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domingo, abril 05, 2020

A polêmica filiação de Ursula Vidal no partido mais fiel a Bolsonaro



Por Diógenes Brandão

Tal como este blog anunciou em primeira mão, há quase seis (6) meses atrás, a Secretária Estadual de Cultura, Ursula Vidal anunciou nesta sexta-feira, 3, a sua filiação ao PODEMOS, seu quarto partido na carreira política. 

A jornalista que entrou pra política dizendo querer fazer diferente, ingressou no partido que Joaquim Campos deixou essa semana. Ontem, soube que além de colega de trabalho nas empresas de comunicação da família Barbalho - ele como apresentador de dois programas na TV RBA e ela como apresentadora de um programa na Rádio Clube - Ursula seria, como se confirmou ontem, sua correligionária e lá, candidata à prefeita de Belém.

POLÊMICA RECENTE

Além de radialista, Joaquim Campos é vereador de Belém e mês passado chamou a jornalista Patrícia Campos Mello, do jornal Folha de São Paulo, de 'vagabunda' em plenário da Câmara Municipal. A jornalista entrou na Justiça estadual de São Paulo contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido). 

JORNALISTA PROCESSA BOLSONARO


A ação pede indenização por danos morais por ofensas de cunho sexual, após o presidente dizer: "Ela [repórter] queria um furo. Ela queria dar o furo [risos dele e dos demais]", disse o presidente, em entrevista diante de um grupo de simpatizantes em frente ao Palácio da Alvorada. Após uma pausa durante os risos, Bolsonaro concluiu: "A qualquer preço contra mim".

SUSPENSÃO DE DUAS SEMANAS FOI VENDIDA COMO AFASTAMENTO

Já Joaquim Campos foi afastado das empresas da família Barbalho, logo após o governador Helder Barbalho se manifestar em suas redes sociais sobre o fato que rapidamente ganhou grande repercussão negativa na internet. 



OPERAÇÃO ABAFA O CASO


Seu primo, o presidente estadual do Podemos, deputado estadual Igor Normando também se posicionou sobre o caso e cantou a expulsão do vereador Joaquim Campos.


JOAQUIM AJUDOU IGOR NORMANDO, A PEDIDO DO MDB

Um mês e meio depois, ficamos sabendo hoje através do twitter do jornalista Gabriel Pinheiro, que Joaquim Campos teria sido expulso do partido, mas em ligação telefônica ao próprio vereador, ele disse ao blog que está surpreso e desconhece a informação, tendo ainda informado que essa semana enviou documento ao partido e ao TRE-PA, oficializando sua saída do PODEMOS e o retorno ao MDB, de onde saiu para, segundo ele, ajudar o vereador Igor Normando em sua campanha a deputado estadual, em 2018, quando ele, Joaquim Campos disputou uma vaga de deputado federal.


Ao blog, o vereador Joaquim Campos revelou que atendeu um pedido do MDB, para reunir seus candidatos a deputado estadual e juntos se filiarem ao PODEMOS para ajudar na eleição de Igor Normando. Segundo ele, seus candidatos somaram cerca de 27 mil votos para a chapa PHS-PP.

Ouça o áudio que Joaquim Campos gravou com exclusividade para o blog, na noite deste sábado, onde reafirmou que não sabia que estava filiado ao PODEMOS e só tomou conhecimento da fusão com o PHS, após a repercussão da polêmica sobre sua expulsão, que na verdade não aconteceu. 

Joaquim também disse que encaminhou o pedido de desfiliação e retornou ao MDB, partido onde foi eleito como o mais votado, mas que poderia ficar, pois como já disse, a propagada Comissão de Ética, que, em tese, avaliaria sua expulsão, nunca sequer o chamou para que ele apresentasse sua defesa e que se soubesse que Ursula Vidal iria se filiar no PODEMOS, ele sairia também, pois segundo suas próprias palavras "Não simpatizo com essa pessoa, não sei o que ela soma. Não sei nem o que ela é, nem pra onde vai e nem de onde ela veio. Política pra que? Eu não entendo, concluiu.

Ouça:



Os 41 deputados paraenses eleitos em 2018, receberam ao todo 4.017.948 votos, tanto nominais, quanto em legenda. O coeficiente eleitoral daquele ano, ficou em 97.998 votos. Ou seja, para eleger um deputado estadual, as coligações precisariam de pelo menos essa quantidade de votos. 

Igor Normando entrou na política em 2012, quando se candidatou a vereador de Belém, sendo eleito com 3.477 votos e 6.172 votos nas eleições de 2016, quando foi reeleito. Já em 2018, com a soma dos votos da coligação de seu partido com o PP, recebeu 25.443 votos e foi eleito deputado estadual. Pela sobra, com apenas 16.325 votos, o delegado Caveira também foi eleito deputado. 

Em uma rápida consulta no site do TRE-PA, apuramos que a coligação PP/PHS obteve 177.775 votos. Destes, o PHS teve 128.931 votos, com seus 38 candidatos. Já o PP recebeu 48.844 votos, com apenas 24 candidatos.


A FILIAÇÃO DE URSULA VIDAL

Em uma postagem nas suas redes sociais, Ursula Vidal confirmou o que esse blog havia previsto há 6 meses atrás. Leia:

"As decisões que venho tomando na caminhada política dizem muito sobre a maturidade necessária para construir projetos e soluções. E esta crença me leva a anunciar minha filiação ao PODEMOS. ⠀ ⠀ 

Recebi convites de vários partidos e tenho um sentimento imenso de gratidão por todos. Os convites me honram. Sinalizam que estamos trabalhando bem.⠀ ⠀ 

Considero importante manifestar à sociedade e aos que dão vida à política em Belém que a escolha de um partido não é o fim, mas o recomeço de uma jornada. E minha trajetória de vida tem sido marcada por recomeços que valorizam o diálogo, o respeito e a capacidade de construção entre os diferentes. ⠀ ⠀ 

Não abrirei mão de fazer a necessária composição política com todos os segmentos sociais, políticos, religiosos e ideológicos para derrotar o projeto vigente que governa nossa cidade. Sabemos que esta é uma das piores gestões que Belém já viu e que é preciso mudar. E para tirá-la do abandono em que está, é necessário construir um diálogo sólido e confiável. 

Ninguém faz nada sozinho".⠀

Abaixo, a trajetória partidária da atual secretária de cultura do estado do Pará, que tentou filiação no PT, PCdoB, PDT (onde gerou uma crise que abala o partido e será pauta de outra matéria) e o Solidariedade, mas acabou mesmo no PODEMOS, partido quem tem como liderança nacional o senador Álvaro Dias, o qual é considerado o mais fiel líder da direita brasileira em apoio ao presidente Jair Bolsonaro. No Pará, o PODEMOS é considerado um partido apêndice e satélite do MDB.

Filiada no PPS, durante o período de 2013 a 2015, Ursula disputou em 2014, a uma vaga de deputada estadual, quando obteve 5.653 votos e por isso teve sua primeira derrota eleitoral. Deixou o PPS e ingressou na REDE, partido em que permaneceu entre os anos de 2015 e 2018. 

Em 2016, Ursula disputou a prefeitura de Belém, quando recebeu 79.968 votos, ficando na quarta posição do pleito, chegando à segunda derrota eleitoral. Mesmo com todo o esforço da militância da REDE, durante toda sua campanha, a candidata abandonou seus companheiros e de forma unilateral declarou apoio ao então candidato Edmilson Rodrigues (PSOL), que por sua vez também foi derrotado por Zenaldo Coutinho, em uma eleição apertada.

Em fevereiro de 2018, Ursula Vidal se filia ao PSOL, onde adotou o discurso e as bandeiras da esquerda, passando a intensificar sua preferência ideológica pelo socialismo. No partido disputou sua terceira eleição, agora para o senado federal. Recebeu 585.344 votos, ficando em 6ª lugar entre os concorrentes. 

3 meses depois das eleições e com apenas 10 meses no PSOL, pediu desfiliação após ser convidada para ser para assumir a Secretaria de Cultura do Pará, onde está até hoje. 

Leia também: 

Helder nomeia petistas para atuarem como cabos eleitorais de Ursula Vidal




quarta-feira, dezembro 04, 2019

Sem o PT, partidos de oposição a Bolsonaro criam Frente Centro-esquerda

A reunião com dirigentes do PSB, PDT, Rede e PV deu um passo decisivo para construir uma frente de partidos de oposição a Bolsonaro e uma agenda positiva e progressista ao país.

Por Diógenes Brandão.

Acaba de ser realizada uma reunião que pode entrar para a história da centro-esquerda brasileira.

Reunidos na noite desta terça-feira, 4, em Brasília, dirigentes do PSB, PDT, Rede e PV acertaram os primeiro passos para construir uma frente de partidos, com uma pauta em comum: Atuarem coletivamente para encontrar saídas em favor do Brasil.

Um paraense esteve presente na reunião. Trata-se de Zé Carlos Lima, ou Zé Carlos do PV.

Além dele, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), líder da oposição no senado, Carlos Lupi, presidente Nacional do PDT, Carlos Siqueira, presidente nacional do PSB, Alessandro Molon (PSB-RJ), líder da oposição na Câmara dos Deputados, além de Pedro Ivo, Porta-voz da REDE Sustentabilidade, André, Penna entre outras lideranças destes partidos.

A ideia não é nova, mas tem ganhado mais consistência com a oposição programática ao governo Bolsonaro.

Amanhã o blog informa se a frente dialogará ou se manterá um certo distanciamento do PT e partidos mais a esquerda, como o PSOL e PCdoB, mas já adianta que essa possibilidade é muito remota.

terça-feira, fevereiro 27, 2018

Úrsula Vidal: Sobre minha filiação no PSOL



Por Úrsula Vidal, em sua fanpage

Há de haver afeto, confiança, partilha e coragem na caminhada política. E como os passos dados na construção de um futuro justo e solidário precisam ser firmes e seguros, é preciso ter responsabilidade cívica no momento de escolher a casa que nos abriga.  

A trajetória de enfrentamento e construção coletiva do PSOL na política brasileira tem a solidez de uma esquerda que não foge à luta e que mantém seus princípios. E há novos ventos soprando nas janelas abertas desta casa que acolhe gentes e multiplica sonhos. Muitos integrantes de movimentos gestados no útero inquieto da sociedade organizada, que quer ocupar a política, tem feito morada no PSOL. MUITAS por BH; Plataforma VAMOS; MTST; Bancada Ativista… 

Com imenso respeito e profunda admiração pela trajetória das companheiras e companheiros que vem construindo a fundação desta casa, e todas as suas partes , do piso à cumeeira,  anuncio que me integro ao quadro de filiadas e  filiados do PSOL - Partido Socialismo e Liberdade, empreendendo todas as minhas forças, minha voz e minha fé na vida, na construção do país que queremos. Um Brasil de amor, justiça e paz.

quarta-feira, julho 05, 2017

Pesquisa ao governo: Helder Barbalho e Ana Júlia lideram a preferência e a rejeição do eleitor paraense

Por Diógenes Brandão, com informações do Instituto Paraná Pesquisas

Pesquisa realizada pelo Instituto Paraná Pesquisas revela que se as eleições para o governo do Pará fossem hoje, Helder Barbalho (PMDB) e Ana Júlia (PT) venceriam o primeiro e disputariam o segundo turno.

Clique no gráfico abaixo e veja os resultados do cenário, onde os nomes dos pré-candidatos Helder Barbalho (PMDB), Ana Júlia Carepa (PT), Manoel Pioneiro (PSDB), Úrsula Vidal (REDE), Márcio Miranda (DEM), Sidney Rosa PSB), Marinor Brito (PSOL) e de Adnan Demachki (PSDB) foram apresentados aos entrevistados:



No segundo cenário, onde incluiu-se o nome do prefeito de Ananindeua, Manoel Pioneiro (PSDB), o resultado é o seguinte:



No terceiro e último cenário, onde foi incluso o nome do secretário de Estado do governo Simão Jatene, Adnan Demachki (PSDB), os números ficaram assim:


Quando se trata do ranking da rejeição, a pesquisa do Instituto Paraná Pesquisa nos mostra o seguinte resultado:


domingo, julho 02, 2017

As incertezas e a falta de projeto da esquerda paraense



Por Diógenes Brandão

"Se o PT vai mesmo romper com o PMDB e formar uma aliança com partidos de esquerda no Pará, por que os caciques do partido ainda mantém cargos de confiança no governo Temer, como na SUDAM e Ministério da Cultura, ambos com o aval do ministro Helder Barbalho?". 

Foi com essa pergunta que uma ex-petista me fez no Whatsapp, depois de ler a postagem "PT descarta PMDB e constrói aliança eleitoral com PSOL, REDE e PCdoB", que me motivei a sair da NETFLIX e aprofundar o assunto.

Primeiramente #ForaTemer! Depois é imperioso dizer que qualquer pessoa que conheça um pouco a realidade política e o cenário em que se encontram alguns partidos paraenses, sabe que é muito difícil que o PSOL e a REDE topem apoiar um candidato do PT, na disputa eleitoral para o governo do Estado. 

Acusando de "mensaleiros", o PSOL sempre rejeitou aliar-se aos petistas no Pará e fez de tudo para que o partido deixasse o governo do Estado, quando através de sindicatos fortes, como o SINTEPP, os militantes do partido fizeram uma oposição implacável ao governo Ana Júlia (PT) e esta não conseguiu se reeleger.

Em 2016, esse antagonismo ficou muito claro, quando o PSOL não aceitou formalizar o recebimento do apoio do PT e recebeu "seus" votos naturalmente. Mesmo com o apoio da maioria da militância petista, assim como de outros partidos que também disputaram o primeiro turno, como o PMDB, REDE e PCdoB, Edmilson Rodrigues acabou derrotado pela segunda vez por Zenaldo Coutinho. 

Tem mais, as maiores tendências do PSOL-PA não cogitam arriscar perder sua única cadeira em Brasília e Edmilson deve lutar para manter-se como deputado federal. A racionalidade tem sido tão considerada pelo partido, que até mesmo a vereadora Marinor Brito, que estava sendo cogitada para disputar um das duas vagas ao senado, hoje já pensa em disputar uma cadeira na ALEPA, onde teria mais chances, obviamente.

Há quem considere que Úrsula Vidal (REDE) seja um bom nome para unificar os partidos da esquerda paraense em torno de um projeto político mais progressista, mas ela precisaria percorrer o Estado, dialogar com prefeitos de diversos partidos, empresários e produtores rurais, assim como, com a diversidade de setores da sociedade paraense, que vão muito além dos ambientalistas e do metiê cult, que Úrsula é bem mais chegada e assídua. 

Em uma conversa com um empresário recém filiado ao partido, ele me confessou: "A REDE não tem estrutura financeira e nem pessoal para tocar uma campanha eleitoral com a envergadura necessária para um projeto tão ousado. Talvez, o melhor seja plantar o partido pelos municípios e arriscar uma ou duas vagas na ALEPA", concluiu o amigo que pediu para manter sua identidade reservada.

Outra coisa que merece ser considerada é que a conjuntura de hoje, pode ser totalmente diferente daqui há um ano, quando realmente consolidam-se as alianças e suas candidaturas. 

Com Lula como candidato a presidente, o PT restabelece sua força, mas pode afastar o PSOL e a REDE do seu palanque no Pará, haja vista que os dois partidos devem apresentar nomes para a disputa presidencial. Marina, por exemplo, mantém-se como forte candidata e não deve ser tão abalada pelos inquéritos que perturbam a vida de outros pré-candidatos.

Por isso, caros leitores, o anúncio de que o PT está dialogando com outros partidos, não significa que vá acabar em casamento. Diante de um quadro tão incerto, a única certeza é de que hoje o PMDB continua como o principal aliado dos petistas, mesmo que alguns queriam esconder, ou fingir que não sabem disso.

Para muitos petistas que não abrem mão de que o partido tenha candidatura própria, pode ser considerado até uma ofensa sugerir que o partido reveja sua desgastada pauta quase única de só pensar em eleições e retome sua relação com os movimentos sociais, para aí sim se recuperar das sucessivas derrotas que vem tendo no Estado, sobretudo nos municípios da RMB, como em Belém, onde o partido perdeu de forma vexatória, as duas últimas eleições, quando terminou com 3% (Alfredo Costa/2012) e (Regina Barata/2016) 1,5% dos votos válidos, respectivamente.

Faltando um ano para que as campanhas eleitorais comecem de fato, as condições práticas e reais apontam para outros nomes e partidos e quem tem acumulado força é um bloco formado pelo DEM, PTB, PSC, PP, PSD, PSB entre outros partidos, que hoje se mantém na base do governador Simão Jatene, mas se preparam para o desembarque inevitável e que pode eleger o seu sucessor, sem os nomes do PMDB e do PSDB, tal como aconteceu na polarização das eleições de 2014.

Não vou tecer comentários sobre o PSTU, PCB, PCO e PDT por desconhecer por completo suas pretensões. 

PT descarta PMDB e constrói aliança eleitoral com PSOL, REDE e PCdoB

Segundo o presidente estadual do PT-PA, as conversas entre os partidos estão sinalizando uma aliança para 2018. 

Por Diógenes Brandão

O deputado federal Beto Faro (PT-PA) desistiu de disputar o governo do Estado nas eleições de 2018 e disse que o PT tem força política para fazer com que Paulo Rocha e Zé Geraldo tenham condições de serem vitoriosos nas eleições de 2018.

Beto Faro também disse que o partido precisa investir mais na região metropolitana e lançou o nome de Evaldo Cunha, ex-prefeito de Ipixuna do Pará, como pré-candidato ao governo do Estado.

“O PT é assim, cheio de movimentos, cheio sempre de renovação e esperança”, disse João Batista, presidente do PT-PA, que também admitiu que está se formando uma aliança eleitoral para 2018, com o PSOL, Rede e PCdoB.

As falas foram feitas no Ato de Posse Coletiva dos diretórios municipais do PT de Ananindeua, Belém, Benevides, Marituba e Santa Izabel, além dos diretórios distritais de Belém, realizado na manhã deste domingo (02), na Câmara Municipal de Benevides, que embora tenha sido esvaziada, encheu de esperança os poucos petistas que participaram do evento.

MP pede quebra de sigilo bancário e fiscal do prefeito de Ananindeua

O blog recebeu o processo de número  0810605-68.2024.8.14.0000,  que tramita no Tribunal de Justiça do Esado do Pará e se encontra em sigilo...