu apenas este mês, somente em DIÁRIAS, a bagatela de R$ 3.564,00 mil reais e ficará até o mês de Julho, sete dias após o evento em sampa, por conta do Terruá Pará, fazendo a pós-produção, disque.


Pra quem recebeu uma “herança maldita”, não tá nada mal, hein?!!

Atualização.

Um olhar mais atento no site Transparência Pará, me mostrou que houve "anulação de empenho do próprio exercício" no valor de R$ 1.118,00 reais, ficando então com o total de R$ 2.376,00 em diárias este mês, pela participação de 3 eventos do referido servidor.

quarta-feira, abril 27, 2011

Tecnomelody, os Pubs e a Cultura Popular


 Aparelhagens e bandas de Tecnomelody lutam pelo reconhecimento como Patrimônio Cultural Paraense.
Por Diógenes Brandão

Esta é a segunda vez que trago prá cá minhas impressões sobre o Tecnomelody e suas conturbadas declaração dos defensores e inimigos do ritmo que se afirma cada vez mais com força no cenário local e nacional. A primeira postagem que fiz se deu quando Gaby Amarantos foi convidada para fazer parte da posse presidencial de Dilma em Brasília, no dia 1º de Janeiro deste ano, onde estive e tirei a foto (abaixo) da musa da galera.


Lendo alguns debates pautados na internet sobre a polêmico veto do governador Simão Jatene pela lei enviada pelo legislativo ao executivo para que o Tecnomelody seja reconhecido como Patrimônio Cultural Imaterial do Estado do Pará, resolvi meter o meu dedo sujo, neste lamaçal de hipocrisia.

Inexoravelmente, lembrei-me do Funk, do Carimbó e de outras manifestações da cultura popular que não contaram com análises de acadêmicos, nem tão pouco (precisa?) da rapaziada intelectualóide, reunida nos pub´s dos centros urbanos, a fim de divagarem sobre cultura e manifestações, tidas como fenômenos sociais por uns e baderna e barulheira por outros, gerando assim uma miscelânea de estereótipos e achismo que não tá no gibi.

Os Pubs de Belém e sua árdua tarefa de pensar a cultura popular pelas lentes de experts em goladas.

A semelhança entre os dois ritmos, que podemos dizer, distintos esteticamente em suas batistas e conteúdo das letras, mas com diferenças que não param por aí: ambos não são oriundos das culturas eurocentrista e ianque, por isso, indigesta por alguns setores da high-society paraoara e reverenciada por outra parcela, disposta a gastar em torno de R$ 5 mil à R$ 15 mil reais para equiparem seus veículos com estrutura de som e iluminação e ensurdecerem os desafortunados que cruzarem com estes mini trios elétricos por uma rua de Belém ou alguma praia ou praça do interior do Estado.

Cabe refrescar a memória dos mais jovens que a Dance Music também tem neste tipo de seguidor a mesma atitude, porém o ritmo não é questionado em sua racionalidade e conteúdo. Nas boates de Belém ou nas praias do litoral paraense, as batidas dos pick-ups trazem letras sem nexo (in English) e agitam os corpos em busca de diversão e esta segue para os mesmos mini-trio-elétricos, sem serem perturbados pelos cultos, quiçá analisados em teses blogueanas, no Facebook ou nos 140 dígitos do twitter.

Não vou me alongar falando da moda sertaneja que se alastrou feito a malária trazida por forasteiros para a Amazônia durante a abertura da transamazônica, nem do neo-forró e do neo-pagode, gêneros musicais que não recebem a locução de meu ouvidos. Quero focar nesta questão, que pra mim é agora mais importante: O que é patrimônio cultural imaterial, quem define? Quais os critérios? Os parlamentares estão preparados para defender, são legítimos para indicar, o governo, a academia possuem definições padronizadas? Estas sim, ao meu ver deveriam ser  indagações intelectuais para o debate salutar, sem paixões e produtivas para nossa identidade enquanto sociedade e sua relação transversal com os segmentos que a compõem.

Os ritmos combatidos por uma castra que goza de acesso à PC, faculdades e internet em casa, está pouco se importando se a fantástica mistura negra e indígena continue afastada, recruza à senzala, portanto, do ideal de cultura "superior".

Tal pensamento travestido de bom gosto e ordeiro oculta a miscigenação que  gerou os ritmos paraenses, estes que não são se quer conhecidos pela imensa horda de jovens acadêmicos e proponentes dos conteúdos transmitidos na mídia, o que é pior, pela associação de críticos em bares do Pará, servindo para estes, apenas como mero assessório retórico, quando querem rotularem-se como situados em “suas” raízes culturais, numa reinvenção da hipocrisia que impera sobre o Ver-o-Peso: o lugar mais homenageado por gente que nunca o frequenta como disse outro dia, o @lorodadoca.

Falar de cultura popular exige de seus emissores um respeito e estudo mais fundamentado. Não me basta ter nascido numa comunidade para proclamar-me conhecedor de todas as nuances que geram linguagens, signos e expressões dentro daquele tempo-espaço, sem correr o risco de negar-me ou afirmar algo, em detrimento de outros prismas, igualmente nativos deste lugar.

Fui criado e continuo na periferia de Belém, mas não vou dizer que já fui pichador eu, para justificar e fortalecer meu antagonismo à prática delituosa e condenar quem agora eu acho que suja e enfeia a cidade com esta manifestação só porque eu considero que é de mau gosto, feia, ilegal, e ponto final. Alguns dos melhores grafiteiros mundiais já foram pichadores e hoje tem como desdobramento de seu exercício e manifesto juvenil, o reconhecimento mundo a fora, como artistas contemporâneos.

Passei por vários modismos em minha adolescência, e por ter estudado meu primário todo em escolas particulares, posso dizer que reconheço um pouco o que determina o "bom gosto" dos filhos da pequena-burguesia com esta pobre visão colonial.

Se Sandy e Jr tivessem sido os inventores do tecnomelody, talvez o ritmo não reunisse tantos contrariados e o governador tivesse homologado o projeto transformando o ritmo em patrimônio e pronto (?), mas isso não basta para analisar com profundidade até que ponto a questão racial, social e o processo de afirmação de novos atores no mercado do entretenimento, interferem para o fomento de novos - e velhos - padrões comportamentais ditados pela indústria cultural e semeados no imaginário popular das massas pelos meios de comunicação.

Não é preciso ter frequentando a escola de Frankfurt para entender que o mercado dita conceitos, modela comportamentos e gera reinvenções estéticas com fins comerciais, se retroalimentando permanentemente da sinergia criativa dos grupos que inventam e reproduzem produtos midiáticos, originalmente pensados ou transformados nisto.

Para voltarmos a falar sério sobre esse lance de leis aprovadas na ALEPA e pelo governo de plantão, devemos saber que nesta semana, os deputados estaduais do Pará, em meio à um onda de denúncias de fraudes na casa, aprovaram requerimento de um de seus pares – um iluminado servo de deus - para que o “Louvor Norte” seja elevado à condição de patrimônio cultural paraense.

Cabe perguntar agora se o ti-ti-ti que rola no metiê pseudo-intelectual propagador deste debate, é mesmo sobre cultura, patrimônio, identidade ou pura e meramente gosto e perfil de música e/ou estilo de vida?

Ouço tecnomelody mesmo quando não sou obrigado a parar ou ficar próximo de algum lugar que este ritmo esteja sendo executado, já estive em festas onde ou toca-se o ritmo ou a festa fica sem público e acho que não tenho o direito de abafar a expressão e o exercício desta manifestação que  reflete os conteúdos nutridos por estes olhares sobre a realidade sociocultural de determinadas camadas da população, independente das classes sociais. A formação intelectual e cultural de cada um independe e ao mesmo tempo, paradoxalmente, está ligada a estas condições.

A hipocrisia provinciana gosta mesmo é de tecnodance e não admite.

Sou apoiador e entusiasta da campanha nacional que visa elevar o Carimbó como Patrimônio Cultural Imaterial Brasileiro e ouço/leio muita gente que para bradar contra os demais, no púlpito do "intelecto-bar", diz que gosta do ritmo, mas nunca comprou um CD dos mestres que se mantêm vivos de tudo que é tipo de profissão, menos como músico. 
Mestre Verequete, ignorado por grande parte da juventude, deixou o legado da resistência da cultura popular através do carimbó, retratadado no Filme Verequete de Luiz Arnando Campos e Rogério Pereira.

Posso afirmar que a esmagadora maioria destas pessoas nunca foi para uma rodada de Carimbó, nem se quer, sabem dançar ou cantar o ritmo, no máximo, conhecem dois ou três refrãos de músicas do Pinduca, estas por serem veiculadas nas propagandas de TV, ignorando ilustres artistas paraenses como Mestre Lucindo, Cupijó, Verequete, Onete Gama e outros ainda vivos, graças ao seu labor em outras áreas, pois não tem o merecido reconhecimento.

Como se não bastasse, o Carimbó também era visto como um ato de rebeldia e manifestação dos bárbaros negros que começavam sua emancipação no final do século XVIII no Pará e o Funk ao fomentar crítica à omissão do Estado e denunciar os esquemas corruptos que se favorecem do crime como o judiciário e a política assim como a polícia, todos corruptíveis e mantenedores do status quo de miséria imposta por décadas aquele povo.

Assim como está acontecendo no Pará com o tecno-melody no Pará, o Rio de Janeiro se viu envolto a uma polêmica quando foi para aprovar o funk como patrimônio cultural. Setores da academia ecoaram em revistas, artigos de jornais e em programas de TV a reação das favelas cariocas ao sistema que lhe é imposto.

As letras do Funk predominantemente retratam a dura realidade à que vivem as comunidades dos morros cariocas e aqui o tecno-melody em suas letras traz um romantismo (piegas?) regado às interpretações de relacionamentos frustrados, platônicos ou mal resolvidos que misturado ao ritmo frenético e um estilo de dança incomum, fatalmente desagrada os olhares educados com outros gostos.

Por isso, ou não só por isso, ser crível que o funk, o tecnomelody, o Carimbó e os cultos afro-religiosos sejam venerados por esta rapaziada bem nutrida e notívaga que tergiverseia noite à dentro, seja nas faculdades, na web e nas tabernas de Belém é o mesmo que esperar que Karl Marx seja homenageado com uma estátua no epicentro de Wall Street.

À direita a Avenida Dalcídio Jurandir (nome na Placa) que perdeu o título que homenageava do ilustre escritor paraense, conhecido mundialmente, por um capricho da Assembléia de Deus para comemorar seu centenário de fundação.

Por fim, quero viver para participar de debates aqui em Belém que salientem a indignação e por consequência que haja alteração dos nomes de várias ruas de Belém que seguem como homenagens à militares assassinos, governantes corruptos e contraditoriamente ver personalidades como o escritor Dalcídio Jurandir terem a homenagem ao seu nome configurado como uma avenida recém-inaugurada e alguns meses depois serem usurpados do pequeno e importante gesto do governo do Estado em 2010, para render homenagens aos 100 aos da Assembléia de Deus no Pará, aprovado por (pasmem!) unanimidade na Câmara de Vereadores de Belém.

Onde está o debate sobre esse barulho ensurdecedor?

Siga-me no twitter. 
@Jimmynight.

segunda-feira, março 14, 2011

O Marajó


Todas as fotos são do arquipélago do Marajó, que sofre pelo abandono dos poderes públicos constituídos mas que resiste com a criatividade e luta deste povo. A última, acima, é do Museu do Marajó, fundado pelo padre Giovanni Gallo.

Além do Museu, o Marajó é berço de personalidades da literatura brasileira como Dalcídio Jurandir. Dalcídio era comunista e lutou contra a ditadura, transformando-se em importante líder político neste período.

Sua casa, abandonada, merecia ser recuperada e tratada como patrimônio cultural assim como o Museu do Marajó mas ambos sofrem pelo abandono e descaço de quem deveria proteger e valorizar.

O autor das fotos e organizador da Mostra Fotográfica "Marajoando", chama-se Paulo de Carvalho que além de fotográfo é designer gráfico, pesquisador e produtor cultural e jornalista, responsável pelo blog http://marajoando.blogspot.com/

terça-feira, fevereiro 08, 2011

Carnaval na Cidade Velha


Sou Janio Miglio, um dos Coordenadores da Associação dos Moradores da Cidade Velha e mais uma vez tenho de comentar esses absurdos que fazem com o Carnaval em Belém. Esse carnaval no querido bairro, o bairro mais antigo e charmoso de Belém, já se tornou tradição e está automaticamente incluído na agenda cultural da cidade. Já se passaram muitos anos, a perder de vista e cada vez mais o POVO agradece por se deixar realizar. Lembro que o governo passado, ao invés de proibir deu foi estrutura para que esse carnaval acontecesse.


Quem não lembra dos banheiros químicos dispostos nas ruas Dr. Malcher e Dr. Assis? A segurança policial na área? Há dois domingos atrás a polícia invadiu a Cidade Velha com aparato de guerra, desde helicóptero tinha, mas para "escangalhar com a alegria do Povo", quando deveria ser feito para dar segurança ao evento, pois nosso sacrifício do dia a dia, pagando os tão caros impostos, nos dá o direito e dever de pagar a Polícia para nossa segurança.


O mais interessante é que as autoridades não se dão conta do erro que cometem, pois estão buscando quaisquer desculpas para que o evento não se realize e o pior, está se eximindo da tarefa essencial que é proteger a sociedade como um todo e não agredir com tamanha intolerância. Desconheço que os moradores da Cidade Velha estão fazendo abaixo assinado para que a folia de Momo deixe de existir no bairro. Se houver, são bem poucos, pois a maioria de nossos moradores sempre apoiou o carnaval. Já temos um abaixo assinado pela Associação dos Moradores entregue nas mãos do Eloy (bloco Fofó de Belém) em apoio à continuidade dessa fabulosa manifestação cultural.


Peço que essa situação seja revista, pois não será por causa de poucos que nossa tradição carnavalesca mais uma vez venha a ser desmantelada. Lembram do nosso carnaval dos anos 70/80? O que aconteceu? As autoridades proibiram o carnaval no centro e que ele deveria ser feito nos bairros? E agora, qual é a desculpa? Em Olinda-PE o carnaval é realizado todos os anos com sucesso e em seu itinerário existem pra mais de 30 igrejas católicas e até agora a civilidade não deixou que acabassem com o carnaval de lá. (DIREITO DO POVO).

Vale ressaltar que o Carnaval também está no calendário da Igreja Católica.

Jânio Miglio - Coordenador da Associação dos Moradores da Cidade Velha.

quinta-feira, janeiro 13, 2011

O que ela disse

Ana de Hollanda em sua posse dia 03.01.2011.

 "Visões gerais da questão cultural brasileira, discutindo estruturas e sistemas, muitas vezes obscurecem – e parecem até anular – a figura do criador e o processo criativo. Se há um pecado que não vou cometer, é este. Pelo contrário: o Ministério vai ceder a todas as tentações da criatividade cultural brasileira. A criação vai estar no centro de todas as nossas atenções. A imensa criatividade, a imensa diversidade cultural do povo mestiço do Brasil, país de todas as misturas e de todos os sincretismos. Criatividade e diversidade que, ao mesmo tempo, se entrelaçam e se resolvem num conjunto único de cultura. Este é o verdadeiro milagre brasileiro, que vai do Círio de Nazaré às colunatas do Palácio da Alvorada, passando por muitas cores e tambores."

Ana de Holanda, Ministra da Cultura em seu discurso de posse citando o Círio de Nazaré como uma das expressão cultural brasileira à ser valorizada em sua gestão.

quarta-feira, dezembro 15, 2010

9º Festi Rimbó de Santarém Novo para o Mundo.

FESTIVAL DE CARIMBÓ DE SANTARÉM NOVO REÚNE A DIVERSIDADE CULTURAL DO CARIMBÓ EM PROL DO RECONHECIMENTO COMO PATRIMÔNIO CULTURAL IMATERIAL DO BRASIL


OS CURIMBÓS CONVIDAM PARA A GRANDE FESTA DO CARIMBÓ PARAENSE...

Dezembro vem chegando ao som dos tambores, trazendo com ele o 9º FEST RIMBÓ – Festival de Carimbó de Santarém Novo, espalhando alegria e energia pela cidade nos dias 18 e 19 de dezembro de 2010, antecedendo a tradicional festividade de carimbó da centenária Irmandade de São Benedito.

Realizado pela Irmandade de Carimbó de São Benedito desde 2002, o FEST RIMBÓ é muito mais do que um simples evento anual, consolidando-se como um dos principais espaços de valorização e difusão da cultura popular paraense. Território de encontro e celebração da diversidade do carimbó e suas várias vertentes, ao longo desses anos o Festival criou atividades importantes como Seminários, Encontro dos Mestres de Carimbó, Oficinas de Saberes e Fazeres do Carimbó, Mini-Festival com grupos infantis e Circuito Carimbó nas Escolas, além do Troféu Mestre Celé de Carimbó (estilos raiz e livre) e de animados bailes e shows com grupos regionais e locais.

O evento é organizado pela Irmandade de Carimbó de São Benedito, tendo este ano como parceiro o Ponto de Cultura Cruzeirinho, com o apoio do Prêmio Areté/Cultura Viva da Secretaria de Cidadania Cultural do Ministério da Cultura, do IPHAN-PA, do SESC-PA, da SECULT-PA e Fundação Curro Velho, além da Secretaria Municipal de Educação, Câmara Municipal de Santarém Novo e Casa Grande.

O Festival de Carimbó de Santarém Novo tem como bandeira principal “o reconhecimento do Carimbó como Patrimônio Cultural Brasileiro”, buscando revelar ao Pará e ao Brasil toda a beleza, força e originalidade dessa tradição ancestral, apresentando as suas diversas expressões, tão ricas em timbres e estilos, dando visibilidade aos mestres tradicionais e estimulando os jovens músicos e dançarinos que são a garantia de sua continuidade e renovação.

Acreditando ser necessário unir a festa com a reflexão, o show com o debate, a educação e a oralidade, o palco com a roda de conversas, cantos e danças, o Festival tem assumido a tarefa maior da construção de um dinâmico movimento cultural do carimbó, organizado pelas comunidades, grupos e mestres carimbozeiros que lutam por reconhecimento e dignidade. Este tem sido o objetivo maior deste Festival, considerado o principal evento vinculado ao movimento que luta pelo reconhecimento oficial do Carimbó em nível nacional.

Por isso mesmo o 9º FEST RIMBÓ continua sendo o espaço privilegiado de articulação da Campanha “Carimbó Patrimônio Cultural Brasileiro”, movimento cultural e social nascido no festival de 2005 e que vem lutando para registrar o Carimbó paraense como patrimônio cultural imaterial do Brasil. Alguns frutos dessa iniciativa já começam a surgir, como a recente ação de salvaguarda da Flauta Artesanal do Carimbó realizada pelo IPHAN-Pará e o IAP.
Carimbó e Samba de Roda se encontram em Santarém Novo para discutir ações de salvaguarda para a cultura popular tradicional
Como parte da programação do Festival, a Campanha do Carimbó promove seu 6º Seminário, atividade criada para discutir junto aos grupos e artistas as questões relacionadas ao processo de registro do Carimbó em andamento e também as estratégias de fortalecimento e continuidade da manifestação na região.

Desta vez abordando o tema “O Carimbó e sua salvaguarda”, o seminária terá a participação inédita de representantes do Samba de Roda do Recôncavo Bahiano, tradição ancestral que já é registrada como patrimônio imaterial do Brasil pelo IPHAN e reconhecida pela UNESCO como Patrimônio Cultural da Humanidade. O convite partiu da Irmandade de Carimbó de São Benedito (Santarém Novo) para a Associação de Sambadores e Sambadeiras do Estado da Bahia (ASSEBA), entidade que congrega os diversos grupos de Samba de Roda da região e que hoje é a principal organização a frente dessa manifestação.

Segundo Rosildo do Rosário, presidente da ASSEBA, o encontro do Carimbó com o Samba de Roda será uma experiência valiosa para a construção de novas ações que garantam a salvaguarda, a valorização e a difusão da cultura popular tradicional do país. Para Isaac Loureiro, presidente da Irmandade de Carimbó de São Benedito, a presença da ASSEBA no Festival é fundamental para se conhecer as estratégias utilizadas pelos sambadeiros bahianos durante o processo de registro como patrimônio imaterial do Brasil e de como conseguiram o reconhecimento da UNESCO, uma conquista que a Campanha do Carimbó também pretende alcançar em breve.

O Seminário também terá a participação do IPHAN-Pará, que irá apresentar os resultados do inventário do Carimbó em andamento e as ações do projeto Sopro do Carimbó realizado em parceria com o IAP, primeira iniciativa de salvaguarda oficial resultante do pedido de registro como patrimônio cultural imaterial.

Além do Seminário, o Festival realiza também o VI Encontro de Mestres do Carimbó, espaço destinado a trocas, vivências e articulações entre mestres e mestras tradicionais que lutam pelo reconhecimento de seus saberes e fazeres. Contando com a participação de várias instituições culturais, como a Secretaria da Identidade e Diversidade Cultural do Ministério da Cultura, a SECULT-Pará e Fundação Curro Velho, o Encontro deste ano pretende abordar questões como o recém-criado Plano Nacional das Culturas Populares, a Lei Griô Nacional e a Lei dos Tesouros Humanos do Pará, propostas de políticas públicas que podem contribuir para a efetiva valorização de mestres e artistas populares, além assegurar os processos de transmissão oral junto às escolas e comunidades, ressaltando a importância desses mestres na preservação e transmissão da cultura tradicional às novas gerações.

A diversidade de sons, ritmos e tradições do Carimbó em um só lugar
O Festival de 2010 inclui ainda 9ª versão do Concurso de Composições de Carimbó, agora chamado “Troféu Mestre Celé de Carimbó” em homenagem a um dos mestres da Irmandade já falecido. Aberto a grupos de todo o Pará, o Troféu Mestre Celé tem proporcionado visibilidade e valorização de grupos e compositores de carimbó em atividade, distribuindo premiações nos estilos Raiz (ou tradicional, pau-e-corda) e Livre (que permite releituras e fusões), reconhecendo e afirmando a rica diversidade musical da manifestação. Hoje é considerada a mais antiga e representativa mostra de carimbó do Pará, recebendo grupos e mestres vindos dos municípios da região do Salgado, Marajó e Belém, revelando a beleza e diversidade dos sotaques e estilos desta tradição ancestral.

É uma oportunidade única para conhecer e se encantar com a variedade e o colorido das diversas tradições carimbozeiras do Pará: o carimbó praiano das comunidades do litoral atlântico como Salinópolis, Maracanã, Marapanim, Curuçá, o carimbó marajoara de Soure e Cachoeira do Arari, o carimbó urbano de Belém e Ananindeua e o carimbó de São Benedito, este existente apenas em Santarém Novo e Quatipurú. Veja aqui o REGULAMENTO e a FICHA DE INSCRIÇÃO do Troféu Mestre Celé.

E no FEST RIMBÓ o Carimbó não é coisa só de adultos não. O Mini-Festival de Carimbó com os grupos mirins é outra atividade criada para incentivar essa renovação e continuidade da tradição do carimbó. Realizado desde 2005, trata-se de uma mostra não-competitiva dos vários grupos de carimbó formados por crianças e adolescentes da região, a cada ano com novos grupos surgindo e revelando a força dessa manifestação junto às novas gerações. O FEST RIMBÓ foi o primeiro evento a oferecer esse espaço para as crianças e adolescentes mostrarem o talento herdado de seus pais, sendo referência para a criação de grupos mirins em vários outros municípios da região.

Carimbó, um saber de tradição oral que sustenta nossa identidade e ancestralidade
O Festival de Santarém Novo sempre teve a proposta de promover não apenas o espetáculo no palco, mas também reconhecer a importância do conhecimento tradicional presente no Carimbó, favorecendo sua salvaguarda. As Oficinas de Saberes e Fazeres do Carimbó, ministradas por mestres da Irmandade, se inserem no esforço da comunidade em transmitir sua tradição oral aos mais jovens e assim assegurar sua preservação e continuidade. Realizadas desde 2005, utilizam a pedagogia da oralidade e privilegiam os saberes de mestres e mestras da própria comunidade. Nesta edição serão ofertadas oficinas gratuitas de confecção de instrumentos artesanais (percussão e flauta), batuques, danças tradicionais, entre outras.


A educação formal também é envolvida através do Circuito Cultural Carimbó nas Escolas, atividade que promove uma variada programação cultural nas escolas públicas locais no período que antecede o Festival. Desse modo busca-se a parceria com a escola pública como estratégia de promover e afirmar a força, a beleza e a diversidade deste valioso bem cultural.

O festival realizará ainda Arrastões de Carimbó, Festa no Barracão, Alvoradas, Feira de Artes e Sabores Amazônicos, Cine-Carimbó e animados bailes e shows com grupos regionais, como o Grupo Cruzeirinho (Soure) e locais, como o Grupo Os Quentes da Madrugada.

Confira aqui a PROGRAMAÇÃO COMPLETA do Festival.

Todas as atividades do evento serão gratuitas e abertas ao público.

Para saber mais sobre o evento, baixe aqui o RELEASE COMPLETO

INFORMAÇÕES E CONTATOS

•(91) 8722-9502 ou 8722-9502 (Isaac Loureiro)
•(91) 9623-6878 ou 8253-2798 (Solange Loureiro)

Visite o blog do Festival:
http://www.festrimbo.blogspot.com/
Mande um e-mail: carimbopatrimonioculturalBR@gmail.com

terça-feira, novembro 16, 2010

Carimbó pega a Estrada

Com o apoio da FUNARTE, o grupo Quentes da Madrugada, de Santarém Novo (PA) promove a difusão do carimbó em 8 cidades do Pará, Maranhão, Tocantins, Goiás e no Distrito Federal

O Carimbó é a música e a dança tradicional paraense por excelência, cuja manifestação ocorre há mais de dois séculos em quase todas as regiões do Estado. Junção caprichosa do pé batido indígena com o rebolado africano, preservado nas comunidades pela oralidade dos mestres populares, afirmamos mesmo que o Carimbó é parte essencial da alma paraense e amazônida, um componente fundamental da identidade cultural brasileira. A Irmandade de Carimbó de São Benedito, da cidade de Santarém Novo, apresenta características particulares que a destacam dos demais grupos e comunidades carimbozeiras do estado. Fundada em meados do século XIX, a Irmandade mantém uma tradição extremamente complexa que envolve onze dias ininterruptos de festa, conduzidos pelo lendário conjunto musical “Os Quentes da Madrugada”, reconhecidos nacionalmente como um dos grupos mais tradicionais e autênticos do carimbó paraense.

Referência fundamental da cultura popular de nossa região, desde 2005 a Irmandade também é a principal responsável pela articulação do processo de registro do Carimbó como Patrimônio Imaterial da Cultura Brasileira junto ao IPHAN. Foi dela a iniciativa de iniciar a luta por esse reconhecimento nacional, organizando desde então a Campanha Carimbó Patrimônio Cultural Brasileiro hoje considerado um dos mais importantes movimentos culturais da região Norte. O Circuito Carimbó BR Adentro é uma iniciativa inserida nesse processo de sensibilização e mobilização da sociedade brasileira em prol da valorização do carimbó e suas tradições, visando contribuir para revelar ao Brasil toda a beleza e originalidade dessa manifestação, fortalecendo o movimento pelo seu reconhecimento e difusão.

Único projeto paraense contemplado pelo Prêmio Circuito Funarte de Música Popular 2010, o Circuito Carimbó BR Adentro irá realizar a circulação do grupo Os Quentes da Madrugada – da Irmandade de Carimbó de São Benedito - pelos Estados do Pará, Maranhão, Tocantins, Goiás e o Distrito Federal, chegando a 08 cidades ao longo da Rodovia Belém-Brasília (BR-010) e seu entorno, a bordo de um ônibus, realizando gratuitamente espetáculos de música e dança de carimbó, oficinas de percussão e dança, rodas de conversas com mestres da Irmandade e mestres locais, além de atividades de intercâmbio, confraternização e solidariedade com grupos e comunidades de cultura popular em cada localidade percorrida.

Durante o trajeto o grupo também irá promover nas comunidades visitadas ações de divulgação e mobilização em prol da Campanha Carimbó Patrimônio Cultural Brasileiro e da Lei Griô Nacional, em parceria com grupos e instituições culturais locais.

O objetivo é promover o reconhecimento, a valorização e a difusão em nível nacional de toda a beleza, tradição e originalidade do nosso Carimbó, em particular o singular Carimbó da Irmandade de São Benedito, uma manifestação de cultura popular tradicional de origem negra e indígena que se mantém de forma ininterrupta há quase duzentos anos na cidade de Santarém Novo, na região Nordeste do Pará. O circuito será realizado no periodo de 16 de novembro a 02 de dezembro de 2010, sendo uma realização da Irmandade de Carimbó de São Benedito com o apoio do Prêmio Circuito FUNARTE de Música Popular e da SEDUC-PA, em parceria com a Campanha Carimbó Patrimônio Cultural Brasileiro, SESC Pará, Guaimbê e Ponto de Cultura Quintal da Aldeia (GO), Ponto de Cultura Tambores do Tocantins e Ponto de Cultura Canto das Artes (TO), Universidade de Brasília, Pontão de Cultura 508 Sul, Rede Candanga de Cultura e Fuá do Terreiro (DF), Fundação Cultural de Imperatriz (MA), Secretaria de Cultura de Paragominas e Secretaria de Cultura de São Miguel do Guamá (PA).

Todas as atividades do projeto serão gratuitas e abertas ao público. Confira aqui a programação do Circuito:

Belém (PA) Dia 16/novembro Show no II Encontro Nacional de Cultura do SESC Pará, Estação das Docas - 18 h Brasília (DF) Dia 18/novembro Oficinas no Espaço Cultural Renato Russo, Q. 508 Sul, W3 Sul - 14h Roda de Conversa na UNB, Sala Samambaia, Depto. De Música - 19 h Dia 19/novembro Show no Teatro Galpão, Espaço Cultural Renato Russo, 508 Sul - 20h Pirenópolis (GO) Dia 20/novembro Roda de Conversa no Cine Pireneus – 15h Show no Cine Pireneus, 21h Dia 21/novembro Roda de Carimbó, Boi e brincadeiras de roda no Coreto da Praça do Artesanato - 10h Oficinas no Quintal da Aldeia – 15 h Baile no Quintal da Aldeia – 21 h Taquaruçu-Palmas (TO) Dia 23 e 24/novembro Roda de Conversa e Oficinas no Ponto de Cultura Canto das Artes – 15h Dia 24/novembro Show no mesmo local – 20h Porto Nacional (TO) Dias 25 e 26/novembro Oficinas e Roda de Conversa no Ponto de Cultura Tambores do Tocantins, Centro das Crianças Drª Heloisa Lotufo Manzano, Parque Eldorado – 15h Show no mesmo espaço – 20h Imperatriz (MA) Dias 27 e 28/novembro Oficinas na Fundação Cultural de Imperatriz, Rua Luis Domingues, Centro – 15 h Roda de Conversa no mesmo local – 09h Show no Espaço Cultural da Fundação – 20h Paragominas (PA) Dia 29/novembro Roda de Conversa no Teatro Reinaldo Castanheira, na Secult – 15h Dia 30/novembro Oficina no mesmo espaço – 09h Show na Praça Célio Miranda – 19h São Miguel do Guamá (PA) Dias 01 e 02/dezembro Oficinas e Roda de Conversa na Escola São José Operário – 09h e 15h Show na Festividade de São Miguel Arcanjo, Largo de Nazaré – 21h Contatos e Informações

Telefones: (91) 8722-9502/ 9623-6878/ 8253-2798/8263-9738 Blog: www.campanhacarimbo.blogspot.com E-mail: carimbopatrimonioculturalBR@gmail.com Orkut: campanhacarimbo@gmail.com

sábado, junho 05, 2010

Ver o Peso

Ver o Peso
Construído em 1625 no extremo norte do Brasil, localizado as margens da baia do Guajará, o Ver-o-peso, além de ser uma das maravilhas da cidade de Belém, é tema de inspiração para poetas como do saudoso poeta Max Martins. O Ver-o-peso além de ser um dos maiores portos de pescado do país, é considerada uma das maiores feiras livres da America latina. Segundo a Secretária municipal de Economia, na Feira do Ver-o-Peso trabalham mais de cinco mil pessoas, em 1.250 barracas, distribuídas em 19 setores, que vão desde hortifrutigranjeiros, importados, mercearia, refeição, a peixe seco, artesanato e ervas medicinais.
É lá onde encontramos um dos produtos mais peculiares, o Cheiro do Pará, uma espécie de banho de ervas. Entre os 80 pontos que se ocupam dessa atividade, está a famosa barraca da Senhora Beth cheirosinha, que trabalha no ramo há mais de quatro décadas. Queres mais, vá no Vitor Pedra.

quinta-feira, maio 13, 2010

"O Glorioso" chega à Belém

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Pelo 9º ano consecutivo, a irmandade do Glorioso São Sebastião de Cachoeira do Arari chegou ontem à noite à Belém trazendo a imagem peregrina do santo do Marajó.

A programação que se estenderá até o dia 06 de Junho, está prevista para visitar mais de 100 famílias marajoaras em Belém além de órgãos públicos, entre os quais: SEDUC, SECULT, Fundação Cultural Tancredo Neves, SEBRAE, IAP e IPHAN.

No início deste ano, os devotos do santo tiveram a alegria de verem a governadora Ana Júlia sancionar a lei que reconheceu como patrimônio cultural* de natureza imaterial do Estado do Pará a Festa de São Sebastião, do município de Cachoeira do Arari, na Ilha do Marajó.

A proposta de lei foi apresentada pelo deputado estadual Carlos Martins (PT), aos seus pares na ALEPA, atendendo aos pedidos feitos pela Irmandade de São Sebastião de Cachoeira do Arari e diversos devotos do santo.

A Festa

Entre as diversas manifestações culturais do Estado, a Festividade de São Sebastião de Cachoeira do Arari é sem dúvida uma das mais prestigiadas e tradicionais que remonta ao ano de 1747 e desde então reúne o povo marajoara para receber as bênçãos das primeiras chuvas trazidas por São Sebastião, após o verão intenso que castiga os campos e o gado no Marajó.


A festa acontece entre os dias 10 e 20 de janeiro e é embalada por uma bebida típica chamada “leite-de-onça”, um preparado a base de leite de búfala que é fartamente produzida pela comunidade.

No dia 20, acontece o encerramento da programação com a tradicional derrubada dos mastros. Em seguida, os mastros são conduzidos pelas ruas da cidade para o tradicional banho de lama, onde de acordo com a tradição, ninguém presente na festa pode ficar limpo e deve, obrigatoriamente, ser “lambuzado com a lama sagrada das primeiras chuvas do ano trazidas pelo Glorioso São Sebastião”, revela Albertinho Leão, secretário adjunto de Gestão da SEDUC, que é devoto do Santo desde a infância.

Encontro

De 04 a 06 de Junho a Fundação Curro Velho será palco da grande confraternização da Colônia Marajoara em Belém que contará com apresentação de grupos folclóricos, banda musical venda de comidas típicas do Marajó e no domingo (06) às 18h, será exibido o documentário O Glorioso”, com direção, fotografia e edição de Gavin Andrews e que contou com a participação da equipe de pesquisadores do IPHAN, no âmbito do inventário cultural que visa alçar a festa do santo como patrimônio Imaterial Brasileiro. Para tal, uma pesquisa realizada desde 2004, registra através de relatos, filmagens e fotografias tudo que envolve a tradicional festividade.

Maiores Informações com Fátima Bragança: 9968.3084 / 8426.4100 e Mercês Barbosa: 8401-1630.

*A UNESCO define como Patrimônio Cultural Imaterial "as práticas, representações, expressões, conhecimentos e técnicas - junto com os instrumentos, objetos, artefatos e lugares culturais que lhes são associados - que as comunidades, os grupos e, em alguns casos, os indivíduos reconhecem como parte integrante de seu patrimônio cultural."

sexta-feira, janeiro 08, 2010

Festividade de São Sebastião agora é Patrimônio Cultural Paraense


O povo marajoara e todos os devotos do São Sebastião tem muito a comemorar durante as festividades de São Sebastião deste ano, já que a governadora Ana Júlia Carepa, reconheceu como patrimônio cultural de natureza imaterial do Estado do Pará a Festa de São Sebastião, do município de Cachoeira do Arari, na Ilha do Marajó.


A proposta de lei foi apresentada pelo deputado estadual Carlos Martins  (PT), aos seus pares na ALEPA, atendendo aos pedidos feitos pela Irmandade de São Sebastião de Cachoeira do Arari e diversos devotos do santo.


Entre as diversas manifestações culturais do Estado, a Festividade de São Sebastião de Cachoeira do Arari é sem dúvida uma das mais prestigiadas e tradicionais que remonta ao ano de 1747, acontecendo a partir de então  entre os dias 10 e 20 de janeiro, quando o povo marajoara realiza um dos eventos mais importantes do calendário cultural paraense.


A festa do Glorioso São Sebastião reúne o povo marajoara para receber as bênçãos das primeiras chuvas trazidas por São Sebastião, após o verão intenso que castiga os campos e o gado no Marajó.


Além das manifestações religiosas, várias competições esportivas fazem parte da festa, como a prova de resistência de cavalos, onde se destacam os da raça marajoara, a Luta Marajoara, Prova da Argolinha e a prova de atletismo Lulu Rabêlo, iniciada em 1932 e reeditada este ano.



No dia 20, acontece o encerramento da programação com a tradicional derrubada dos mastros. Em seguida, os mastros são conduzidos pelas ruas da cidade para o tradicional banho de lama, onde de acordo com a tradição, ninguém presente na festa pode ficar limpo e deve, obrigatoriamente, ser “lambuzado com a lama sagrada das primeiras chuvas do ano trazidas pelo Glorioso São Sebastião”, revela Albertinho Leão, que é devoto do Santo desde a infância.


A festa é embalada por uma bebida típica do local chamada “leite-de-onça”, um preparado a base de leite de búfala que é fartamente produzido pela comunidade e consumida pelas ruas onde se a multidão transita durante a manifestação popular.


Ainda este mês, o Departamento de Patrimônio Imaterial do IPHAN encaminhou carta ao Museu do Marajó onde informou a possibilidade da Festa de Cachoeira servir de referência para transforma a manifestação como patrimônio Cultural Brasileiro em todos os municípios do arquipélago.

Agora a Festa de São Sebastião de Cachoeira do Arari é lei  e para comemorar o fato histórico, dia 20 deste mês a governadora Ana Júlia estará presente para comemorar o feito histórico que transformou em lei esta manifestação cultural.

Crise: Edmilson Rodrigues perde seu braço esquerdo no PSOL

Luiz Araújo deixou o PT para fundar o PSOL, onde viveu até então organizando a corrente interna "Primavera Socialista" e supostame...