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domingo, setembro 09, 2018

FGV: Facada não gerou comoção nem aumentou apoio a Bolsonaro. Ataque foi recebido com deboche e descrença

As discussões sobre o ataque também mencionam outros atores políticos, especialmente Lula.


Ataque com faca a Bolsonaro provoca mais de 1,4 milhão de menções no Twitter em 4 horas


Vídeos que mencionam o presidenciável tiveram 3,6 milhão de visualizações entre as 16h as 20h no Youtube; Os quatro atores políticos mais mencionados no debate sobre o ataque são da esquerda: Lula, Haddad, Boulos e Ciro.


Após o atentado com faca ao candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL) em Juiz de Fora (MG), o volume de referências a ele chegou a mais de 1,4 milhão, entre as 16h e as 20h desta quinta-feira (06). Entre as hashtags mais utilizadas nas postagens, destacam-se #forçabolsonaro (1,2%), #bolsonaropresidente17 (0,7%), #forcabolsonaro (0,6%), #bolsonaro (0,4%), #eleições2018 (0,4%) e #urgente (0,3%).



Vídeos do momento em que Bolsonaro recebe a facada também ganharam projeção nas redes minutos após o ataque ser noticiado. No Youtube, os vídeos com menções a Bolsonaro obtiveram 3,6 milhões de visualizações, 221.697 likes, 12.716 dislikes e  54.801 comentários em apenas 4 horas (das 16hs às 20hs desta quinta-feira).  

Pouco depois de a imprensa divulgar as primeiras notícias sobre o ataque, por volta das 16h30, o termo “facada” figurava nos Trending Topics do Brasil, de acordo com dados fornecidos pela API do Twitter e, portanto, sem um filtro de personalização como é exibido para usuários da plataforma. Às 18h, entre os dez termos mais mencionados no Brasil, quatro faziam referência ao episódio: violência (216 mil menções), arma (123 mil), Juiz de Fora (88 mil) e facada (83 mil).  

Até as 18h, o tópico Jair Bolsonaro esteve presente nos TTs de 12 países, chegando a um pico de 123 mil menções: Argentina, Chile, Vietnã, Porto Rico, México, Estados Unidos, Venezuela, Bahrein, Colômbia, Bielorússia, Reino Unido e Espanha. Argentina e Chile foram os primeiros países a terem entre os assuntos mais mencionados a referência ao nome do candidato.  

Trending Topics  

A análise sobre os termos mais mencionados no Brasil, entre 16h40 e 19h30, mostra ainda que após a divulgação do ataque passaram a ser utilizados no debate termos como “House of Cards”, em referências tanto às reviravoltas políticas da série da Netflix quanto ao protagonista que é baleado durante campanha presidencial, e “Kennedy”, em menções que relembram o atentado contra o presidente dos Estados Unidos John F. Kennedy e citam, em alguns casos, a liberação do porte de armas.



As discussões sobre o ataque também mencionam outros atores políticos, especialmente Lula. As principais menções sobre o ex-presidente no debate lembram o atentado sofrido por apoiadores do petista em março, e afirmam que a divisão entre direita e esquerda estaria adoecendo o Brasil. Neste sentido, citam outros eventos recentes envolvendo casos de violência na política, como o assassinato da vereadora Marielle Franco. Há, também, especulações sobre um possível envolvimento do PT no ataque a Bolsonaro. Tal afirmação, no entanto, é mais forte nas menções ao partido e a Fernando Haddad.  

Guilherme Boulos e o PSol aparecem associados à filiação do suspeito ao partido, em mensagens que trazem acusações à esquerda. A militância do acusado também aparece relacionada a Ciro Gomes, com publicações que afirmavam que o suspeito de ser o autor do ataque seria filiado ao PDT, informação que foi checada pela Agência Lupa — parceira da FGV DAPP na Sala de Democracia Digital #observa2018 — e considerada falsa. Entre as menções a Ciro Gomes, tiveram maior repercussão aquelas que trazem as declarações do candidato sobre o ataque a Bolsonaro.


Mapa de Interações  

A partir da análise de 259.438 retuítes coletados entre 17h e 18h30 desta sexta-feira (06) sobre o ataque a Bolsonaro, é possível observar que cinco grupos se formaram nas discussões.


Grupo laranja 

O maior grupo, com 43,4% dos perfis engajados no debate, une-se por questionar a veracidade do ataque. O principal tuíte do grupo classifica o ataque como uma “fake facada”. Os perfis também afirmam que o candidato pode ter planejado o próprio ataque e dizem temer que o caso facilite a sua eleição. Outras postagens se aproveitam da situação para criticar a pauta de porte de armas defendida por Bolsonaro e que, segundo os usuários, geraria atos de violências ainda piores do que a sofrida pelo candidato  Grupo azul Com 17% dos perfis em interação, o grupo demonstra solidariedade e apoio a Bolsonaro e culpa a esquerda pelo atentado. 

O suspeito de esfaquear o candidato é classificado pelo grupo como um “ativista comunista”. Os perfis também criticam a visão de que Bolsonaro teria “provocado” o ataque e demonstram preocupação com a atual conjuntura da política brasileira, uma vez que um atentado ao líder das pesquisas no primeiro turno é uma situação muito séria.  

Grupo verde 

O terceiro maior grupo agregou 11,8% dos perfis e demonstra extrema preocupação com a atual conjuntura política do país. Os perfis criticam veementemente aqueles que desejam a morte de Bolsonaro e comemoram o ataque. Para o grupo, este tipo de pessoa não se difere em nada do deputado federal. Um dos tuítes mais populares no grupo é do presidenciável João Amoedo, que classifica como inaceitável o ataque a Bolsonaro. Muitas postagens também comparam o ato com o ataque à caravana de Lula em março deste ano e enfatizam a ideia de que, independente da posição política, tais atitudes são inaceitáveis.  

Grupo rosa  

O grupo agregou 9,1% dos perfis em interação. Os principais tuítes são de candidatos à Presidência que criticam o ataque. No entanto, aparece também tuíte que relembra a falta de posicionamento de Bolsonaro sobre o assassinato de Marielle Franco, uma vez que sua opinião a respeito seria “polêmica demais”, segundo ele. Outro tuíte popular do grupo também classifica a facada como “fake”. Apesar disso, o grupo também apresenta postagens que apoiam a ideia de que o ataque deve ser recriminado independentemente do candidato ou da ideologia política defendida.  

Grupo azul claro 

Foi o grupo menos representativo em termos de perfis agregados (5,5%). O principal tuíte demonstra solidariedade a Bolsonaro a despeito de o autor não gostar do candidato, e diz esperar que o ataque faça o candidato repensar seu posicionamento sobre desarmamento, como também fazem outras postagens do grupo. Outro assunto popular no grupo foi que o ataque a Bolsonaro será responsável por sua eleição ao transformá-lo em um mártir.

sexta-feira, julho 07, 2017

Edsel: "O círculo é real, o Marco Civil é ficção"

O Marco Civil da Internet tão comemorado, durante uma árdua batalha entre a sociedade e as companhias telefônicas, no Brasil, virou lenda. 

Por Edsel Ferri, no Tribuna de Debates

O cineasta James Ponsoldt é o idealizador do filme “O Circulo”, que utiliza a ficção para fazer uma critica ao crescente monopólio das redes sociais. Esses canais digitais, além de invadir a privacidade das pessoas, as induzem a fazerem coisas, com o pretexto de ser para “o seu bem”, ou enquadrar-se em tipos socialmente aceitos.

Na vida real, o Facebook e o Google já ganham mais em anúncio do que todos os jornais e rádios juntos. Segundo o prestigiado site Bluebus, somados chegam a quase US$ 130 bilhões, por ano, sem esquecer que, ainda vendem seus dados de navegação e preferências de consumo ao mercado, em total desrespeito à privacidade e ao anonimato.

No caso do buscador, chegou a ser multado, recentemente, pela União Européia, por infringir as regras de antimonopólio; Facebook e Twitter não são diferentes, seus algoritmos são segredos de estado e mudam a todo o momento, dificultando a vida de quem utiliza essas ferramentas para distribuição de conteúdo.

Agrega-se tudo isso ao fato de que o Telegram, principal concorrente do Whattsapp, que pertence ao Facebook como o Instagram, vem sendo ameaçado de bloqueio, com o pretexto de ser a ferramenta utilizada pelos “terroristas”, haja vista sua impenetrabilidade ou melhor segurança e privacidade dos usuários.

Agora, vamos a tragédia anunciada à rede progressista no último dia 30/06 (e já sentido de forma amarga pelo movimento ativista de esquerda, que está assistindo as audiências de seus blogs despencarem). O Facebook de forma ilegal, arbitrária e com intuito comercial e de monopólio da distribuição acaba de catalogar como “spammer ” os perfis de ativistas que distribuem mais de 50 links por dia, links não anunciantes , claro; ou seja, de agora em diante seremos punidos por postar em quantidade no facebook, enquanto o poder econômico abusa de anúncios e “cordialidades” de Zuckerberg.

O editor, do influente blog Falando Verdades, desabafou que a audiência de sua página despencou de 100 para 10 mil views, em um único dia praticamente, inviabilizando os custos de manutenção da página. O futuro, que parece se desenhar para os blogs independentes, é o mesmo que ocorreu para as antigas páginas de memes, que se extinguiram, quando o facebook resolveu limitar o alcance de postagens baseadas em imagens (memes).

E o Marco Civil da Internet tão comemorado, durante uma árdua batalha entre a sociedade e as companhias telefônicas, no Brasil, virou lenda. Letra morta não aplicada, não fiscalizada, não garantista. Está ali, esperando para ser revogado por desuso e dar lugar a última fronteira do monopólio da narrativa: a franquia de dados.

Espera-se que o Ministério Público e o Congresso Nacional atentem-se a essa agressiva violação de direitos, em um momento tão efervescente da sociedade, e que sigam o exemplo da União Européia, penalizando pesadamente tais práticas.

*Edsel Ferri é Gremista, Ativista, Ayuhasqueiro e militante da paz e das causas humanitárias.

segunda-feira, agosto 19, 2013

Entender e fortalecer as redes sociais é imperativo para o PT, diz vice-presidente do partido

Alberto Cantalice, vice-presidente Nacional do PT. (Foto: Richard Casas/PT)
Por Alberto Cantalice, no Portal do PT.
 
A emergência e contemporaneidade das redes sociais faz com que as forças de esquerda brasileira, no geral, e em particular o Partido dos Trabalhadores (por ser a maior expressão desse ideário) se debrucem sobre o tema para entender esse novo paradigma da comunicação e da expressão em voga no mundo.
 
Acostumados ao discurso, ao panfleto, o carro de som e a velha escolástica, temos tomado um verdadeiro baile - para usar um mote futebolístico - dessas novas ferramentas.

A própria mídia tradicional (oligopolizada e cada vez mais parcial), vem aceleradamente buscando formas de se inserir nesses novos ares para poder, desesperadamente, também tentar “ditar as regras” e capturar a opinião pública que durante anos recebem seu “batalhão de informações” via jornais, rádios e TVs, sem que tivessem outra opção.

A velocidade de disseminação das informações, que tendem a cada vez mais se aprofundar; a democratização real, pois cada um a partir do seu computador pode criar e difundir qualquer tipo de ideia e convocação, faz com que o velho conservadorismo busque seu controle, para que se continue a prevalecer a lógica da mesmice e a trama brasileira de “mudar para que nada mude”.

Foram as “redes” que alavancaram o fim da blindagem do tucanato paulista no caso do Metrô e dos Trens. A mídia tradicional foi compelida a assumir no noticiário, graças ao “bombardeio” das redes sociais. Sem essa ação, o chamado TRENSALÃO, ficaria - como ficou - durantes anos nas brumas do esquecimento.

Urge para o Partido dos Trabalhadores, vítima sistemática da visão parcial e elitista transmitida diuturnamente pelos veículos de mídia tradicionais e até de campanhas sorrateiras nas redes sociais, buscar formas de, em rede, capilarizar com o apoio das estruturas do Partido, seus militantes e simpatizantes, sair do “cerco” que nos é imposto pelo status quo, buscando meios e modos de aumentar sua comunicação no mundo virtual.

Ao compreender a importância desse novo mecanismo, o Partido resolveu dinamizar suas ferramentas, principalmente o site (ou sítio), o twitter e o facebook do Partido objetivando aumentar a interação com a militância Petista e o conjunto de milhões de brasileiras e brasileiros que tem em nós um referencial de mudanças na vida política e social do País.

Ainda há muito caminho a percorrer. Entendo que as críticas que temos recebido de grande parte dos militantes decorre do fato, que reconhecemos verdadeiro, da excessiva burocratização e institucionalização das instâncias partidárias e de um certo “desleixo” com os movimentos sociais, que sempre foram e sempre serão a nossa espinha dorsal.

A crença nas novas formas de diálogo não substituirá a retomada das ruas. Foi nelas que o PT nasceu, cresceu e se tornou o principal partido de esquerda da América Latina. No entanto, não podemos vê-las como mero espaço da busca do voto nos períodos eleitorais. Não é isso que consta no nosso DNA. A rua, principalmente nas grandes cidades, é onde se busca pela via da reivindicação a melhoria das condições de vida porta à fora. Já que da porta para dentro, a vida tem melhorado principalmente com o adventos dos exitosos governos Lula e Dilma.

Não seria forçoso corroborar com as críticas que os chamados blogueiros progressistas e demais militantes virtuais fazem da excessiva concentração da propaganda oficial nas redes de mídias monopolistas. Concordamos que a democratização também se dê nos organismos oficiais dos governos.

A luta pela regulamentação dos artigos da Constituição que velam pela democratização dos meios de comunicação tem que ser regulamentados. Não cairemos na cantilena de que o que querem os setores progressistas é a censura. Censura no caso, é o estabelecimento forçoso do chamado “pensamento único” e a interdição pelo monopólio das grandes redes do pluralismo das ideias.

Viva a democracia. Viva as redes sociais!!!!

*Alberto Cantalice é vice-presidente Nacional do PT e recebeu lideranças petistas que atuam nas redes sociais no dia 23 de Julho na sede nacional do partido em Brasília-DF e estes lhe entregaram uma carta criticando a direção partidária e apontando soluções para o uso das redes sociais e da blogosfera na luta contra a manipulação da grande mídia e os adversários do PT.
 
Leia também:
Acostumados ao discurso, ao panfleto, o carro de som e a velha escolástica, temos tomado um verdadeiro baile - para usar um mote futebolístico - dessas novas ferramentas.
A própria mídia tradicional (oligopolizada e cada vez mais parcial), vem aceleradamente buscando formas de se inserir nesses novos ares para poder, desesperadamente, também tentar “ditar as regras” e capturar a opinião pública que durante anos recebem seu “batalhão de informações” via jornais, rádios e TVs, sem que tivessem outra opção.
A velocidade de disseminação das informações, que tendem a cada vez mais se aprofundar; a democratização real, pois cada um a partir do seu computador pode criar e difundir qualquer tipo de ideia e convocação, faz com que o velho conservadorismo busque seu controle, para que se continue a prevalecer a lógica da mesmice e a trama brasileira de “mudar para que nada mude”.
Foram as “redes” que alavancaram o fim da blindagem do tucanato paulista no caso do Metrô e dos Trens. A mídia tradicional foi compelida a assumir no noticiário, graças ao “bombardeio” das redes sociais. Sem essa ação, o chamado TRENSALÃO, ficaria - como ficou - durantes anos nas brumas do esquecimento.
Urge para o Partido dos Trabalhadores, vítima sistemática da visão parcial e elitista transmitida diuturnamente pelos veículos de mídia tradicionais e até de campanhas sorrateiras nas redes sociais, buscar formas de, em rede, capilarizar com o apoio das estruturas do Partido, seus militantes e simpatizantes, sair do “cerco” que nos é imposto pelo status quo, buscando meios e modos de aumentar sua comunicação no mundo virtual.
Ao compreender a importância desse novo mecanismo, o Partido resolveu dinamizar suas ferramentas, principalmente o site (ou sítio), o twitter e o facebook do Partido objetivando aumentar a interação com a militância Petista e o conjunto de milhões de brasileiras e brasileiros que tem em nós um referencial de mudanças na vida política e social do País.
Ainda há muito caminho a percorrer. Entendo que as críticas que temos recebido de grande parte dos militantes decorre do fato, que reconhecemos verdadeiro, da excessiva burocratização e institucionalização das instâncias partidárias e de um certo “desleixo” com os movimentos sociais, que sempre foram e sempre serão a nossa espinha dorsal.
A crença nas novas formas de diálogo não substituirá a retomada das ruas. Foi nelas que o PT nasceu, cresceu e se tornou o principal partido de esquerda da América Latina. No entanto, não podemos vê-las como mero espaço da busca do voto nos períodos eleitorais. Não é isso que consta no nosso DNA. A rua, principalmente nas grandes cidades, é onde se busca pela via da reivindicação a melhoria das condições de vida porta à fora. Já que da porta para dentro, a vida tem melhorado principalmente com o adventos dos exitosos governos Lula e Dilma.
Não seria forçoso corroborar com as críticas que os chamados blogueiros progressistas e demais militantes virtuais fazem da excessiva concentração da propaganda oficial nas redes de mídias monopolistas. Concordamos que a democratização também se dê nos organismos oficiais dos governos.
A luta pela regulamentação dos artigos da Constituição que velam pela democratização dos meios de comunicação tem que ser regulamentados. Não cairemos na cantilena de que o que querem os setores progressistas é a censura. Censura no caso, é o estabelecimento forçoso do chamado “pensamento único” e a interdição pelo monopólio das grandes redes do pluralismo das ideias.
Viva a democracia. Viva as redes sociais!!!!
*Alberto Cantalice é vice-presidente Nacional do PT
- See more at: http://www.pt.org.br/noticias/view/artigo_entender_e_fortalecer_as_redes_sociais_e_imperativo_para_o_pt_albert#sthash.ksSrK5Ym.IJI5ia9m.dpuf
Acostumados ao discurso, ao panfleto, o carro de som e a velha escolástica, temos tomado um verdadeiro baile - para usar um mote futebolístico - dessas novas ferramentas.
A própria mídia tradicional (oligopolizada e cada vez mais parcial), vem aceleradamente buscando formas de se inserir nesses novos ares para poder, desesperadamente, também tentar “ditar as regras” e capturar a opinião pública que durante anos recebem seu “batalhão de informações” via jornais, rádios e TVs, sem que tivessem outra opção.
A velocidade de disseminação das informações, que tendem a cada vez mais se aprofundar; a democratização real, pois cada um a partir do seu computador pode criar e difundir qualquer tipo de ideia e convocação, faz com que o velho conservadorismo busque seu controle, para que se continue a prevalecer a lógica da mesmice e a trama brasileira de “mudar para que nada mude”.
Foram as “redes” que alavancaram o fim da blindagem do tucanato paulista no caso do Metrô e dos Trens. A mídia tradicional foi compelida a assumir no noticiário, graças ao “bombardeio” das redes sociais. Sem essa ação, o chamado TRENSALÃO, ficaria - como ficou - durantes anos nas brumas do esquecimento.
Urge para o Partido dos Trabalhadores, vítima sistemática da visão parcial e elitista transmitida diuturnamente pelos veículos de mídia tradicionais e até de campanhas sorrateiras nas redes sociais, buscar formas de, em rede, capilarizar com o apoio das estruturas do Partido, seus militantes e simpatizantes, sair do “cerco” que nos é imposto pelo status quo, buscando meios e modos de aumentar sua comunicação no mundo virtual.
Ao compreender a importância desse novo mecanismo, o Partido resolveu dinamizar suas ferramentas, principalmente o site (ou sítio), o twitter e o facebook do Partido objetivando aumentar a interação com a militância Petista e o conjunto de milhões de brasileiras e brasileiros que tem em nós um referencial de mudanças na vida política e social do País.
Ainda há muito caminho a percorrer. Entendo que as críticas que temos recebido de grande parte dos militantes decorre do fato, que reconhecemos verdadeiro, da excessiva burocratização e institucionalização das instâncias partidárias e de um certo “desleixo” com os movimentos sociais, que sempre foram e sempre serão a nossa espinha dorsal.
A crença nas novas formas de diálogo não substituirá a retomada das ruas. Foi nelas que o PT nasceu, cresceu e se tornou o principal partido de esquerda da América Latina. No entanto, não podemos vê-las como mero espaço da busca do voto nos períodos eleitorais. Não é isso que consta no nosso DNA. A rua, principalmente nas grandes cidades, é onde se busca pela via da reivindicação a melhoria das condições de vida porta à fora. Já que da porta para dentro, a vida tem melhorado principalmente com o adventos dos exitosos governos Lula e Dilma.
Não seria forçoso corroborar com as críticas que os chamados blogueiros progressistas e demais militantes virtuais fazem da excessiva concentração da propaganda oficial nas redes de mídias monopolistas. Concordamos que a democratização também se dê nos organismos oficiais dos governos.
A luta pela regulamentação dos artigos da Constituição que velam pela democratização dos meios de comunicação tem que ser regulamentados. Não cairemos na cantilena de que o que querem os setores progressistas é a censura. Censura no caso, é o estabelecimento forçoso do chamado “pensamento único” e a interdição pelo monopólio das grandes redes do pluralismo das ideias.
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A velocidade de disseminação das informações, que tendem a cada vez mais se aprofundar; a democratização real, pois cada um a partir do seu computador pode criar e difundir qualquer tipo de ideia e convocação, faz com que o velho conservadorismo busque seu controle, para que se continue a prevalecer a lógica da mesmice e a trama brasileira de “mudar para que nada mude”.
Foram as “redes” que alavancaram o fim da blindagem do tucanato paulista no caso do Metrô e dos Trens. A mídia tradicional foi compelida a assumir no noticiário, graças ao “bombardeio” das redes sociais. Sem essa ação, o chamado TRENSALÃO, ficaria - como ficou - durantes anos nas brumas do esquecimento.
Urge para o Partido dos Trabalhadores, vítima sistemática da visão parcial e elitista transmitida diuturnamente pelos veículos de mídia tradicionais e até de campanhas sorrateiras nas redes sociais, buscar formas de, em rede, capilarizar com o apoio das estruturas do Partido, seus militantes e simpatizantes, sair do “cerco” que nos é imposto pelo status quo, buscando meios e modos de aumentar sua comunicação no mundo virtual.
Ao compreender a importância desse novo mecanismo, o Partido resolveu dinamizar suas ferramentas, principalmente o site (ou sítio), o twitter e o facebook do Partido objetivando aumentar a interação com a militância Petista e o conjunto de milhões de brasileiras e brasileiros que tem em nós um referencial de mudanças na vida política e social do País.
Ainda há muito caminho a percorrer. Entendo que as críticas que temos recebido de grande parte dos militantes decorre do fato, que reconhecemos verdadeiro, da excessiva burocratização e institucionalização das instâncias partidárias e de um certo “desleixo” com os movimentos sociais, que sempre foram e sempre serão a nossa espinha dorsal.
A crença nas novas formas de diálogo não substituirá a retomada das ruas. Foi nelas que o PT nasceu, cresceu e se tornou o principal partido de esquerda da América Latina. No entanto, não podemos vê-las como mero espaço da busca do voto nos períodos eleitorais. Não é isso que consta no nosso DNA. A rua, principalmente nas grandes cidades, é onde se busca pela via da reivindicação a melhoria das condições de vida porta à fora. Já que da porta para dentro, a vida tem melhorado principalmente com o adventos dos exitosos governos Lula e Dilma.
Não seria forçoso corroborar com as críticas que os chamados blogueiros progressistas e demais militantes virtuais fazem da excessiva concentração da propaganda oficial nas redes de mídias monopolistas. Concordamos que a democratização também se dê nos organismos oficiais dos governos.
A luta pela regulamentação dos artigos da Constituição que velam pela democratização dos meios de comunicação tem que ser regulamentados. Não cairemos na cantilena de que o que querem os setores progressistas é a censura. Censura no caso, é o estabelecimento forçoso do chamado “pensamento único” e a interdição pelo monopólio das grandes redes do pluralismo das ideias.
Viva a democracia. Viva as redes sociais!!!!
*Alberto Cantalice é vice-presidente Nacional do PT
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quinta-feira, julho 25, 2013

O que os jornalistas pensam sobre a revolução digital

No Mídia8
 
O que os jornalistas pensam sobre revolução digital? O 6° estudo sobre jornalismo digital da Oriella buscou entender como a revolução digital transformou o mundos dos media. Não apenas do ponto de vista da audiência, mas também do ponto de vista de quem continua contando histórias: os jornalistas. Abaixo tentei dissecar as informações contidas no infográfico separando ponto por ponto.

Primeiro, o que os jornalistas pensam sobre o futuro do jornalismo.


  • Retorno publicitário: De forma geral, os jornalistas acreditam que a revolução digital aumentará os investimentos publicitários. Imagino eu que por conta da pluralidade de plataformas. Apenas os europeus se mostraram mais céticos e apostam em um declínio nos próximos anos;
  • Audiência: Neste quesito, os jornalistas são unânimes. A audiência tende a crescer muito nos próximos anos;
  • Redações jornalísticas: Os jornalistas de todo o mundo também concordam com a crença de que o tamanho das redações e o número de funcionários trabalhando irá diminuir sensivelmente nos próximos anos.

Para mim, há uma paradoxo nestes pontos. Como pode ser possível o crescimento do retorno publicitário e a redução das equipes? Hoje estamos assistindo o enxugamento das redações e as justificativas são sempre ligadas aos inputs financeiros nos veículos jornalísticos. O crescimento da audiência, por outro lado, não garante mais receita para um jornal. Junto com o crescimento da audiência, cresce também o número de veículos e plataformas. A audiência está mais difusa e especializada.


quarta-feira, julho 24, 2013

Estudo das redes socias revela dados sobre apoiadores e detratores de Dilma

Levantamento analisou 272.264 citações à presidenta entre os dias 11 e 16 de junho no Facebook e no Twitter

Da Redação da Revista Fórum.

A Interagentes, empresa parceira da Publisher Brasil em análise e monitoramento de redes, divulgou mais um estudo no qual foram analisadas mensagens que fizeram referência à presidenta Dilma Rousseff. A análise considerou as maiores autoridades no Facebook e no Twitter, aqueles perfis ou páginas que têm mais compartilhamentos, e mostra os 10 principais críticos e os 10 que mais apoiam o governo.

Confira a íntegra do estudo abaixo:

DILMA NAS REDES: A DISPUTA POLÍTICA NO CIBERESPAÇO

Introdução

As manifestações do mês de junho trouxeram novos e poderosos sujeitos ao cenário político brasileiro. As redes sociais foram o terreno de emergência desses atores que rivalizaram e disputaram a condução dos fatos com a velha mídia e com os partidos. Observando o Facebook, rede social que tem ganhado protagonismo nas mobilizações on-line, encontramos páginas de viés político (porém não claramente partidário) como ‘nós’ privilegiados no debate. Seus posicionamentos alcançam repercussão e mostraram capacidade de mobilização da opinião pública presente nas redes. Estes perfis saíram fortalecidos das manifestações do mês de junho e consolidaram seu papel enquanto autoridades no debate político das redes.

No Facebook, onde a presença destes novos atores têm maior relevância, o quadro geral é complexo e o cenário, bastante fragmentado. Muitos são os atores, muitas as suas linhas de argumentação, muitos são os chamados para a indignação diante de alguma realidade apresentada como inaceitável, todos eles à espera 
de alguma adesão.

Em relação à presidenta Dilma Rousseff, desde as manifestações de junho, estes novos atores, de um modo geral, têm engrossado o corpo das posições de oposição ao governo federal nas redes sociais. Partindo de grupos não necessariamente ligados a partidos políticos, as críticas à presidenta Dilma têm se multiplicado nesta rede.

No Twitter, universo mais restrito em número de cidadãos que é capaz de conectar, ainda que tenhamos encontrado um padrão relativamente disperso, o que vimos foi uma densa rede de conversações com a presença de grupos fortemente conectados. O padrão de conexão dos atores indica a existência de ao menos dois grupos relevantes de oposição à presidenta Dilma. O  quadro geral do Twitter  é sem dúvidas menos fragmentado que o do Facebook.

Metodologia

As buscas desta pesquisa foram realizadas no Facebook e Twitter e visaram obter as citações públicas à presidenta Dilma.

O período aqui analisado compreende do dia 11 ao dia 16 de julho. Os dados coletados foram processados para analisar o compartilhamento de publicações. A análise dos compartilhamentos é rica em significação, sendo capaz de detectar e investigar mensagens que circularam pelas redes publicadas por agentes com alto capital social, ou seja, com potencial para interferir na formação da opinião pública. A análise destas mensagens permite ainda conhecer as maiores autoridades da rede.

A métrica autoridade estima o valor do conteúdo de cada página ou nó a partir do número de compartilhamentos de suas postagens. Perfis com postagens muito compartilhadas tendem a ter alto valor de autoridade.

A análise baseou-se na teoria dos grafos. Um grafo é representado por um conjunto de pontos ou nós chamados de vértices que são ligados por retas, denominadas arestas. Para efeito dessa pesquisa, a página ou perfil (no Facebook ou Twitter) é um vértice ou nó. A ligação entre perfis ou páginas se dá pelas arestas e representa o compartilhamento de uma postagem. A grosso modo, um perfil com grande confluência de arestas é relativamente mais importante que outro que possui menos arestas atraídas para si.

Na análise da rede de comentários aplicamos algoritmos de modularidade que permitem decompor a rede complexa em comunidades modulares (ou sub-redes), o que, do ponto de vista do compartilhamento de seus conteúdos, possibilita detectar grupos de atores que apresentaram fortes semelhanças entre si.

O grafo da rede de compartilhamentos do Facebook apresentou 44.223 vértices e 41.197 arestas. Para a detecção de comunidades usamos o algoritmo de modularidade em resolução 2,782, o que resultou em 6.498 comunidades.

No Twitter, o grafo de compartilhamento de mensagens apresenta 32.851 vértices e 48.118 arestas. A detecção de comunidades se deu com o algoritmo de modularidade em resolução 1,728, resultando em 2.665 comunidades.

Dados Gerais

Entre os dias 11 e 16 de julho a #InterAgentes mapeou citações públicas à presidenta Dilma no Twitter e no Facebook. Neste período nossas buscas retornaram um total de 272.264 mensagens, sendo 139.967 do Facebook e 132.297 do Twitter. É importante recordar que a presidenta Dilma realizou o pronunciamento com 5 pactos nacionais na segunda-feira, dia 24 de junho, quando lançou a proposta de plebiscito, tentando retomar a iniciativa política.

O pico de movimentação na rede foi por volta de 11h do dia 11 de julho, atingindo 5.349 mensagens nesta faixa de horário. Neste exato momento aconteciam as manifestações do Dia Nacional de Lutas, mobilização chamada em todo o Brasil, com forte presença das centrais sindicais. A pauta ‘Dilma’ estava quente nas redes.

Twitter

A rede de citações à presidenta Dilma no Twitter foi densa, apresentando padrão intenso de interações. Foram coletadas 132.297 mensagens provenientes de 57.204 autores distintos. Neste universo encontramos desde atores muito engajados em detratar ou em defender a presidenta, até autores de comentários e críticas eventuais. A média de mensagens por perfil e a dispersão representada no grafo indicam um padrão relativamente distribuído de compartilhamentos: Muitos perfis estiveram envolvidos no compartilhamento de posts provenientes de fontes diferentes.
Dilma – Uso de #hashtags


O uso de hashtags revela considerável mobilização para a #OpSeteDeSetembro. Trata-se de um evento agendado a partir do Facebook e que autointitula-se “o maior protesto da história do Brasil”. Sem pauta específica, o evento pretende aproveitar a data comemorativa da Independência para a realização de uma grande manifestação. A pauta genérica da ‘corrupção’ tende a ganhar importância. Núcleos estão sendo articulados em grupos por cidades. O evento tem o apoio de diversas páginas (de Facebook) influentes nos protestos do mês de junho. Atualmente o evento (centralizado) do Facebook conta com mais de 240 mil confirmações de participação.

Chamam a atenção também as hashtags #ForaForo e #FFAAJA. A primeira é uma referência explícita à recusa do “Foro de São Paulo”. A crítica ao Foro de São Paulo tem ganhado espaço e vem sendo pautada por alguns grupos, inclusive de extrema direita.

A hashtag #FFAAja é ainda mais explícita, pede a intervenção das forças armadas para enfrentar ‘a atual crise nacional’ com fins de ‘restauração da ordem’. Campanhas têm surgido neste sentido, associando partidos como PT, PDT, PCdoB, PCB, PPS, PSTU, PMDB e apoiadores do governo a uma conspiração contra o Brasil. São discursos que encontram eco na extrema direita.

Twitter – Grafo de compartilhamentos

Dilma – Twitter – Grafo de compartilhamentos

O padrão geral das conversações aponta para uma densa rede de conexões, com atores fortemente conectados na área central do grafo. É alí onde concentram-se os atores mais intensamente conectados ao debate público envolvendo a presidenta Dilma Rousseff. O padrão de conexão desses atores indica a existência de alguns grupos relevantes.

Destacam-se quatro. Grosso modo, eles representam:

1. Grupo amarelo – Forte presença de perfis da imprensa.

2. Grupo azul – Forte presença de oposição à Dilma, pautada por valores conservadores.


3. Grupo verde – Forte presença de posições de oposição à Dilma, pautada sobretudo por defesa de minorias.

4. Grupo vermelho – Forte presença de posições de apoio à presidenta Dilma.

Twitter – Dilma – Grafo de Compartilhamentos – Detalhe


Twitter – Grupo Amarelo

Traz sobretudo perfis associados a veículos de mídia. Os perfis deste grupo tiveram suas postagens compartilhadas por atores diversos. O perfil @Estadao teve posição de destaque, seguido de perto pelo @JornalOGlobo. Estes veículos tiveram suas postagens compartilhadas por diferentes grupos, por vezes com comentários sobre a posição ideológica do próprio veículo.

Pelo padrão de compartilhamento de seus posts o perfil @diImabr (Dilma Bolada) foi alocado neste grupo.
Abaixo a tabela com as 10 autoridades mais relevantes deste grupo (contendo link para a mensagem mais significativa de cada perfil):

autoridades

Twitter – Grupo Azul

Caracterizou-se como um grupo com padrão semelhante de compartilhamento de mensagens. Entre os temas em destaque encontram-se questões relacionadas à saúde, com particular destaque para posições da ‘classe médica’ frente às propostas do governo federal. São dignas de menção ainda, neste grupo, críticas às prioridades do governo federal, críticas aos investimentos na Copa do Mundo, cobranças pelo que se entende por ‘promessas não cumpridas’ pela presidenta e questões de mobilidade urbana. Voltam a aparecer entre as mensagens deste grupo, associações da imagem de Dilma ao ‘terrorismo’ e ao ‘comunismo’. Ainda neste grupo encontraram-se críticas sobre o envolvimento das centrais sindicais nas manifestações do Dia Nacional de Lutas, ocorrida dia 11.

Roberto Feire encabeçou a lista de autoridades deste grupo.

Twitter – Dilma – Grafo de Compartilhamentos – Grupo azul


Abaixo a tabela com as 10 autoridades mais relevantes deste grupo (contendo link para a mensagem mais significativa de cada perfil):

autoridades

Twitter – Grupo Verde

Este grupo caracterizou-se como outra rede de compartilhamentos de forte oposição à Dilma. Porém, diferentemente do grupo azul, a críticas à presidenta Dilma são feitas a partir de uma perspectiva de afirmação do direito de minorias. Entre os temas centrais estão a defesa da causa indígena frente ao que se caracteriza como ‘desenvolvimentismo’ e frente aos interesses ruralistas e a defesa de temas considerados progressistas frente a pressão da bancada evangélica. O veto parcial da PL do Ato Médico foi o único tema a constar nesse grupo de maneira positiva à presidenta Dilma.

Twitter – Dilma – Grafo de Compartilhamentos – Grupo verde
Abaixo a tabela com as 10 autoridades mais relevantes deste grupo (contendo link para a mensagem mais significativa de cada perfil):


Twitter – Grupo Vermelho

Este grupo caracterizou-se pela defesa das posições da presidenta Dilma. Ganharam destaque temas como a reforma política, o plebiscito, a sanção do ato médico com vetos, temas relacionados à democratização dos meios de comunicações, a destinação de royalties do petróleo para a educação e a repercussão das pesquisas de opinião sobre a popularidade da presidenta e sobre a aprovação do Governo Federal. Uma abordagem comum tendia a elogiar a coragem de posturas assumidas pela presidenta, porém ressaltando a dificuldade interna (seja com sua base aliada, seja na câmara) para levar adiante suas propostas. Neste sentido, o plebiscito e a reforma política ganharam destaque.

Perfis como @cartacapital e @brasil247, pela abordagem de suas matérias, foram muito compartilhadas por este grupo. Posicionamentos do senador Roberto Requião em defesa das posições de Dilma em relação ao ato médico ganharam destaque.

Twitter – Dilma – Grafo de Compartilhamentos – Grupo vermelho

Abaixo a tabela com as 10 autoridades mais relevantes deste grupo (contendo link para a mensagem mais significativa de cada perfil):

autoridades

Facebook

No período analisado (entre 11 e 16 de julho) foram coletadas 139.967 mensagens no Facebook, provenientes de 103.630 autores diferentes. A baixa média de mensagens por pessoa e a dispersão resultante do grafo de análise de compartilhamentos indica um padrão bastante distribuído de conversações sobre Dilma Rousseff. Em comparação com o Twitter nota-se que, ainda que o número total de mensagens no período seja razoavelmente equivalente nas duas redes (139.967 no Facebook e 132.297 no Twitter), o número de perfis envolvidos praticamente dobra (57.204 no Twitter contra 103.630 no Facebook). Isso indica um padrão de conversação ainda mais disperso no Facebook, com muito mais atores envolvidos no compartilhamento de posts provenientes de muitas fontes diferentes, aumentando o número de cidadãos e cidadãs que vieram às redes expressar suas opiniões e críticas a respeito da presidenta Dilma. Aqui, como no Twitter, encontramos desde atores muito engajados em detratar ou em defender a presidenta, até autores de comentários e críticas eventuais. Porém aqui, mais que no Twitter, a tendência é termos mais páginas e menos perfis como ‘nós‘ fortes de autoridade.

Facebook – Grafo de Compartilhamentos

Facebook – Dilma – Grafo de compartilhamentos


Ainda que enormemente dispersa, a análise de modularidade da rede permitiu detectar grupos de atores com fortes relações de semelhança entre si.

Utilizando algoritmo de modularidade em resolução 2,782, foram detectadas  6.498 comunidades (ou sub-redes). Destas, seis delas se destacam. Todas as outras apresentaram abaixo de 2% de representatividade. Somadas, estes seis maiores grupos representam 35% dos compartilhamentos mapeados. Um posterior agrupamento destes seis grupos resultou no quadro que segue:

1. Grupo Amarelo - Grupo marcado por forte presença de veículos de imprensa. Outras páginas de padrão de compartilhamento semelhante foram agrupadas aqui.

2. Grupo Azul

Subgrupo Azul 1 – Forte presença de posição abertamente contrária à presidenta e ao Partido dos Trabalhadores.

Subgrupo Azul 2 - Do ponto de vista dos conteúdos, este grupo é muito semelhante ao anterior, porém com um peso menor de ‘anti-petismo’. De um modo geral grupo fortemente opositor à presidenta.

Subgrupo Azul 3 - Forte presença de perfis e páginas que despontaram como autoridades relevantes nas manifestações de junho. De um modo geral são críticos à presidenta.

Subgrupo Azul 4 - Forte presença de temáticas relacionadas à Saúde. De um modo geral, compartilhados de maneira crítica à presidenta

3. Grupo Vermelho - Rede de compartilhamento com forte presença de simpatizantes e apoiadores da presidenta.

Facebook – Grupo Amarelo

Grupo caracterizado pela presença de grandes veículos de mídia. As mensagens compartilhadas por este grupo tenderam a ser compartilhadas por grupos diversos. Entre as autoridades mais relevantes deste grupo destacaram-se a página do Estadão (no Facebook) e a da Folha de São Paulo. A página da Revista Veja, abaixo, também merece menção. Essas páginas apresentaram padrão de compartilhamento como fontes de informação, alimentando debates. Porém não raras vezes a legitimidade destes veículos foi colocada em questão e suas pautas acusadas de ocultar interesses privados.

Outras páginas com padrão de compartilhamento semelhante também foram alocadas neste grupo.

Facebook – Grupo Azul

O grupo azul é resultado do agrupamento de quatro subgrupos com padrão muito semelhante de compartilhamentos.

A grosso modo, o Subgrupo Azul 1 concentra clara tendência anti-petista.  Do ponto de vista dos conteúdos publicados, o Subgrupo Azul 2 se parece muito com o primeiro. Já o Subgrupo Azul 3 concentra grande parte dos perfis que despontaram como autoridade nas manifestações de junho. Nos subgrupos 2 e 3 encontramos também a presença de ‘nós’ pobres da rede na posição de autoridades. Estes perfis ganharam relevância não pela autoridade que trazem, mas por terem postado conteúdos que se espalharam com algum padrão de viralidade.

Destacamos ainda o Subgrupo Azul 4 que, ainda que seja o menor dos grupos aqui destacados, apresentou-se como uma rede de compartilhamentos com temática ‘saúde‘ fortemente centralizada.

Facebook – Dilma – Grafo de compartilhamentos – Subgrupos Azuis


Todos esses subgrupos apresentaram, nas redes sociais, posições fortemente contrárias ao governo federal.

Ainda que as críticas versem sobre muitos assuntos, algumas temáticas comuns agregam grande parte dos conteúdos compartilhados. Estão entre elas: No quesito ‘saúde‘ destacam-se críticas à situação dos Postos de Saúde e ao que se entende por ‘condições precárias’ dos hospitais públicos. A proposta de vinda de médicos cubanos também alimentou algumas teorias sobre o aparelhamento petista do Estado.

A alusão ao tema ‘corrupção’ é bastante recorrente, não raro associado à bandeiras anti-petistas. Também constaram críticas à proposta de reforma política e ao Dia Nacional de Lutas. Grupos de extrema direita fizeram alguns chamados à intervenção das forças armadas.

Questionamentos sobre as prioridades do governo federal também são recorrentes. É comum encontramos comentários comparando, por exemplo, o investimento na Copa com o investimento em outras áreas, como saúde ou saneamento. Também são alvo de críticas o tamanho da máquina do Estado e a ‘enorme quantidade de ministérios’. Ainda são dignas de menção as questões suscitadas pela proposta de Plebiscito. 

Neste período, no entanto, as polêmicas acerca do Pacto da Saúde e do Ato Médico ganharam relevância.
Abaixo relacionaremos a tabela com as 10 autoridades mais relevantes de cada subgrupo (contendo link para a mensagem mais significativa de cada perfil):

Facebook – Subgrupo Azul 1


Facebook – Subgrupo Azul 2
autoridade
 

Facebook – Subgrupo Azul 3
autoridade
 

Facebook – Subgrupo Azul 4
autoridade

Facebook – Grupo Vermelho

Caracterizou-se como um grupo com padrão semelhante de compartilhamento de mensagens. De um modo geral as páginas compartilhadas por este grupo tenderam a formar uma base de apoio à presidenta Dilma.
Foram temas recorrentes das postagens desse grupo as repercussões das pesquisas segundo as quais Dilma, embora tenha perdido popularidade, mantém-se líder na preferência do eleitorado. Destacaram-se também os apoios recebidos pelo veto parcial ao PL do Ato Médico. Neste grupo encontramos também comentários que elogiam as propostas da presidenta porém destacam as dificuldades que o Poder Executivo tem tido em encaminhá-las. A rejeição no Senado e na Câmara de algumas propostas da presidenta neste último período foi foco de críticas. Ainda em destaque neste grupo encontramos repercussões positivas sobre o Programa Mais Médicos.

Abaixo a tabela com as 10 autoridades mais relevantes deste grupo (contendo link para a mensagem mais significativa de cada perfil).

Uma nota: Fernando Rodrigues que consta na lista abaixo é um homônimo do conhecido jornalista brasileiro.
Facebook – Dilma – Grafo de compartilhamentos – Grupo Vermelho


Abaixo a tabela com as 10 autoridades mais relevantes deste grupo (contendo link para a mensagem mais significativa de cada perfil).

Uma nota: Fernando Rodrigues que consta na lista abaixo é homônimo do conhecido jornalista brasileiro.


Conclusão

Em ambas as redes podemos detectar grupos de semelhança que revelam redes de compartilhamento de conteúdo. No Twitter, pelo perfil de uso da rede e provavelmente pelo seu universo mais restrito, estes grupos são mais bem definidos, com seus atores fortemente conectados entre si. Já no Facebook, as conversações sobre a Presidenta Dilma envolvem um número muito maior de atores. Ao mesmo tempo, a rede de conexão entre estes atores é menos densa.

A análise de modularidade da rede, que permite decompor o cenário em coletivos que se articulam, precisa ser melhor aprofundada. Em um primeiro momento, aparentemente a batalha pelo convencimento dos cidadãos-conectados é mais ampla, dispersa e indefinida no Facebook. No Twitter, há ‘nós‘ consolidados de embate e seguidores que replicam suas mensagens como se fossem munição em um combate em que o importante é destruir os argumentos do “inimigo”.

Uma característica interessante destas redes complexas é que podemos assistir a emergência ‘nós pobres‘ como autoridades instantâneas. Esse fenômeno pode indicar que coisas importantes podem nascer nas periferias das redes. Elas não necessariamente partem de centros privilegiados, antes disso, os próprios centros é que parecem emergir da topografia das redes, das fortes conexões sociais entre seus atores.
Cada vez mais é evidente que as conversações políticas nas redes nem sempre “são voltadas ao entendimento”, nem por isso, deixam de ser importantes para o convencimento e para a construção de imagens sobre o país e sobre quem disputa o poder de Estado.

Antonio Arles, Sérgio Amadeu da Silveira e Tiago Pimentel
#interagentes

quarta-feira, novembro 02, 2011

Oficina de Redes Sociais "Militância e Ativismo"


Depois do sucesso da primeira, neste sábado será novamente realizada a Oficina de Redes Sociais "Ativismo e Militância na Internet" na sede do PT-PA, das 09h às 13h.

Cada participante poderá de forma prática, criar e/ou utilizar melhor as redes sociais mais importantes e populares, passando a descobrir seus recursos e ferramentas disponíveis.

Organizações Não-governamentais, Entidades Sindicais e Populares, Assessorias de mandatos parlamentares, militantes político-partidários, todos estão convidados à ingressarem em nosso ciclo de oficinas.

Confirme sua presença, reserve sua vaga e junte-se aos protagonistas e militantes das redes sociais!

Data: 05/11/2011. (Sábado)


Horário: 09h às 13h.

Local: Sede do PT-PA.

Investimento de R$ 50,00  

Obs: Sugerimos que cada participante leve seu notebook/Laptop ou Tablet, no local a internet sem fio estará disponível.


Contatos: Tim: 8174-5995 / Oi: 8822-0474 / Vivo: 9200-0638 / Claro: 8481-9477.

terça-feira, outubro 25, 2011

Lute, mas cuidado!



"Quem luta com monstros deve velar por que, ao fazê-lo, não se transforme também em monstro. E se tu olhares, durante muito tempo, para um abismo, o abismo também olha para dentro de ti."

Friedrich Nietzsche

Você já tem twitter? 

Eu também tenho. 

Que tal clicar e me seguir?

@JimmyNight

segunda-feira, setembro 19, 2011

Twitter, Facebook e o povo na rua

CTRL+C / CTRL+V do sempre atento blog do Miro

Por Jung Mo Sung, no sítio da Adital:

Um novo fenômeno social está se consolidando em diversas partes do mundo: a convocação de mobilizações e protestos sociais a partir do uso de redes sociais da internet. Em alguns países, essas manifestações levaram a conseqüências políticas mais sérias, em outros não. Mas, ninguém pode negar que estamos presenciando um novo tipo de fenômeno social.



No último dia 7 de setembro, por ex., os noticiários brasileiros deram destaques a diversas manifestações contra a corrupção no Brasil. Sem entrar em discussão aqui sobre o problema da corrupção no Brasil –que não é só culpa ou responsabilidade dos políticos, pois há corruptores da área privada– ou da democracia nos países árabes, eu quero focar a atenção sobre esta novidade de manifestações sociais mais ou menos espontâneas através do uso de redes sociais.


Uma das características desses movimentos é que não há um líder carismático ou político visível, nem um partido ou um grupo político dirigindo por detrás dessas manifestações. As redes sociais, como facebook ou twitter, permitem que insatisfações sociais dispersas se articulem de uma forma mais ou menos "espontânea”, como um vírus que se espalha e se multiplica aproveitando dessa insatisfação.

Diante dessa realidade social nova, há muitos que proclamam que a era da política ou das articulações políticas já passou e que vivemos agora o tempo das mobilizações sociais que prescindiriam do campo político para gerar transformações sociais ou para criar uma sociedade alternativa. No fundo, a nova tecnologia possibilitaria o sonho antigo de uma sociedade sem política, isto é uma sociedade sem Estado: uma sociedade anarquista.

O interessante é que a ideologia ainda dominante no mundo, o neoliberalismo, é também uma proposta de uma sociedade sem Estado, ou com o mínimo de Estado necessário; utopia de uma sociedade baseada somente nas relações de mercado. Parece que muitos procuram uma alternativa à globalização neoliberal sem romper com o mesmo princípio: o fim do Estado; e veem nessas mobilizações descentralizadas o caminho para nova sociedade.

O problema é que uma sociedade alternativa não pode ser pensada como um movimento perpétuo, sem institucionalizações ou regras que estabeleçam uma "normalidade”. Penso aqui a normalidade no duplo sentido: a) no sentido de normal, isto é, de procedimentos e hábitos que realizamos sem ter que pensar a cada momento; b) no de normas, de regras, que fazem todos aceitarem os mesmos limites dentro dos quais a liberdade é exercida na relação cotidiana com outras pessoas e com a sociedade.

É claro que essas mobilizações sociais contra a corrupção, que se tornou endêmica ao nosso sistema político, são importantes e constituem um bom sinal. Mas, não podemos esquecer que essas mobilizações precisam impactar e influenciar o campo político, sem deixar de ser cooptado por este. Pois, sem novas regras e procedimentos políticos e novas leis, não é possível realizar mudanças estruturais na sociedade; muito menos criar um novo patamar, eticamente superior, de "normalidade” na vida pública.

Protestar e resistir são momentos importantes, mas não são suficientes. É preciso também pensar nos passos seguintes de ação política e social visando criação de uma nova institucionalidade eticamente superior, socialmente mais justo e politicamente mais democrático.

MP pede quebra de sigilo bancário e fiscal do prefeito de Ananindeua

O blog recebeu o processo de número  0810605-68.2024.8.14.0000,  que tramita no Tribunal de Justiça do Esado do Pará e se encontra em sigilo...