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sábado, março 14, 2015

Marina Silva: O governo erra, mas o Impeachement não é a solução


Por Marina Silva, em seu site.

Muita gente andou falando ou escrevendo a respeito do meu silêncio, alguns até em tom de cobrança ou censura, como se eu estivesse me esquivando da responsabilidade de dar opinião sobre o atual momento da política brasileira.

Como disse Mark Twain, “os boatos a respeito da minha morte estavam um pouco exagerados”. Não andei tão calada assim, basta ver que em minhas páginas na internet tratei das questões mais importantes da vida brasileira, como a crise hídrica, a retomada dos ataques aos direitos indígenas e, é claro, as investigações da corrupção na Petrobrás. Também divulguei, em várias mensagens, minhas observações sobre a disparidade entre a propaganda da presidente reeleita e os atos reais de seu governo, que chamei de “desmandamentos”. Não foi, portanto, um silêncio muito silencioso.

Se me ative às páginas da internet, especialmente nas redes sociais, deixando de lado as entrevistas e artigos na chamada “grande mídia”, é porque preferi não seguir a pauta convencional, onde o bate-boca pós-eleitoral e as versões da guerra partidária continuavam acirrados. Como já disse, a polarização não é apenas uma disputa entre dois lados, é uma cultura, um modelo mental que domina a política e a comunicação, algo difícil de desfazer.

O respeito à democracia nos ensina a dar um prazo inicial a todo governo eleito, para que diga a que veio. Sinto que isso vale também quando o escolhido – ou guiado pelas estrelas – recebe da sociedade a cômoda ou incômoda tarefa de suceder a si mesmo.

Desde 2010 venho alertando para a incompatibilidade entre dois fenômenos políticos contemporâneos, uma contradição que nos empurrava para o abismo onde hoje caímos: de um lado, o avanço social, político, econômico e cultural de uma significativa parcela da sociedade, que se esforça para deixar a passiva posição de espectadora e intenta ser protagonista no desenvolvimento do país; de outro lado, o enorme atraso na política, a lentidão e até o retrocesso na qualidade das instituições e na representação. Repeti incontáveis vezes: o atraso político é a maior ameaça ao que conquistamos a duras penas – Democracia, Estabilidade Econômica e Inclusão Social.

Esse atraso nos fez estacionar em um sistema político que degrada os processos sociais de diversas maneiras, entre as quais destaco três.

Primeiro, afasta os verdadeiros agentes de transformação das dinâmicas econômica e política, retira-os de todos os centros reais de decisão e os coloca no lugar de meros espectadores no processo político. Empresários ou trabalhadores, estudantes ou cientistas, comunidades ou movimentos, todos são“avassalados” ou meramente excluídos, só os políticos profissionais podem participar de uma espécie de república dos operadores.

Segundo, cria uma governança sem qualquer compromisso com a execução de um programa, compondo o governo e configurando sua base de sustentação no Congresso através do loteamento de pedaços gerenciais e financeiros do Estado. A gestão dos assuntos públicos é entregue a uma teia de esquemas que atravessa instituições e órgãos públicos, empresas e bancadas parlamentares, um amontoado de nichos e feudos onde se faz qualquer negócio em qualquer setor: saúde, educação, segurança e especialmente as grandes obras, tudo vira objeto de troca. A ocupação dos cargos obedece a duas modalidades, com ou sem “porteira”, seja fixa ou giratória, como dizem os que participam das negociações.

Terceiro, assenta-se numa lógica partidária que abandona o debate em torno de idéias e programas pelo embate para ganhar ou manter o poder. E esclareço: trata-se do poder pelo poder, que independe daquilo que se faz, se pensa ou se diz, pois todas as idéias se reduzem a peças de marketing e toda ação tem sentido tático de destruir adversários numa disputa que não tem fim nem finalidade para o que de fato importa, os reais interesses do país.

Esse sistema se reproduz e se protege. Basta ver as sucessivas “reformas” políticas, arrumações nas leis eleitorais ou regras para impedir a criação de novas formas de organização e participação política. A cada ano criam-se e aperfeiçoam-se mecanismos para manter o domínio das oligarquias, a hegemonia dos grandes partidos e o financiamento de suas campanhas.

Por tudo isso é que falei em 2010 e repeti em 2014, ao lado de Eduardo Campos: é imprescindível e urgente um realinhamento político, com base em uma agenda estratégica que dê conta dos principais desafios do país, capaz de manter e institucionalizar conquistas, corrigir erros e assumir os novos e grandes desafios desse século.

Propus que esse realinhamento aposentasse a Velha República, que permaneceu incrustada no Estado brasileiro mesmo nos governos do PSDB e do PT, dificultando os avanços que estes promoveram – sempre reconheci – nas áreas econômica e social. Para sustentarem-se nessa Velha República, como já disse FHC, esses novos partidos da democracia brasileira disputaram o posto de líderes do atraso.

Só uma República renovada seria capaz de juntar os fundamentos dos avanços já obtidos, o processo democrático, o tripé da estabilidade macroeconômica e os programas de inclusão social e acrescentar a eles um novo objetivo inadiável, a sustentabilidade socioambiental. Assim, através de um Novo Pacto, o Brasil evitaria o retrocesso e a perda de suas conquistas, superaria o atraso político e atualizaria seu ambiente institucional para enfrentar as crises e rigores deste tempo em que o mundo é sacudido pelas mudanças climáticas e pela crise econômica e social, uma verdadeira crise da civilização.

Não foi por acaso que busquei Eduardo Campos quando o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) negou registro à Rede Sustentabilidade. Éramos duas figuras que, até aquela época, em função das posturas políticas que tínhamos e de nossas trajetórias de vida, nos imaginávamos como pontes entre os legados do PSDB e do PT, até mesmo pela atitude de respeito que sempre cultivamos por seus líderes maiores, Lula e FHC.

Não foi por acaso que propusemos um programa para a grave crise que já se alastrava, falando das medidas duras a serem tomadas, mostrando a verdade da crise econômica, política e social, mesmo correndo o risco de sermos atacados com virulência, como ocorreu, sobretudo comigo, após a trágica morte de Eduardo.

Não foi apenas o marketing selvagem, amplificado pelas técnicas do boato e da calúnia em cada cidade ou vila do país, operando uma destruição na “imagem” de um adversário político. Foi uma contração de todo o sistema político, incluindo suas ramificações nos meios de comunicação e organizações da sociedade, na tentativa de trancar do lado de fora qualquer novo projeto de identidade política para o Brasil, qualquer proposta de mudança e de futuro que não fosse a mera repetição do que já existe.

Nada de realinhamento das forças políticas para fazer a transição e aposentar a Velha República. Nada de manter as conquistas, corrigir os erros e encarar os novos desafios. Nada de nova governança baseada em um programa de governo e agenda estratégica, nada dessa história de reunir os melhores de todos os partidos. Nada de fim da reeleição, pela qual os mandatários se dedicam mais a conseguir outro mandato do que servir ao país. O sistema desconhece e joga fora a possibilidade de evolução e quer continuar sendo assim como é, uma máquina de vencer eleições, uma couraça, uma repetição neurótica de palavras vazias, um embate de “nós” contra “eles”, uma reafirmação de quem manda.

Qual o resultado de uma campanha assim? O que acontece com quem “ganha” dessa forma? E o que acontece com os eleitores, a sociedade, o país?

Estamos, agora, diante das respostas. O agravamento de todos os sintomas da crise já é visível. A insatisfação da população vai da desesperança ao desespero. A mudança na equipe econômica parece ser insuficiente para dar ao governo a credibilidade necessária à condução da economia. A imagem da situação social é a dos tanques na rua, na Favela da Maré. A enchente gigantesca no Norte e a seca rigorosa no Sudeste denunciam a irresponsabilidade com a agenda ambiental e a falta de planejamento na produção de energia e no saneamento. E a corrupção revela-se generalizada como um câncer que se espalhou por todos os órgãos. Quantos minutos na televisão serão necessários para fazer as pessoas voltarem a acreditar no mundo cor-de-rosa que os “pessimistas” queriam destruir?

Muita gente vai para as ruas protestar. Há uma campanha pedindo o impeachment da presidente que foi eleita há poucos meses. Compreendo a indignação e a revolta, mas não acredito que essa seja a solução. Talvez o resultado não seja o pretendido retorno à ordem, mas um aprofundamento do caos. Quando o Congresso depôs Fernando Collor, assumiu o vice-presidente Itamar Franco, que formou um governo aglutinando várias forças políticas incluindo a parcela do PT que acompanhou Luíza Erundina. Em sua gestão, que tinha FHC como Ministro da Fazenda, começou o Plano Real e a hiperinflação foi finalmente debelada. Mas hoje quem domina as instituições são as parcelas do PMDB mais envolvidas com as práticas e métodos que estão na gênese da crise.

As principais lideranças políticas de todos os partidos têm agido com cautela e senso de responsabilidade com o país. O PT, é claro, quer salvar o governo. Em parte da oposição predomina a lógica partidária e o desejo de “sangrar” o governo e enfraquecê-lo para as próximas eleições. Mas há os que compreendem a gravidade de uma crise institucional, os riscos de aventuras autoritárias – de esquerda ou de direita –, a quebra da economia, a violência descontrolada, enfim, um cenário totalmente indesejável. O governo é ruim, mas temos a responsabilidade de manter não a ele, mas a democracia.

O impeachment seria uma punição ao PT, sem dúvida. Uma resposta no mesmo padrão criado pelo partido quando estava na oposição: gritar “fora” a qualquer governo (Sarney, Collor, Itamar, FHC e incontáveis governos estaduais), com ou sem provas de corrupção, pela simples avaliação ideológica de que eram governos impopulares ou contrários aos interesses dos trabalhadores. Talvez até uma parcela dos que votaram em Dilma em outubro ou até mesmo que fizeram parte dos núcleos ocultos de sua campanha estejam agora alimentando a idéia de afastá-la para ganhar o poder por outros meios. Por isso, é bom lembrar que, às vezes, a maior punição àqueles que ultrapassam limites éticos para alcançar seus objetivos não seja interditar-lhes o objeto almejado, mas retirar-lhes as regalias e deixá-los com a responsabilidade de dar conta do que prometeram.

Essa é uma questão que será decidida no coração do povo, num nível profundo em que a tosca propaganda e os gritos de guerra da direita e da esquerda não penetram. Só os que fazem silêncio e ficam atentos conseguem ouvir o que diz esse coração.

A questão política é: existe alguma possibilidade de navegar na crise estabelecendo, na prática, uma nova governança no país? Creio que é muito difícil. Mas talvez seja possível estabelecer alguns pontos de contato entre os agentes reais dos processos políticos, econômicos e sociais, com base na dura realidade dos fatos. A percepção de que estamos à beira de um abismo que chama outros abismos, como bem adverte o ensinamento bíblico, nos remete à responsabilidade de abrir novos caminhos e maneiras de caminhar. Afinal, se todos estamos no mesmo barco de um país em profunda crise, devemos estabelecer diálogos e projetos comuns em que governos estaduais e municipais, organizações da sociedade, cientistas, empresários, movimentos sociais, comunidades, todos se sintam dispostos a contribuir até que se consiga  alcançar um realinhamento político que dê novas bases de sustentação ao país.

Se não é possível ter uma agenda governamental, podemos ter acordos setoriais e regionais em diversos temas. Mais uma vez, escolho os que me parecem centrais.

Primeiro, seria necessário ter sério compromisso com a transição para uma economia de baixo carbono. Mas é possível começar com as urgências da crise ambiental que já mostra seu potencial de destruir a economia urbana ou rural. Não adianta reconstruir a casa da mesma forma e no mesmo lugar em que foi derrubada pela chuva. Agricultura, indústria, obras de infra-estrutura, todos já estão ameaçados  pela crise. Eis a oportunidade de mudar os métodos de produção e consumo. Os planos de contigência e os comitês de gestão da crise hídrica já seriam um bom começo.

Segundo, aperfeiçoar os programas e mecanismos de inclusão social. Programas de transferência de renda não podem ser tratados como política de um governo ou um favor que será cobrado a cada eleição. É necessário institucionalizar, colocar na lei: toda família em situação de extrema pobreza tem o direito de recorrer ao Estado e receber ajuda enquanto for necessário. Cabe ao Estado providenciar meios, como financiamento e formação técnica, para que ocorra uma inclusão produtiva, ou seja, a pobreza seja superada com educação e trabalho.

Terceiro, recuperação dos fundamentos macro e microeconômicos em um ciclo estrutural e não puramente eleitoral. Aqui, a sociedade e os governos locais podem fazer algo, mas é responsabilidade do governo federal recuperar a credibilidade do país e o ambiente para o investimento produtivo.

Mas o mais urgente, o sinal mais claro de um enfrentamento direto da crise é o combate à corrupção, que hoje está espalhada em todos os níveis da economia e da política. É preciso manter uma opinião pública exigente e capaz de apoiar a autonomia dos órgãos de investigação, justiça, fiscalização e controle. A liberdade de imprensa é condição essencial e deve ser defendida sem hesitação.

Não podemos ser tolerantes com “acordos de leniência” que livrem corruptos ou corruptores de suas responsabilidades a pretexto de proteger as empresas. O Estado deve apenas dar condições legais para que os setores da economia afetados pela corrupção se reestruturem. Empresas podem fechar ou se reinventarem, as leis é que não podem ser mudadas para salvar a pele de quem quer que seja. Num mercado aberto, não se exige apenas “menor preço” para contratar uma obra, mas também a concorrência leal, com regras para proteger o interesse público, o meio ambiente e a população, com mecanismos de controle e total transparencia.

Na área ambiental, o Ministério Público tem estabelecido, em diversas ocasiões, os Termos de Ajustamento de Conduta, que estabelecem prazos e metas, procedimentos e regras, começando pela imediata interrupção das práticas danosas. Esse é o enfoque correto para manter as obras e serviços, mas limpando a sujeira e desarmando os esquemas de corrupção.

Quem pode levar adiante acordos e pactos em torno dessas diretrizes? Creio que cada um tem uma parcela de poder e governabilidade. Tenho visto, em todo o Brasil, exemplos emocionantes de iniciativas de pessoas, comunidades, movimentos sociais, organizações civis, prefeituras e governos estaduais e também em alguns órgãos do governo federal. Não existe só corrupção e maldade no mundo, temos que manter a esperança.

Enfim, tenho muitas dúvidas e algumas propostas. Não me iludo, sei que estamos ainda no início dos problemas e o mais provável é que a situação do país se agrave nos próximos meses. Mas insisto que devemos ter uma agenda que possa gerar novos compromissos, uma posição – sem alinhamento automático com governos ou oposições – a favor do Brasil. Política é serviço e devemos contribuir para que tudo melhore.

A melhor energia para essa melhora é e sempre será a manifestação da sociedade, pacífica mas indignada, contra tudo que ameaça a honra de seu passado, a dignidade de seu presente e a esperança de seu futuro. Das ruas vem sempre o alerta: acima dos interesses dos partidos e grupos que almejam o poder estão os interesses do país e os que querem sinceramente servi-lo não devem desperdiçar a oportunidade de mudar, antes de serem por elas mudados.

quarta-feira, outubro 08, 2014

Roberto Amaral detona Noblat

Presidente do PSB de Eduardo Campos e que abrigou Marina Silva, responde à pressão que recebe da mídia tucana.


A mídia tucana está em plena ofensiva para garantir o apoio de Marina Silva e do PSB ao cambaleante Aécio Neves. A Folha até deu chamada de capa antecipando a decisão “favorável” da sigla, antes mesmo da reunião da sua direção. Neste jogo bruto, a velha imprensa tenta bombardear os dirigentes do PSB que resistem a esta guinada à direita. Um dos alvos principais é o presidente da legenda, Roberto Amaral, vitima de intrigas desde que assumiu o posto com a morte de Eduardo Campos. Para detoná-lo, o blogueiro oficial da famiglia Marinho, Ricardo Noblat, publicou mais uma de suas calúnias no site de O Globo nesta semana. Mas recebeu o devido troco em nota divulgada nesta quarta-feira (8):

A imprensa marrom volta à carga

Em texto expelido no dia 07/10/2014, o ex-jornalista R. Noblat atribui minhas posições de esquerda ao fato de haver pertencido, no governo Dilma, ao Conselho de Administração da Itaipu Binacional, onde "ganhava algo como pouco mais de R$ 20 mil mensais". Pena de aluguel barata na imprensa marrom, julga ele que isso é quantia de monta.

Jornalista fosse, ou pelo menos honesto, teria informado aos seus leitores que desse cargo pedi demissão para acompanhar, sem outra renda, a candidatura de Eduardo Campos. Não entende, não pode entender quem não sabe o que é ter opinião própria, o que seja compromisso ideológico.

A lamentar, apenas que um jornal como O Globo sirva de pasto a tamanha infâmia.

Brasília, 7 de outubro de 2014

Roberto Amaral - Presidente nacional do Partido Socialista Brasileiro-PSB

quarta-feira, outubro 01, 2014

ACERTAR: Dilma vence no 1º turno, Paulo Rocha é eleito senador e 2º turno para governador é incógnita

Pesquisa do Instituto Acertar aponta empate técnico entre os dois principais candidatos a governador e um segundo turno é visto como uma incógnita.

Na modalidade de voto espontânea (em que o pesquisador somente pergunta ao eleitor em quem ele pretende votar, sem apresentar a relação de candidatos) 28,1% dos eleitores ainda não decidiu, em quem gostariam de votar. Simão Jatene é o nome mais citado pelos eleitores liderando as intenções com 34,2% das indicações, seguido de Helder Barbalho que obteve 31,1% das citações, os demais nomes citados somam juntos 2,9%. 3,7% afirmaram que votariam em branco ou anulariam o voto. 

Na intenção de voto estimulada, se a eleição fosse hoje, Simão Jatene obteria 40,9% da preferência dos eleitores, contra 39,7% de Helder Barbalho – diferença de 1,2%, ou seja, um empate técnico considerando a margem de erro da pesquisa (3,0%). Seguidos de Marco Carrera com intenção de voto de 1,7%, Zé Carlos do PV 1,3%, Marco Antonio 0,8% e Elton Braga 0,7%. Os votos brancos e nulos somariam 4,8% e 10,1% encontram-se indecisos.

Considerando apenas os votos válidos, ou seja, excluindo os indecisos e os votos brancos e nulos, Jatene teria 48,1% contra 46,7% de Helder, 1,9% de Marco Carrera, 1,6% de Zé Carlos, 1,0% de Marco Antonio e de 0,8% de Elton Braga.


Ainda considerando os votos válidos, o percentual de intenção de voto em Jatene pode ser de, no mínimo, 45,1%, e de, no máximo, 51,1%. Helder, por sua vez, podem ter no máximo 49,7% e 43,7%, o que indica um empate técnico, considerando a margem de erro, 3,0% para mais ou para menos, da pesquisa. Ambos ainda com índices muito próximos de 50,0%, desta forma, hoje um segundo turno é visto como uma incógnita.

Detalhamento das intenções de voto estimulado por Mesorregiões.

Distribuindo os resultados da pergunta estimulada entre as seis mesorregiões do Estado, encontramos desequilíbrio numérico entre as proporções, em relação aos dois principais candidatos. Simão Jatene destaca-se e tem vantagem sobre seu adversário na Metropolitana (41,2% contra 34,0% de Helder) e no Nordeste (54,7% contra 32,8% de Helder). A candidatura de Helder Barbalho mostra mais força nas mesorregiões do Baixo Amazonas (48,3% contra 31,7% de Jatene), Sudeste (47,0% contra 31,1% de Jatene), Sudoeste (47,2% contra 38,9% de Jatene) e Marajó (50,0% contra 37,5% de Jatene). 

Intenção de voto para Presidente.

De forma espontânea a atual presidente Dilma Rousseff lidera as intenções com 41,0% das indicações, seguida pela candidata Marina que alcançou 17,5% e de Aécio Neves com 11,6%, os demais nomes citados somam 2,9%. Os indecisos somaram 24,5% e 2,5% afirmaram que votariam em branco ou anulariam o voto.

Na intenção de voto estimulada, com a apresentação de um cartão circular com os nomes de todos os candidatos a presidente da República, se a eleição fosse hoje, Dilma Rousseff obteria 49,6% da preferência dos eleitores, contra 21,9% de Marina Silva – diferença de 27,7%.  Seguidos de Aécio Neves com intenção de voto de 14,4% os demais candidatos somam 2,3%. Os votos brancos e nulos somariam 2,9% e 8,9% encontram-se indecisos.

Considerando apenas os votos válidos, Dilma ficaria com 56,2% contra 24,8% de Marina Silva, 16,4% de Aécio Neves e os demais candidatos ficariam com 2,6% dos votos.

Intenção de voto estimulado para Senador.

Na intenção do voto estimulado para o cargo de senador do Pará, Paulo Rocha teria hoje 25,5% do total dos votos dos eleitores contra 15,5% de Mario Couto, 14,2% de Jefferson Lima. Helenilson Pontes alcançaria 4,7%, Duciomar Costa 4,5%, Enfermeira Marcela Tolentino 1,6%, Pedrinho Maia 0,7%, Professor Simão 0,6%, Renato Rolim 0,5%, Ângela Azevedo 0,4% e Eliezer Barros 0,2%. Os votos em branco/nulo perfazem 7,0% e 24,5% mostraram-se indecisos.



Dados técnicos.

Pesquisa registrada junto ao Tribunal Superior Eleitoral - TSE em cumprimento ao que dispõe o art. 33º e seus §§ 1º e 2º da Lei nº 9.504/97, assim como o art. 8º da Resolução TSE nº 23.400/2013, sobre o número PA-00040/2014.

Período de realização da pesquisa: 26 a 29 de setembro de 2014;

Margem de erro: 3 pontos percentuais para mais ou para menos sobre os resultados encontrados no total da amostra, considerando um nível de confiança de 95%;

Número de entrevistas: 1.206;

Área de abrangência: Dispersão geográfica do Estado do Pará, de acordo com as seis mesorregiões (Metropolitana, Nordeste, Baixo Amazonas, Marajó, Sudeste e Sudoeste);

Público alvo: Pessoas eleitoras de ambos os sexos com idade igual ou superior a 16 anos;

Fonte dos dados: Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e IBGE/Censo de 2010/Estimativas.

Área física: 43 municípios.

Fonte: Instituto Acertar – Consultoria & Pesquisa

terça-feira, setembro 09, 2014

Charles Alcântara, ex-Rede Sustentabilidade no Pará confirma voto em Dilma

Depois de abandonar Marina Silva, Charles Alcântara ex-dirigente da Rede Pará, declara voto em Dilma Rousseff.

Tudo começou com uma postagem em sua linha do tempo no Facebook, dizendo os motivos de não seguir com Marina Silva. Não perdemos tempo e logo publicamos uma postagem com o título: "Marina perde o apoio do líder da Rede Sustentabilidade no Pará", compartilhando-a nas redes sociais.

Bastou. Depois disso, vários sites e blogs renomados nacionalmente usaram o conteúdo e pediram o contato do mesmo. Até que ele foi entrevistado pelo Muda Mais e Carta Maior, onde além de confirmar sua insatisfação com os rumos de Marina, acabou declarando voto em Dilma Rousseff.

Essa é a manifestação de Charles Alcântara que mexeu com a campanha da ex-petista que sonha sentar na cadeira de presidente, depois da morte prematura - e até hoje inexplicada - de Eduardo Campos, mas que perde apoios importantes e muda de opinião a cada dia que passa.

No MudaMais



"Voto em Dilma sim, ela é minha candidata!", disse o auditor fiscal Charles Alcântara por telefone em entrevista ao Muda Mais nesta segunda-feira (8). Na semana passada, ele confirmou que tinha deixado a Rede Sustentabilidade. Ele havia tentado coletar assinatura para que o TSE considerasse a Rede Sustentabilidade como partido político. No entanto, por questões de ética e convicção política, já que não concorda com o andamento da postura política adotada pela candidata à presidência do Partido Socialista Brasileiro (PSB), Marina Silva, deixou de apoiá-la.

"Não estou decepcionado com a Marina, mas sim com o ato político que ela cometeu, quando aceitou ser candidata à Presidência da República pelo PSB e também pela proposta neoliberalista que ela pretende implementar se for eleita. Acho que isso vai aumentar a desigualdade social no Brasil. E isso não é bom! Aprendi com a própria Marina, ela sempre falava, 'melhor perder ganhando do que ganhar perdendo'".

Sem partido político, Alcântara segue como auditor fiscal da Secretaria de Estado da Fazenda do Pará (SEFA) e diretor de Comunicação da Federação Nacional do Fisco (Fenafisco). Ele tem uma trajetória política de muito tempo: foi membro do Partido dos Trabalhadores (PT) por 25 anos, saiu em 2010. Quando era militante do PT ajudou a eleger e foi chefe da Casa Civil do governo Ana Júlia (2006-2010) no Pará. Agora, por coerência à sua história política, vota em Dilma, assim como tantos outras pessoas que já mostraram sua cara e declararam voto pela reeleição da presidenta. 


Veja como tudo começou http://zip.net/bypthd

E a repercussão nacional que a matéria ganhou:









quarta-feira, setembro 03, 2014

Helder ajusta em SP a aliança com o PT paraense

Em SP, Lula recebe Helder Barbalho candidato do PMDB ao governo do Pará.

A foto postada na fanpage de +Helder Barbalho no fim da tarde de ontem, (02) provocou enorme curiosidade na militância petista que assiste de longe os desdobramentos da coligação PT/PMDB, que tem como cabeça de chapa Helder Barbalho candidato ao governo e Paulo Rocha ao senado. 

Com pesquisas que comemoram o empate técnico divergindo sobre quem está na dianteira da disputa eleitoral no Pará, Lula ainda não sinalizou quando estará de volta à Belém para reforçar a campanha eleitoral junto com Dilma, mas muitos petistas especulam que a aliança deva manter-se nestes 32 dias que restam para o 1º turno das eleições, do mesmo jeito que começou: fria e restrita aos caciques de ambos os partidos, os quais cada qual fala uma língua e os ouvidos de Helder Barbalho os escutam individualmente, já que não há unidade no PT desde que a aliança foi cogitada. Uma torre de babel, reclama inbox um dirigente escanteado.

Por parte deste blogueiro, a leitura é diferente. Com a ascensão de Marina Silva, a agenda de Helder Barbalho deve sinalizar uma ofensiva e reforço à campanha de Dilma no Estado do Pará, onde falta material e recursos humanos para efetivá-la nas ruas, já que as esquinas contam apenas com as famosas formiguinhas contratadas por um dirigente petista que as veste de azul do PMDB e não o vermelho do PT de Dilma e demais companheiros do Estado.

Quem viver, verá!

Siga-me no twitter através do @JimmyNight.

Marina perde o apoio do líder da Rede Sustentabilidade no Pará

Charles Alcântara seria o candidato de Marina ao governo do Estado do Pará.

Ele não é qualquer um e seu depoimento há de ecoar pelos quatros cantos do Brasil como um grito de alerta para aqueles que pensam que Marina ainda é a mesma Marina de outrora.


Charles Alcântara seria o candidato natural do partido Rede Sustentabilidade ao governo do Pará nas eleições de Outubro, mas ficou sem partido pelo fato dos sonháticos não terem conseguido arrecadar o número mínimo de assinaturas para tornarem-se um partido. Na época, Charles havia dado um depoimento a um blog dizendo: "Cogitei uma candidatura [ao governo] dentro de uma estratégia, de um contexto, o da criação do Rede Sustentabilidade. Se esse contexto foi alterado, a minha candidatura perde o sentido".

De lá prá cá, a última vez que conversei com o ex-chefe da Casa Civil do primeiro e único governo do PT no Estado do Pará, o agora presidente do SINDFISCO - que está sem partido - foi através de uma troca de mensagens via a rede social Facebook, que fiz questão de blogar e disponibilizo aqui.

Charles, amadurecendo sua capacidade crítica e fazendo jus ao seu passado, faz uma declaração no mínimo sensata e coerente sobre seu posicionamento diante da candidatura de Marina Silva, com quem se juntou num projeto político sonhático e agora acordou diante de uma nova e dura realidade imposta pelo pragmatismo em que a ex-ministra de Lula e hoje candidata à sucessão de Dilma está envolvida. 


Há virtudes no velho, como há vícios no novo.

Imerso em minhas reflexões sobre a conjuntura político-eleitoral, decidi agora abandonar o recesso que me impus desde o meu afastamento da coordenação nacional da Rede, que se deu quando esta embarcou provisoriamente no PSB.

Também fui - e ainda estou - tocado pela ideia de que o exercício da política precisa ser radicalmente mais democrático e de que os partidos políticos, tal como funcionam, tomam suas decisões e disputam o poder, precisam reinventar-se porque se tornaram instituições anacrônicas e voltadas para si mesmas.

Somado a isso, fui atraído pelo magnetismo de um novo (chamemos assim) campo político sob a liderança de Marina Silva, a quem admiro e respeito por sua história e trajetória e também por atributos que andam em falta na seara política.

Levado pelo sopro inspirador de Marina e pela concordância quanto à saturação e inutilidade para o Brasil da polarização entre PT e PSDB, inclinei-me a apoiar Eduardo Campos - malgrado minhas críticas em relação à aliança PSB/Rede - quando veio o fatídico acontecimento que lhe ceifou a vida.

Até o presente momento, desde que se tornou candidata presidencial, as declarações mais explícitas e compreensíveis de Marina Silva foram em direção aos mercados, em especial o financeiro. Os que vivem da especulação financeira e que faturam bilhões com a dívida pública brasileira estão eufóricos com as declarações de Marina, reveladoras de uma crença quase religiosa nos fundamentos mais caros ao velho receituário neoliberal, fundamentos estes que colocam no centro das preocupações e da ação estatal os interesses do mercado e na periferia os interesses da sociedade brasileira, com o cínico argumento de que esses interesses são convergentes - e, mais ainda - que os interesses da sociedade tendem a ser satisfeitos se o mercado estiver satisfeito.

Institucionalização da autonomia do banco central e obediência incondicional ao tripé macroeconômico neoliberal são os compromissos mais enfáticos que Marina oferece aos brasileiros para acabar com a velha política e para mudar o Brasil.

Se não em nome de uma nova política (até porque se trata da velha solução neoliberal), mas ao menos em razão das virtudes próprias de sua formação religiosa, Marina tinha e tem o dever de dizer ao povo brasileiro as prováveis consequências de seu programa econômico.

Marina dá sinais de conversão ao fundamentalismo neoliberal como sinônimo de desenvolvimento, estabilidade econômica e inflação baixa, como se os índices inflacionários pudessem ser combatidos com a mera alta dos juros; como se a inflação no último período do governo de FHC - de fidelidade canina à sacrossanta fórmula neoliberal - não tenha sido ainda maior que a verificada nos dias atuais; como se o maior e mais indecente gasto público não fosse exatamente o pagamento de juros da dívida pública.

Pouco importa para os agentes de mercado os custos sociais do tal tripé macroeconômico: menos recursos públicos para as áreas sociais; arrocho salarial e ameaça de mais desemprego.

O tal tripé macroeconômico é uma boa maneira de manter os lucros do mercado financeiro de pé e o Brasil socialmente manco.

Não, Marina, não posso acompanhá-la nessa jornada, apesar que querê-la bem; apesar de admirá-la; apesar de considerá-la uma pessoa de bem e de bons propósitos.

Não posso acompanhá-la, porque o faria por mera crença nos seus bons propósitos e no seu carisma pessoal e porque isto é absolutamente insuficiente para considerá-la a melhor alternativa para o Brasil, principalmente depois do caminho que escolheste trilhar.

Não vou acompanhá-la porque considero uma fraude a pregação de que todos os interesses e todas as forças políticas podem ser conciliados sem conflitos e sem escolhas que desatendam e contrariem os que sempre se beneficiaram da desigualdade em favor dos que sempre foram as vítimas dessa mesma desigualdade.

Conheço pessoalmente Marina, com ela tive boas conversas e dela escutei muita generosidade e sabedoria. 

Marina está crescendo nas pesquisas eleitorais e pode vir a comandar a República Federativa do Brasil; momento propício, portanto, para eu declarar a minha posição, que o faço baseado num conselho que escutei da própria Marina de que a boa (nova) política não se deve alicerçar no carisma pessoal. 

Outra lição que aprendi com Marina é que muitas vezes é preferível perder ganhando a ganhar perdendo.

Resolvi, então, seguir os conselhos de Marina, não a apoiando nestas eleições, por convicção de que a sua candidatura não está oferecendo ao Brasil um caminho alternativo.

Votar por convicção, penso, é uma das coisas tradicionais da velha e boa política (sim, porque também há virtudes no velho e há vícios no novo) que eu não me disponho a abrir mão.

quinta-feira, agosto 21, 2014

'Ela que vá mandar na Rede dela', diz dirigente do PSB sobre Marina Silva

Marina chama de 'mal entendido' o rompimento do coordenador da campanha de Eduardo Campos que a chamou de hospedeira e disse que no PSB ela não manda.

Um dia após o PSB oficializar a candidatura de Marina Silva para a Presidência, o coordenador-geral da campanha de Eduardo Campos, Carlos Siqueira, anunciou nesta quinta-feira (21) seu desligamento do posto alegando divergências com a ex-senadora. Ao sair de reunião do PSB, Siqueira – que é secretário-geral do partido –, mandou um recado para Marina: “ela que vá mandar na Rede dela”, disse o dirigente, referindo-se ao grupo político da presidenciável, a Rede Sustentabilidade. 

Tentando evitar polêmicas com a cúpula do PSB, Marina disse que a divergência era motivada por um "mal entendido".

Quadro histórico do PSB, Siqueira confirmou sua saída da coordenação da campanha na manhã desta quinta, pouco antes de os dirigentes socialistas se reunirem, em Brasília, com os demais partidos da coligação. Indagado por repórteres se estava magoado com a candidata ao Planalto, o secretário-geral criticou o fato de Marina ter feito indicações para cargos-chave da campanha sem consultar o PSB.

“Magoado, eu não estou, não. Não tenho mágoa nenhuma dela. Apenas acho que quando se está numa instituição como hospedeira, como ela [Marina] é, tem que se respeitar a instituição, não se pode querer mandar na instituição. Ela que vá mandar na Rede dela porque no PSB mandamos nós”, disse Siqueira.

O ex-coordenador da campanha disse ainda que Marina não representa o legado de Eduardo Campos e que, por isso, não vai fazer campanha para ela.

“Acho que ela não representa o legado dele [Eduardo Campos] e está muito longe de representar o legado dele. Eu não vou fazer campanha para ela porque eles eram muito diferentes, politicamente, ideologicamente, em todos os sentidos”, afirmou Siqueira.

O ex-coordenador também criticou o fato de, na opinião dele, Marina ter feito alterações na equipe da campanha sem consultar o PSB.

“Ora, ela nomeou o presidente do comitê financeiro da campanha, cuja responsabilidade da prestação de contas é do partido. Ela não perguntou nada ao PSB, ao invés de discutir o assunto com o partido […] Nós não podemos oferecer o partido a uma candidatura que procede dessas maneiras”, disse.

Segundo o Blog do Camarotti, o mal-estar público entre Siqueira e Marina preocupou dirigentes do PSB. A cúpula do partido teme que as críticas do ex-coordenador possam gerar novas baixas na campanha presidencial.

'Equívoco'

Pouco depois das declarações de Siqueira, Marina deixou a reunião que estava fazendo com os demais partidos da coligação e foi questionada por jornalistas sobre a reação do secretário. Ela classificou a fala como “equívoco” e “incompreensão” e a atribuiu à “gravidade do momento, ao tensionamento”.
“Há que ter compreensão com as sensibilidades das pessoas e essa compreensão, essa capacidade eu tenho. Sempre digo que prefiro sofrer uma injustiça a praticar uma injustiça”, disse. Ela ainda acrescentou que tem “profundo respeito” pelas pessoas. “Ainda mais nesse momento de dor”, disse em referência à morte de Eduardo Campos.

Trocas na campanha

Durante longa reunião dos dirigentes do PSB e da Rede nesta quarta-feira (20), Marina acertou algumas trocas entre os integrantes da coordenação da campanha. Ela deu mais poderes a dois integrantes da Rede que são de sua confiança.

O deputado federal Walter Feldman, que era o porta-voz da Rede, foi colocado como coordenador-geral adjunto para atuar ao lado de Siqueira. Bazileu Margarido, um dos militantes que trabalharam pela fundação da Rede, foi nomeado titular do comitê financeiro da campanha. Ele ocupava o lugar que foi designado a Feldman.

O gesto de Marina foi interpretado por Siqueira como uma demissão, segundo avaliaram pessoas ligadas a candidata. O secretário gostaria de ter sido indicado pessoalmente pela ex-senadora e não gostou do fato de ela ter designado ao PSB a tarefa de escolher seus integrantes na coordenação.

“Ele me disse que foi uma maneira elegante de a Marina o destituir do cargo”, relatou Bazileu Margarido. Durante a reunião, a senadora chegou a pedir desculpas a Siqueira, mas ele não voltou atrás e decidiu romper com a candidata.

Novo coordenador-geral

O presidente do PSB, Roberto Amaral, concedeu entrevista ao lado candidata e reiterou que “não há nenhum ruído entre o PSB e a Rede”. A declaração de Siqueira, segundo Amaral, é um “mal entendido”. “Uma reação puramente pessoal que eu respeito sem nenhum conteúdo político”, concluiu.

Ele também disse que o partido indicará um novo coordenador-geral para a campanha ainda nesta tarde. Ele disse ainda que Siqueira – que é primeiro-secretário da legenda - trabalhará ao seu lado no comando do partido.

No Portal G1.

terça-feira, junho 17, 2014

COM UMA CARTA “AO POVO BRASILEIRO”, SENADOR RANDOLFE RODRIGUES, DO PSOL, SE DESPEDE DA ELEIÇÃO

Partido rompe acordo com senador, divulga renúncia antes da hora e leva Randolfe Rodrigues a explicar por escrito seus motivos; "O Brasil está dividido", inicia o ex-pré-candidato do a presidente pelo PSOL; "Quero representar uma nova esquerda", registrou ele; vez de ser candidata pelo partido agora é da deputada Luciana Genro; íntegra

Após o rompimento de um acordo interno, no qual a renúncia a ser candidato a presidente pelo PSOL seria mantida em segredo pela direção partidária até a próxima semana, o senador Randolfe Rodrigues divulgou um carta "ao povo brasileiro" na qual justifica sua decisão e faz uma análise de conjuntura.


Carta de Randolfe ao povo brasileiro

O Brasil está dividido.

De um lado, forças sociais conservadoras cada vez mais unificadas em torno de personalidades e discursos, empenhadas em fazer retroceder direitos e colocar o Brasil de novo na via expressa do neoliberalismo, com um viés abertamente de direita, sem o verniz social-democrata de antes.

De outro lado, as forças sociais progressistas, divididas em diferentes plataformas e organizações, sem uma liderança comum agregadora e sem uma compreensão compartilhada do contexto e das tarefas necessárias para fazer o Brasil avançar, mostram-se frágeis frente ao avanço conservador.

Diante desse choque entre forças antagônicas, o Brasil sofre uma profunda crise de liderança. A sociedade se divide entre a justa indignação pela ampliação de conquistas e uma agenda de demandas difusas, sem eixo, à procura de uma bandeira que as unifique.

Gerente de bom desempenho no governo do presidente Lula, Dilma Rousseff não se mostrou à altura da tarefa de liderar o país em torno de uma proposta de avanços sociais combinados com desenvolvimento econômico, que possibilitasse ganhar corações e mentes da nação brasileira e recuperar a credibilidade do país diante do mundo.

quinta-feira, março 20, 2014

Com o sem Marina, Dilma tem 40% e venceria no 1º turno

Pesquisa Ibope divulgada nesta quinta-feira (20) atribui 40% das intenções de voto para a presidente Dilma Rousseff se a eleição presidencial fosse hoje. O segundo colocado é o senador Aécio Neves (PSDB-MG), que aparece com 13%, e o terceiro, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), com 6%. Pastor Everaldo (PSC) registrou 3% e o senador Randolfe Rodrigues (PSOL), 1%. Os demais possíveis postulantes – Eymael (PSDC), Levy Fidelix (PRTB) e Mauro Iasi (PCB) – não pontuaram.

Clique na imagem pra ampliar.



Veja + no G1.

domingo, janeiro 20, 2013

Um novo partido é possível? Não sei, mas tá vindo outro aí!

 
 “Os homens fazem sua própria história, mas não a fazem como querem; não a fazem sob circunstâncias de sua escolha e sim sob aquelas com que se defrontam diretamente, legadas e transmitidas pelo passado” 
                                                                           Karl Marx.

Sem TV à cabo e com nada de novo na TV e nem nos jornais, muito menos nas revistas tupiniquins - além da velha tentativa midiática de enfraquecer os governos populares da América Latina, reproduzir as falas do império e vender carros, cervejas e Brother´s - vim vasculhar a blogosfera na madrugada deste domingo e pra minha sorte me deparei com um artigo do ex-petista e chefe da casa civil do governo Ana Júlia, hoje presidente do SINDFISCO-PA, Charles Alcântara.

Através de uma reflexão madura e interessante, o camarada indaga através do título de um artigo em seu  novo blog, uma dúvida que há algum tempo eu também me coloco à pensar: Uma Nova Política, um Novo Partido: eis a questão?

Mr. Johnson - apelido gentilmente cedido à Charles Alcântara pelo saudoso Juca em seu famoso 5ª Emenda, retomou a blogosfera no dia 17 de Outubro do ano passo, ou seja, duas semanas antes do 1º de Outubro, momento que a militância do PSOL dizia que Edmilson Rodrigues seria eleito prefeito de Belém logo alí, no 1º turno e sua primeira postagem teve um título sugestivo: Blog de volta. Boas brigas, grandes causas.

Pois bem, o Blog do Charles voltou e voltou depois de ter sido criado (e logo em seguida, abandonado) pela 1ª vez, em meados de julho de 2008, depois de (como dizem as más-línguas) ser defenestrado - termo amplamente utilizado para aqueles membros do 1º escalão do governo de Ana Júlia que deixavam o staff - e após três semanas, isso mesmo, três longas e produtivas semanas, que posicionaram o mesmo como um dos blogueiros mas lidos no Pará, Mr. Johnson deixou de blogar, alegando que teria tomado a difícil decisão após conversa com um amigo que respeita muito - quem eu suspeito que seja o presidente do PT-PA, o companheiro João Batista.

Hoje, fico feliz em saber de seu retorno à blogosfera e ainda mais da forma com que o reencontrei por aqui: numa postagem cheia de pistas e sinais de que deverá ser mentor de algo novo, quem sabe após ter tido um convite irresistível ao diálogo para aderir à fundação de um novo partido, previsto para ser lançado na próxima terça-feira (22) pela ex-ministra do Meio Ambiente, Marina Silva,  que mesmo ainda em busca de um nome que lhe dê significado ou o diferencie dos demais, já conta com o apoio da mais famosa dissidente do PSOL, a ex-senadora e hoje vereadora de Maceió, Heloísa Helena (sem partido), que deixou o Partido do Socialismo e Liberdade alegando que a obrigaram a defender o aborto e então disparou: "todo partido tem malandros". Quem diria!?

Sabendo que Charles foi um dos coordenadores da campanha do Dep. Edmilson Rodrigues (PSOL) para a prefeitura de Belém, nas eleições do ano passado, juro que não ficarei surpreso se este e seu amigo Ed, junto com seu grupelho, ajudarem Heloísa Helena na coleta das 500 mil assinaturas de eleitores de nove Estados necessárias para a fundação do novo partido.

Juro que também não ficarei surpreso se vê-los pulando do barco hostil que se tornou o PSOL para alguns de seus fundadores, entre eles Edmilson Rodrigues, Marinor Brito e o prefeito eleito de Amapá, Clécio Luiz, criticados por seus companheiros de partido pelo pragmatismo eleitoral durante as últimas eleições que participaram, as quais contaram com forte ajuda de empresários graúdos e até de partidos historicamente antagônicos ao ideais dos mesmos, como o DEM e o PSDB.

Ao nobre amigo Charles e demais companheiros da esquerda local e internacional, deixo aqui minha declaração de que sou um "sonhático" e "esperançativo" em busca de ajudar a florescer essa tão propagada "moral pública", mas penso que esta independente de preceder ou não da criação de um novo partido ou de um novo fazer político, deveria nortear, ainda em sua gênese e guiar - permanentemente - toda e qualquer organização política e não servi apenas de retórica para o surgimento de novos messias e clãs revolucionários, como foi na fundação do PSOL, fazendo assim que eu me relembre da frase cunhada por Marx que dizia: "A história acontece como tragédia e se repete como farsa."

segunda-feira, dezembro 06, 2010

Retrô - Terena: A força que o homem Branco não conhece

 
"Por isso, guerreiros e guerreiras, se queremos ter no proximo governo, seja o Serra, a Dilma ou a Marina, temos que aprender a continuar lutando por nossos direitos e acreditando nos rastros dos nossos antepassados, como alias vão fazer os Xavantes amanhã ao cantar logo no nascer do sol, seu canto espiritual e de guerra. Uma força que o homem branco tem medo e que nao conhece pois não se aprende em igrejas, mas na forca da mae terra e da natureza."
Marcos Terena, chamando a organização e resistência indígena, independente do branco que assumiria a presidência.
Leia mais aqui.

terça-feira, outubro 05, 2010

Serra acusa Marina de "mensalão"

Há uma semana atrás Marina no Debate da Globo diz que Serra não responde as perguntas dela e só fala uma série de coisas que "diz" que fez em São Paulo e que não faz autocrítica. Serra por sua vez rebate e diz que ela - Marina - e Dilma tem muito mais coisas em comum do que com ele. Passada a eleição e agora desesperado em ter o apoio da verde, Serra diz totalmente o contrário. Veja a postagem no blog amigos do Presidente Lula:
José Serra continua no segundo turno o mesmo demagogo e mentiroso de sempre. Hoje, em Minas, Serra elogiou Marina e disse espera "aproximação" com verdes no segundo turno."Ela merece respeito e a admiração da minha parte", disse Serra.
Mas não era isso que Serra pensava até uma semana atrás quando esteve frente a frente com Marina no debate da Globo. Veja o vídeo, confira.

terça-feira, junho 15, 2010

Convenções partidárias – um festival de gafes e artificialismo

Do Blog da Cristina Lemos.

Nos últimos dias acompanhei três grandes convenções partidárias que aconteceram em Brasília: a do PV, a do PMDB e a do PT. Em cada uma delas, há algo que salta aos olhos, para além da festa que se pretende fazer em torno do candidato: o artificilialismo marqueteiro, que esvazia o significado político do evento.

O palhaço que apavorou os verdes - O PV de Marina Silva, para ser política e ecologicamente correto, tentou dar um ar de “grande família” à convenção. O palco principal era composto de uma arquibancada de vários degraus, onde se acomodaram desde o pai da candidata, a representantes de minorias de todo tipo. Marina só se destacou na multidão pela blusa amarela e pelo assento relativamente próximo ao microfone.

Tanta igualdade não resistiu ao improviso de um palhaço, que, sem aviso prévio, saltou no palco para um performance não-autorizada. E passou a interpretar um texto cômico ironizando os políticos que arrancou risos da platéia. Foi tolerado até o momento em que o alvo foi José Sarney: “tão bonzinho aquele senador, dá emprego para todo mundo!”, disse o palhaço, assistido da primeira fila dos graduados pelo filho do senador, o deputado Zequinha Sarney, apoiador de Marina. O artificialismo marqueteiro não resistiu ao inesperado palhaço, que foi retirado do palco por seguranças, sob protestos do público, e confinado numa sala, de onde só saiu depois de causar outro inconveniente: virar o foco de atenção de toda a imprensa.

Os balões que atazanaram Dilma - No PMDB, outro incidente. Justiça seja feita, o partido fez o encontro mais civilizado – para seus padrões – das últimas décadas. Deu a impressão de que já vão longe os tempos em que era preciso convocar a Polícia Militar para pôr ordem na casa, de cenas como a depredação do plenário da Câmara, ou da truculência contra adversários, como a humilhação a Itamar Franco em pleno governo Fernando Henrique. Desta vez, o rebelde-quase-solitário Roberto Requião pôde discursar e espinafrar quem quisesse. E depois do show, sair de cena, é claro, para não testemunhar a própria derrota.

Foi quando decidiu dar um toque americano na convenção que o PMDB escorregou. Mandou soltar dezenas de balões sobre as cabeças dos vencedores, que, no instante seguinte, viraram arma de sabotagem do discurso de uma nervosa Dilma Rousseff. Enquanto a petista discursava, a platéia se divertia em estourar os balões, ininterruptamente. O nervosismo de Dilma foi se transformando em irritação, e o constrangimento irrecuperável tomou conta dos organizadores da festa. O veneno do artificialismo marqueteiro quase azeda o grã-finale da união Dilma-Temer.

O show petista que ninguém viu - Na convenção do PT não foi diferente. A mega-festa concebida pelo publicitário João Santana terminou espremida num clube pequeno demais para a grandiosidade que se pretendia para o evento. Faltou pouco para inviabilizar por completo o trabalho dos responsáveis por registrar as imagens e as notícias da convenção.

O espaço previsto para a imprensa não comportou um quinto do batalhão de jornalistas, fotógrafos e cinegrafistas credenciados previamente pelos próprios organizadores. Era preciso subir nas cadeiras para ver o que se passava, não no palco, mas nos telões. O palco baixo demais provocou a incessante reclamação da própria platéia, que não conseguia ver nada se alguém se levantasse.

O caos se completou quando, ao final da convenção, foram distribuídas grandes bandeiras do PT na cor lilás – em homenagem às mulheres. A partir de então, com as bandeiras tremulando em toda a platéia, ninguém viu, nem filmou, nem fotografou mais nada, muito menos a cena mais importante do evento, tão cara ao publicitário: Dilma abraçada a meninas portando a faixa presidencial.

Foram eventos mornos, sem a efervescência verdadeira da construção de um projeto político. Jogos de cartas marcadas que o marqueting eleitoral tenta enfeitar. E às vezes se equivoca.

Crise: Edmilson Rodrigues perde seu braço esquerdo no PSOL

Luiz Araújo deixou o PT para fundar o PSOL, onde viveu até então organizando a corrente interna "Primavera Socialista" e supostame...