sexta-feira, outubro 28, 2016

Pesquisa Veritate Belém: Zenaldo 54% e Edmilson 46%


Por Diógenes Brandão, com informações do Veritate

Pesquisa realizada pelo Insituto Veritate, durante os dias 26 e 27 de outubro, demostra se a eleição para a prefeitura de Belém fosse nesses dias, Zenaldo Coutinho seria eleito com uma diferença de 8 pontos de vantagem, neste segundo turno em Belém do Pará.

Realizada por conta própria, a pesquisa revela que Zenaldo Coutinho (PSDB) tem 54% dos votos válidos, enquanto Edmilson Rodrigues (PSOL) vem como 46% da preferencia do eleitorado.

A pesquisa Veritate entrevistou 600 eleitores, foi feita por conta própria e registrada no TSE sob o nº PA-03437/2016. A margem de erro é de 4% para mais ou para menos e o intervalo de confiança é de 95%.


Quando se estimula, isto é, são apresentados aos entrevistados os nomes dos candidatos, Zenaldo Coutinho permanece em primeiro lugar com 47% e Edmilson Rodrigues continua em segundo lugar com 41% Os votos flutuantes (branco, nulo e indecisos) somam 12%.


Perguntados sobre quem os entrevistados acham que vai vencer as eleições, independente de quem eles disseram que votariam, Zenaldo Coutinho pula para 56% e Edmilson cai para 30%. Os que não responderam totalizam 14%.

A posse de Obama e a mídia colonizada

A imprensa nativa parece uma sucursal rastaquera da mídia estadunidense. Ontem, as emissoras “privadas” de televisão deram um show na transmissão da posse de Barack Obama. Comentaristas embasbacados gastaram horas para endeusar a “democracia nos EUA”. Hoje, os principais jornalões deram total destaque para o ritual. O Globo utilizou quase toda a sua capa. “Obama prega igualdade para gays e imigrantes”, foi a sua manchete. Folha e Estadão repetiram a bajulação, num típico pensamento único imperial.
Bem diferente é a cobertura da mídia das posses dos presidentes latino-americanos, principalmente quando eles se opõem à política imperialista dos EUA na região e pregam a integração soberana do continente. No caso de Hugo Chávez, da Venezuela, ela nem sequer escondeu a torcida macabra pela sua morte. As posses de Cristina Kirchner (Argentina), Evo Morales (Bolívia) e Rafael Correa (Equador), entre outros, também mereceram coberturas “jornalísticas” negativas, depreciativas e até preconceituosas.
O comportamento servil da mídia nativa lembra uma frase de Chico Buarque, em outubro de 2010, durante o encontro de intelectuais e artistas em apoio a então candidata Dilma Rousseff. Na ocasião, ele ironizou os que “falam fino com Washington e falam grosso com a Bolívia e o Paraguai”. A imprensa brasileira segue exatamente este padrão de subserviência. E olha que os EUA nem estão com esta bola toda na atualidade. O império decadente afunda na crise econômica e se atola nas guerras em várias partes do mundo.
A regressão social nos EUA é algo impressionante – mas os “calunistas” preferem bajular a posse de Barack Obama. O país é hoje um dos mais desiguais e injustos do planeta. Um em cada sete estadunidenses depende de assistência do governo federal para comer. São cerca de 46,5 milhões de pessoas incluídas no programa “Food Stamps” (cupons de comida). Outros milhões não contam com qualquer tipo de assistência pública à saúde; outros foram despejados de suas casas e hoje residem em trailers.
Na bajulada “democracia ianque”, enquanto milhões vegetam na miséria e não acreditam mais na balela da “terra das oportunidades”, uma minoria residual – o 1% criticado pelo movimento Ocupe Wall Street – continua esbanjando fortunas. Em 2010, apesar da brutal crise que vitimou o país, estes ricaços voltaram a acumular riquezas. A participação na renda dos 1,6 milhão do topo da pirâmide subiu de 18% para 19,8%. Mesmo assim, a mídia colonizada faz festa para a posse de Barack Obama.
Haja servilismo!

quinta-feira, outubro 27, 2016

Juiz determina suspensão de propagandas de Zenaldo Coutinho


Via Diário Online.
Uma decisão liminar da Justiça Eleitoral em favor do candidato Edmilson Rodrigues e da coligação Juntos pela Mudança determinou que o candidato Zenaldo Coutinho suspenda a veiculação de propagandas eleitorais que utilizem a imagem do Governo do Estado do Pará, em especial, a do cheque moradia no horário eleitoral gratuito.
De acordo com a decisão, proferida pelo juiz da 97ª Zona Eleitoral, Antônio Cláudio Von Lohrmann Cruz, se a coligação de Zenaldo Coutinho descumprir a liminar, deverá pagar multa única no valor de R$ 200 mil para o caso de descumprimento, a partir da notificação.
Além disso, o juiz requisitou que o Secretário Municipal de Habilitação de Belém uma “relação com os nomes dos beneficiários do programa Viver Belém - Cheque Moradia, com os valores liberados, empenhados, com citação da fonte de recursos públicos”.
AÇÃO
Segundo os autos da ação de investigação judicial eleitoral, há diversas provas de que o candidato à reeleição para prefeito de Belém, Zenaldo Coutinho, está se utilizando de ações do Governo do Estado do Pará, considerando que o Governador também é do PSDB, para promover a gestão municipal.
No processo, são citados os casos dos programas eleitorais dos dias 20 de outubro (noturno), 22 de outubro (noturno) e 23 de outubro (vespertino), que anunciaram parcerias com o Governo do Estado como o Ginásio de Esportes, recém inaugurado (Mangueirinho), cheque-moradia; a macrodrenagem na bacia do Tucunduba e o prolongamento da avenida João Paulo II.
De acordo com o magistrado, “o problema está em que o Mangueirinho já está concluído há muito tempo e foi inaugurado às vésperas do pleito como forma de beneficiar o candidato Zenaldo Coutinho, violando o princípio da igualdade entre os competidores”.
O juiz entende que “é evidente que o uso da marca pelo Governo do Estado tem o condão de identificar a atual gestão municipal, realizando, assim, uma propaganda institucional em período vedado por lei e visa beneficiar o candidato Zenaldo Coutinho, ‘colando’ sua imagem nas realizações daquele ente estadual”.

Ex-senador tucano, Mário Couto entra na campanha do PSOL e militância decreta voto nulo


Por Diógenes Brandão

Com uma ficha corrida extensa no Ministério Público Estadual e Federal, inúmeros processos na justiça estadual e federal, o ex-senador Mário Couto, deixou o PSDB, partido que passou 25 anos e recentemente ingressou no PMDB, partido que o escalou para contribuir com a campanha de Edmilson Rodrigues (PSOL), que disputa novamente a prefeitura de Belém, com Zenaldo Coutinho (PSDB).

O ex-senador tucano, que já foi preso por porte de armas de grosso calibre  e por comandar bancas do jogo do bicho no Pará (leia aqui), Mário Couto sempre falou a palavra "ética", mas é réu em 11 processos de corrupção. (leia aqui).



O estranhamento é tanto, que militantes do PSOL, me enviaram o link da publicação acima, encontrada no site de Edmilson Rodrigues, que noticia uma condenação judicial contra Mário Couto, agora aliado de Edmilson.

A campanha de Edmilson foge do assunto, mas um vídeo (clique aqui ou assista abaixo) que circula pela internet, mostra o professor Maneschy, ex-candidato do PMDB, que disputou o primeiro turno das eleições, apresentando o ex-tucano em uma plenária do seu partido, na presença da ex-deputada estadual Araceli Lemos, hoje presidente estadual e coordenadora geral da campanha do PSOL.

Ao verem o vídeo nas mídias sociais, já que a campanha lilás (PSOL) não mostra o antigo adversário, inimigo mortal da esquerda paraense e nacional, a militância do PT, PCdoB, REDE, PDT, PV e do próprio PSOL, fica sem entender que tipo de acordo teria trazido Mário Couto, também conhecido como Tapiocouto, para o lado de Edmilson Rodrigues.

Por isso, muitos militantes da esquerda local, se unem aos que já vinham anunciando o voto nulo ou que iriam viajar e depois justificar o voto, para não reforçarem a eleição de Zenaldo, nem de Edmilson.

Aumente o volume e assista o vídeo abaixo, que entra para a história da política paraense, onde boi "avuá", sob o comando do senador Jader Barbalho (PMDB), o maior estrategista de oito (08) das últimas dez (10) campanhas eleitorais do Pará.


Para saber mais sobre Mário Couto, digite seu nome no espaço de buscar acima desta postagem. O acervo é grande.

quarta-feira, outubro 26, 2016

Barbalhos e Maioranas brigam, os partidos disputam o poder e o povo não pode ter sua opinião publicada?


Por Diógenes Brandão

Com mais uma eleição polarizada entre os interesses do PSDB e do PMDB, as famílias que controlam a mídia no Pará, Maioranas e Barbalhos, travam uma nova guerra no campo político, onde muitas vezes “balas perdidas” acabam atingindo quem não tem nada a ver com a disputa.

Tal como nas eleições de 2014, as duas maiores empresas de comunicação do Pará travam uma disputa visceral e o instituto DOXA volta a ser atacado e conta apenas com as mídias sociais para se defender e fazer valer seu direito de pesquisar e revelar a opinião pública.
Leia um trecho da entrevista com Dornélio Silva, cientista político da DOXA, que foi entrevistado pelo blog em 2014, logo depois do resultado do 2º turno das eleições, onde foi o único pesquisador a acertar o resultado das urnas.
No trecho abaixo, ele conta como tudo aconteceu em 2014 e como volta a acontecer novamente nestas eleições municipais de 2016, onde o PSOL e o PSDB são meros coadjuvantes dos interesses comerciais dos barões da mídia paraense.
AS FALAS DA PÓLIS: A DOXA foi muito perseguida tanto no primeiro, quanto no segundo turno, porque aconteceu isso? Como você explica e a quem atribuiu essa perseguição?
Dornélio Silva: É importante observarmos essa situação para entendermos a participação e o poder de alguns atores nesse campo jurídico: juízes auxiliares, advogados, promotores, isto é, o próprio TRE.
Tudo começou depois que a DOXA foi contatada através de um interlocutor para fazer uma pesquisa e publicar no jornal Diário do Pará. O resultado vindo de campo não foi favorável a Helder Barbalho. Em função disso, o interlocutor queria que a DOXA mudasse o resultado. O que obviamente não foi feito.
Na pesquisa, Simão Jatene ficou com 41% e Helder com 38%. Queriam "apenas" que a DOXA invertesse os resultados. Como não aceitamos, em hipótese alguma, tivemos um prejuízo de R$ 25.000,00. E como tínhamos uma pesquisa atualizada, resolvemos publicar no blog da DOXA e de alguns blogs amigos como do Diógenes Brandão, Hiroshi Bogéa, Jeso Carneiro e Manoel Dutra. Depois outros veículos pegaram e foram publicando, óbvio.
AS FALAS DA PÓLIS: A partir de então, a DOXA tornou-se persona non grata à coligação “Todos Pelo Pará”?
Dornélio Silva: Não conseguimos mais publicar nossas pesquisas. Parecia que havia um complô, algo combinado: quando registrávamos uma pesquisa, os advogados da coligação entravam com o pedido e só caia na mão de um juiz auxiliar, muita coincidência. Chegamos a ser manchete de capa do Diário do Pará, como se fossemos criminosos. O MPE, através do dr. Alan Mansur, depois de “investigado o crime eleitoral” mandou arquivar o processo. Mas até hoje o juiz não deu a sentença.
Matéria requentada de 2014, volta a circular neste segundo turno das eleições de 2016, através das mídias sociais. 
No segundo turno, conseguimos publicar uma pesquisa.
Havia sido feito um acordo entre os advogados das duas coligações de que “ninguém impugna ninguém, deixa o mercado regulamentar”. Era a decisão mais sábia até então. Só que esse acordo não foi cumprido na última pesquisa DOXA. As 19:20hs do dia 24, sexta-feira, o juiz induzido pelas justificativas dos advogados da coligação "Todos Pelo Pará" acata e manda suspender a publicação da pesquisa.
Sabíamos que o Diário do Pará viria já na edição de sábado, com pesquisa com números alarmantes, querendo ficar sozinho no pleito, passando apenas sua verdade, passando ao eleitor como fato consumado, a eleição de Helder; e que essa mesma pesquisa viria repaginada no domingo, dia da eleição.
Diante dessa situação, o jornal O Liberal publica a pesquisa da DOXA, do domingo anterior, como forma de contrapor ao Diário, e dizer para o eleitor que ele merecia outra informação para tomar sua decisão no dia seguinte.
A pesquisa Doxa, finalizada na sexta-feira, antevéspera do segundo turno das eleições de 2014, deu 51,5% Jatene e 48,5% Helder (votos válidos).
O resultado das urnas foi de 51,92% para Jatene e 48,08% para Helder. Exatamente o que a nossa última pesquisa mostrou.
Ou seja, fomos o único instituto de pesquisa que acertou o resultado.
Essa era a verdade que o Diário do Pará não queria que a opinião pública soubesse.

AS FALAS DA PÓLIS: Como você explica essa tamanha disparidade entre os dados dos institutos de pesquisa nessa campanha?
Dornélio Silva: Se for observar bem, a disparidade era do nosso instituto para com os demais. O Jornal Diário do Pará publicava a pesquisa que dava sempre o Helder na frente e dizia que a metodologia da pesquisa era domiciliar. No entanto, analisando a metodologia e o questionário detectamos que os pesquisadores pegavam apenas o telefone do entrevistado.
A estratégia do Diário do Pará e todo o grupo de comunicação era passar a ideia de Helder como fato consumado, utilizando-se de pesquisa para induzir, manipular o eleitor.

Incrível: Há dois meses antes da pesquisa, cartomantes do PSOL já sabiam do resultado da DOXA




Por Diógenes Brandão

O blog recebeu uma cópia do Mandado de Notificação expedido pelo juiz Antônio Cláudio Von Lohrmann Cruz, a pedido da Coligação “Juntos Pela Mudança”, a qual pede que o PSOL tenha acesso aos dados e documentos da pesquisa DOXA, publicada no domingo passado (23), em O Liberal.


Na pesquisa, Zenaldo Coutinho (PSDB) aparece com 12,5% de vantagem sobre Edmilson Rodrigues (PSOL).

O instituto DOXA informou ao blog, que tal como qualquer outro instituto de pesquisa sério, tem tudo à disposição e aguarda pela visita, em horário a ser marcado, para apresentar aos enviados do PSOL, tudo que for necessário e que comprove a legitimidade dos dados apresentados na pesquisa.

A sede da empresa, os advogados e dirigentes do PSOL sabem onde fica, afirma o cientista político Dornélio Silva, pois segundo ele, já prestou muitos serviços ao partido, inclusive na eleição passada, em 2012, onde Edmilson Rodrigues também disputou com Zenaldo Coutinho, assim como ano passado (2015), para aferições das perspectivas para o cenário eleitoral de 2016.


Ao invés de melhorarem na campanha e evitarem vazamentos, como o que ocorreu outro dia, quando o renomado advogado Egídio Sales, orientou a sua equipe de advogados para que dissessem para o povão que o “Zenada” estava cassado, sendo que não estava, a coordenação da campanha de Edmilson Rodrigues escala agora o advogado Lucas Martins Sales, filho de Egídio Sales, o qual demostra ter desenvolvido uma visão futurista, pois fez a representação com pedido de liminar, no dia 26 de Agosto de 2016, quando já sabia do resultado da pesquisa que ia ser divulgada em O Liberal, no último domingo, 23 de Outubro de 2016.

As cartomantes de Belém ganharam um novo concorrente.

Veja o vídeo que circula pelas mídias sociais, com o vazamento da conversa dos advogados do PSOL.




terça-feira, outubro 25, 2016

Cunha, Mabel e o lobby farmacêutico

Enquanto serviu ao projeto das elites de derrubada da presidenta Dilma, o lobista Eduardo Cunha era um santo. "Todos somos Cunha", berravam os 'coxinhas' manipulados pela imprensa. Até reportagens antigas, que mostravam a sua trajetória de falcatruas, foram arquivadas. Agora, feito o trabalho sujo, a mídia venal passa a publicar matérias que mostram como o correntista suíço construiu sua fortuna e seu enorme poder político. Na edição desta semana, a revista Época – da mafiosa famiglia Marinho – traz um relato que evidencia os métodos do atual presidiário. O objetivo talvez seja o de desqualificar a sua possível “delação premiada”, que pode implodir o covil golpista de Michel Temer.
Segundo a denúncia, que já devia ser conhecida há muito tempo, Eduardo Cunha agiu como lobista da poderosa indústria farmacêutica – entre outros setores da “ética” iniciativa privada. Esta foi uma das fontes de seus milionários recursos – parte deles enviados para as contas secretas da Suíça. Nesta bem-sucedida operação, ele contou com a ajuda de outro político mais sujo do que pau de galinheiro, o empresário Sandro Mabel, que hoje ocupa um posto de destaque no Palácio do Planalto. Vale conferir alguns trechos da reportagem da Época, assinada por Filipe Coutinho e Talita Fernandes:
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Do 3º andar do Palácio do Planalto, mesmo piso em que fica a sala do presidente da República, Michel Temer, despacha o ex-deputado Sandro Mabel, do PMDB. Empresário milionário, o veterano Mabel atua como assessor especial de Temer para assuntos relacionados à Câmara dos Deputados, que conhece como poucos. Ele é presença frequente e prestigiada ali. Neste ano, já articulou, a mando do governo, votos para tentar salvar o colega de partido, Eduardo Cunha, atuou na escolha do atual presidente da Câmara, Rodrigo Maia, do DEM, e compareceu às votações decisivas do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff. Quem fala com Mabel sabe que ele é uma das vozes do governo Temer. Sabe, também, que é próximo de Eduardo Cunha – um elo que pode atrapalhar o trabalho de Mabel e constranger o Palácio do Planalto nos próximos dias, após a prisão do ex-presidente da Câmara.
Em trecho de uma delação premiada obtida por Época, Sandro Mabel aparece como o responsável por inserir uma emenda em uma Medida Provisória para atender aos interesses de um empresário, prática comum e lucrativa, um derivativo do poder das assinaturas em Brasília. Em 2012 Nelson Mello era diretor de Relações Institucionais da Hypermarcas, uma das maiores fabricantes de produtos farmacêuticos do país, quando conheceu o então líder do PMDB na Câmara, Eduardo Cunha. O doleiro Lúcio Funaro, operador de Cunha, arranjou um encontro no apartamento funcional do deputado em Brasília. Mello disse a Cunha que queria introduzir uma mudança na lei, para permitir a venda de medicamentos sem receita médica. Entregou recortes de jornais e documentos que, segundo ele, mostravam como tal prática era comum em alguns países. “Eduardo Cunha recebeu esses documentos e fez algumas perguntas; que meses depois houve votação na Câmara e o projeto dos medicamentos isentos de prescrição foi aprovado”, diz o depoimento de Mello.
A tal emenda foi feita em um projeto de lei cujo objetivo era desonerar de impostos a compra de alguns produtos por pessoas com deficiência – ou seja, nada tinha a ver com o tema principal. Essa prática, conhecida como “jabuti”, era uma marca registrada da atuação parlamentar de Eduardo Cunha. O autor da mudança que beneficiava a Hypermarcas era o então deputado Sandro Mabel, do PMDB de Goiás. “Não sabia então que a emenda era de Sandro Mabel, apenas ficou implícito que pela força do Eduardo Cunha, ele estava por trás da emenda”, diz trecho do depoimento. Com a mudança, medicamentos poderiam ser vendidos sem receita em supermercados, armazéns e hotéis. O texto só não entrou em vigor devido ao veto da então presidente Dilma Rousseff. Ainda assim, a manobra permitiu a Mello medir o poder de Cunha: ele tinha comando, influência e conhecimento suficientes para mudar leis, de acordo com os interesses de empresários, em troca de dinheiro. Era útil.
O relato de Mello causa incômodo a Sandro Mabel por ele figurar como um soldado de Eduardo Cunha no Congresso, com a materialidade de uma operação suspeita. Não é a primeira vez. Em troca de mensagens com Leo Pinheiro, um dos sócios da OAS, Eduardo Cunha indica Mabel como nome ideal para apresentar uma emenda que atendia aos interesses da empreiteira. Escolhido o autor da emenda, que seria juntada à Medida Provisória 582, que tratava da desoneração da mão de obra, indicou um gabinete para a entrega do texto redigido. Escolheu o de número 510, o seu, apesar de a emenda, oficialmente, não ter nenhum indicativo de que era de sua autoria.
Procurado no Planalto, Sandro Mabel não respondeu. “O Ministério Público construiu ilações a partir de documentos, aos quais a defesa de Eduardo Cunha não teve acesso”, diz em nota a defesa de Cunha. “Desde já, a defesa refuta que Eduardo Cunha tenha praticado alguma conduta ilegal no exercício do seu mandato. Eduardo Cunha está à disposição das autoridades para esclarecer essas suspeitas infundadas.” Uma das frentes de investigação do Ministério Público Federal incide sobre a atuação de Cunha no ramo da negociação de emendas com empresários. Os investigadores têm avançado na pesquisa para descobrir a rede de aliados que Cunha usava para não se expor, não aparecer sempre como autor dos textos. Por isso, a prisão do ex-presidente da Câmara desperta entre seus aliados o pânico de serem arrastados para as investigações de corrupção. O Palácio do Planalto está sem dormir.
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É esta turma de lobistas que hoje comanda o governo. Eduardo Cunha está preso – não se sabe por quanto tempo. Já os outros Cunhas dão as cartas nos rumos do país, operando direto do Palácio do Planalto. E ainda tem “midiota” que acredita que o golpe foi dado para salvar o Brasil da corrupção. Só mesmo com muito medicamento pesado das “éticas” indústrias do setor farmacêutico!

segunda-feira, outubro 24, 2016

Para onde vão os votos dos candidatos que concorreram no 1º turno em Belém?


Por Dornélio Silva*

O cruzamento dos números da intenção do voto da última pesquisa DOXA, com o resultado eleitoral do 1º turno, nos mostram que os votos de Edmilson Rodrigues (PSOL) e Zenaldo Coutinho (PSDB) estão bem consolidados.
Os eleitores que votaram em Eder Mauro (PSD), estão migrando mais para Zenaldo do que para Edmilson.
Destes, 35,4% vão para Zenaldo e 31,0% para Edmilson; 18,1% pretendem anular o voto e outros 15,5% estão indecisos.
Quanto aos eleitores que votaram em Carlos Maneschy (PMDB), 27,3% estão votando em Edmilson, enquanto 43,2% votam em Zenaldo.
Em relação aos eleitores que votaram em Regina Barata (PT), a intenções de votos está dividida ao meio: 38,5% estão votando em Edmilson e 38,4% em Zenaldo; enquanto 15,4% pretendem anular o voto e 7,7% estão indecisos.
Os eleitores que votaram em Ursula Vidal (REDE) estão migrando mais para Edmilson: 38,3% estão votando em Edmilson e 27,7% em Zenaldo.
Outros 23,4% pretendem anular o voto, e 10,6% estão indecisos.
*Dornélio Silva é mestre em ciência política pela UFPA e responsável pela DOXA pesquisas.

2º Turno de 2012 e a pesquisa DOXA 2016


Por Dornélio Silva*

Em 2012, foram para o 2º turno os mesmos competidores de 2016, Edmilson Rodrigues (PSOL) e Zenaldo Coutinho (PSDB).
Zenaldo ganhou com 56,6% dos votos válidos.
Edmilson ficou com 43,4%.
Neste sábado (22), há uma semana do segundo turno das eleições 2016, a DOXA publica sua penúltima pesquisa, aferindo percentual idêntico ao resultado das eleições 2012.
Edmilson aparece com 43,8% e Zenaldo 56,2%. A diferença dos números de 2012 (T.R.E) e da pesquisa DOXA é idêntica, com o único e quase imperceptivel detalhe: menos de meio porcento no resultado de Edmilson.
*Dornélio Silva é mestre em cientista política pela UFPA e responsável pela DOXA pesquisas.

Reta final: 08 pesquisas eleitorais são registradas em Belém


Por Diógenes Brandão
Os institutos que registram pesquisas quantitativas e suas datas de divulgação. (Por ordem de registro).
VERITATE - Registrou a pesquisa no dia 19.10 e a divulgação está prevista para apartir do dia 25.10 (Terça-feira). Registro: 01596/2016. Contratante: Conta própria. Valor: R$ 8.000,00.
PHOÊNIX - Registrou a pesquisa no dia 20.10 e a divulgação está prevista para a partir do dia 26.10 (Quarta-feira). Registro: 02356/2016. Contratante: Jornal Correio Continental de Roraima. Valor: R$ 6.000,00.
VERITATE - Registrou a pesquisa no dia 22.10 e a divulgação está prevista para a partir do dia 28.10 (Sexta-feira). Registro: 03437/2016. Contratante: Conta própria. Valor: R$ 8.000,00.
VERITÁ - Registrou a pesquisa no dia 22.10 e a divulgação está prevista para a partir do dia 28.10 (Sexta-feira). Registro: 08444/2016. Contratante: Conta própria. Valor: R$ 41.000,00.
IBOPE - Registrou a pesquisa no dia 23.10 e a divulgação está prevista para a partir do dia 29.10 (Sábado). Registro: 08366/2016. Contratante: TV Liberal. Valor: R$ 45.150,00.
DOXA - Registrou a pesquisa no dia 23.10 e a divulgação está prevista para a partir do 29.10 (Sábado)Registro: 03386/2016. Contratante: Conta própria. Valor R$ 8.000,00.
ACERTAR - Registrou a pesquisa no dia 23.10 e a divulgação está prevista para 29.10 (Sábado). Registro: 07868/2016 - Valor R$ 14.000,00 - Contratante: Duarte Comunicação e Publicidade LTDA.
BMP - Registrou a pesquisa no dia 24.10 e a divulgação está prevista para 30.10 (Domingo). Registro: 09604/2016 - Valor R$ 10,000,00 - Contratante: Agência Amazônia de Notícias LTDA.
Obs: Os institutos ACERTAR e VERITATE registraram duas (02) pesquisas no mesmo dia.
Fonte: TSE.

domingo, outubro 23, 2016

Por que a pesquisa DOXA está sendo atacada?

Desbancando grandes institutos como o IBOPE, a DOXA destaca-se no mercado de pesquisas, com resultados certeiros e muitas vezes questionados.

Por Diógenes Brandão
A publicação da pesquisa DOXA, divulgada pelo jornal O Liberal vem causando polêmica nas mídias sociais. De um lado, os que criticam o resultado, apontando como argumento o fato do total de votos válidos chegar a 100,1%.
De outro, os que consideram que os críticos querem jogar uma nuvem de fumaça na informação trazida pela pesquisa, que demostra que se a eleição fosse hoje, Zenaldo Coutinho (PSDB) seria reeleito, com uma vantagem de 12,5% sobre Edmilson Rodrigues (PSOL).
Há uma semana para o "dia D", onde os eleitores brasileiros decidirão os prefeitos das 55 cidades e 18 capitais brasileiras que disputam o segundo turno, Belém trava uma das disputas mais acirradas e polêmicas, onde as paixões partidárias e ideológicas, fazem com que empresas e profissionais sejam até difamados, no jogo voraz pelo poder.
Ciente de que não é a primeira e nem será a última vez que esse tipo de guerra de informações será travada, ainda mais se tratando de uma campanha de segundo turno, onde a sociedade está polarizada e entre os votos nulos e brancos, temos a militância de Edmilson Rodrigues (PSOL) e de Zenaldo Coutinho (PSDB), o blog conversou com o cientista político da DOXA Pesquisas, Dornélio Silva, que explicou o motivo do instituto ter acertado novamente em sua 10ª pesquisa de intenções de voto, realiza este ano, em Belém do Pará.
“Em nossas pesquisas, a DOXA utliza a casa decimal e os votos estimulados são transformados em válidos, onde votos brancos e nulos não são computados. A divulgação do jornal OLiberal optou em apresentar os números válidos, ou seja, optou por arredondar para mais e assim Zenaldo, que aparece na pesquisa com 56,26%, acabou aparecendo na publicação com 56,3%. Edmilson vem com 43,73% e arredondado fica com 43,8%.
Ou seja, Edmilson foi beneficiado com esse 0.1% a mais que o Jornal O Liberal publicou.
“Os comentários das torcidas organizadas e seus respectivos candidatos, são compreensíveis e até normais”, confidenciou o pesquisador que elabora diversos estudos com o resultado das últimas eleições no estado do Pará e realizou só este ano, 140 pesquisas, em 60 municípios paraenses, obtendo 85% de acerto em suas aferições estatísticas.
Em um desses estudos, divulgados com exclusividade pelo blog AS FALAS DA PÓLIS, Dornélio Silva já havia trazido ao conhecimento público, o histórico das últimas eleições em Belém, onde demostra a tendência de votos em Edmilson e Zenaldo.
"A média de crescimento de Edmilson nas três últimas eleições que participou (1996-2000-2012), do primeiro para o segundo turno foi de 10%. A média de seus adversários foi de 23%", conclui o estudo que tem como fonte os resultados do TRE-PA.
Em relação aos que questionam os números apresentados pela última pesquisa da DOXA, Dornélio Silva diz que os que contestam os números do seu instituto, podem até entender de política, mas estão distorcendo, ou desconhecem a lógica matemática.
E explica, usando como exemplo outros casos, onde institutos de pesquisas como o IBOPE e Datafolha já apresentaram os motivos de muitos resultados divulgados não serem exatos, como muitos acham que deveria sempre ser.
“A soma dos percentuais totaliza 101% devido ao critério de arredondamento dos percentuais, visto que utilizamos em nossos relatórios os dados com casas decimais. Nestes arredondamentos, podemos ter casos que somam 99% (ou menos) ou 101% (ou mais), como no referido caso. O arredondamento é um conceito matemático básico, que determina que entre 0,0% e 0,4%, são arredondados para 0%, enquanto os valores superiores a 0,5% são arredondados para 1%”, explica cientista político Daniel Menezes, ao citar um caso, onde uma pesquisa arrendou para 1%. No caso da DOXA, foi arredondado apenas 0,1%".
Dornélio reforça a informação do colega de profissão e complementa: “O Excel, programa usado pela DOXA para a geração dos dados das pesquisas, é projetado para totalizar os resultados até a segunda casa decimal e arrendondar as demais. E isso não pode ser considerado um erro do sistema e sim uma possibilidade matemática”.
“Desqualificar os resultados de uma pesquisa a partir do desconhecimento, proposital ou acidental, de uma regra básica de matemática – o arrendondamento -, beira o obscurantismo”, finaliza o cientista político Daniel Menezes, em uma matéria publicada pelo blog “De olho no discurso”.

sexta-feira, outubro 21, 2016

Histórico das eleições mostra tendência de votos em Edmilson e Zenaldo


Por Dornélio Silva*

Os dois competidores desse segundo turno eleitoral em Belém são bem conhecidos dos eleitores. 
Não há novidade. 

Os que se apresentavam como novos, esvaíram-se no primeiro turno.
Ambos tem capital político e eleitoral acumulados ao longo de suas carreiras. 
Edmilson, em 1996, passou para o segundo turno com Ramiro Bentes com 46,5% dos votos válidos. 
Ramiro passou com 19,6%.
No segundo turno, Edmilson ganhou a eleição com 57,5%. Conquistou 11% dos votos dos outros candidatos.


Ramiro ficou com 42,5%. Cresceu do primeiro para o segundo turno 22,9%. 
Em 2000, em sua reeleição, Edmilson passou para o segundo turno com 42,9% dos votos válidos. Duciomar passou com 30,1%. 

Nessa eleição Zenaldo ficou em terceiro colocado, alcançando 15,5% dos votos.

Já no segundo turno, Edmilson ganhou do Duciomar, com uma diferença de apenas 1,4%.

Edmilson venceu com 50,7% dos votos e Duciomar ficou com 49,3%.
O crescimento de Edmilson do primeiro para o segundo turno foi de 7,8% e de Duciomar foi de 19,2%.
Em 2004, entra em cena Ana Júlia que obtém no primeiro turno 32,7% dos votos contra 48,9% de Duciomar.

Os dois passam para o segundo turno e a vitória foi de Duciomar.

Em 2008, a disputa ficou entre Duciomar e Priante.
No primeiro turno, Duciomar obteve 35,1% e Priante 19,03%.
Os votos do PT (Mário Cardoso) e do PSOL (Marinor), somaram 20,14%.
No segundo turno Duciomar ganhou com 59,6% contra 40,4% de Priante.
Em 2012 voltam Edmilson e Zenaldo para a disputa.
No primeiro turno, Edmilson obteve 32,6% dos votos válidos e Zenaldo 30,7%. 
No segundo turno Edmilson chega a 43,4%; e Zenaldo ganha com 56,6%.
Edmilson cresceu do primeiro para o segundo 10,8%. Zenaldo teve crescimento de 25,9%.

Em 2016, Edmilson passa para o segundo turno com 29,5% dos votos válidos e Zenaldo com 31,0%.
A média de crescimento de Edmilson nas três eleições que participou (1996-2000-2012) do primeiro para o segundo turno foi de 10%.
A média de seus adversários foi de 23%.
Tire suas conclusões.
Fonte: TRE-PA
Fonte: TRE-PA

Fonte: TRE-PA

*Dornélio Silva
é mestre em Ciência Política pela UFPa e o responsável pelo Instituto DOXA, que realiza as principais pesquisas eleitorais na região Norte.

quarta-feira, outubro 19, 2016

DOXA divulga o mapa eleitoral dos prefeitos e vereadores eleitos no Pará (por partido)

Parte do estudo realizado pelo Instituto DOXA pesquisas, traz o resultado eleitoral com o número de vereadores e prefeitos eleitos, por partido, com a evolução dos principais e o número de votos recebidos no primeiro turno destas eleições municipais de 2016.

No gráfico abaixo, o número de vereadores eleitos no Pará. (Por partido).


No Brasil, registrado no TSE, temos 35 partidos.

No Pará foram eleitos 1734 vereadores agregados em 31 siglas.

Apenas 4 partidos não fizeram vereadores Partido Novo, PCO, PCB e PSTU.

No Brasil, registrados no TSE, temos 35 partidos.

No Pará, foram eleitos 1734 vereadores agregados em 31 siglas.


Apenas 4 partidos não fizeram vereadores: Partido Novo, PCO, PCB e PSTU


No gráfico abaixo, o número de votos que cada partido recebeu nestas eleições



MP pede quebra de sigilo bancário e fiscal do prefeito de Ananindeua

O blog recebeu o processo de número  0810605-68.2024.8.14.0000,  que tramita no Tribunal de Justiça do Esado do Pará e se encontra em sigilo...