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sexta-feira, novembro 09, 2012

O Partido da Imprensa


Davis Sena Filho, no site Brasil247.com

Há 30 anos lido com o jornalismo — a partir de 1981. Formei-me na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) em meados da década de 1980. Naquele tempo eu via a imprensa, a chamada “grande” imprensa como um instrumento de proteção da sociedade, além de considerá-la, apesar de pertencer à iniciativa privada e comercial, entidade democrática disposta a defender as liberdades de pensamento, de expressão, com o propósito de, por exemplo, apoiar ações que efetivassem a distribuição de renda, de terras, enfim, das riquezas produzidas pelos trabalhadores e acumuladas pelos empresários deste imenso País injusto. Eu era jovem, inexperiente e, além disso, no País não existia liberdade democrática, havia a censura, as pessoas não falavam de política no dia a dia, o que dificultava ainda mais perceber os reais interesses da imprensa empresarial. Como me formei na metade da década de 1980, cujo presidente da República era o general João Figueiredo, via a imprensa como um segmento que lutava em favor de uma sociedade que se tornasse justa, democrática e livre, processo este que somente acontece por intermédio da implementação constante de justiça social, por meio de políticas públicas desenvolvimentistas e distributivistas.

Naquele tempo, vivíamos em um regime de força, que teve seu auge nos idos de 1967 a 1977, a imprensa, recém-saída da censura, que “terminou”, definitivamente, em 1978, era vista por mim, jovem jornalista, como um instrumento de resistência aos que transformaram a República brasileira em uma ditadura militar, com a aquiescência e o apoio financeiro e logístico de influentes segmentos econômicos da sociedade civil, que viram na ascensão dos militares ao poder uma forma também de aumentar seus lucros, sem, no entanto, serem alvos de quaisquer questionamentos, já que havia a censura e a oposição partidária à ditadura se encontrava em um momento de perseguição política e sem voz ativa para ser ouvida, inclusive pela grande imprensa que, por ser comercial, bem como o braço ideológico das elites econômicas brasileiras, aliou-se aos novos donos do poder.

O jornalista minimamente alfabetizado, experiente e informado, independente de sua formação cultural, política e ideológica, independente de sua influência profissional e de seu contracheque, sabe (ou finge não saber) que os proprietários da imprensa privada são megaempresários, inquilinos do pico da pirâmide social mundial e pontas-de-lança dos interesses do capital. A imprensa burguesa censura a si mesma, quando considera que os interesses empresariais estão a ser contrariados. O faz de forma rotineira, ordinária, e expurga de seus quadros aqueles que não se unem ao pensamento único do Partido da Imprensa, que é o de disseminar, ou seja, propagar, aos quatro cantos, que não há salvação fora do mercado de ações, dos jogos bancários, da especulação imobiliária e da pasteurização das idéias, geralmente difundidas pelos doutores, mestres e professores das universidades e dos órgãos de supremacia e de espoliação internacional, como o BID, o Bird, o FED, a ONU, a OEA, a OTAN, o FMI, a OMC e a OMS.


quarta-feira, outubro 31, 2012

Mapa Eleitoral: O dia seguinte das eleições

O PT foi o partido que mais cresceu nas eleições de 2012. PMDB e PSDB encolheram bastante.
 
No blog do Renato Rovai*

Há muitas flancos possíveis para se analisar o resultado das eleições municipais recém-encerradas. Os analistas da mídia tradicional como não podem dizer que a oposição foi a grande derrotada enaltecem o crescimento (real, diga-se) do PSB. É mais ou menos como aquele torcedor que comemora a vitória de um terceiro time sobre o seu principal rival. Porque no pau a pau perde todas.


O fato é que a oposição diminuiu ainda mais de tamanho em 2012. E isso aconteceu mesmo em meio ao julgamento do mensalão e de toda a cobertura midiática tentando vincular aquele acontecimento ao momento eleitoral.

Outro fato é que o PT cresceu muito em São Paulo e passa a governar quase metade da população do Estado. Manteve o domínio da região metropolitana e ainda levou São Paulo e boa parte do Vale do Paraíba, incluindo a cidade de São José dos Campos.

O PSB também sai maior deste processo eleitoral. Conquistou Recife e Fortaleza, além de várias cidades importantes do Nordeste. E ainda reelegeu seu prefeito de BH e ganhou Campinas. Em BH e Campinas, porém, os eleitos são muito mais tucanos que socialistas.

O PSOL elege seu primeiro prefeito de capital, no Macapá, e entra no jogo real da governabilidade. Isso vai levar a muitas reflexões internas no partido e provavelmente vai fazer com que alguns grupos deixem a legenda. Ou vai levar o prefeito eleito a deixar o partido. A tese da governança e as teses de alguns setores do PSOL são incompátiveis.

O fato de o PSDB não ter conseguido eleger um prefeito de capital nas regiões Sul, Sudeste e Centro Oeste também é um fato importante. Como também merece registro que nenhum senador eleito em 2010 conseguiu sucesso nas disputas de 2012. O povo parece já ter se cansado dessa história de o político se eleger para um cargo executivo e depois de um ano e meio disputar outro.

Outro ponto que não pode ser desprezado e que talvez seja o mais importante para pensar 2014 é que Dilma tem de cara três possíveis adversários relativamente fortes: Marina Silva, Aécio Neves e Eduardo Campos. Sem contar a provável candidatura do senador Randolfe, padrinho político do prefeito eleito em Macapá.

Marina e Aécio já tem quase como certas as suas candidaturas. Eduardo Campos ainda vai ter que fazer contas e provar para o próprio partido que um voo solo pode ser melhor do que uma aliança com Dilma. Afinal, se vier a sair candidato sem Lula e Dilma o PSB terá de enfrentar o PT em muitos lugares. Nesta eleição das capitais, venceu. Mas nada garante que isso venha a se repetir em 2014.

De qualquer forma, se todos os citados vierem a disputar a presidência, Dilma poderá ter que enfrentar um segundo turno aberto. Essa é uma péssima notícia para a presidenta, que não pode pensar em mudar a composição de sua chapa, até porque o PMDB foi o partido que elegeu mais prefeitos no Brasil.

Se o PT quiser ajudar Dilma a ficar mais forte para 2014, deveria tratar com carinho duas situações. Os recados das urnas no Rio Grande do Sul e na Bahia. A derrota para ACM Neto em Salvador e a pífia campanha do PT em Porto Alegre, por mais que se queira tapar o sol com a peneira, fragilizam os governos Tarso e Wagner. Ambos precisam repensar politicamente o tipo de gestão que estão fazendo porque senão o partido corre o risco de perder as eleições nestes dois estados.

A oposição na Bahia vai se assanhar com esta vitória de ACMinho e no Rio Grande do Sul nunca um governador foi reeleito. Isso pode vir a acontecer com Tarso se sua administração continuar, por exemplo, brigando com os professores. Aliás, professores que foram fundamentais para a derrota de Pelegrino na Bahia.
* Renato Rovai é jornalista e editor da Revista Fórum.

segunda-feira, outubro 29, 2012

Edmilson Rodrigues agradece os mais de 300 mil votos no 2º turno

Candidato acredita que parte da população viu no candidato eleito a possibilidade de mudança

 No Portal ORM.

Na noite deste domingo (28), após o resultado final do segundo turno das Eleições municipais, o candidato Edmilson Rodrigues, do PSOL, esteve em seu comitê e agradeceu os mais de 300 mil votos recebidos pela Frente formada pelo PSOL, PC do B e PSTU, mais o apoio do PT, PPL, PDT, PTN e PRTB. 


O candidato do PSOL destacou também que é hora da soberania popular ser respeitada, mas advertiu que o povo e a bancada eleita na Câmara serão soberanos também para cobrar as mudanças prometidas pelo prefeito eleito. 'É claro que tivemos uma grande vitória política. São pessoas que acreditam na mudança expressa no nosso programa, que iria, realmente, revolucionar Belém', destacou.

Edmilson observou que parte da população viu no candidato eleito a possibilidade de mudança. O importante agora, na avaliação dele, é que todos estejam também atentos para o cumprimento das promessas. 'Vamos estar vigilantes. O povo tem que estar vigilante', alertou.

'Tivemos uma vitória eleitoral importante porque conseguimos uma bancada eleita de 10 vereadores, mais os aliados. Esses representantes do povo vão ser fundamentais para cobrar que o programa apresentado seja cumprido', disse. Edmilson concluiu seu pronunciamento dizendo que deseja uma 'boa administração ao novo prefeito eleito e sorte ao povo'.

Com informações da assessoria do candidato.
 

Foto: Marcelo Seabra.

terça-feira, outubro 23, 2012

Dilma pede votos pra Edmilson e Zenaldo treme

 

Primeiro foi o Lula e vários efeitos foram sentidos: O candidato adversário perdeu pontos, seu marketeiro quase pira, a ala extremista do PSOL ameaçou sair da campanha de Edmilson Rodrigues e a parte da militância petista que estava resistente, se engajou de vez. Agora com o vídeo de Dilma chamando voto para o candidato Edmilson Rodrigues é capaz de fazer com que a diferença de votos que separava-o do primeiro colocado nas pesquisas diminua e o ex-prefeito enfim tenha sua vitória com o apoio da presidente que bate recorde de aprovação popular e traça com firmeza e sensibilidade política, os rumos de nosso país.


segunda-feira, outubro 22, 2012

Lula grava apoio e gera crise no PSOL: PSTU e CST rompem e denunciam o partido

A carreata havia movimentado centenas ou talvez milhares de litros de gasolina, carros e militantes. 

Militantes do PSOL, PSTU, PCdoB e do PT, estavam felizes da vida com o depoimento de Lula que finalmente chegava para ajudar a campanha daqueles que até outro dia chamavam o ex-presidente de chefe do "Mensalão".

O domingo que antecedeu o domingo da eleição mais importante para a sobrevivência política do grupo que abandonou o PT e passou à ser seu mais implacável inimigo, seria perfeito se não fosse a exposição da contradição de sua existência e de sua praxes política.

Primeiro foi o PSTU, que emitiu nota abandonando a coordenação da campanha de Edmilson Rodrigues, logo em seguida, o partido do Socialismo e Liberdade rachou definitivimante, na explosiva nota de uma de suas tendências internas, A CST, que ao certo trará consequências incalculáveis à legenda e mostram a ponta do iceberg da crise em que o PSOL atravessa, tão logo deixou de lado os jargões revolucionários e passou à fazer o jogo político, o qual sempre criticou, trazendo sua negação desde o seu nascimento, tratando como o diferencial dos demais partidos.

A semana começará agitadíssima pra esquerda belenense e deverá implicar em mudanças drásticas neste finzinho de campanha, onde cada voto, cada opinião e confusão, de ambos os lados em disputa, poderão definir o quadro eleitoral, com uma pequeníssima diferença de votos.

Segue a Nota publicada no portal do PSTU.

PSTU rompe com frente em Belém e chama voto crítico em Edmilson Rodrigues (PSOL)

O PSTU anuncia sua ruptura com a Frente “Belém nas mãos do povo” em razão dos rumos políticos adotados pela direção do PSOL neste 2º turno na disputa da Prefeitura Municipal de Belém. Na capital paraense, foi composta uma frente eleitoral entre PSOL, PCdoB e PSTU, tendo Edmilson Rodrigues (PSOL) como candidato a prefeito. Essa frente foi montada com o objetivo de constituir uma alternativa eleitoral de esquerda para os trabalhadores da cidade, em base a um programa mínimo de enfrentamento com os setores da burguesia, de compromisso com os trabalhadores e o povo pobre e de independência de classe (política e financeira) em relação aos patrões e governos.

A coligação em torno da campanha do Edmilson polarizou a cidade e se concretizou em uma alternativa para todos os trabalhadores. Foi tão assim que, mesmo com um tempo de TV muito reduzido e inferior aos demais, Edmilson venceu o primeiro turno com 32% dos votos.

No interior da frente, desde antes de sua conformação, houve uma luta política para garantir um programa classista. O PSTU batalhou contra a presença do PCdoB, por ser um partido que apoia e compõe o Governo Federal, partido que não comunga com a oposição que PSTU faz politicamente ao governo Dilma.

Além disso, durante a campanha, Edmilson recebeu apoio de Marina Silva e o PSOL aceitou a doação de dinheiro de empresas para financiar sua campanha. Ambas as ações estão contra as diretrizes de uma candidatura que reivindica governar para o povo pobre e os trabalhadores. O PSTU sempre exigiu publicamente que isso fosse revisto.

Lamentavelmente, a direção do PSOL sucumbiu de vez à lógica do vale-tudo eleitoral ao incorporar política e programaticamente neste 2º turno o PT e representantes da direita como o PDT, o PPL e até mesmo um vereador do DEM. O PDT é um partido que fez parte da base de sustentação do governo Duciomar Costa e da candidatura de Anivaldo Vale (PR) e tem como um de seus principais dirigentes o latifundiário Giovanni Queiroz. Já o PPL é uma sublegenda do PMDB. A reivindicação do apoio de Dilma e Lula por parte de Edmilson Rodrigues em sua campanha significam o abandono do perfil de uma candidatura de esquerda e socialista.

Nós do PSTU já alertávamos desde o 1º turno que o recebimento de dinheiro de empresários e a defesa de programas sociais compensatórios (Bolsa-Escola) como principal eixo de campanha de Edmilson já indicavam uma guinada à direita que abandonava o caráter classista e socialista que a frente deveria ter.

O espaço de massas conquistado pela candidatura de Edmilson e pela campanha da Frente “Belém nas mãos do povo” poderiam contribuir com o fortalecimento da luta da classe trabalhadora, do povo pobre e da juventude para enfrentar os ataques dos patrões e dos governos aos salários e direitos, como a nova reforma da Previdência que está sendo preparada e a tentativa de instituir o Acordo Coletivo Especial pelo governo com o objetivo de flexibilizar os direitos trabalhistas.

A autoridade política da candidatura de Edmilson também poderia estar a serviço da luta contra a Lei de Responsabilidade Fiscal, pela implantação de conselhos populares que decidissem sobre 100% do orçamento e pelo direito à educação, saúde, saneamento, moradia e transporte público e de qualidade.

Infelizmente, Edmilson e o PSOL optaram pelo caminho inverso. Resolveram trilhar o caminho da conciliação de classes no âmbito do programa e das alianças eleitorais.

O PSTU tem um compromisso com a classe trabalhadora e é coerente com aqueles que apostam em construir um projeto para transformar a sociedade. A presença do PSTU nessa frente, hoje, estaria em contradição com seu programa, e o lado que o PSOL tomou nos obriga a nos retirarmos da coordenação de campanha.

A mesma coerência que nos faz sair da coordenação da Frente ‘Belém nas mãos do povo’ também nos cobra um posicionamento contundente contra o PSDB. Zenaldo Coutinho é a representação política dos grandes empresários, latifundiários e banqueiros. Seu partido é o símbolo dos setores da burguesia que odeiam os movimentos sociais e que defendem a privatização de nossas riquezas, empresas e serviços públicos. Uma possível vitória de Zenaldo representaria um retrocesso para as lutas e para a consciência da classe trabalhadora em Belém.

Por isso seguimos chamando voto em Edmilson, um voto crítico, para derrotar a burguesia. Mas com essa coalização mantida, não temos nenhuma expectativa de que o PSOL será consequente com um governo para a classe trabalhadora, porque as alianças de hoje cobrarão seu preço amanhã.

Direção Municipal do PSTU.

Agora veja a nota da CST/PSOL.

A CST-PSOL se retira da campanha e declara voto crítico em Edmilson.

1- No dia 17/10 nos posicionamos com nota sobre os erros que víamos na campanha de Edmilson. A aliança com partidos da ordem e corruptos impôs um rebaixamento programático e a diluição de nosso perfil, ao ponto de que um vereador do DEM está apoiando Edmilson.

2- Isso explica o crescimento do tucanato, que tanto mal fez e faz ao nosso país e ao Pará. Ao misturar nosso partido com antigas ratazanas patronais e ao PT estamos perdendo a oportunidade de apresentar um projeto alternativo para enfrentar, pela esquerda, o PSDB de Zenaldo. Não podemos esquecer que os Tucanos venceram o governo estadual, derrotando Ana Júlia, em função do desgaste do projeto neoliberal aplicado pelo PT. Lembrando que o governo Ana Júlia/Jáder reprimiu a greve dos trabalhadores da educação dirigida pelo SINTEPP, dentre outras categorias. Acrescentamos que, em Belém, as traições nacionais do PT produziram a derrota de Dilma no segundo turno de 2010, o que explica o péssimo resultado do PT em 2012.

3- No entanto, o que estava ruim ficou pior. Com a definição de Lula de gravar programas de TV para Edmilson todos os limites foram ultrapassados. Assim, levam nosso partido para a vala comum da base aliada do governo Dilma/Temer e da ordem estabelecida, cujo maior representante é Lula. Por essa via, ao se aliar ao governo PT/PMDB, o partido do ficha suja Jáder Barbalho e de Priante, entrou definitivamente em nossa campanha. Nós não esquecemos que o governo Dilma/Temer indicou Luis Fux ao STF para roubar o mandato de Marinor Brito, recolocando Jáder no Senado. Montaram, assim, um palanque que nossa corrente não vai compartilhar!

3- É com profunda perplexidade e indignação que assistimos a declaração de Lula, usando o tempo de TV do PSOL para iludir os trabalhadores e o povo pobre ao mesmo tempo em que usa nosso partido para tentar respaldar pela esquerda o seu projeto político nacional. Lula afirma que os governos do PT melhoraram a vida do povo trabalhador e significaram valorização das áreas sociais. A nossa situação não é essa. O censo do IBGE de 2010 mostra que metade da população tem rendimento per capita de até R$ 375,00. Nos últimos anos aumentou a privatização da saúde, o favorecimento aos tubarões do ensino e os programas habitacionais servem para favorecer as empresas privadas do setor. Agora mesmo, Dilma acaba de privatizar os aeroportos, a previdência dos servidores federais, os hospitais universitários, tudo feito com aumento da criminalização dos movimentos sociais, seja o corte de ponto aos grevistas ou as tropas federais no canteiro de Belo Monte, por exemplo.

4- É a primeira vez que Lula apóia um candidato do PSOL. É a primeira vez que o governo Federal, o governo Dilma, apoia nosso partido. Lula é a figura que simboliza a conversão do PT em um instrumento da ordem e da classe dominante. Traição que deu origem ao PSOL, pela sua capitulação ao FMI, à política econômica de Meireles e Palocci. Desde o início, os parlamentares Radicais e os militantes do PSOL combateram Lula e a reforma da previdência e as demais reformas neoliberais, as privatizações e os leilões do petróleo, a criminalização das lutas e o arrocho salarial aos servidores, o pagamento de 45% do orçamento para pagar juros aos banqueiros e o Mensalão. Por isso não aceitamos que o chefe dos mensaleiros, aquele que em nome da esquerda aplicou a política neoliberal no nosso país, aquele que simboliza a traição da luta histórica dos trabalhadores apareça nos programas do PSOL!

5- Não é para isso que dedicamos nossas vidas a construção do PSOL! Não aceitamos a domesticação de nosso Partido! Não temos nada a ver com a ala que quer liquidar o partido, o setor petista do PSOL, a ala governista de nosso partido! Não aceitamos as negociatas que o grupo de Edmilson, Randolfe e Ivan Valente fez com o PT e o governo federal, que significa fazer campanha para Haddad em São Paulo, o apoio de Randolfe para o PT em Rio Branco-AC, passando por cima do PSOL no estado, tudo em troca do apoio de Lula em Belém! Trata-se de acordos tão fisiológicos e oportunistas, que em Belém (Edmilson) está com o governo federal e Lula contra o PSDB, enquanto em Macapá (Clécio) está com DEM/PSDB disputando contra o PDT e Lula.

6- O pior é que o programa de Lula em Belém foi imposto por este grupo sem debater ou deliberar esta política na Executiva Municipal do Partido.

7- Este grupo acaba de lançar uma nota ameaçando as tendências que resistem internamente, sobretudo à situação esdrúxula do Amapá, onde o senador Randolfe e Clécio, estão aliados ao PSDB, DEM e PTB. Dizem que nossa posição deve ser “analisado à luz dos princípios partidários” dando a entender que podem vir a querer punir dirigentes, parlamentares, militantes de nosso campo e/ou regulamentar o direito de manifestação pública das tendências. Ameaças que repudiamos, que não nos calarão, nem nos impedirão de defender o PSOL e seu caráter de esquerda, radicalmente contrário aos dois blocos de poder da classe dominante: PT e seus aliados e o PSDB/DEM e seus aliados. Aqueles que sim devem ser punidos, são os atuais dirigentes que desrespeitam nossas resoluções congressuais, passam por cima de nossas instancias e fazem acordos e negociatas com tudo e com todos.

8- Para defender o PSOL, para defender o caráter de esquerda de nosso partido, a CST-PSOL se retira da campanha e chama voto crítico em Edmilson. Do mesmo modo, propomos a todas as correntes, grupos e movimentos sociais que compõem a frente eleitoral para repudiar essa situação, adotando a mesma atitude.

Em Defesa do PSOL! Pela oposição de esquerda contra o governo do PT/PMDB e a velha direita PSDB/DEM! Viva a luta pelo Socialismo!

CST – Corrente Socialista dos Trabalhadores

Silvia Letícia – Secretária Geral do PSOL Belém, Douglas Diniz – Membro da DN e Secretário de Organização do PSOL Belém, Julia Borges – Membro do Diretório Municipal do PSOL Belém, Francisco Lopes – Diretório Municipal do PSOL Belém,
Cedicio de Vasconcelos – Diretório Municipal do PSOL Belém, Neide Solimões – Executiva Estadual do PSOL Pará, Denis Melo – Executiva Estadual do PSOL Pará, Messias Flexa – Diretório Estadual do PSOL Pará, Joyce Rabelo – Diretório Estadual do PSOL Pará, Reginaldo Cordeiro – Diretório Estadual do PSOL Pará, João Santiago – Diretório Estadual do PSOL Pará - Mariza Mercês Moreira – Diretório Estadual do PSOL Pará. Babá, Silvia Santos, Michel Oliveira e Nancy de Oliveira Galvão – Diretório Nacional do PSOL.


Tudo isso por causa do vídeo abaixo: 

sexta-feira, outubro 19, 2012

A esquizofrênia da Farsa Socialista e a hipocrizia da Direita incompetente


Em Belém, Plínio de Arruda com seus colegas de partido.

"O Serra tem seus problemas. Tem um gênio difícil, é meio direitoso, mas é um homem competente." 

Plínio de Arruda, ex-Deputado e fundador candidato do PSOL à Presidência em 2010, em declaração à Folha de São Paulo, dizendo ser amigo de Serra, candidato derrotado por 2 vezes pelo PT e candidato à prefeitura de São Paulo, onde está em 2º colocado nas pesquisas. O 1º colocado é Fernando Haddad, militante do PT e ex-ministro da Educação.

Detalhe: O candidato do PSOL em SP, Carlos Giannazi, teve 1% dos votos no primeiro turno e orienta voto nulo neste 2º turno. 

Belém: Colhendo o que plantaram.

Já em Belém, o candidato do partido, Edmilson Rodrigues, foi em busca e obteve já no 1º dia após o 1º turno, o apoio parcial do PT e disse que o PSOL sempre teve uma relação respeitosa com o partido, mesmo assim não convenceu a base, pois sua militância continua fazendo justamente o contrário e mantém o alto índice de rejeição nas bases petistas. Para tentar reverter o quadro, ouve-se da direção do PT o mantra de que é mellhor ter o PSOL governando Belém, do que os tucanos no controle de toda a Região Metropolitana.
 

Parte da militância petista que não concorda em votar e pedir votos para Edmilson Rodrigues, não votará em Zenaldo Coutinho, é claro, e alegam que em 2010, o PSOL-Pará ajudou a desenterrar Simão Jatene (PSDB), que hoje governa novamente o Estado e já ganhou importantes prefeituras do Estado e mira agora no segundo turno, a prefeitura de Belém.

Com um falso discurso, o candidato do PSDB Zenaldo Coutinho, demonstra o quanto é hipócrita ao criticar a gestão municipal e ter co-responsabilidade com a eleição de Duciomar Costa com quem está de braços dados, prontos para dar continuidade ao desgoverno que segue na cidade que completará 400 anos precisando de vergonha na cara de muita gente que faz questão de não debater política e limita-se à votar de dois em dois anos.

quinta-feira, outubro 18, 2012

Belém: Nova pesquisa de intenção de votos do 2º turno


No blog do pesquisador Edir Veiga.


Quem vai ganhar o segundo turno? não sei, não tenho bola de cristal. A ciência política de inspiração weberiana trabalha com a noção de tendências probabilísticas.
 
No caso de Belém temos algumas pistas de por onde a teoria nos ajuda enxergar no momento de reinício da competição de segundo turno entre Ed e Zê.
 
Parto de algumas asertivas, ou seja, antecedentes lógicos para derivar as respectivas consequentes:
 
1- O status kuo ideológico da cidade  Belém é de centro conservador.

2-O deputado ED está na extremidade esquerda deste espectro ideológico

3-Zenaldo está posicionado no centro deste status kuo belenense

4-Eleitores de J.Lima, Priante e Anivaldo tendem majoritariamente para o centro ideológico da cidade.

5- Eleitores de Jordy e do Alfredo tendem majoritariamente para o espectro de esquerda.
 
Isto posto, posso concluir.

Zenaldo tende a sair com uma boa vantagem sobre Edmilson quando o realinhamento eleitoral se colocar neste segundo turno. 
 
Esta tendência é defintiva? nada é definitiva em disputa política, mas probabilisticamente, Zenaldo tende a vencer o segundo turno.
 
Lembremos, os candidatos não são donos do voto de seus eleitores. Os candidatos devem se posicionar coerente com a tendência de seu eleitorado, sob pena de virem a se desmoralizar.

O PT também vota nulo em Belém



"Quase todos os partidos se dão conta de que para a sua própria autoconservação lhes interessa que o partido oposto não perca forças; o mesmo se deve dizer para a grande política. Especialmente uma criação nova, por exemplo o novo Reich, tem uma maior necessidade de inimigos que de amigos: só na antítese se sente necessário, só na antítese chega a tornar-se necessário... Não nos comportamos de outro modo com o nosso "inimigo interior"

(Friedrich Nietzsche, "Crepúsculo dos ídolos, ou como se filosofa à marteladas", Lisboa, Guimarães Editores, Ltda, 1985)

Para entender a posição do único Núcleo de Base ainda existente no PT-Belém, leia a nota publicada no Facebook.


terça-feira, outubro 16, 2012

Crise no PSOL: Aliança com DEM/PSDB em Macapá revolta militantes.


Ivan Valente, presidente do PSOL com Panzera (PCdoB), Edmilson, Marinor e Randolfe (PSOL)

A pergunta que não quer calar: Porque a corrente política de Edmilson Rodrigues, candidato do PSOL em Belém do Pará, não assinou a nota sobre a política de Alianças em Macapá, onde o Partido está unido com o DEM e o PSDB?

Leia e entenda a nota publicada no perfil do Babá no Facebook:

NOTA AO PSOL SOBRE AS ALIANÇAS NO SEGUNDO TURNO EM MACAPÁ


Nas eleições de 7 de outubro, o PSOL conquistou uma vitória política indiscutível. 

Apresentando-se pela esquerda, o partido ampliou de forma muito significativa suas votações; elegeu um prefeito (no município de Itaocara, no estado do Rio de Janeiro), passou ao segundo turno em duas capitais – Belém e Macapá – e obteve grandes votações em outras capitais e nas maiores cidades (com destaque para Rio de Janeiro, Fortaleza, Florianópolis, Niterói) e vitórias políticas importantes como em Belo Horizonte, Salvador, Porto Alegre, Maceió e Natal; ampliou de forma expressiva sua bancada de vereadores. Tudo isto, apresentando-se pela esquerda, demarcando tanto com os partidos da direita tradicional como com o bloco dos apoiadores do governo federal.

É neste quadro que fomos surpreendidos pelas informações sobre as alianças que estão sendo articuladas para o segundo turno em Macapá. Diversos órgãos de imprensa do Amapá divulgaram, no dia 12/10, a realização de um ato político em que o candidato a prefeito pelo DEM e pela coligação “Macapá Melhor” (DEM-PTB-PSDB-PRP), o deputado federal Davi Alcolumbre, apoiou Clécio Luís (PSOL), selando uma aliança. O Candidato do DEM declarou que “nossas propostas foram incorporadas ao plano de governo de Clécio”. O senador Randolfe Rodrigues (PSOL) declarou que esta não é apenas “uma aliança política, e sim um caminho novo para a política no Amapá; é uma aliança para ganhar a Prefeitura no último domingo deste outubro, mas é também para governar em conjunto, unindo ideias e propostas de Clécio e demais lideres para Macapá dar a volta por cima”.

Estiveram presentes os principais representantes no Amapá do DEM, do PTB e do PSDB. Um dos representantes do PTB presentes foi o vereador eleito Lucas Barreto, candidato ao governo do Amapá em 2010, quando foi apoiado por Clécio e Randolfe, na contra-mão do PSOL nacional. Outro presente foi o prefeito eleito de Santana, Robson Rocha (PTB), candidato que recebeu o apoio público do senador Randolfe Rodrigues desde o primeiro turno. E também o presidente do PSDB, Jorge Amanajás, que já tinha dado apoio a Clécio desde o primeiro turno. Todas estas lideranças destes três partidos são ligadas a José Sarney.

Três dias depois da divulgação destas informações, o companheiro Clécio Luís enviou uma “Mensagem às companheiras e companheiros do Partido Socialismo e Liberdade” em que, no fundamental, confirma as informações divulgadas pela imprensa do Amapá.

Ora, o PSOL de todo o país, que acabou de brilhar com uma campanha eleitoral de esquerda, não merece uma agressão como esta que está sendo feita contra ele. É evidente que a candidatura a prefeito de um deputado federal do DEM, apoiada por DEM, PTB e PSDB, só pode ser uma candidatura de direita, da qual não devemos buscar o apoio, e com a qual, muito menos, podemos fazer qualquer aliança programática. Tampouco faz nenhum sentido fazer com estes partidos uma “aliança pela moralidade”. DEM, PTB e PSDB estão na lista de partidos com os quais o DN do PSOL proibiu qualquer aliança nas eleições de 2012. Se esta aliança se mantiver, representará uma mancha que envergonhará e indignará todo o PSOL; obviamente, não se trata de um assunto do PSOL do Amapá apenas.


sexta-feira, outubro 12, 2012

Se as eleições fossem hoje, em quem você votaria para prefeito de Belém?

Edmilson Rodrigues e Zenaldo Coutinho: Quem você votará para prefeito de Belém?

No dia 28 de Outubro, as urnas estarão novamente ligadas esperando a decisão dos brasileiros, no 2º turno das eleições municipais e no intuito de aferir a escolha dos leitores e demais amig@s que interagem nas redes sociais, o blog As Falas da Pólis publicou uma enquete para aferir a opinião d@s eleitores/as e dará ampla divulgação dos resultados parciais que deverão demostrar um retrato momentâneo da campanha eleitoral, através da opiniões d@s internautas.

Em Belém, a disputa tende à esquentar nas próximas semanas. Por enquanto, cidade exala maniçoba e tucupi, mas tão logo a imagem da padroeira dos Paraenses faça um passeio numa berlinda pelas ruas do centro histórico de Belém, o clima de paz e fraternidade se tranformará num palco de guerra entre os candidatos e seus apoiadores.

Para votar é só clicar no lado esquerdo, no topo do blog.

quinta-feira, outubro 11, 2012

A fé do PT e a má fé do PSOL - II

Lideranças do PT, tidas pelo PSOL como o partido do "Mensalão", aliam-se em Belém.
"A relação entre os integrantes do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) e do PT sempre foi respeitosa". Edmilson Rodrigues.

A frase proferida pelo candidato à prefeitura de Belém pelo PSOL, Edmilson Rodrigues, durante o anúncio público de apoio do PT à sua candidatura, na tarde desta quarta-feira, (10) no hotel Regente, não bate com o que se ouve e lê dos demais integrantes do PSOL que tomam o Partido dos Trabalhadores como seu adversário preferido no embate cotidiano, nas ruas, sindicatos e todo e qualquer lugar.

O próprio coordenador da campanha de Edmilson, Luiz Araújo, que já foi secretário de Educação e candidato à deputado, obtendo uma votação pífia, em sua mais completa sobriedade, durante a campanha eleitoral, disparou pelo seu tuiter, uma provocação gratuíta, chegando até ser "leve", perto das graves acusações que os demais militantes do partido do socialismo e liberdade já fizeram e continuam fazendo, contradizendo aquele que alguns apelidaram como Rei Sol.


É por essa e por outras, muitas outras, que independente da posição deferida pelo PT, a Executiva Municipal da tendência "Articulação Unidade na Luta" - da qual faz parte o candidato à prefeito pelo PT nestas eleições, Alfredo Costa - convocou parlamentares, lideranças populares, sindicais, candidatos à vereadores para uma reunião de tomada de decisão sobre a posição do grupo para o 2º turno, na noite desta quarta-feira e depois de dezenas de argumentos pró e contra o apoio à aliança com a candidatura de Edmilson Rodrigues, concluiu de forma democrática pela liberdade de voto de sua militância, a qual foi unâmine, é claro, que não votará no candidato Tucano Zenaldo Coutinho, dado o antagonismo programático, ideológico e de classes.

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terça-feira, outubro 09, 2012

"O verdadeiro candidado do PT" não colou!

A militância se esforçou mas a falta de uma boa comunicação e inteligência, levaram o PT à mais uma derrota.
 
No post anterior eu disse que o feitiço que enfeitiçou o PT, em algum momento de seu passado recente e que ainda continua a enfeitiçá-lo, é sua incompreensão de um fato político elementar: o de que a conquista do poder não significa, em nenhuma situação histórica, a conquista da hegemonia.
Logo em seguida, afirmei que a campanha de Alfredo Costa, a julgar pela maneira como foi conduzida, renovava esse enfeitiçamento.
Explico por que.
Penso que a campanha do PT de Belém, nestas eleições, partiu da crença de que o partido tem, constituído e sólido, um capital político que equivale a algo entre 20 e 25% do eleitorado local.
É verdade, de acordo com muitas pesquisas realizadas, que há uma simpatia pelo PT, em Belém, que alcança essa marca. Porém, isso não significa que essa parcela do eleitorado efetivasse, sob a forma do voto, a sua simpatia.
A questão é que a interpretação dada ao fenômeno político da simpatia foi de que esse potencial seria, efetivamente, um capital político já constituído e sólido.
Ora, a natureza do fenômeno do poder é, precisamente, a que lhe dá o nome: poder, como poder-ser, poder-fazer, poder-acontecer. Para ser real, o poder sempre resta condicional. Sua potência está menos na sua realização de que na sua promessa.
Como no poder de repressão, que tem sua maior eficácia na ameaça de concretização de que na sua realização efetiva: é a ameaça de punição que, principalmente, impede o delito.
A campanha do Alfredo, bem como o imaginário que envolve o PT paraense obedece a uma ordem metafísica: confunde o poder com o ser.
Em outra palavras: confunde construção hegemônica com hegemonia.
O sintoma disso foi ter construído toda a campanha de 2012 com base na crença de que o voto no Edmilson se devia ao desconhecimento de que o candidato do PT era Alfredo. Um pressuposto que se mostrou parcialmente equivocado
Do começo ao fim da campanha ouvimos o slogan “O verdadeiro candidato do PT”. Ora, à força de tentar provar que o PT era Alfredo, e não Edmilson, o PT deixou de fazer campanha para Alfredo.
E a fez para Edmilson.
Por que o raciocínio de qualquer eleitor mediano seria, imagino o seguinte: Ah, então não é o Edmilson? Bom, e daí? Edmilson já foi do PT, não é? Então ele sabe fazer...
Em síntese, o PT não fez campanha.
Sugeriu uma incógnita, sem respondê-la.
Recordo que, recentemente, fazendo um grupo focal para minha pesquisa na UFPA - que não tem objetivo e nem temática política – me ocorreu testar o conhecimento da relação entre Alfredo Costa, Edmilson Rodrigues e o PT. Mesmo sendo um teste eventual, ficou evidente, justamente, esse fato: em geral se reconhecia Alfredo como candidato do PT, mas, também em geral, Edmilson representava melhor ...o PT.
Em síntese, o fator “simpatia” vale mais na sua dimensão subjetiva, na sua dimensão empática, e não se manifesta, necessariamente, como uma objetividade.
Não se deve cobrar raciocínio silogístico a um processo eleitoral amazônico... 

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sábado, setembro 01, 2012

Pesquisa IBOPE: De manipulador da burguesia à oráculo revolucionário


PSOL cortou os cabelos "pra mudar Belém". Paz com todos!
Aquele que até outro dia era chamado de “fiel representante dos interesses da burguesia” com a acusação de “produzir resultados de suas pesquisas de acordo com a vontade de quem o pagasse”, o IBOPE, acaba de ter divulgada pela Rede Globo (quem encomendou) sua 2ª pesquisa eleitoral, realizada com 602 pessoas entrevistadas em Belém, durante os dias 28 à 30 de Agosto.

A pesquisa, agora tida pelo PSOL como o oráculo da verdade revolucionária, demonstra que se as eleições fossem hoje, o candidato do partido, Edmilson Rodrigues estaria com 47% dos votos; José Priante, 22%; Zenaldo Coutinho, 12%; Arnaldo Jordy, 7%; Jefferson Lima, 5%; Anivaldo Vale, 2%; Alfredo Costa, 1%; Marcos Rego não alcançou 1%; Sérgio Pimentel e Leny Campelo não foram citados.

No cenário de um possível e muito provável segundo turno entre Edmilson Rodrigues e José Priante ou Edmilson Rodrigues contra Zenaldo Coutinho, Edmilson do PSOL ficaria em primeiro nas duas hipóteses com 61% dos votos. Concorrendo contra José Priante, este ficaria com 28% dos votos, enquanto Zenaldo Coutinho apareceria com 30%.

Jordy por sua vez continua liderando a pesquisa, só que na rejeição, pois pelos eleitores entrevistados, a pergunta feita sobre aqueles em quem não votariam de jeito nenhum, Arnaldo Jordy aparece com 27%, Anivaldo Vale, com 24%, Alfredo Costa e Jefferson Lima, com 23% cada um, José Priante, com 20%,  Edmilson Rodrigues, Leny Campelo, Marcos Rego e Sérgio Pimentel com 19% cada um, e Zenaldo Coutinho, com 14%.

Os eleitores que declaram que poderiam votar em todos os candidatos representam 6% do eleitorado. Outros 4% não sabem ou preferem não responder a respeito.

segunda-feira, agosto 20, 2012

Stefani Henrique: A incógnita do PT e do PSOL

Stefani: Fiel à quem? Militantes do PT e PSOL se perguntam até hoje.

Desde que o PT-Belém me contratou para atividades profissionais, como a criação e administração do seu blog e redes sociais, fazer a cobertura jornalística das prévias, que elegeram Alfredo Costa como o candidato do partido para as eleições deste ano, o PT-Pará para fazer a cobertura de seus encontros e lideranças como a ex-governadora Ana Júlia, assim como parlamentares, me solicitam a prestação de serviços na área de comunicação, venho sendo atacado sistematicamente pelo cidadão chamado Stefani Henrique.

Empresário e dirigente do PT-PA, finge que não sabe que o PSOL é oposição.

Stefani é  filiado ao PT-Belém. Conheci como sendo uma espécie de cão de guarda do então candidato do PT à prefeitura de Belém, Edmilson Rodrigues. Autoritário e arrogante como os reacionários da direita, tinha sempre um jargão esquerdista para justificar seus atos e grosserias. Atuou como um dos coordenadores do Orçamento Participativo, onde recebeu poderes de negociar com empresários das famigeradas empresas de transporte urbano de Belém a concessão de ônibus e estrutura para transportar uma legião de populares para lotarem as assembleias do OP – Orçamento Participativo – e manipular as decisões, que definiam quais obras e serviços seriam realizados nos bairros e distritos de Belém, segundo os interesses de sua tendência interna, num claro ato de manobra à que chamavam de Participação Popular e Controle Social, na gestão petista de Edmilson Rodrigues, durante os dois mandatos que este foi prefeito de Belém.

Profissionalismo? Divulgando a agenda do candidato adversário de "seu" partido?

Conflitos e autoritarismo em busca do poder absoluto.

Os conflitos de condução política também se fizeram presentes no núcleo da SEGEP (Secretaria de Gestão e Planejamento), a qual estava vinculada a CRC, momentos de intensas desavenças com a então secretária Jurandir Santos de Novaes, haja vista, o tom arrogante e autoritário delineado pelo Sr. Stefani, pois este rejeitava idéias ou projetos apresentados pela secretária.


Constam, inclusive, desavenças rancorosas quando do controle e gestão do Orçamento Participativo, pois este queria a centralização em torno de sua órbita de poder, o que lhe garantiria controle sobre os Conselheiros do Orçamento Participativo, eleitos nas diversas instâncias distritais. Nota-se, em decorrência, a possibilidade de controlar todo o orçamento municipal, o que permitiria a cooptação de lideranças comunitárias, visando a consolidação de um projeto meramente antipopular, antítese do que era apregoado pelo suposto “esquerdista” político.


Terminada a gestão petista em 2004, o guru da manipulação tornou-se empresário, passando à prestar serviços de consultoria, comunicação e pesquisa, uma espécie de lobista que terceiriza serviços e ganha com a exploração do trabalho alheio. Com sua lábia e uma deficiência em diversas gestões petistas, acabou prestando esse desserviço à algumas prefeituras do PT e hoje contribui política e profissionalmente em campanhas do PSOL, PPS e quem mais lhe remunerar.

É esse o comportamento de quem se apresenta como "consultor político"?

Por seu comportamento como dirigente partidário, de Julho prá cá, já foi citado em dois documentos protocolados no Diretório Municipal e Estadual do PT, respectivamente, ambos pedem abertura de processo por sua postura diante das candidaturas que se opõem ao Partido onde é dirigente estadual, de uma tendência e membro do Diretório Estadual do PT-PA.

A ficha não pára por aí. Quem conhece o nacional, sabe do que ele é capaz e numa próxima postagem, vou destrinchar um pouco mais a teia que leva o “segurança”, virar empresário e conseguir manter-se dirigindo uma tendência interna do PT e fazer campanha aberta contra o mesmo.

Mesmo assim, sempre que adentra as agendas do candidato Edmilson Rodrigues, Stefani causa grande desconforto à militância do PSOL, onde muitos viram-lhe o rosto para não ter que encará-lo. A desconfiança é tanta que a coordenação de campanha tem se precavido de tê-lo ao lado, em aparições públicas e a direção do PT, por sua vez, já constrangida não consegue explicar porque não aplica seu Estatuto e as decisões tomadas no Encontro que definiu a Estratégia Eleitoral e a Política de Alianças, a qual veda que filiados ao partido, participem ou apoiem candidatutas adversárias.

Segue abaixo uma nota do Jornal OLiberal, que revela os bastidores do PSOL, tão logo este foi fundado e sua rejeição ao “persona non grata”.

Painel/Política Repórter Político – Frank Siqueira.
Belém, sexta-feira, 13 de Janeiro de 2006.

Veto a Stefani no PSOL

                Confirmando informação da coluna, cresce dentro do PSOL, o movimento que pretende vetar o ingresso, no novo partido, de Stefani Henrique, ex-diretor do Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Belém (Saaeb). Foi nesta função, aliás, que Stefani teve uma briga com o então prefeito Edmilson Rodrigues, sendo demitido da prefeitura e logo a seguir expulso da antiga tendência do PT Força Socialista, atual Ação Popular Socialista (APS). Stefani decididamente, não é bem visto com muita simpatia dentro do PSOL.

Briga também com Maria

                Contra o ex-diretor da Saaeb pesa ainda, além do desentendimento com Edmilson, a acusação de haver brigado também com Maria do Carmo Martins, depois de atuar como coordenador da campanha dela à prefeitura de Santarém. A controvertida questão do ingresso de Stefani foi um dos temas em discussão no seminário realizado esta semana pelo PSOL. Com a presença de militantes de todas as suas tendências internas, o encontro teve por objetivo principal discutir o programa e o estatuto da nova legenda.

A agenda política, sobre as eleições municipais e outros temas, você acompanha através do meu twitter: @JimmyNight

quarta-feira, julho 11, 2012

Me engana, que eu gosto


"Hoje é um dia de moralidade, sim. Mas o país sabe que aqui não tem moralidade. O Brasil inteiro sabe que não existe Senado, que não existe Câmara neste país. E deve estar dizendo: me engana, que eu gosto".

Frase proferida pelo senador Mário Couto (PSDB-PA), logo após a cassação do colega Demósteles Torres (ex-DEM-GO), por decoro parlamentar e comprovado envolvimento com a máfia de Carlinhos Cachoeira.

Quem ouve, pode achar que ele é sério!

Pra mim, ele foi um dos 05 senadores que se absteve de votar.

Crise: Edmilson Rodrigues perde seu braço esquerdo no PSOL

Luiz Araújo deixou o PT para fundar o PSOL, onde viveu até então organizando a corrente interna "Primavera Socialista" e supostame...