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Hospital Regional dos Caetés está pronto e já poderia estar atendendo a população do nordeste paraense, mas continua fechado desde novembro do ano passado. |
Por Diógenes Brandão
Tomado pela insegurança de se revelar incapaz de governar para todos e com a pretensão de estar presente em todos os lugares, como se tivesse uma capacidade divina da onipresença, o governador Helder Barbalho se esforça para mostrar serviço, pelo menos de maneira altamente midiática e tenta passar a ideia de que está resolvendo a questão da violência e das queimadas no Pará.
Como é movido por pautas que mais aparecem nas pesquisas de opinião que encomenda, mas não divulga, Helder se volta para elas e acaba virando as costas para as demais, onde inúmeros problemas se arrastam sem a sua devida atenção.
Prova disso é a situação dramática do povo de Capanema, que agoniza sem a inauguração do Hospital Regional, que deveria ser inaugurado ainda em Novembro de 2018, mas não foi por uma determinação judicial, após contestação feita pelo então primo do governador, Igor Normando - na época vereador de Belém e eleito naquele mesmo ano, deputado estadual - que justificava que o hospital ainda não estava todo pronto e por isso não poderia ser inaugurado.
A população que sofre com a falta de leitos e precisa se deslocar de sua cidade para outros municípios não concordam com os efeitos negativos que recaem sobre os mais pobres e populares de Capanema, afirmam que o hospital estava praticamente todo pronto, com alas que já poderiam estar atendendo a população, como a materno-infantil, mas como o hospital não foi aberto, as mulheres grávidas são obrigadas a fazerem seus partos em municípios próximos, como Bragança e Salinas.
Veja as fotos divulgadas pelo governo de Simão Jatene, quando no fim do seu mandato pretendia inaugurar o Hospital Regional dos Caetés, construído com quase 100 leitos de média e alta complexidade, com equipamentos de última geração, salas de cirurgias, unidade materno-infantil, entre outros, já poderia atender a população de boa parte do nordeste paraense, mas foi barrado por decisão judicial movida e pressionada pela família Barbalho.
A postura birrenta de governantes, oriundos de famílias ricas e que preferem deixar seu povo penalizado, a ter que abrir as portas de hospitais para atender pacientes, deixa vítimas e traz muitos problemas, sobretudo para famílias pobres.
Em Capanema, por exemplo, diversos apelos são feitos pela população através das redes sociais, mas como a maior parte da imprensa está submissa e controlada por interesses econômicos e o pagamento de altas verbas de publicidade, a dor e o desespero de quem precisa do atendimento público da saúde, não são noticiados.
Depois de inaugurado, O Hospital Regional dos Caetés servirá a quase meio milhão de paraenses que vivem no entorno de Capanema, como nos municípios de Peixe boi, Capitão Poço, Nova Timboteua, Primavera, Quatipuru, Ourém, Garrafão do Norte, Santa Luzia, Cachoeira do Piriá, entre outros.
Só falta o governador Helder Barbalho colocar a placa de inauguração, fazer a selfie e junto com os deputados e prefeitos aliados, entregar a obra para a população.
Faça logo isso, governador!
A população daquela região não suporta mais viver com essa grande estrutura hospitalar fechada e por abri-la e colocá-la para salvar vidas e curar doenças, com certeza ela te agradecerá!