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quarta-feira, maio 22, 2019

COAF: Moro e Bolsonaro são derrotados com a ajuda da bancada paraense



Por Diógenes Brandão

Os deputados federais do Pará, Elcione Barbalho, Helio Leite, José Priante e Paulo Bengtson estiveram ausentes na importante e polêmica votação que decidiu que o COAF não ficará sob a responsabilidade do ministro Sérgio Moro, impondo uma grande derrota ao governo Bolsonaro.

Os demais membros da bancada paraense se posicionaram da seguinte forma:

Sim: Manter o COAF no Ministério de Sérgio Moro.

Não: Devolver o COAF para o Ministério da Economia.



A votação aconteceu no plenário da Câmara dos Deputados, nesta quarta-feira, 22, que por 228 votos a 210, e quatro abstenções, aprovou a transferência do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF) do Ministério da Justiça e Segurança Pública para o ministério da Economia.      

O resultado da sessão foi mais uma derrota imposta ao governo, principalmente por partidos do Centrão (DEM, PP, PR, PRB e Solidariedade). Dos 118 parlamentares desses partidos na sessão de ontem, 87 votaram contra Moro. Outros 89 votos foram dados por deputados da oposição (PT, PSOL, PSB, PCdoB e PDT).     

Por outro lado, todos do PSL, do PV, do Podemos, do PHS, do PMN, do Cidadania e do Novo votaram com o governo. Já o PSDB ficou dividido: foram 21 a favor de Moro e 5 contra.  

Assim, o COAF voltará a integrar a estrutura da Economia, como era até o ano passado com o então ministério da Fazenda    

No mesmo dia, os deputados também fizeram a análise da medida provisória 870, que trata da organização administrativa do governo de Jair Bolsonaro, que apesar da derrota, o governo conseguiu evitar a recriação de ministérios. Os parlamentares confirmaram a incorporação da Integração Nacional e das Cidades no Ministério do Desenvolvimento Regional.     

Outras mudanças feitas na comissão que analisou a MP, porém, foram mantidas, como a volta da Funai para o Ministério da Justiça.     Ao todo, a Reforma modificou estrutura do governo ao reduzir de 29 para 22 número de ministérios.

terça-feira, janeiro 10, 2017

Petistas deixam o partido com fortes críticas à direção

O único vereador petista e o presidente municipal do partido, deixaram o PT com fortes críticas à direção.

Cley Alves era o único vereador que o PT mantinha até o final de 2016, na Câmara Municipal de Ananindeua, onde Beto Ribeiro era até semana passada, o presidente do partido. Ambos pediram desfiliação da legenda alegando contradições e problemas na direção partidária.


Por Diógenes Brandão

Ananindeua é o segundo maior e mais populoso município paraense, e, por consequência, o segundo maior colégio eleitoral do Pará. Com décadas de alternância de governos eleitos pelo PSDB e o PMDB, a cidade apresenta um dos piores índices de criminalidade e falta de saneamento, além de amargar altas taxas de desemprego e baixa expectativa de vida para os jovens, que morrem de forma avassaladora pela violência urbana.

Tal cenário não colabora para a afirmação e o empoderamento dos partidos de esquerda, que historicamente cresceram e tornaram-se fortes nestas cidades, onde a pobreza e o descaso dos governos de direita, que se revezam no poder, arrastam milhões de brasileiros para uma vida sem oportunidades e direitos sociais, como os prometidos nas campanhas eleitorais.

Declínio e desfiliação

Eleito vereador com 887 votos em 2012, nas eleições de 2016 Cley Alves obteve 886 votos, ou seja, um (01) a menos do que há quatro (04) anos atrás, mas não conseguiu manter-se como o único representante petista na Câmara de Vereadores de Ananindeua, devido o partido não alcançar o coeficiente eleitoral.  

Uma fonte do blog revelou que o ex-vereador alega que sua saída do partido no qual militou por 17 anos, "se dá pelo forte desgaste de sua identidade ideológica e pela renúncia deste na defesa de bandeiras no passado defendidas aguerridamente por sua militância, pois as mesmas foram retiras da linha programática de lutas pela cúpula partidária", que segundo Cley, hoje é vista de forma negativa pela sociedade. O ex-vereador também disse "que o PT sofre de uma decadência imensurável, tendo como prova o último resultado eleitoral".

Ainda segundo a fonte petista, o mesmo raciocínio moveu o presidente municipal a entregar o cargo e desfiliar-se do PT. Para Beto Ribeiro, "sair do PT depois de 22 anos como filiado não está sendo fácil, mas é necessário", pois assim como o ex-vereador, ele também é jovem e desejar continuar na vida política e participando de processos eleitorais. 

O blog procurou informações se ambos já possuem um partido em mente para se filiarem, mas não conseguiu contato com os ex-petistas e nem respostas precisas com outras fontes, mas há uma possibilidade muito forte deles dois ingressarem no PDT. 

O partido deve vir com Ciro Gomes, como candidato a presidente do Brasil em 2018 e hoje no Pará tem três deputados estaduais (Antônio Tonheiro, Junior HageMiro Sanova) e em Ananindeua três (03) vereadores (Diego Alves, Neto Vicente e Robson Barbosa), tendo como presidente estadual, o ex-deputado federal Giovanni Queiroz.

Dados do TRE confirmam o declínio petista no Pará

Nas eleições municipais de 2016 no Pará, o PT lançou candidatos a prefeitos em 35 municípios paraenses e elegeu tão somente 07 prefeitos. 

Comparando com a eleição anterior, onde o partido elegeu 23 prefeitos, foram 16 prefeituras perdidas de uma eleição para outra. Isso sem contar que nenhum prefeito em 2012, conseguiu a reeleição em 2016. 

Ao contrário de seu aliado favorito, o PMDB - que ganhou 27 municípios nas eleições de 2012, e em 2016 elegeu 42 prefeitos - comandado pelo ministro Helder Barbalho e o senador Jader Barbalho tornou-se o partido paraense que mais cresceu, enquanto que o PT foi o que mais diminuiu.

segunda-feira, outubro 03, 2016

Os escombros do PT


A derrota eleitoral, somada ao golpe, foi avassaladora. Subestimá-la e não fazer autocrítica significa contribuir para consolidar o projeto conservador.


Por Aldo Fornazieri, na Carta Maior

As eleições municipais reduziram o PT a pouco mais que escombros. Não faltaram advertências, principalmente a partir de 2013, de que o partido se encaminhava para um desastre. As críticas foram colhidas pelos petistas de duas formas: o menosprezo arrogante por parte de quem detinha poder e direção e acusações por boa parte da militância que, também arrogante, classificava as críticas como PIG, moralistas, esquerdistas etc.

O poder fez muito mal ao PT: a estrutura partidária e dirigentes se corromperam, a militância se domesticou e os movimentos sociais que orbitavam em torno do PT começaram a orbitar em torno do Estado, sendo cooptados e perdendo a energia combativa na luta por direitos e justiça. O PT se transformou no partido dos palácios, dos gabinetes, do luxo e da arrogância. Ninguém promove tal movimento sem que desabe sobre ele, mais dia menos dia, o merecido castigo do povo.

O PT alimentou a mesma crença que as elites históricas conservadoras alimentaram desde os tempos coloniais no Brasil: a de que a sociedade pode ser moldada e transformada desde o alto, desde o Estado. Esta prática sempre engendrou dominação e não liberdade e cidadania. Enquanto esta crença permanecer vigente, o Brasil permanecerá eternamente deficiente em seu conteúdo nacional e popular e a sociedade carecerá de vínculos societários republicanos, orientados para o bem comum e para o interesse público. Aqueles que chegam ao poder sempre se tornarão representantes de grupos e interesses particularistas, a se apossar do erário público em detrimento dos interesses de caráter universalizante. Será sempre o velho patrimonialismo vestido com roupas novas.

O PT se deixou abater pelo erro mais comezinho que as esquerdas vêm cometendo desde o século XX: a corrupção. A corrupção vem sendo, ao longo das décadas, a espada nas mãos da direita e da mídia para fazer rolar as cabeças da esquerda. Os eleitores mostram-se intolerantes à corrupção das esquerdas, pois, querem ver nelas uma reserva moral da sociedade, um exemplo da administração correta da coisa pública, um cimento de ética na sociedade. Quando as esquerdas se corrompem, os eleitores se sentem traídos.

Pouco a pouco, o PT foi caminhando para aquela condição mais indesejável da política: ser odiado. Isto já era visível nas eleições de 2014. De lá para cá, a imagem do partido foi se deteriorando, seja porque as denúncias se revelaram medonhas, seja porque os ataques dos seus inimigos foram devastadores sem que houvesse uma linha de resistência e de contraofensiva. Ao mesmo tempo em que se destruía, o partido se deixava destruir. A cada ataque, a direção partidária reagia com notas burocráticas e protocolares, foi perdendo credibilidade e deixou de ostentar virtudes e força moral capazes de mobilizar a militância. Como já se disse, a direção do PT tornou-se um comitê de generais de gabinete sem exército e a militância se tornou um exército sem generais.

“Ser odiado” é a condição absoluta que precisa ser evitada em política, ensina Maquiavel. Como partido antimaquiaveliano que é, o PT, ao passar da praça para os palácios deixou de olhar a realidade com os olhos da praça, deixou de se situar na planície e passou a olhar o povo com o ângulo de mirada dos palácios. Mas não sabia jogar o jogo dos palácios e passou a acreditar em aliados que eram e são gananciosos, simuladores e ambiciosos. Emprestaram prestígio aos petistas enquanto estes lhes eram úteis e os traíram sem cerimônia na consumação do golpe. Golpe que o próprio PT ajudou a construir seja pela sucessão de erros políticos, de incompetências, e seja pela própria falta de apoio à presidente Dilma em momentos delicados em que o governo caminhava para a deriva.

Pela condução desastrosa que o PT vem tendo nos últimos anos, a direção partidária deveria renunciar nos primeiros dias desta semana. Uma comissão provisória deveria ser constituída com a tarefa de convocar e conduzir um Congresso partidário antes do final do ano. Se nenhum aceno for feito neste sentido, a tendência maior é a de que o PT caminhe para uma divisão irreversível. Não é admissível que os condutores do desastre continuem comandar um partido que foi esperança do povo brasileiro e se afogou nos seus próprios erros. Não há, em torno da atual direção, capacidades políticas, morais e intelectuais que sejam capazes de tirar o partido da crise.

Que fazer?

Esta velha pergunta, que precisa ser recolocada, suscita hoje muito mais dúvidas do que certezas às esquerdas. Antes de tudo, as esquerdas precisam se unir em torno do que sobrou dessa devastadora eleição: Freixo no Rio de Janeiro, João Paulo em Recife, Edmilson Rodrigues em Belém, Edvaldo Nogueira em Aracaju etc.

Com muitas divisões, com baixa propensão à unidade, com um ideário desconectado ao mundo contemporâneo, com organizações autoritárias e burocráticas, com uma retórica que não dialoga com a sociedade, com uma enorme crise em suas visões de mundo, as esquerdas vivem uma defensiva mundial, ao mesmo tempo em que cresce o rancor e o ódio neofascistas.

A crise das esquerdas se alinha com a própria crise civilizacional que tende a se agravar em várias dimensões: ambiental, social, econômica, humana. O mundo do futuro próximo, dizem os economistas e analistas mais atentos, será um mundo sem empregos, com populações que viverão cada vez mais. Em contrapartida, a concentração de renda e riqueza é crescente. As democracias são cada vez menos legítimas e cada vez mais incompetentes em fornecer respostas aos problemas das sociedades.

As esquerdas brasileiras pararam no tempo. Discutem os problemas com retóricas e paradigmas do século XX, quiçá, do século XIX. Nos últimos anos houve um abandono das incipientes experiências de governança democrática que vinham sendo desenvolvidas. Nos municípios, nos estados e no governo federal, os governantes, secretários e ministros ditaram as suas “verdades” às sociedades. Ao mesmo tempo em que direitos deixaram de ser garantidos, não se investiu na inovação e na qualidade dos serviços e direitos. Os governos continuaram analógicos em sociedades digitais. Reformas cruciais, seja no plano macro ou no plano micro, sequer foram cogitadas.

A ideia de aglutinar as esquerdas numa frente, que garanta a unidade na pluralidade, ganha força em face das fragilidades e derrotas recentes. A construção dessa frente, se vier a se concretizar, contudo, necessita de um processo amplo de definição de conteúdos programáticos e de métodos de condução dos processos internos. A perspectiva é a de que essa frente aglutine partidos, movimentos políticos e sociais, indivíduos e grupos cívicos, num novo tipo de organização e de relação política, sem as práticas hegemonistas e de controle burocrático, tão comuns às esquerdas.

A derrota eleitoral, somada ao golpe e às perspectivas de retrocessos em direitos, foi avassaladora. Subestimá-la, persistir nos erros e não fazer autocrítica significa contribuir para a consolidação de um projeto conservador que vem se delineando. Neste momento, o desafio das esquerdas é paradoxal: precisa construir sua unidade ao mesmo tempo em que promove um ajuste de contas.

*Aldo Fornazieri é Professor de Filosofia Política.

segunda-feira, outubro 29, 2012

Edmilson Rodrigues agradece os mais de 300 mil votos no 2º turno

Candidato acredita que parte da população viu no candidato eleito a possibilidade de mudança

 No Portal ORM.

Na noite deste domingo (28), após o resultado final do segundo turno das Eleições municipais, o candidato Edmilson Rodrigues, do PSOL, esteve em seu comitê e agradeceu os mais de 300 mil votos recebidos pela Frente formada pelo PSOL, PC do B e PSTU, mais o apoio do PT, PPL, PDT, PTN e PRTB. 


O candidato do PSOL destacou também que é hora da soberania popular ser respeitada, mas advertiu que o povo e a bancada eleita na Câmara serão soberanos também para cobrar as mudanças prometidas pelo prefeito eleito. 'É claro que tivemos uma grande vitória política. São pessoas que acreditam na mudança expressa no nosso programa, que iria, realmente, revolucionar Belém', destacou.

Edmilson observou que parte da população viu no candidato eleito a possibilidade de mudança. O importante agora, na avaliação dele, é que todos estejam também atentos para o cumprimento das promessas. 'Vamos estar vigilantes. O povo tem que estar vigilante', alertou.

'Tivemos uma vitória eleitoral importante porque conseguimos uma bancada eleita de 10 vereadores, mais os aliados. Esses representantes do povo vão ser fundamentais para cobrar que o programa apresentado seja cumprido', disse. Edmilson concluiu seu pronunciamento dizendo que deseja uma 'boa administração ao novo prefeito eleito e sorte ao povo'.

Com informações da assessoria do candidato.
 

Foto: Marcelo Seabra.

terça-feira, junho 07, 2011

Candidatos de Jatene perdem a eleição

Clique na imagem para ampliar.



Alexandre Lunelli e Lúcio Bessa, respectivamente, são os novos prefeitos de Brasil Novo e Bujaru. Ambos são do PT e em Aveiro, Ranilson Araújo é do PR, ou seja, todos os candidatos apoiados pelo governador Simão Jatene perderam e feio.

quinta-feira, janeiro 13, 2011

Jader, o Gazeteiro


Do Site Congresso em Foco.



Um grupo de deputados caminha para o final do mandato com uma marca pouco lisonjeira. São os dez parlamentares que acumularam maior número de faltas na Câmara durante toda a legislatura. Na média, eles não estavam presentes em quase metade dos 422 dias com sessões reservadas a votações no plenário ocorridas entre fevereiro de 2007 e dezembro de 2010. Três deles mais faltaram do que registraram presença.


A lista dos deputados que menos compareceram ao plenário na atual legislatura é composta por representantes de nove estados e oito partidos políticos. Encabeçam a relação os deputados Nice Lobão (DEM-MA), Jader Barbalho (PMDB-PA), que renunciou ao mandato em novembro, Vadão Gomes (PP-SP), Ciro Gomes (PSB-CE) e Marina Magessi (PPS-RJ). Marcos Antonio (PRB-PE), Miguel Martini (PHS-MG), Fernando de Fabinho (DEM-BA), Silas Câmara (PSC-AM) e Alexandre Silveira (PPS-MG) completam o ranking dos dez parlamentares que somaram mais ausências nos últimos quatro anos. De todos, apenas três foram reeleitos: Nice Lobão, Silas Câmara e Alexandre Silveira.


Em tese, faltar a uma sessão deliberativa implica corte no salário. Mas, na prática, os parlamentares pouco sentem o peso de suas ausências no bolso. Das 1.862 faltas acumuladas por esses dez deputados, 1.713 (92%) foram abonadas pela Câmara, com a apresentação de justificativas, como problemas de saúde e compromissos políticos. Só 149 das ausências ficaram sem explicações, ou seja, sujeitas a desconto.

Os dados fazem parte de levantamento exclusivo do Congresso em Foco com base em informações oficiais da Câmara. Como as razões aceitas pela Casa vão além dos problemas de saúde, a pesquisa considera as ausências justificadas e as ausências sem justificativas. Os motivos apresentados por cada parlamentar, porém, não são divulgados pela Casa. Para saber as razões das faltas, o site entra em contato com os próprios parlamentares, que apresentam suas explicações. Desta vez, no entanto, nenhum dos dez retornou o contato feito pela reportagem.

Sem explicação

Entre os dez deputados mais ausentes, Jader Barbalho foi quem acumulou mais faltas sem justificativas. O deputado renunciou ao mandato em 30 de novembro do ano passado, alegando que protestava contra a decisão da Justiça eleitoral que barrou sua candidatura ao Senado com base na Lei da Ficha Limpa. Jader faltou a 216 (61,4%) dos 422 dias em que houve sessão deliberativa. Deixou 45 das ausências sem explicações.

O peemedebista tenta na Justiça provocar nova eleição para o Senado no Pará. Mesmo ausente, o paraense controlava no ano passado um orçamento de mais de R$ 7 bilhões por meio de afilhados políticos nos governos federal e estadual, conforme mostrou o Congresso em Foco.  Em relação às justificativas de suas ausências, ele nunca retornou os contatos feitos pelo site.

Depois de Jader, quem menos justificou suas faltas no grupo dos dez menos assíduos da legislatura foi Ciro Gomes. O ex-governador do Ceará, que não disputou as eleições de 2010, esteve presente em 224 (54,4%) dos 412 dias com sessão deliberativa de que deveria ter participado. Ele justificou 147 ausências e deixou 41 sem justificativa. Ciro também nunca retornou ao site para explicar suas ausências justificadas. O terceiro colocado em faltas sem justificativas, entre os dez que menos compareceram ao plenário na legislatura, foi Marcos Antonio. O pernambucano deixou 18 faltas sem explicações.

De saúde a “caô”

O levantamento sobre a assiduidade parlamentar é realizado pelo site a cada seis meses. Em reportagens anteriores, alguns dos dez deputados que menos compareceram ao plenário chegaram a justificar suas ausências. Nice Lobão e Miguel Martini, por exemplo, explicaram que suas faltas ocorreram por problemas de saúde.

Dos 422 dias de sessões deliberativas em plenário em toda a legislatura, Nice Lobão compareceu apenas em 182 delas (43,1%). Em agosto do ano passado, a parlamentar contou ao Congresso em Foco que problemas na coluna e no joelho a impediam de ir às sessões plenárias. A justificativa foi referente às faltas no primeiro semestre de 2010. Mas em anos anteriores a parlamentar também figurava entre os mais ausentes.

No caso do deputado Miguel Martini, 65% de suas ausências ocorreram no ano de 2009. Ao site, em fevereiro do ano passado, o parlamentar explicou pessoalmente que, naquele ano, havia se submetido a um tratamento de quimioterapia, tendo ficado seis meses em recuperação. Ao todo, Martini teve 169 ausências em sessões plenárias durante toda a legislatura. Todas as faltas foram justificadas.

A deputada Marina Maggessi também justificou a maioria de suas faltas. Mas, ao menos em relação às ausências de 2009, a parlamentar não havia faltado por problemas de saúde. Marina justificou que, como presidente da Comissão de Segurança Pública, lhe era garantida a “prerrogativa” de não ir ao plenário. Em reportagem publicada em fevereiro de 2010, Marina considerou que presença em plenário era “caô”, uma gíria usada para designar algo falso, enganação.

“O meu partido vive em obstrução. Aquele plenário não me atrai. Não vejo nada de produtivo naquilo, é uma mentira aquele voto em plenário, estou falando isso de coração”, criticou a deputada. “Voto em plenário é ‘caô’, uma expressão que a gente usa muito no Rio”, disse Marina.

Os dez deputados mais ausentes foram procurados por e-mail e por telefone para esclarecer suas ausências. Como nenhum deles retornou o contato, o Congresso em Foco reitera que os deputados podem procurar o site a qualquer tempo para apresentar as suas justificativas.

sexta-feira, dezembro 03, 2010

Paulo Heineck: O Rei da Cocada Preta.

O Blog do Espaço Aberto comandando pelo Jornalista Paulo Bermeguy dedicou-se hoje,  em várias postagens, a homenagear e indagar a vida de Paulo Heineck e sua relação com a cúpula do governo de Ana Júlia.

Veja os links e percebam o fascínio do blogueiro que só hoje, em um só dia, dedicou 7 postagem em seu blog, inferindo, perguntando e avaliando a atuação de Heineck, quem considera, junto com os torcedores do Paysandu, Remo e Tuna, o capa-preta que comandava nos bastidores, e só nos bastidores (?) o governo petista no Pará.

Paulo Heineck: o homem das sombras

Paulo Heineck: o "impesquisável"

Paulo Heineck: CPI da Biopirataria no caminho

Paulo Heineck: o "especialista em marketing"

Paulo Heineck: "Secretário, eu?"

Paulo Heineck: ele trabalhou de graça?

Paulo Heineck: um colorado roxo. Ou vermelho.

sexta-feira, novembro 05, 2010

O significado político da derrota de Ana Júlia

Foto: Ag. Pará
Fábio Fonseca de Castro*
O governo Ana Júlia, como todos os governos, teve erros e acertos. Penso que os acertos foram mais numerosos e que alguns tiveram um caráter estruturante para o estado, mas também penso que os erros foram fatais.
Dentre estes, um dos maiores – e talvez o maior – foi, em algum momento, ter-se superestimado na sua dimensão histórica e, em função disso, ter-se acreditado autosuficiente no jogo partidário estadual. Sendo mais específico, ter-se esquecido que as condições históricas que permitiram a chegada de AJ ao poder não se deveram, exclusivamente, ao gradual crescimento do PT no Pará, eleição após eleição, mas sim à situação de polarização, das elites locais, em dois grupos: PSDB e PMDB. Não fosse essa polarização o PT, possivelmente, só alcançaria o governo do estado nestas eleições ou, ainda, nas próximas.
Por incômoda que fosse, tanto do ponto de vista ideológico como do ponto de vista programático, a aliança com o PMDB constituía um elemento de equilíbrio conjuntural. Subestimar esse equilíbrio significou perder consciência dos fatores limitadores que permitiram a antecipação de um governo do PT no Pará. Perder essa consciência, por sua vez, significou, em termos práticos, diminuir as condições de governabilidade e, posteriormente, de reeleição.
Essa leitura incorreta do processo repetiu-se em relação a outros aliados, eventuais, mas também necessários para garantir a governabilidade. Esses aliados poderiam ser mais ou menos incômodos, numa escala que ia do PPS ao PSB, passando pelo PTB, PV e PP. Apenas o PC do B, dentro do largo espectro de alianças do mandato, tendeu a certo equilíbrio. Tal como, aliás, as tendências petistas que compuseram o governo. Não que não tenha havido crises e que essas crises tenham deixados de ter impacto político, mas foram, afinal, situações mais facilmente dialogadas.
Penso que o fator intrigante, o fator que deve ser explorado e que pode ensinar muito sobre política e sobre as relações sociais de poder que nos envolvem – a todos nós, que fomos derrotados nestas eleições e, com toda a dignidade, devemos nos preparar para fazer uma oposição racionalizante e consistente ao novo governo – seria, de fato, indagar sobre a força, ou a dinâmica, que produziu esse erro, especificamente, dentre outros que se nos possam atribuir.
Em outras palavras: o que teria produzido essa ilusão de autosuficiência política?
Minha percepção é de que ela se deve a um feixe de três fatores. Em primeiro lugar, a persistência, no grupo político da Governadora, de certa pretensão à vanguarda. Trata-se de um fenômeno observável em muitos partidos de esquerda: um grupo de vanguarda passa a liderar e a centralizar o processo político, pretendendo-se mais capacitado para a decisão. Esse fenômeno parece ter-se repetido no governo AJ, embora não me pareça apropriado compreendê-lo como sendo a DS, a Democracia Socialista, tendência petista da Governadora, mas sim como parte da DS.
Falar em vanguarda de tendência ou partido é um mito consistente nas esquerdas, uma prática repetida reiteradas vezes ao longo da história, com resultados bons e maus e, certamente, foi um mito presente no mandato AJ, utilizado simbolicamente para legitimar o fluxo do poder.
Mas não o único mito. Há, em segundo lugar, ao lado dele, o segundo fator; uma outra mitologia, presente na história política de AJ: a idéia de que ela se basta a si mesma enquanto ser político. É um mito associado a sua simpatia e espontaneidade, e que se materializou com os primeiros sucessos políticos de AJ. Esse mito resulta numa prática meio subliminar de a considerarem um tanto maior que o PT e, em conseqüência disso, a lhe imprimirem uma imagem de autosuficiência política.
Quando ocupei a Secretaria de Comunicação do Governo apelidei essa tese de “teoria King Kong”. Era a idéia, indestrutível na mente do marqueteiro de AJ, Paulo Heineck, o PH, bem como dos colaboradores mais próximos da Governadora e dela própria, de que ela era maior e mais interessante do que o PT. A menção ao gorila hollywoodiano se deve ao mantra do PH de que AJ era “o King Kong” do filme dele, ou seja, o personagem total, máximo, capaz de apagar todos os demais personagens e de prevalecer em qualquer circunstância.
Sempre foi muito difícil trazer o PT para o centro da comunicação política da governadora e imagino que é isso que explica a estratégia de campanha adotada pela empresa que fez seu marketing político, a Link, e, sempre, pelo PH. Bem como, por outro lado, a persistente ação de afastar o publicitário Chico Cavalcante, militante histórico do partido e reconhecido pela habilidade em fazer campanhas petistas.
Um terceiro fator decorreria, penso, da simples manipulação, produzida no jogo político interno do governo, dos dois fatores anteriores – e talvez de outros – com vistas a explorar a intermitência programática e ideológica entre o PT e seus aliados. Pessoas cresciam ou caíam, nas intrigas palacianas, conforme fossem veementes na sua crítica aos aliados. Ao ponto de que isso, algumas vezes, tenha sido moeda de troca de circulação interna.
Por exemplo: considerando que o processo de ruptura com o PMBD se intensificou na crise do Hospital Ofir Loyola, como penso que ocorreu, não tenho como deixar de perceber que o que precipitou esse processo não foi, propriamente, uma “crise do Ofir Loyola”, mas a tempestade, num copo d’água, que se chamou “crise do Ofir Loyola”. Haveria crises reais para motivar uma ruptura, mas não necessariamente essa. O que a motivou foi, simplesmente, a luta interna, que nesse caso nem era com o PMDB.
Esses fatores, na sua interação, produziam uma zona esfumaçada na análise política do governo e, a meu ver, foram determinantes para a derrota do PT. Foram fatores que contribuíram para a construção de uma análise equivocada da conjuntura paraense. Sobretudo do processo histórico não imediato, mas que condiciona a realidade imediata.
A derrota da candidatura de AJ ao segundo mandato possui um significado político que merece ser analisado e levado em consideração para a organização das próximas batalhas eleitorais.
A primeira lição a lembrar é que as condições históricas do Pará, pelo caráter de suas elites e pela diversidade dos seus processos econômicos, demandam uma transição político-social mais lenta do que todos nós gostaríamos de planejar. Uma transição que seja demarcada por acordos táticos que garantam, em primeiro lugar, a governabilidade. E que possibilite a realização de um programa de governo básico – necessariamente fortalecido nas políticas que permitam a ampliação da autonomia social.
Outra lição que deve ser lembrada se refere ao próprio papel do PT na construção do governo. Pois, se o grupo de poder da Governadora produziu uma análise equivocada, o PT, com raros episódios contrários – alguns de ordem ideológica, protagonizados pela deputada Regina Barata e outros de ordem política, como os protagonizados pela deputada Bernadete ten Caten – sempre se calou e aceitou a análise produzida por esse grupo de poder.
Uma terceira lição se dá no campo da comunicação. A comunicação feita por um partido progressista, como o PT, não deve ceder às tentações de despolitização do debate e cair no lugar comum de que a política é feita por ímpetos individuais. Não é a pessoa que vale, mas o partido. Não a personalidade, mas o coletivo. Não a forma, mas o conteúdo. Obviamente que, em se tratando de pessoas como o presidente Lula, por sua magnitude e história, essa regra se quebra, mas isso não foi o caso no Pará ou mesmo em outros estados.
O PT tem um longo futuro no Pará. O governo AJ deixará avanços estruturais importantes que muito o dignificam. Espero que sejamos capazes de fazer uma oposição, como disse acima, consistente e racionalizante ao próximo governo. Porém, mais do que tudo, espero que sejamos capazes de, sempre com humildade, mas também com persistência, produzirmos um projeto político que vise o longo prazo, a duração, a transformação estrutural do Pará.
É em vistas disso que a derrota eleitoral de 2010 deixa ao PT uma lição política: a de governar sem perder de vistas a história, a conjuntura do longo prazo.
* Fábio Castro foi secretário de comunicação do governo Ana Júlia. É doutor em sociologia, professor da Faculdade de Comunicação da UFPA e pesquisador no programa de pós-graduação "Comunicação e Cultura na Amazônia".

terça-feira, julho 06, 2010

DEM-PA em Crise.

A imagem pinçada do blog do Vic foi feita antes da explosão da "máquina" que de tanto roncar os motores no box, acabou nem saindo pra corrida eleitoral este ano no Pará.

Amig@ leitor(@) devo confessar que estou à beira de um sentimento de pena, isso mesmo, pena.

O pior é que este sentimento é nutrido por uma persona - no mínimo ingrata - do nosso Estado.

Este sentimento foi causado por causa da visita que fiz ao blog do Dep Vic Pires Franco, onde o tom do rapaz é deprimente. Justo este jovem, que um dia foi apresentador do Jornalismo da Tv Liberal e elegeu-se deputado e virou blogueiro, um dos mais abusados, diga-se de passagem.

A pena é por ele ter dado um tempo nas postagens e voltar sem implacar a candidatura de sua exposa (ex-governador e esposa) Valéria Pires Franco que um dia o Pará teve como vice-governadora do era tucana no Pará.

Nas última semanas, Valéria chegou a ser cotada como possível vice de Serra, assim como foi Clodovil, Enéas, e outros isso não acabou com o sonho de que o casal nutria de Valéria. De olho na vice de Jatene, Vic reuniu-se com o PMDB, PSBD e até com o PT e não conseguiu nada que não fosse a gentileza dos porta-vozes e líderes partidários no Pará.

Com um declínio fenomenal, o DEM de norte a sul do país, definha e padece com a oposição que faz ao governo Lula. Aqui no Pará, Vic diz-se ser fã de Lula. Jatene que disputa a eleição pelo partido que históricamente segue os passos dos tucanos, nem se quer pode fazer com que o casal fosse abraçado como deputados, mas há de se imaginar que o desgaste e as crises internas no DEM são tão fortes que Vic e Valéria que juntos são presidente e vice-presidente do partido no Pará, não tiveram mais tempo para costurar outra condição neste processo eleitoral que não seja a de meros coadjuvantes, haja vista que as candidaturas à deputados federais e estaduais já estavam convictas de que o casal iria implacar ou uma vice na chapa nacional/estadual ou se não o Senado, no mínimo o parlamento Estadual.

Não deu pra nada.

Vic e Valéria não são candidatos à nada nestas eleições.

Pode ser que Vic volte à ser o blogueiro bam-bam-bam.

Nunca na história deste país e deste Estado, a crise da direita foi tão grave e profunda!

Crise: Edmilson Rodrigues perde seu braço esquerdo no PSOL

Luiz Araújo deixou o PT para fundar o PSOL, onde viveu até então organizando a corrente interna "Primavera Socialista" e supostame...