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quarta-feira, janeiro 25, 2017

Prefeito paulista pratica vandalismo e pode ser processado

Eleito prefeito de SP, Dória se fantasia de gari e vai varrer ruas e vandalizar paredes grafitadas. 

Por Liana Cirne Lins

Aos amigos e amigas de São Paulo: o que o prefeito João Dória está fazendo ao cobrir os grafites da cidade é se apropriar do patrimônio cultural que é da coletividade não como se fosse seu gestor, mas sim como se fosse seu único proprietário e titular.

O que ele fez, ao dilapidar o patrimônio artístico considerado como uma das mais relevantes 'street art' do mundo, enquadra-se no parágrafo 1o do art. 1o da Lei n. 4.717/65, Lei da Ação Popular, que determina que se consideram patrimônio público os bens e direitos de valor econômico, artístico, estético, histórico ou turístico.

Do mesmo modo, pode ser interpretado como crime de dano qualificado, nos termos do art. 163, parágrafo único, inciso III, do Código Penal:

"Art. 163 - Destruir, inutilizar ou deteriorar coisa alheia:
Dano qualificado
Parágrafo único - Se o crime é cometido:
III - contra o patrimônio da União, Estado, Município, empresa concessionária de serviços públicos ou sociedade de economia mista."

A lei de ação popular protege os bens públicos de lesão por parte dos seus administradores e pode ser impetrada por qualquer cidadão com título de eleitor.

Isto significa que os grafiteiros, artistas ou cidadãos que se sentiram prejudicados pelo enfeiamento da cidade, provocado pela destruição das obras de arte urbana, podem denunciar o prefeito por crime de dano qualificado junto à delegacia de danos contra o patrimônio público competente.

Também podem propor ação popular pleiteando indenização por dano moral coletivo, obrigação de restaurar as obras de arte urbana e obrigação de se abster de propagar a destruição do patrimônio artístico da cidade.

Registros fotográficos e pareceres técnicos de professores de arte e artistas do Brasil e do mundo servem para embasar documentalmente a ação.

Quem sabe assim o João Doria se fantasia de grafiteiro? Ou quem sabe até de presidiário?

segunda-feira, janeiro 02, 2017

PT precisa admitir erros para voltar a ter força política, diz Edinho Silva

Edinho Silva, ex-ministro da Secretaria de Comunicação do governo Dilma e prefeito eleito de Araraquara.

Por Marcelo Toledo, na Folha

O PT precisa reconhecer seus erros e, a partir disso, reivindicar suas conquistas, para continuar tendo relevância no cenário político brasileiro. A afirmação é de Edinho Silva, ex-ministro (Comunicação Social) de Dilma Rousseff que vai governar pela terceira vez Araraquara, maior cidade vencida pelo PT em São Paulo (228 mil habitantes), a partir de janeiro.

Para ele, a sociedade esperava que o PT fosse diferente de outros partidos, que fizesse as reformas necessárias e não reproduzisse o mesmo modelo de financiamento de outras legendas, o que não ocorreu. Leia, a seguir, os principais trechos da entrevista à Folha.

Folha - O que o PT precisa mudar para tentar sobreviver, a partir do encolhimento visto nas eleições?

Edinho Silva - Tenho avaliação de que a crise é do modelo político-partidário brasileiro. Evidentemente, atinge de forma específica o PT por ter sido o partido que ganhou as quatro últimas eleições nacionais. Agora, o processo para que o PT volte a ter a força que teve em eleições anteriores, e 2016 mostrou uma redução grande da perspectiva eleitoral do partido, passa primeiro por entendermos o momento, entendermos o que a sociedade espera do PT. Não tenho dúvidas que, se tiver capacidade de reconhecer os seus erros, que são erros do modelo político-partidário, não tenho dúvida que o legado do PT é muito grande, muito forte, ele tem muito enraizamento na sociedade brasileira. Se fizer um gesto nessa crise partidária que vivemos, reconhecer seus erros e reivindicar o legado que tem, não tenho dúvida da força do PT.

E qual é o principal erro a ser reconhecido?

O que ruiu foi o modelo político de financiamento, e a sociedade esperava de nós que fizéssemos diferente, não reproduzíssemos o mesmo modelo. É um erro a partir da expectativa da sociedade, que queria algo diferente. O fato de ter governado o Brasil por três mandatos consecutivos e não ter feito reforma político-partidária e reforma política, penso que talvez tenha sido nosso maior erro. Não ter criado um novo modelo, mostrar para a sociedade brasileira que o modelo político-partidário poderia ser diferente, que a relação da sociedade com o Estado poderia ser outra. Impunha reformas que nós não fizemos.

Quem o PT deveria lançar como candidato à presidência em 2018?

Acho que está muito cedo para definir a tática eleitoral de 2018. Tem de abrir esse debate, mas nesse momento penso que ainda não dá para dizer que temos um nome. Claro que o PT a partir de 2017 tem de construir um nome, lançar um nome, até para unificar o partido e poder dialogar com os demais partidos, construir um campo político. Não é possível fazer isso se não tiver um interlocutor liderando o processo. Talvez já no começo de 2017 isso seja definido.

Lula é o nome?

Lula sempre é um nome, evidente. Governou o Brasil, venceu duas eleições, fez a sucessora, sempre é um nome. Tem de ser conversado com ele, com a direção do partido. Defendo que ele assuma a presidência do PT, nem que seja por um período, até menos que um mandato inteiro se for o caso. Nesse momento de dispersão política, com risco de fragmentação do partido, de abertura de um processo de luta interna, penso que o Lula tem de assumir a presidência do PT e unificar o partido diante dos desafios que têm sido colocados.

Em São Paulo, o sr. obteve a maior vitória para o PT. Como será comandar o partido nesse sentido?

Já ocupei vários espaços políticos, tanto na área de governo como na estrutura partidária. Claro que todo começo é estimulante, sempre impõe novos desafios, mas também tenho clareza que a experiência que acumulei nesse período todo, na estrutura partidária, no Legislativo ou no governo será útil para que possa enfrentar esse momento difícil que os municípios estão passando. Governar Araraquara para mim sempre é um desafio, porque é minha cidade, onde me criei, cidade em que a partir dela ocupei outros espaços na política.

As outras prefeituras conquistadas pelo PT no Estado são pequenas. É possível, no cenário que ficou pós-eleição, de redução do PT, pensar em algum tipo de articulação partidária conjunta?

É sempre bom trocar experiências, sempre positivo. Mas, no caso das prefeituras, a principal articulação é sempre regional. Penso que vamos ter muita capacidade para articulação regional, para que possa debater problemas regionalizados, obter construções regionalizadas. Penso que ter espaço para trocar experiências na perspectiva partidária também é positivo.

Como está vendo a cidade a partir da transição de governo? Igual à que via na campanha?

Transição sempre é complicada, não ocorre no ritmo que a gente espera. Mas estamos conversando bastante e, em algumas medidas, o [Marcelo] Barbieri [atual prefeito, do PMDB] tem nos ouvido. Concluí a formação do secretariado e, dos 12 anunciados, 7 são mulheres e todos têm algum tipo de experiência administrativa, fizeram carreira na área de gestão. 

segunda-feira, fevereiro 29, 2016

Bebida, roubo de urna, polícia e agressões marcam as prévias do PSDB em SP


Na Folha, sob o título Prévias do PSDB no Tatuapé têm invasão e briga; polícia é acionada.

O ponto de votação do Tatuapé (zona leste de São Paulo) nas prévias do PSDB que vão decidir quem será o candidato do partido à prefeitura foi invadido por um grupo de homens que quebrou computadores e tentou roubar uma urna.

Disputam as eleições internas do PSDB o empresário e apresentador de TV João Doria, o vereador Andrea Matarazzo e o deputado federal Ricardo Tripoli.

Após a primeira confusão, houve uma nova briga entre apoiadores de Tripoli e de Doria, que resultou em feridos. A Polícia Militar foi ao local e a votação teve de ser encerrada.

"Eu tinha acabado de votar quando começou a discussão na mesa. Uns moleques que estavam aqui fora entraram, quebraram o computador e a impressora e tentaram roubar a urna", contou Beatriz Cerqueira, cuja família apoia Doria.

"Eu estava com meu filho de dois anos e eles vieram para cima de mim. Precisei me defender com uma cadeira."

Segundo ela, os homens que entraram no local de votação eram comandados por um morador da área conhecido como Geleia, supostamente simpatizante de Tripoli.

A Folha não conseguiu localizar Geleia, pois, após a confusão, ele havia fugido.

O segundo momento de tensão ocorreu quando a presidente do zonal do Tatuapé, Vânia Alves, foi levar a urna com os votos impressos a um carro que seguiria para a apuração na Câmara Municipal. Apoiadores de Doria a acusaram de ser favorável a Tripoli. Ela está fazendo boletim de ocorrência.

Os dois grupos trocaram chutes, socos e empurrões na rua em frente ao local de votação. Na confusão generalizada, um apoiador de Doria caiu e chegou a perder a calça. Ao menos um homem, um adolescente e duas mulheres se feriram.


A pancadaria havia sido precedida por uma discussão sobre a realização de um churrasco com cerveja no ponto de votação –onde funciona um clube. Opositores haviam acusado o grupo pró-Doria de ter bancado a cerveja, o que os militantes negaram.

A militante tucana Maria de Lourdes Silva, a Lurdinha, que atuava no local como fiscal de Doria, disse estar inconformada. "Tenho 73 anos, fundei este partido. Aí entra um monte de bandidos agredindo as mulheres fundadoras do partido", reclamou.

Lurdinha atribuiu o clima acirrado à disputa entre o governador Geraldo Alckmin e o senador José Serra pela candidatura do PSDB à Presidência em 2018. O primeiro apoia Doria nas prévias deste domingo (28); o segundo, Matarazzo.

"Eles ficam disputando 2018 e a gente, apanhando aqui."

Às 14h40, a polícia estava no zonal do Tatuapé registrando a ocorrência.

Procurada, a assessoria da pré-campanha de Ricardo Tripoli afirmou que o deputado "desconhece e condena qualquer tipo de agressão". "Tripoli é o candidato da união", afirmou.

Já o empresário João Doria disse que a briga foi "um momento triste". "Lamentável o que aconteceu, mas se você considerar que em 57 outros pontos [de votação] se fez democracia com valor, com otimismo, com entusiasmo, isso supera essa situação momentânea, ruim."

Segundo o presidente do diretório municipal do PSDB, Mario Covas Neto, todos os votos do zonal do Tatuapé foram invalidados.

quinta-feira, novembro 19, 2015

Protestos fazem governo do PSDB recuar com o fechamento das escolas em SP


Na Folha.

A gestão do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), suspendeu o fechamento e a reorganização de escolas estaduais em 2016. O anúncio foi feito na tarde desta quinta-feira (19) pelo secretário estadual de Educação, Herman Voorwald, em audiência de conciliação entre governo, professores e estudantes.

De acordo com o secretário, a suspensão vai ocorrer 48 horas após a desocupação das escolas. O governo estadual não informou, porém, quando deve retomar as mudanças.

Segundo o documento lido por Voorwald, caso haja acordo, a reorganização será suspensa até que escolas a discutam internamente e depois apresentem uma nova proposta ao governo. Tudo isso deverá ser feito antes do fim do ano.



Na terça (17), Voorwald afirmou que, por obrigação, o governo teria de pedir a reintegração de posse de todas as escolas invadidas.

Inicialmente, a Secretaria da Educação previa fechar 94 escolas e transferir 311 mil alunos ano que vem. O plano sofreu derrota na Justiça na segunda-feira (16). Uma decisão em caráter liminar (provisório) suspendeu o fechamento da escola Braz Cubas, em Santos, a pedido da Defensoria Pública e da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil).

Na semana passada, o governo já havia recuado da decisão de fechar outro colégio, na zona rural de Piracicaba (a 160 km de SP), após mães procurarem a Promotoria.

Desde que a ideia foi anunciada, em setembro, tem havido protestos praticamente diários. Escolas foram invadidas por alunos, pais e integrantes de movimentos sociais.

INVASÕES (ou ocupações?)

O movimento de alunos contra as mudanças na rede estadual anunciadas pela gestão Geraldo Alckmin (PSDB) se espalhou e já afeta as aulas de pelo menos 26 mil estudantes, segundo a secretaria da Educação. Nesta quarta (18), a pasta publicou no "Diário Oficial" uma resolução que mantém o cumprimento dos 200 dias letivos em todas as escolas da rede e que a equipe gestora deve reprogramar e estender o calendário letivo nas unidades em que as aulas estão suspensas devido às invasões.



"A secretaria tem a obrigação de garantir a continuidade das aulas. Estamos e sempre estaremos abertos ao diálogo com estudantes e professores que queiram se manifestar sobre a reorganização ou outro tema. Mas não podemos ficar rendidos a grupos distantes da educação. É preciso responsabilidade com nossos alunos", disse Herman Voorwald (Educação).

Os manifestantes protestam contra a intenção do governo estadual de dividir parte das unidades por ciclos únicos (anos iniciais e finais do fundamental e o médio). Para isso, a gestão tucana deve viabilizar em 2016 o fechamento de 92 escolas e o remanejamento de cerca de 300 mil alunos –a rede tem 5.147 escolas e 3,8 milhões de estudantes. Ao todo, 754 unidades terão só um ciclo no Estado.

O plano sofreu uma derrota na Justiça nesta segunda (16). Uma decisão em caráter liminar (provisório) suspendeu o fechamento da escola Braz Cubas, em Santos, a pedido da Defensoria Pública e da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil).



As instituições argumentavam, entre outros pontos, que o governo não poderia fechar uma referência na educação de crianças com deficiência. A decisão determina que a escola continue funcionando até que seja provada "a real necessidade do encerramento de suas atividades". Na semana passada, o governo já havia recuado da decisão de fechar outro colégio, na zona rural de Piracicaba (a 160 km de SP), após mães procurarem a Promotoria.

A Secretaria do Estado de Educação do Estado informou nesta quarta (18) que os alunos terão que cumprir os 200 dias letivos. Uma resolução determina que, nas escolas em que estejam acontecendo ocupações, a equipe gestora deve reprogramar e estender o calendário letivo a fim de concluir as atividades escolares.

CONCILIAÇÃO

Nesta quarta-feira (18) a Justiça suspendeu uma ordem de reintegração de posse de uma das primeiras escolas invadidas, o Cefan, de Diadema (SP).

Os alunos do colégio haviam concordado em desocupá-lo na tarde de hoje, mas isso não aconteceu. Ao analisar o que aconteceria com a escola, um juiz de Diadema decidiu suspender a reintegração de posse do colégio. Uma nova decisão só deverá ocorrer depois de uma audiência de conciliação que deverá ser promovida pelo Tribunal de Justiça na próxima quinta (19).

Segundo a secretaria estadual da Educação, até o início da noite de quinta, eram 48 escolas invadidas em todo o Estado. O sindicato dos professores contabiliza 65 invasões.

quarta-feira, julho 15, 2015

O salário dos professores é o mais baixo dos que possuem formação superior. Conheça os partidos e Estados que pagam mais e menos

Simão Jatene e Geraldo Alckmin, ambos do PSDB, não pagam os professores conforme prometem em campanha.
Foto: Fabio Rodrigues/Agência Brasil.

A matéria "Salários dos professores de SP é um dos piores do País", publicada no site do PCO é reveladora, mas não diz quem governar cada um dos Estados brasileiros, e por isso, este blog fez questão de nomeá-los.

Como vemos na mídia brasileira, uma frequente responsabilização do governo federal, por todas as mazelas existentes no país, cabe-nos sermos justos e honestos para informar que os repasses da educação são feitos pela União para Estados e municípios, mas nem sempre os recursos são utilizados para a finalidade destinada.

A maioria dos Estados que continuam sob o comando do PSDB, possuem 45% do PIB brasileiro, ou seja, os Estados mais ricos e são ao mesmo tempo, os que menos pagam os professores.

O Pará, São Paulo e Paraná, frequentemente estão em greve e com conflitos entre professores e a polícia, por conta de reivindicações de promessas feitas durante as campanhas eleitorais. A semelhança entre estes Estados? São Governados pelo PSDB, há longos anos.

Outra informação pertinente é o fato de que os professores recebem 57% menos em relação aos demais profissionais com ensino superior. Uma vergonha para o país que quer e precisa ser mais rico e mais justo.

Leia e tire suas conclusões.

O Estado mais rico da federação, com PIB per capita semelhantes a países desenvolvidos, paga um dos piores salários do Brasil e do mundo aos educadores, não cumpre com a jornada da Lei do Piso e não cumpre promessa de reajustar os salários em 1 de julho.

 A "prioridade" para a Educação não chegou aos holerites dos professores
Levantamento com base em dados do IBGE, das Secretarias Estaduais de Educação e dos sindicatos dos trabalhadores da Educação, comparando salário dos professores estaduais em todo o país, entre abril e junho deste ano, além de anunciar  que os professores recebem um salario inferior aos demais profissionais com curso superior e evidenciou que a má remuneração dos professores nada tem a ver com falta de recursos, uma vez que estados com menor arrecadação e desenvolvimento inferior pagam muitas vezes salários maiores aos seus professores.

O mais baixo de todos os “superiores”

Segundo dados divulgados no Portal G1, para uma carga horária de 40h semanais, o salário base médio dos professores brasileiros situa-se em R$ 2.711,48, para os profissionais com diploma de licenciatura e no início da carreira.

Os dados evidenciam também que os professores recebem 57% menos em relação aos demais profissionais com ensino superior, do salário mediano com formação equivalente. Segundo a comparação feita pelo Cadastro Central de Empresas (Cempre) com base em dados de 2013, e divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o salário médio dos trabalhadores com nível superior seria nesse período de R$ 4.726,21.

Evidenciando a falsidade da “prioridade” declarada para a Educação, nos discursos e promessas de campanha dos partidos burgueses, em nenhum Estado, a remuneração dos professores alcança a média dos demais profissionais com ensino superior. E quando comparado aos pisos pagos a médicos, advogados, engenheiros e outros “doutores” a situação é ainda pior.

Os “melhores” e “piores” salários

Segundo a pesquisa, o Estado que paga o maior salário é Mato Grosso do Sul, onde os professores com licenciatura recebem o salário base de R$ 3.994,25 pelas 40 horas semanais, jornada padrão naquele Estado.

Em segundo lugar aparece o Distrito Federal, com vencimentos iniciais de R$ 3.858,87. Embora acima da média nacional miserável dos vencimentos dos professores, esse valor é muito inferior à média local dos profissionais com nível superior e às necessidades de um professor e de sua família na Capital Federal, uma das mais caras do País.

Na “lanterninha” dos salários aparece Santa Catarina (governada por Raimundo Colombo - PSD, ex-DEM, ex-PFL) que, segundo o governo, tem o salário base de  R$ 1.917,78, por 40h semanais, o pior salário do País e equivalente ao piso nacional. Em penúltimo lugar vem a Bahia (governada por Rui Costa, do PT), com vencimentos de R$ 1.925,96.

As informações foram feitas, excluindo-se as gratificações, que em alguns Estados são acrescidas aos vencimentos dos docentes, mas não se incorporam aos salários e não contam para fins licenças, aposentadoria, incidência de adicionais etc.

Assim, em alguns Estados o vencimento bruto dos professores é mais alto do que o apresentado no estudo (veja na tabela abaixo) porque o governo incorpora gratificações e subsídios, como auxílio-saúde, vale-transporte, vale-refeição e remuneração extra pela atuação em sala de aula, ou para professores que trabalham em áreas distantes ou consideradas de risco.

SP, o mais rico, tem o 9o pior salário

São Paulo – de longe – o Estado mais rico da federação e responsável por pouco menos de 1/3 do PIB nacional, paga aos professores um dos piores salários do Brasil, com vencimentos iniciais de R$ 2.415,89 para 40 h semanais.

Governado pelo PSDB há 20 anos, o Estado (como vários outros) não cumpre a “Lei do Piso” no que diz respeito à jornada de trabalho, que deveria ser composta por um terço de atividades extraclasses, ou seja, destinadas ao estudo, preparo e correção de atividades, reuniões pedagógicas etc.

A política de ataques do governo à Educação levou à categoria, recentemente, à maior greve de sua história, com 92 dias de duração (13 de março a 12 de junho), contra a demissão de mais de 20 mil professores, fechamento de mais de 3 mil salas de aulas, decreto de congelamento dos salários (“reajuste zero”) no começo do ano e falta até de papel higiênico nas escolas.



Tabela Nacional

Veja abaixo o ranking com os valores dos pisos salariais dos professores em todos os Estados, para jornadas de 40 horas semanais:






* Os vencimentos foram convertidos, nos casos dos Estados em que as jornadas são inferiores a 40 horas semanais.

domingo, maio 10, 2015

A crise vai se agravar, mas a esquerda se uniu e Lula voltou

Nasceu a frente de esquerda ordenada na certeza de que o governo Dilma será aquilo que a rua conseguir que ele seja. E uma voz rouca avisou: 'Vou à luta'.

Alguma coisa de muito importante aconteceu no histórico Vale do Anhangabaú, em São Paulo, nesta sexta-feira, 1º de Maio.
Quem se limitou ao informativo da emissão conservadora perdeu o bonde.
O tanquinho de areia do conservadorismo, sugestivamente deixou escapar o principal ingrediente desta sexta-feira, que pode alterar as peças do xadrez político brasileiro.
Preferiu o glorioso jornalismo cometer pequenas peraltices.
Tipo contrastar a imagem de Lula com um cartaz contra o arrocho de Levy, como fizeram os petizes da Folha.
Blindagens ideológicas e cognitivas ilustram um traço constitutivo daquilo que os willians  –Bonner e Waack—denominam de ética da informação.
Trata-se de não informar, ou camuflar o principal em secundário. E vice versa.
Não houve sorteio de geladeira no 1º de Maio da esquerda brasileira. Mas os assalariados talvez tenham tirado ali a sorte grande – a mais valiosa de todos os últimos maios.
No gigantesco palco de mobilizações épicas, que reuniu um milhão de pessoas há 31 anos para lutar por eleições diretas, a história brasileira deu mais um passo que pode ser decisivo para impulsionar vários outros nos embates que virão.
Porque virão; com certeza virão.
Essa certeza permeava o Dia do Trabalhador na larga manhã da sexta-feira no Anhangabaú.
A engrenagem capitalista opera um conflito independente da vontade de seus protagonistas. A direção que ele toma, porém, reflete o discernimento histórico dos atores sociais de cada época.  
A chance de que o embate resulte em uma sociedade melhor depende, portanto, de quem assumir o comando do processo.
As lideranças que estavam no Anhangabaú deram um passo unificado nessa direção.
Que esse movimento tenha escapado às manchetes faceiras ilustra a degeneração de um aparato informativo que já não consegue se proteger de suas próprias mentiras.
Os que enxergam no trabalho apenas um insumo dos mercados, um entre outros, nivelaram a importância do Anhangabaú ao que acontecia no palanque do Campo de Bagatelle quase à mesma hora.
Lá se espojavam aqueles que com a mesma sem cerimônia risonha operam a redução do custo da ‘matéria-prima humana’ no Congresso brasileiro.
Sorteios de carros e maximização da mais-valia compõem a sua visão de harmonia social, que remete ao descanso da chibata na casa grande em dia de matança de porco.
Vísceras, os intestinos, eram franqueados então com alguma generosidade nos campos de Bagatelle pioneiros, em que paulinhos ‘Boca’ vigiavam a fugaz confraternização da casa grande com a tigrada ignara sob sua guarda.
A mais grave omissão  do ciclo de governos progressistas iniciado em 2003  foi não ter afrontado essa tradição de forma organizada, a ponto de hoje ser ameaçado por ela.
Porque muito se fez e não pouco se avançou em termos sociais e econômicos, mas esse flanco ficou em aberto.
O vazio era tão grande que se cultivou a ilusão de que avanços materiais seriam suficientes para impulsionar o resto por gravidade.
A primeira universidade brasileira, contou Lula no Anhangabaú, só foi construída em 1920.
Colombo descobriu a América em 1492.
Em 1507, 15 anos depois de chegar à República Dominicana,  Santo Domingo já construía sua primeira universidade.
A elite brasileira demorou quatro séculos anos para fazer o mesmo, reverberou Lula.
Tome-se o ritmo de implantação do metrô em duas décadas de poder tucano em São Paulo.
Compare com a extensão em dobro da rede mexicana, ou a dianteira argentina, chilena etc.
O padrão não mudou.
O que Lula estava querendo dizer ao povo do Anhangabaú tinha muito a ver com isso: o desenvolvimento brasileiro não pode depender de uma elite que continua a dispensar ao povo os intestinos do porco.
O recado para quem não enxerga diferença entre um governo progressista e a eterna regressão conservadora protagonizada agora pelos sinhozinhos Cunha, Aécio, Beto Richa, Paulo Skaf... foi detalhado e repisado.
Foi um metalúrgico sem diploma, espicaçou aquele que ocupa a vaga de melhor presidente do Brasil na avaliação popular, quem promoveu a mais expressiva democratização da educação brasileira.
Nos governos do PSDB a tradição colonial se manteve.
O sociólogo poliglota não construiu nenhuma universidade em notável coerência com a obra que traz a sua assinatura como autor e protagonista: a teoria do desenvolvimento dependente.
Para que serve uma universidade se já não faz sentido ter projeto de nação?
Lula criou 18 universidades.
Reescreveu na prática a concepção de soberania no século XXI. Instalou-a na fronteira expandida entre a justiça social, a integração latino-americana e o fortalecimento dos BRICs.
A nostalgia colonial-dependente, ao contrário, orientou o ciclo da República de Higienópolis na frugal atenção dispensada à formação de quadros para o desenvolvimento.
FHC não assentou um único tijolo de escola técnica em oito anos em Brasília.
Para que escola técnica se a industrialização será aquela que o livre comércio da ALCA permitir?
Juntos, Lula e Dilma fizeram 636 até agora.
Com o Prouni, o número de jovens matriculados nas universidades brasileiras passou de 500 mil para mais de 1,4 milhão.
Em vez de herdar as vísceras da sociedade, tataranetos de escravos, índios e cafuzos, cujos pais muitas vezes sequer concluíram a alfabetização, começaram a ter acesso a uma vaga no ensino superior pelas mãos do metalúrgico e da guerrilheira mandona.
Sim, tudo isso é sabido. A ‘novidade’ agora é desfazer do sabido.
Mas Lula somou ao histórico a estocada que calou fundo no silêncio atento do Anhangabaú.
O retrospecto do ex-presidente cuja cabeça é solicitada a prêmio a empreiteiros com tornozeleira prisional, tinha por objetivo desnudar o escárnio embutido no projeto de redução da maioridade penal.
As elites agora, fuzilou um Lula mordido e determinado, querem se proteger do legado criminoso de cinco séculos, criminalizando a juventude pobre do país.
Passos significativos foram dados em seu governo para minar a senzala que ainda pulsa no metabolismo da sociedade brasileira.
Mas a voz rouca machucada atesta o golpe por haver se descuidado do embate que viria contra aqueles que mostravam os caninos como se fosse sorriso.
Agora se vê, eram maxilares de feras.
À primeira turbulência do voo incerto e instável da dinâmica capitalista o sorriso virou mordida de pitbull.
A pressão coercitiva mobiliza diferentes maxilares: o do juiz  em relação aos suspeitos da Lava Jato que visa a jugular do PT e do pré-sal; o do ajuste recessivo que ameaça com o caos;  o da terceirização que coage com o desemprego maciço; o da exigência branca à renúncia de Lula a 2018 --ou arcará com a suspeição perpétua que a lixeira da Abril e da Globo despeja semanalmente no aterro mental da classe média.
Coube ao presidente da CUT, Vagner Freitas, marcar a ruptura com a omissão histórica que abriu o flanco da história brasileira ao jogral espoliador da democracia e da sociedade.
Didático, habilidoso, o líder sindical chamou um a um os representantes das centrais, movimentos e partidos presentes no 1º de Maio do Anhangabaú.
Aos olhos de milhares de pessoas, gente do povo basicamente, uns que vieram porque são organizados  -- outros, porque pressentem que um perigo ronda o Brasil nesse momento, Vagner materializou o passo seguinte há muito esperado e cobrado por todos aqueles que sabem o motivo pelo qual o governo Dilma hoje engole os sapos que rejeitava ontem.
A avalanche intimidadora que em poucos meses virou de ponta cabeça o programa vitorioso em 26 de outubro não cessará, a menos que a detenha uma frente política de abrangência e contundência maior que a resistência dispersa das partes nos dias que correm.
Foi essa mutação que o vale do Anhangabaú assistiu nesse 1º de Maio.
O presidente da CUT chamou para a frente do palco os dirigentes da Intersindical e da CBT, chamou Gilmar, do MST, chamou Boulos, do MTST, e outros tantos; e através deles convocou quase duas dezenas de organizações presentes.
Vagner apresentou ao Anhangabaú a unidade da esquerda brasileira em torno de uma linha vermelha a ser defendida com unhas e dentes: a fronteira dos direitos, contra a direita.
Fez mais que retórica, porém.
Submeteu ao voto dos ocupantes da praça e do palco uma agenda de lutas.
Devolveu ao 1º de Maio a identidade de uma assembleia popular de quem vive do seu trabalho.
Braços erguidos, o Anhangabaú aprovou uma contraofensiva ao cerco conservador.
‘Anote’, disse Vagner ao final dos escrutínios: dia nacional de protesto em 29/05, para pressionar o Senado a rejeitar o PL 4330; uma greve geral, caso o Congresso aprove a medida; e uma marcha a Brasília para levar Dilma a rejeitar o projeto, caso passe no Senado.
Engana-se quem acredita que isso saiu de graça.
Vagner Freitas uniu as forças da esquerda porque a CUT, a partir de agora, comprometeu-se a lutar lado a lado, unida aos demais movimentos e organizações, contra projetos de lei que arrochem direitos e conquistas dos trabalhadores.
Foi um realinhamento do desassombro com a responsabilidade histórica da esquerda que fez desse Dia do Trabalhador uma singularidade capaz de produzir outras mais.
Em boa hora.
A crise econômica vai se agravar nos próximos meses; esse era o consenso subjacente à união selada no palanque.
O conservadorismo saltará novos degraus em direção ao golpe –seja na forma do impeachment ou na tentativa de proscrever o PT e com ele as chances eleitorais do campo progressista em 2018.
O êxito do ajuste recessivo do ministro Joaquim Levy depende do desajuste do emprego e da expropriação dos ganhos reais de salários acumulados nos últimos anos (de 70% no caso do salário mínimo)
Estamos na primeira volta do torniquete.
Mas a renda real do trabalhador já registrou uma perda da ordem de 4% em março, em relação a igual período de 2014.  
A evolução do desemprego não é menos cortante.
Os dados reunidos em nota técnica da Fundação Perseu Abramo são claros: vive-se uma escalada.
A taxa desemprego medida pelo IBGE subiu forte nas grandes capitais em março: 6,2%.
Era de 5,9% em fevereiro; 5,3% em janeiro; 5% em março de 2014
Despejar a conta do ajuste nas costas do assalariado significa submeter o custo do trabalho à pressão de uma turquesa feita de desemprego e queda do poder de compra.
Espremidos, os assalariados serão convocados a apoiar falsas promessas de desregulação redentora de vagas, a exemplo do PL 4330.
Na semana passada o Banco Central elevou em mais meio ponto a taxa de juro, que já é a mais alta do planeta.
É a senha do choque.
Apenas essa pisada custará mais R$ 12 bilhões em 12 meses aos cofres públicos: juros adicionais sobre uma dívida pública de R$ 2,4 trilhões.
O impasse está contratado.
De um lado, a recessão derruba a receita e o emprego; de outro, o governo é intimado a carrear mais recursos escassos à ração gorda dos rentistas.
Menos receita com mais gastos.
Essa é a fórmula clássica para tanger um governo –qualquer governo que não disponha de uma hegemonia baseada em ampla organização popular-- ao precipício das privatizações saneadoras e dos cortes de programas e investimentos devastadores.
Quem acha que a ganância será saciada com a terceirização deveria informar-se sobre as novidades no mundo do trabalho inglês.
Sob o comando de engomados filhotes de Tatcher a economia britânica experimenta um novo patamar de flexibilização do mercado de trabalho.
A modalidade just-in-time já caracteriza 2,5% da mão de obra empregada, informa o jornal El País, sendo o segmento que mais cresce na economia.
A pedra filosofal desse novo assalto à regulação trabalhista é o vínculo empregatício baseado em salário zero.
Em que consiste a coisa notável?
Consiste em estocar mão de obra às custas da própria mão de obra.
Quando necessário aciona-se o almoxarifado social pagando apenas as horas efetivamente usadas do ‘insumo’.
Marx, você não entendeu nada de baixar o custo de reprodução da mão de obra.
Em vez da CLT, um taxímetro.
No futuro a metáfora poderá assumir contornos reais mais sofisticados, como um chip subcutâneo que permita monitorar o empenho muscular para seleção dos mais aptos.
Esse, o admirável  mundo novo descortinado do palanque do Campo de Bagatelle no 1º de Maio de 2005 pelos sorridentes perfis de Cunha, Aécio e Paulinho ‘Boca’, da Força.
Afrontar esse horizonte em marcha é o que ultimou a união da esquerda no extremo oposto da cidade no mesmo dia.
Tolice supor que centrais paralelas à CUT, como a Intersindical, ou o aguerrido Guilherme Boulos, prestar-se-iam a uma cenografia unionista alegórica no Dia do Trabalhador.
O que se assistiu no Anhangabaú foi o nascimento de um pacto.
Que tem agenda e eixo de luta ancorados no entendimento de que o governo Dilma será aquilo que a rua conseguir que ele seja.
Não desobriga a Presidenta de honrar compromissos de campanha, a começar pela rejeição ao vale tudo do PL 4330.
Mas divide o desafio da coerência.
Construi-la requer uma nova correlação de forças indissociável de uma frente ampla progressista.
Quem mesmo assim continua a duvidar da determinação pactuada no legendário Anhangabaú, deve ouvir (abaixo) a íntegra do pronunciamento visceral do mais aplaudido orador do dia.
Lula fechou o ato com um aviso à direita buliçosa.
Essa que ao mesmo tempo o desdenha como líder morto, mas oferece a liberdade como recompensa ao pistoleiro capaz de alvejá-lo com uma denúncia mortal.
Qual?
Qualquer denúncia. Desde que impeça a assombração das elites de reaparecer como candidato em carne e osso em 2018.
No 1º de Maio de 2015, a voz do fantasma ecoou mais rouca e forte que nunca.
Para dizer ao conservadorismo golpista, antinacional e anti-trabalhador: o ectoplasma não vai esperar até 2018.
‘Vou correr o Brasil, vou me encontrar com trabalhadores, com jovens, operários, camponeses e empresários...’
‘Eu aceito o desafio’, disparou a voz rouca, ferida, ressentida, mas convencida de que ainda tem uma tarefa incontornável a cumprir no país: terminar o que começou, tarefa que o mercado sozinho jamais o fará.
Cunha, Aécio, Skaf não se iludam com o noticiário generoso dos petizes da Folha.
Algo mudou no Brasil neste 1º de Maio de 2015.
E não foi apenas o preço do aluguel do sindicalismo de Bagatelle.
Ouçam a fala de Lula no Anhangabaú: aqui

Alckmin diz considerar Marta sua aliada


No Brasil 247.

Ex-ministra Marta Suplicy, que deixou o PT na última semana, esteve entre os parlamentares que se reuniram com o governador Geraldo Alckmin, no Palácio dos Bandeirantes, para tratar sobre projetos de lei que estão em tramitação no Congresso. 

Após encontro com a bancada federal no Palácio dos Bandeirantes, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) classificou a senadora Marta Suplicy como "aliada".

A ex-ministra, que deixou o PT na última semana, esteve entre os parlamentares que se reuniram com o tucano para tratar sobre projetos de lei que estão em tramitação no Congresso.

A senadora negocia filiação ao PSB, do vice do Estado, Márcio França, para se candidatar à Prefeitura em 2016. Alckmin negou, no entanto, que o encontro tenha tratado de questões eleitorais.

terça-feira, setembro 16, 2014

Já falta água em SP. A mídia esconde!

Com a grande imprensa muito bem paga, o governador Geraldo Alckmin comemora os 20 anos do PSDB no poder de SP sem água, mas também sem escândalos divulgados pelos amigos que atuam na mídia brasileira.

No antenadíssimo blog do Miro

Nesta segunda-feira (15), a Sabesp divulgou mais um balanço alarmante sobre a situação do Sistema Canteira – que abastece mais de 8,8 milhões de pessoas da região metropolitana de São Paulo. Ele atingiu seu nível mais baixo na história: 9,2% de capacidade, incluindo o chamado “volume morto”. O resultado é que vários bairros da capital e das cidades próximas já não têm água na torneira. Até os donos de lava-jatos relatam que serão obrigados a fechar seus estabelecimentos. O racionamento de água – que a mídia tucana insiste em chamar de rodízio – atinge inclusive as áreas nobres da cidade. Restaurantes do bairro boêmio da Vila Madalena não têm sequer como atender os seus clientes.

Apesar deste verdadeiro caos, os jornalões e as emissoras de tevê e rádio evitam destacar o assunto. Eles não querem criar um clima de pânico na sociedade. Os barões da mídia sabem que a atual crise pode afetar a reeleição do governador Geraldo Alckmin (PSDB). Além das afinidades políticas com o tucanato, eles dependem dos milhões em verbas publicitárias e compra de assinaturas que o Palácio dos Bandeirantes despeja mensalmente em seus cofres. Os “calunistas”, que recebem régios salários e mamam nas tetas do Estado, nem sequer mencionam a tragédia – no pior tipo de jornalismo chapa-branca, desonesto e manipulador.

Neste domingo, a Folha tucana teve o desplante de cravar a manchete garrafal: “Desperdício de água de SP é quatro vezes volume poupado”. Como a maioria das pessoas só lê a capa do jornal nas bancas – o diário da famiglia Frias está em decadência, como menos de 300 mil exemplares de tiragem –, a mensagem repassada é a de que o povo é culpado pela crise de abastecimento. Já na chamada de capa mais sacanagem: “Maior cidade do país exemplifica o despreparo do Brasil para a crise hídrica”. Cidade! Brasil! Ambos administrados pelo PT, que não têm qualquer culpa no cartório. Nada sobre o PSDB que hegemoniza o Estado há quase duas décadas e é o maior responsável pelo atual desastre.

A edição de domingo da Folha foi uma bofetada na cara dos paulistas que ainda votam nos tucanos em São Paulo. Acorda otário! Ela deve ter, inclusive, gerado críticas de alguns leitores menos tapados. Tanto que nesta segunda-feira o jornal voltou a tratar do tema em editorial. Mas a famiglia Frias não recua, não faz autocrítica – nem sequer do seu apoio à ditadura militar, já descrita pelo diário como “ditabranda”. Sem citar novamente o PSDB, a Folha preferiu culpar a “falta de planejamento” do governo federal pela crise no setor. “O Planalto mal consegue tirar do chão as hidrelétricas necessárias para evitar novos apagões”. 

Nada, nadinha, sobre o racionamento real, que já afeta milhões de pessoas, em São Paulo. Haja cinismo deste diário “chapa branca”, que tem o rabo preso com os tucanos – ou será o contrário? Na atual situação no mundo e no Brasil, não são os partidos da direita que determinam a linha editorial da velha imprensa. Pelo contrário. É a mídia monopolizada e manipuladora que orienta as forças partidárias da direita, que define suas agendas e pautas, que interfere nos rumos de um país. Sem esta força hegemônica, muitas organizações conservadoras inclusive já teriam falido. Como já teorizou o intelectual italiano Antonio Gramsci, a imprensa se transformou no verdadeiro partido da direita!

sexta-feira, maio 03, 2013

O dia em que a Dilma ficou bolada com o Alckmin





Ainda há pouco recebi Geraldo Alckmin para uma reunião em meu gabinete...

Conversa vai conversa vem, ele começou a dar indiretas:
 
"Hum... nossa, mas estou até imaginando em 2015, vamos ter que mudar essas cadeiras vermelhas da sua mesa para azul. rsrs"

Inclinei minha cabeça para frente e fixei meu olhar séria para ele. O tucano notou que eu não estava achando graça então disse:

"Errr... bem... acho que vou ao banheiro..."
 
Aproveitei que ele se levantou e peguei um saquinho de pó de mico e joguei tudo na cadeira que ele estava sentado e voltei para o meu lugar quietinha.
 
Quando ele voltou, euzinha estava com um largo sorriso no rosto, ele se sentou e disse:

"Que bom que a senhora levou na esportiva, apenas as mulheres lindas têm senso de humor. Mas então, vamos tratar daquele dinheiro, Madame? Que tal liberar os 370 milhões pro Rodoanel bem rapidinho, hein hein?"

Olhei pra cara dele séria e respondi:

"Escuta aqui, seu tucano folgado... eu te recebo aqui porque tenho que receber todo mundo, independente do partido, afinal, todos os estados e cidades deste país merecem a minha atenção... mas não sou obrigada a aturar palhaçada de burro velho, escutou bem? E que dinheirinho pra Rodoanel o quê... engraçado que tira 30 milhões do orçamento da ampliação da Linha 9-Esmeralda até Varginha pra gastar com PROPAGANDA e agora quer vir me pedir dinheiro? Eu até posso dar, mas não é assim... vê se te enxerga... e fica de olho nesse rodoanel de vocês porque o Padilha vem aí..."

Eu nem terminei de falar quando ele começou a se coçar. Ficou de pé e ficou se retorcendo feito lagartixa em água quente e começou a gritar:

"AI AI AI.. O QUE QUE É ISSO? QUE COCEIRA, MEU DEUS!!!"

Eu comecei a gargalhar e disse:

"Quem fala o que quer, sofre o que não quer..."

Ele tirou o paletó e saiu correndo corredor a fora, atravessei minhas salas e fiquei esperando pra ver a saída dele, até me arrependi: visão do inferno vê-lo rolando a rampa do Planalto de samba-canção e depois se jogando no espelho d'água...

ÊTA PRESIDENTA BRINCALHONA!!!

Brasil, país rico é país com Presidenta que não leva desaforo pra casa.

#DILMOLEKA #RainhaDaNação #Dilmalandra #PeripéciasPresidenciais 
#ATucanadaSóPassaNaRampaRolando #NãoConsigoPararDeRir #Dilmaravilha
#MeuNomeÉDilmaNãoÉBagunça


Crise: Edmilson Rodrigues perde seu braço esquerdo no PSOL

Luiz Araújo deixou o PT para fundar o PSOL, onde viveu até então organizando a corrente interna "Primavera Socialista" e supostame...