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sexta-feira, abril 16, 2021

Ex-camelô comenta sobre a foto do ambulante que viralizou nas redes sociais

A foto do ambulante que agradeceu por seu filho ter conseguido passar no curso de Educação Física da UFPA.


Por Diógenes Brandão

Em um artigo contundente, o mestre em Ciência Política e ex-vendedor ambulante, Rubens Alves - também conhecido por Rubens Camelô - chama a atenção para a invisibilidade perante a sociedade, a marginalização da categoria pelo poder público e a falta de solidariedade e apoio, quando estes são retirados das ruas, por agentes públicos. 

O texto é um tapa na cara de muitos que hoje usam as redes sociais para se dizerem emocionados, mas que no dia-a-dia ignoram a dignidade de diversos pais de família que labutam pelas ruas das cidades, em busca do pão nosso de cada dia e além das dificuldades, limitações, falta de direitos, planos de saúde e até de uma aposentadoria, ainda têm que enfrentar a polícia e a guarda municipal.

Leia o artigo e se gostar, compartilhe!

O Feliz Incômodo – Por Rubens Alves

Já faz algumas horas que vejo com muita alegria, carinho e emoção essa foto. Memórias internas saltam aos meus olhos por meio de lágrimas!

O mérito é do aluno. O filho do ambulante que fez milhares de renúncias para acolher uma escolha única!

O mérito é do pai, da mãe e de outros familiares não citados, que provavelmente existam. Esses familiares também fizeram renúncias para dar total apoio a esse guerreiro, que venceu mais essa batalha!

O feliz Incômodo surge com a postura elogiosa isolada da sociedade!

O trabalhador do mercado informal da região metropolitana sofre com a “marginalização” imposta pela sociedade, sofre pelo descaso dos poderes executivo municipal, estadual e, até mesmo, federal.

Inclusive, o executivo se presta a ser aliado de primeira ordem aos CDL’s da vida em busca de base legal para “limpar” as calçadas das cidades. (Não estou me referindo a nenhum governo específico, Edmilson tem 100 dias, apenas!).

Então, você que curtiu e está fazendo sei lá o quê com essa foto e postagem, não deixe de lembrar dela.

Isso, caro leitor, não esqueça dessa foto do aluno (calouro da UFPA) de Educação Física, da sua postagem aí nas suas redes sociais (Facebook, Instagram e etc.), quando você ver outra postagem relatando o conflito entre os Camelôs (informais) e a prefeitura, beleza? (Porque sei que você vai se olhar no espelho e refletir o quanto poderia ter emitido sua opinião em defesa desses trabalhadores e não a fez ou fez?)

Engraçado que não vejo postagem na mesma proporção se (hipoteticamente) a foto fosse esse pai orgulhoso, do filho calouro, sendo retirado à força do seu lugar de trabalho!

Por que será?

Então, quando você tiver a oportunidade de ver um Camelô, Feirante, Ambulante, Flanelinha, Sinaleiro e os Camelôs DJ´s (profissionais que passam a atuar como camelôs em época de festas, como o natal, Círio e Dia das Mães), seja mais complacente com a situação.

Não estou te pedindo para brigar como o vereador de São Paulo Suplicy, não! 

Mas seja mais solidário..

Reflita a possibilidade de manifestar sua sensibilidade humana, porque por trás dessas pessoas existem filhos, como esse rapaz que quero conhecer e ser amigo!

Assim como existem muitos outros a exemplo engenheiro civil filho do Sr. Paulo Relojoeiro; do Rildo que formou, dos filhos da Josyanne Madeira, que além de se formarem, são policiais do Estado; a fisioterapeuta, filha do Ray Moraes; a Socióloga, filha do Duarte; a Pedagoga Andreia filha da Dona Vera, etc..

Quer manifestar sua sensibilidade humana, sua fraqueza por cisco ou lágrimas e defender as cotas?

Faça isso sempre que ver nossos pais sendo impedidos de gerar renda, de exercer a dignidade humana, por meio do seu trabalho, de ter satisfação em dar prazer aos filhos, que ficaram em casa, na espera da garantia de subsistência trazida por esse e milhares de outros que você talvez tenha ignorado!

quinta-feira, janeiro 07, 2021

Jornalistas da TV Liberal demitidos por conta da reportagem sobre o arcebispo de Belém, diz fonte

Simone Amaro (à esquerda) e Paulo Fernandes, com a editora Josy Maciel.

Via Dedé Mesquita

A notícia caiu feito uma bomba. Um susto que deixou a todos atordoados. Dois jornalistas da TV Liberal, de Belém, que ocupavam cargos de chefia, foram demitidos da emissora, afiliada da Rede Globo, e segundo uma fonte aqui do site, por estarem atravancando a reportagem de rede de Fabiano Vilella sobre as acusações de abuso sexual contra o arcebispo de Belém, Dom Alberto Taveira. 

Os que foram demitidos são Paulo Fernandes, diretor da TV Liberal, e a jornalista Simone Amaro, que estava na direção de jornalismo dessa emissora há mais de 30 anos. Ela entrou na TV Liberal como repórter. 

Sobre o Paulo Fernandes, noticiamos aqui: No final do ano, mais mudanças nas redações de BelémMuito estranho, porque Paulo estava fazendo um bom trabalho na TV Liberal. 

A saída de Simone foi muito lamentada por todos da equipe da TV Liberal, mas o fato é que ela foi desligada da empresa na manhã desta quinta-feira, 7. 

O que aconteceu - Para quem viu a reportagem de Fabiano, no último domingo, 3, no Fantástico, pode ver quando ele disse que a TV Liberal estava há dois meses na produção da reportagem. E todos devem se lembrar que a veiculação dessa reportagem foi anunciada que seria veiculada semanas antes. E não foi. 

O fato é que Fabiano finalizou essa reportagem no Rio de Janeiro. Para quem viu a reportagem, as imagens das roupas eclesiásticas foram feitas por uma cinegrafista que não é da TV Liberal, assim, como as passagens que Fabiano fez durante a matéria foram gravadas no Rio de Janeiro, em igrejas como a do Outeiro da Glória. 

O que rola nos bastidores é que Fabiano estava com muitas dificuldades para fazer o trabalho de denúncia sobre o arcebispo. Tanto demorou que o jornal El País Brasil publicou as denúncias dos quatro ex-seminaristas duas semanas antes da TV Liberal. E todos sabem que a Globo não é de levar esse tipo de furo. 

O que está sendo comentado também é que foi travada uma verdadeira guerra entre a família Maiorana e a Rede Globo, por conta da veiculação ou não da reportagem. Inclusive, Rosângela Maiorana passou a dar expediente na sede da TV Liberal, no bairro de Nazaré. Antes, ela trabalhava na sede do jornal O Liberal, na avenida Romulo Maiorana. 

Como podem ver, em uma cidade que é palco do Círio de Nazaré, mexer com a igreja católica pode ser muito ‘perigoso’. Mas ainda bem que o jornalismo se sobrepõe sobre isso. 

sábado, dezembro 26, 2020

Fafá de Belém recebe do Governo 600 mil reais pela Varanda de Nazaré, no ano em que nem houve Círio

Fafá de Belém canta na Varanda de Nazaré, no Círio de 2014, quando foi acusada pelo Diário do Pará de encher o bolso de dinheiro e desafiada pelo jornal da família Barbalho a promover o Círio de graça.


Por Diógenes Brandão 

O blog do premiado jornalista Lúcio Flávio Pinto nos trouxe uma informação que merece ser debatida pela gastança de dinheiro público que se repete com força duplicada e sem explicações cabíveis.

A cantora Fafá de Belém, que antes era severamente criticada pelo jornal Diário do Pará, por shows que fazia durante o Círio de Nazaré, com o patrocínio do governo do Estado, foi premiada para receber o dobro para fazer, pasmem, uma 'Live'!

As críticas publicadas nos meios comunicação da família barbalho sempre eram reproduzidas pela militância e membros de partidos de oposição aos governos do PSDB, sobretudo os partidos de esquerda, que agora se calam diante todos contratos e desvios realizados pelo governo Barbalho. Inclusive este blog reproduzia essas críticas, admito.

Em 2014, por exemplo, a coluna Repórter Diário detonou Fafá de Belém por ela estar de amarelo (que com o branco são as cores do Círio) e ter recebido R$300 mil para duas apresentações presenciais na Varanda de Nazaré. 


Agora, sob o comando de Helder Barbalho, o Banpará repassa através de um contrato sem licitação, a bagatela de R$600 mil reais para uma empresa de São Paulo pagar uma Live da Fafá de Belém, a qual durou pouco mais de uma hora e meia, durante o Círio de Nazaré. Veja Aqui.

Como pode o estranho contrato de um evento que aconteceu há dois meses, justificado como sendo a pós-produção de uma "live", realizada em Outubro de 2020, ser publicado só agora, no último dia 23?

Enquanto isso, os artistas paraenses ficaram aí deixados ao relento, sem apoio, sem dinheiro, pra enfrentar esse  momento difícil da pandemia. A maioria deles passando até necessidade junto com as famílias por não ter dinheiro pro seu ganha pão.

Leia abaixo a matéria do blog do Lúcio Flávio Pinto Pinto:

O Banco do Estado do Pará gastará 14 milhões de reais em sete contratos, conforme atos publicados na Edição de hoje do Diário Oficial.  

A cantora Fafá de Belém, por exemplo, receberá 600 mil reais como apoio financeiro para a sua Varanda Cultural de Nazaré, que, graças ao generoso patrocínio oficial, completa uma década de existência. Neste ano não houve Círio, mas houve a versão virtual da janela. 

O apoio, com inexigibilidade de licitação, foi dado quando o projeto “encontra-se em fase de pós-produção”. 

O contrato foi assinado com a Kaiapó Produções Artísticas, Fonográficas e Publicidade, com sede no Jardim Paulista, bairro nobre de São Paulo. Continue lendo...

quinta-feira, dezembro 10, 2020

O lobbygay e o escândalo sexual na igreja católica em Belém

Jornalista Josué Costa, que já dirigiu a redação do jornal católico Voz de Nazaré disse que se arrependeu de ter pedido a renúncia do prelado, após denúncias de assédio sexual por parte do Arcebispo da Igreja Católica de Belém.

Via Ver-o-Fato, sob o título: As denúncias, Dom Alberto e o lobbygay.

Conheci a verdade e a verdade me libertou da mentira: a de que o arcebispo dom Alberto Taveira tinha culpa no cartório das denúncias de assédio sofrido por ex-seminaristas e padres do seu próprio rebanho. Cheguei a pedir, aqui, a renúncia do prelado, pelo que, envergonhado, peço-lhe sinceras desculpas.

Mudei de opinião porque racionalizei sobre as acusações. Ouvi pessoas, áudios e acessei documentos. Refleti e pesei informações e contrainformações. Na condição passada de repórter de O Liberal, produtor de pautas especiais sobre o Círio de Nazaré, tive experiências desconfortáveis com dom Alberto Taveira. Ele é chato para entrevistas. E como católico militante da Pastoral da Comunicação, vejo pouco carisma do pastor em sua relação de amorosidade com o seu rebanho.

Dom Alberto Taveira, na verdade, não é unanimidade na Arquidiocese de Belém. É amado mais pelo respeito e autoridade que o báculo arquiepiscopal nos impõe. Talvez porque seu antecessor, dom Vicente Zico, tenha nos viciado no amor.

Os contrapesos, no entanto, não fazem de dom Alberto Taveira um criminoso. Estava levando pro lado pessoal. Aliás, recebi as denúncias com sabor de vingança. Depois, aquiesci.

Dom Alberto Taveira tem razão. O Papa Francisco tem razão. É hora de se puxar o freio da pretensão do movimento homossexual nas fileiras do clero. Nada contra a homossexualidade, como podem evidenciar as aparências, mas tudo contra a vulgaridade da opção sexual dos padres, a sodomia e outras imoralidades bancadas pelos já sofridos recursos financeiros das paróquias.

O bispo precisa impor limites, ordem na casa. A Igreja precisa disso. E alguns padres, de vergonha na cara. Podem até ser o que são e fazer o que fazem, mas já é demais sustentar suas farras e orgias baconianas com o exercício do sacerdócio ministerial. É hora de resistirmos a esse vício crescente em nossa Igreja.

A roupa suja era pra ser lavada em casa, mas não quiseram. Pior pra eles. Os fiéis, diante da fragilidade dos argumentos acusatórios e da exposição da vida íntima dos denunciadores, decerto vão segurar a mão do bispo. O tiro, então, vai sair pela culatra. Os efeitos já apontam para esse lado.

E por conta das resistências e enfrentamento dessa realidade em seu rebanho clerical, o arcebispo tem sido vítima de calúnias, injúrias e difamações. Os acusadores, rasos nos seus lamentos tão cênicos quanto cínicos, sabem dos revezes que poderão sofrer em juízo, mas parecem não se importar. Querem mesmo, movidos pela cega vingança, macular o nome do prelado. Isso lhes basta.

Lobbygay é a definição do movimento que tenta denegrir a vida de dom Alberto Taveira. São padres, seminaristas e ex-seminaristas gays que reagem infantilmente às medidas de contenção. Resistem ao freio no exercício de suas paixões vulgares.

Isso vai passar. A ordem é não perder ninguém, se possível for. A Igreja fundada por Jesus Cristo seguirá triunfante sua marcha na história. Nem as mentiras, nem os tufões das heresias e nem esses dissentimentos internos haverão de detê-la. Porque é tão divina quanto humana.

  • Josué Costa é jornalista profissional, já atuou no jornal O Liberal por vários anos e foi redator-chefe do jornal Voz de Nazaré, além de assessor de Imprensa da Arquidiocese de Belém.

Nota do Ver-o-Fato

Democrático e aberto às opiniões – sem que isso reflita nossa linha editorial, pois respeitamos a pluralidade de ideias e suas manifestações -, o Ver-o-Fato está aberto ao contraditório e se coloca à disposição de quem queira publicar artigo igualmente assinado, com visão diferente da acima manifestada.

Para entender o caso, leia também: Dois padres e 7 ex-seminaristas apontam assédio sexual do arcebispo de Belém

terça-feira, julho 07, 2020

Helder Barbalho: Das batidas da PF ao pedido de cassação feito pelo MPE



Por Diógenes Brandão

O jornalista Val-André Mutran retratou, com uma riqueza de argumentos, os lapsos e tropeços do governo de Helder Barbalho. Com sutileza, mas sem perder a firmeza, deixou registrado o despreparo administrativo, a arrogância pessoal e a inépcia no trato da coisa pública, fazendo com que esta gestão ficasse vulnerável à ações da Polícia Federal, que ainda podem resultar em prisões, muito em breve, se confirmadas as investigações que apuram desvios de recursos públicos e improbidade administrativa de diversas facetas e tamanhos. 

Pra piorar, ainda que não sejam exequíveis neste momento, já existem 4 pedidos de impeachment protocolados contra Helder na ALEPA, onde ele mantém o controle da maioria dos deputados, mas Collor e Dilma também tinham e perderam. O resto você já sabe o que aconteceu.

Requisitos

O exercício do poder político por dirigentes eleitos pelo sufrágio universal tecnicamente não exige curso superior, fortuna bancária, latifúndio por herança, sobrenome tradicional, entre outras bobagens de quem nada entende da ciência política. Entretanto, há duas qualidades que o eleitor não perdoa: o voto é destinado para quem exala honestidade e demonstra competência.

Despreparo

Após eleito, o gestor é obrigado a cumprir alguns ritos que alguns erroneamente chamam de “velha política”, o que é um erro. Explico: composições para formação de uma chapa majoritária passam por acertos de distribuição de nacos do futuro governo. Mas, e quando esses nacos são ocupados por quadros despreparados? Invalida ou não o pré-acordo? Este colunista acredita que invalida imediatamente o acordo, por uma simples razão: o sucesso ou fracasso do governo é da solitária responsabilidade de quem foi eleito e ponto.

Negócio desfeito

Não há curso a se matricular para exercer o cargo de prefeito, governador ou presidente. Embora, sem noções básicas do funcionamento da máquina pública, o gestor eleito estará fadado ao fracasso. Mas, mesmo aqueles que nada disso entendem e forem “espertos” — no bom sentido do adjetivo — devem cercar-se de bons quadros. E, se o partido aliado não os tiver, o “dono da caneta” se exime de cumprir o trato selado lá atrás, na composição da chapa.

Começou errado

Me parece ser esse o erro tático cometido pelo governador Helder Barbalho (MDB). Tais equívocos são visíveis desde a posse do jovem herdeiro político dos poderosos Barbalhos.

Quem lê com certa frequência o blog do jornalista Lúcio Flávio Pinto, leitor voraz do Diário Oficial do Estado, sabe que Lúcio vinha apontando, havia um ano e meio, graves problemas nos editais publicados pelo governo, mesmo antes da pandemia do novo coronavírus. A falta de transparência de tais editais é patente e não se sabe o que o TCE faz no Estado que não toma providência alguma.

Fora de controle

A situação agravou-se no início deste ano com a “chegada” da COVID-19 ao Pará, quando, o que se viu foi uma sucessão inacreditável de erros administrativos. Confundiu-se estado emergencial com liberalidade. E outro erro crasso: governador não deve atender telefonema de fornecedor do que quer que seja. Governador ordena o que deve ser feito e, se for mal feito, demite quem não conhece o serviço.

Mexida

Quando se vai à cozinha para fazer um angu, há de observar condições ideais de temperatura, ingredientes e habilidade com a colher de pau. Caso contrário o angu desanda. Helder, como seu antecessor, errou ao “importar” Alberto Beltrame para comandar a Saúde. Isso nunca deu certo no Pará. Secretários de pastas estratégicas “importados” são sinônimo de fracasso. E a história está aí para confirmar.

Licenciado

Beltrame licenciado? Outro erro primário do governador. É caso para demissão com “D” maiúsculo. E quem sustentará a minha afirmação será o desdobramento do inquérito que tramita no Superior Tribunal de Justiça, após a coleta de provas nas operações “Para Bellum” e “Matinta Perera”.

Melancólica

Quem leu a Nota à Imprensa do ex-secretário da Sespa reforça o que todos desconfiavam. A saída sempre é colocar a culpa em alguém, no caso em tela, o “culpado” de todos os males não foi o STF, que decidiu que o governo federal não apitaria nada na pandemia, cabendo aos governadores e prefeitos a tinta da caneta para cuidar do problema. E assim, Beltrame colocou no colo do Ministério da Saúde toda a culpa do que ocorreu no Pará. A Justiça dirá quem tem razão.

Nomeado

E os erros não cessam. No lugar de Beltrame o governador nomeou — acreditem — um delegado da Polícia Federal, Rômulo Rodovalho, como novo titular da Sespa. O que um delegado de polícia entende de administração de saúde pública? Das duas uma: a Sespa virou um antro de bandidos perigosos na esfera de crime federais ou Rodovalho omitiu do seu currículo que é médico ou administrador com especialização em gestão pública.
— Um xerife federal para comandar a Saúde? Veremos no que isso dará.

Escolhas

O sucesso na política tem sim uma palavra mágica: escolha. Escolhas são corriqueiras no exercício do poder e tornar esse exercício um ato cercado de cuidados valoriza a prerrogativa de um gestor e faz a diferença de um bom ou mau governo. E tem escolhas dificílimas a serem feitas pelo governador nesses dias, como, por exemplo, a decisão final de adiar ou não o Círio de Nazaré de 2020. Que Nossa Senhora de Nazaré, padroeira do paraenses, ilumine as escolhas do nosso governador. Amém.

Cassação

O Ministério Público Federal pediu na quarta-feira (1º) a cassação do governador do Pará, Helder Barbalho, e o afastamento do vice-governador Lúcio Vale. A ação pede ainda a inelegibilidade de ambos por oito anos e a convocação de novas eleições no Estado. Os políticos são acusados de abuso de poder econômico e uso indevido dos meios de Comunicação durante a campanha. Agora fica a critério do Tribunal Regional Eleitoral acatar ou não o pedido.

segunda-feira, julho 06, 2020

ÉGUA DA VERINHA!



Por Edyr Augusto Proença, em Crônicas da Cidade Morena 3

Gente, a Verinha chegou. 

Foi aquele zunzum na mesa. A Verinha realmente era uma pomada. Muito chata. Paraense, morando no Rio de Janeiro, era conhecida, exatamente, por sua aversão a tudo o que se referia a Belém. 

“Minha filha, se eu tive o acidente de ter nascido naquela cidade, já me recuperei!”. Rapidamente adquiriu sotaque carioca e apresentava seus amigos paraenses à sua turma, como se de um outro planeta ao qual, certamente, ela não pertencia. Se alguém, sem querer, ligava para desejar bom Círio, ela se encrespava: “Credo! Aquela multidão andando junta, suando, fedendo e depois indo se encharcar naquelas comidas, olha, que Nossa Senhora de Nazaré me perdoe, mas até ela é cafona!”. A Verinha era de lascar! E agora, tinha chegado. 

Forçada por alguns problemas legais, relativos a uma herança, veio pensando em passar o mais breve tempo possível na cidade. E estava com um péssimo humor! 

“Gentem, Gentem, o que é essa cidade, meu Deus! Um calor desgraçado, quando abre a porta do avião já entra esse bafo quente! Sem ar condicionado não é possível viver por aqui! E a estrada do aeroporto! Aquela pobreza toda! Ainda chego no hotel e vem o maitre me perguntar se não queria aproveitar, no restaurante, a Noite Paraense, à base de comidas típicas! E ainda me dizendo: venha, senhora, aposto que está com saudade de uma maniçoba! Credo! Meu senhor, me erre por favor, viu? Eu só estou aqui por obrigações legais! Escuta, vocês aqui ainda tomam aquele guaraná Garoto? Não, estou brincando, mas esses refrigerantes normais vocês têm, não?” 

Bem, já havia quem estivesse sendo contido para não agredir a Verinha. 

Mas quem a conhece, já sabe. 

“Gente, o que é esse camelódromo na Presidente Vargas? Olha que no Rio a gente até que tem isso, mas todo dia tem batida, eles saem correndo, não têm sossego. Aqui, eles já tomaram conta da rua. Ontem, quiseram me levar para passear na noite paraense. Aí nós vamos chegando, eu percebo que saímos da rua asfaltada, entramos em uma viela com barracos, eu já pensando que era no morro, com traficantes e tudo e me dizem que é local vip. Vip de quê? Um monte de tábuas podres, cheiro de peixe podre, tipo, como é que vocês chamam? piti.. pitiú! 

Olha, dá licença, viu? 

Aí eu peço para me levarem até um local onde possa jantar e me dizem que aquela altura, de madrugada, só o Roxy? 

E esse calor que não passa, hein? Insuportável. In-su-por-tá-vel! Ah, aposto que alguém aqui vai dizer “égua”! Não vai? Agora me diz, tem coisa mais paraense, do que dizer “égua”? 

Em julho, ainda vão pra Mosqueiro? Ah, não? Agora é Salinas. É, eu sei. Não lembrava.” Preventivamente, alguém levou a Verinha de volta para o hotel, antes que fosse linchada. 

Mas quando, no dia após ela ter voltado para o Rio, deu naquela coluna a foto da Verinha atracada a uma cuia de tacacá na avenida Nazaré, todos se sentiram vingados. 

Ao fotógrafo, devidamente instruído a segui-la, até descobrir um podre, no momento do flagrante, disse apenas: égua de ti, xiri!

segunda-feira, dezembro 30, 2019

Fogos da Torre da RBA são criticados pelo mal que causam aos animais


Diógenes Brandão


O ego explosivo dos empresários da comunicação política não considera o sofrimento de milhares de animais, que agonizam durante a queima dos fogos, que infernizam tantas espécies do Bosque Rodrigues Alves.

O governador Helder Barbalho, um dos sócios das empresas da família que construiu e mantém a torre da RBA, esteve no início deste mês em Madri, na Espanha, onde discursou na Conferência do Clima (COP 25) da Organização das Nações Unidas. Mesmo assim, Helder e sua família ignoram os apelos de ambientalistas e defensores dos animais, que vêem no evento, um verdadeiro atentado ambiental contra os animais que ficam expostos à tanto barulho.

O advogado e ambientalista Zé Carlos Lima postou o seguinte texto abaixo:

Os tradicionais fogos da RBA estão sendo questionados por ambientalistas defensores da causa animal.   O prédio do complexo de comunicação dos Barbalhos, onde soltam os rojões, fica na zona de influência do Bosque Rodrigues Alves, uma unidade de conservação de proteção integral que abriga muitas espécies de animais sensíveis aos estampidos ensurdecedores dos fogos de geração antiquada.

Hoje, modernamente, se fabrica fogos de efeitos visuais, sem o barulho ensurdecedor que mata pássaros e altera a saúde dos animais.   Se os barbalhos quiserem podem pedir os mais modernos morteiros, solicitar a licença ambiental, cumprir a legislação e os macaquinhos, tartarugas,muçuãs, pacas, araras, peixes, do Parque Zoobotânico Rodrigues Alves e os pets da redondeza, agradecerão imensamente.

O portal Pará Web News também publicou matéria que abordou o fato, na matéria Fogos na Torre da RBA podem matar animais do Bosque Rodrigues Alves, a qual pode ser lida abaixa:
Os tradicionais fogos da RBA estão sendo questionados por ambientalistas defensores da causa animal.  

O prédio do complexo de comunicação dos Barbalhos, onde soltam os rojões, fica na zona de influência do Bosque Rodrigues Alves, uma unidade de conservação de proteção integral que abriga muitas espécies de animais sensíveis aos estampidos ensurdecedores dos fogos de geração antiquada.   Hoje, modernamente, se fabrica fogos de efeitos visuais, sem o barulho ensurdecedor que mata pássaros e altera a saúde dos animais. 

Se os barbalhos quiserem podem pedir os mais modernos morteiros, solicitar a licença ambiental, cumprir a legislação e os macaquinhos, tartarugas,muçuãs, pacas, araras, peixes, do Parque Zoobotânico Rodrigues Alves e os pets da redondeza, agradecerão imensamente.

Aves, macacos e pacas tendem a sofrer mais com os fogos. Apesar de ser momentâneo, dura em média 15 minutos, o estresse pode durar dias e levar até a morte.  “Os animais ouvem o barulho dos rojões, com intensidade até 500 vezes maior que os humanos, e sem estrutura lógica para entender essas explosões, elas produzem um medo inimaginável que pode matá-los”, diz Fernando Moreno, presidente do Grupo Caridad.




A questão também causou enorme polêmica entre os fogos soltados ao redor da Basílica de Nazaré, no Centro Acadêmico de Nazaré (CAN), tradicional comemoração da despedida do Círio de Nazaré. Os periquitos que habitavam a samaumeira do CAN sofriam estresses e muitos morriam.


Nos últimos anos, os periquitos acabaram por migrar para as árvores da praça do operário, no bairro de São Brás, cessando as discussões.



quarta-feira, outubro 04, 2017

Condenado pela 4ª vez e sob protestos, Bolsonaro fará visita relâmpago a Belém

Convidado novamente por Eder Mauro, Jair Bolsonaro fará palestra em Belém e parte no mesmo dia.

Por Diógenes Brandão

Com o tema #BrasilemDebate, uma palestra com o Deputado Federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ) será realizada na tarde desta quarta-feira (04), em um auditório de médio porte, na Computer Hall e segundo os organizadores, as inscrições estão esgotadas.

Jorge Lucas, presidente estadual da UJS - União da Juventude Socialista - ligada ao PCdoB, informou a um jornal local que um ato está sendo organizado por sua entidade, pela CUT e outros movimentos sociais, contra as ideias de Jair Bolsonaro.  


"Vamos fazer um ato cultural, sem enfrentamento, em repúdio as ideias que o Bolsonaro representa como essa onda de conservadorismo que assola o país. Nosso lema é Belém contra o Fascismo", justificou Lucas.

A chegada do pré-candidato a presidente em Belém, será às 14:30 e seus seguidores, entre eles, o deputado federal Eder Mauro (PSD-PA), prometem fazer uma festa em sua recepção, ainda no aeroporto. 

Com mais de 4.6 milhões de seguidores no Facebook, o evento que mobilizou a visita do deputado teve mais de 1.500 confirmações de participação. Além disso, um site de divulgação e cadastro dos interessados no evento alcançou em 3 semanas, 2.619 compartilhamentos. Um outro, fechado a quem realmente é seu seguidor, denominado Apoiadores do Bolsonaro - Belém PA, tem até hoje apenas 14 participantes, a maioria formada de jovens entre 17 e 24 anos.

Segundo a divulgação feita quase que exclusivamente pelas redes sociais, "Bolsonaro vai falar sobre a política nacional, desenvolvimento econômico e segurança pública". 

Na semana passada, um projeto apresentado por um vereador de Belém queria que a Câmara Municipal oferecesse o título de cidadão Belenense ao deputado carioca. Um abaixo-assinado foi feito e viralizou nas redes sociais e o Título de "Cidadão de Belém" a Bolsonaro foi rejeitado pelos vereadores.


A última vez em que esteve em Belém, assim como dessa vez, foi a convite do deputado federal Eder Mauro, com quem passou alguns dias que antecederam o Círio de Nazaré e acompanharam a procissão em um palanque na CDP, onde ambos levaram muitas vaias, entre algumas saudações. Dessa vez, Bolsonaro não ficará para a maior festa do povo paraense e assim que termine sua palestra, deixará Belém em um vôo comercial, já com passagem comprada.

04 condenações em 02 anos


Na véspera de seu desembarque em Belém, o deputado Jair Bolsonaro foi condenado a pagar R$ 50 mil em danos morais por declarações racistas que fez contra quilombolas em um evento no Clube Hebraica no Rio de Janeiro. 

A decisão é da 26ª Vara Federal do Rio de Janeiro, e responde a ação movida pelo Ministério Público Federal. O MPF tinha pedido indenização de R$ 300 mil.  Em sua defesa, Bolsonaro afirmou que, enquanto deputado, “estava expondo suas ideologias e críticas acerca da demarcação de terras produtivas e que não eram exploradas”.

“Como parlamentar, membro do Poder Legislativo, e sendo uma pessoa de altíssimo conhecimento público em âmbito nacional, o réu tem o dever de assumir uma postura mais respeitosa com relação aos cidadãos e grupos que representa”, concluiu a juíza que condenou Bolsonaro.

Em Agosto deste ano, o STJ manteve a decisão da primeira e da segunda instâncias contra o deputado, acusado de incitar o estupro contra a deputado Federal Maria do Rosário (PT-RS). Bolsonaro foi condenado a pagar R$ 10 mil à colega por dizer que ela não merece ser estuprada por ser 'muito feia'. Bolsonaro disse que recorreria ao STF, onde é réu.

Em dezembro de 2014, Bolsonaro falou publicamente a respeito da possibilidade de estuprar a parlamentar petista, sua rival política no parlamento, em três ocasiões diferentes. 

Leia também:



segunda-feira, outubro 02, 2017

Folha: Belém conserva cenário que encantou escritor Mário de Andrade há 90 anos

Theatro da Paz, de 1878, em Belém, no Pará; construção é inspirada no teatro Scala, de Milão.

Por Diógenes Brandão

Há poucos dias da maior manifestação de fé católica do Brasil, o Círio de Nazaré - o natal dos paraenses - assim como acontece com poetas, artistas e todos que conhecem a cidade que é considerada o Portal da Amazônia, o maior jornal do país se rende aos encantos de Belém e faz uma síntese da cidade das mangueiras. Sendo a única capital brasileira que tem o estado como sobrenome oficial e 401 anos de história, com encantos que não cabem em uma matéria, a Folha de S.Paulo soube pelo menos reconhecer nosso charme tal como Mário de Andrade. 

Que façam outras e venham sempre que desejarem! 

Por Fernando Granato, na Folha de São Paulo
Fotos de Luíza Zaidan/Folhapress.

A mesma foz do Amazonas que impressionou o escritor Mário de Andrade (1893-1945) em sua visita de reconhecimento do Brasil, em 1927, encanta o turista que chega a Belém de barco hoje.  

Barco na Baía de Guajará, em Belém, no Pará.

"A foz do Amazonas é uma dessas grandezas tão grandiosas que ultrapassam as percepções fisiológicas do homem", disse o modernista, em seu "O Turista Aprendiz", livro que resultou daquela viagem de 90 anos atrás.

O escritor chegou a Belém "antes da chuva", como observou em seu diário, "e o calor era tanto que vinha dos mercados um cheiro de carne seca". Instalou-se no Grande Hotel, hoje demolido, e naquela primeira noite foi assistir ao filme "Não Percas Tempo", num cinema localizado na mesma rua. "Um filme horrível", como registrou.

Cais em frente ao mercado do Ver-o-Peso, em Belém, no Pará.

O curioso é que o cinema que recebeu o escritor, o Olympia, permanece em funcionamento e é o mais antigo do Brasil a ainda projetar filmes. Inaugurado em 1912, em julho deste ano exibiu o documentário "Do Outro Lado do Atlântico". Segundo o projecionista Gideão Araújo, hoje a casa não recebe mais que cem espectadores por sessão, e a sua maior bilheteria foi nos anos 1990 com "Titanic".  

Cine Olympia, o mais antigo em funcionamento do Brasil, onde Mário de Andrade assistiu "Não percas tempo", em seu primeiro dia de visita a Belém, em 1927.

"Esse filme foi o responsável por manter o cinema aberto no momento de maior crise", lembrou Araújo. Sobre a passagem de Mário de Andrade pelo cinema, o funcionário não tinha conhecimento.  Já no mercado Ver-o-Peso, que deslumbrou o escritor, as lembranças anotadas pelo modernista podem ser constatadas até hoje. Construído para receber as mercadorias que os ribeirinhos traziam para abastecer a capital, o entreposto é o ponto mais efervescente da cidade.

Pescador descarrega sua carga de peixes em frente ao Mercado do Ver-o-Peso, em Belém, no Pará. 

Na parte coberta, montada em ferro pré-moldado trazido da Europa, funciona o mercado de peixes. Ali, nas primeiras horas do dia, homens trazem uma infinidade de douradas, filhotes, tambaquis e tucunarés. Xisto Brito, 78 anos, 63 deles vividos dentro do Ver-o-Peso, conta que antes havia ainda mais fartura de peixe. "Hoje recebo cerca de 300 quilos por dia e vendo rapidamente tudo", diz.

Xisto Brito, 78, que comercializa peixes no mercado Ver-o-Paso há 63 anos. Segundo ele, antigamente havia ainda mais fartura de peixe.

Ao lado, ficam os balcões dedicados às frutas. Açaí, cajá, cupuaçu e toda uma gama de espécies que deixaram o escritor perplexo. "Provamos tanta coisa, que embora fosse apenas provar, ficamos empanturrados", anotou.  ERVAS MILAGROSAS  Um pouco mais adiante, entretanto, está a parte mais curiosa do mercado: a que comercializa ervas, folhas e tudo que se pode imaginar de plantas medicinais amazônicas. A pessoa chega e diz a doença. Diabetes, hipertensão, gastrite. E logo surge uma espécie milagrosa. Algumas delas até para dores abstratas, como as do amor.

Quem explica é Sandra Maria Melo, 59, a "Tieta", filha de índia karipuna que trabalha ali há mais de 40 anos. "Temos a chora-nos-meus -pés, a agarradinho, a pega-e-não-me-larga, e a corre-atrás. Todas elas ervas próprias para o amor", diz. 

Nas trilhas de Mário de Andrade por Belém não pode faltar uma visita ao Theatro da Paz, de 1878, inspirado no Scala, de Milão. Com a plateia dividida de acordo com as classes sociais, o térreo é dedicado aos abastados, e os andares superiores deixados para a plebe. Essa divisão ainda é mantida, com preços de ingresso que variam de acordo com a localização, e o camarote destinado ao imperador hoje é de uso exclusivo do governador do Estado.

E, por último, não se pode deixar de conhecer o Museu Goeldi, que guarda o maior acervo do mundo em espécies vegetais e animais da Amazônia, além de livros. "Biblioteca admiravelmente bem conservada pelo dr. Rodolfo de Siqueira Rodrigues, um desses heróis que não se sabe", observou o modernista.

Os encantos da cidade permanecem e dão ao viajante de hoje a mesma sensação que levou o escritor a dedicar uma cantiga a Belém, intitulada "Moda do Alegre Porto". Numa das estrofes, ele diz: "Que porto alegre Belém do Pará! Vamos no mercado, tem mungunzá! Vamos na baía, tem barco veleiro! Vamos nas estradas que têm mangueiras! Vamos no terraço beber guaraná! Que alegre porto, Belém do Pará!" 

REINO DO 'BREGA'  

Belém tem em seus arredores uma infinidade de praias de rio, algumas pouco conhecidas dos turistas de fora. Uma delas, Chapéu Virado, na Ilha de Mosqueiro, já foi visitada pelo escritor Mário de Andrade em 1927.

Naquela viagem de descobrimento, ele anotou: "Banho de água doce em quase pleno mar. Enxames de ilhas, cardumes de ilhotas que vão e vêm, desaparecem."  

Nos dias de hoje, o turista encontra em Chapéu Virado resquícios do tempo em que o balneário era frequentado por barões da borracha, que lá construíram, no século 19, chalés de veraneio. Muitas dessas casas podem ser vistas na rua principal.  

Um dos chalés de veraneio construídos no século 19 por barões da borracha, na avenida Beira Mar, em Chapéu Virado, praia de rio nos arredores de Belém, no Pará.

Ainda está por lá também a pequena capela do Sagrado Coração de Jesus, construída em 1909 por um devoto, em pagamento de promessa. Mário de Andrade a fotografou e colocou na legenda: "Igrejó de Chapéu Virado". A partir de 1950, o santuário tornou-se local de saída do Círio de Nossa Senhora do Ó.

Capela do Sagrado Coração de Jesus, que foi construída em 1909 em Chapéu Virado, praia de rio nos arredores de Belém, no Pará.

Já no fim da praia, está o Hotel do Farol, transformado em hospedaria em 1930 pelo empresário Zacharias Mártyres, que lá tinha uma casa de veraneio. A construção lembra a de um navio, com cantos arredondados para quebrar a força do vento e propiciar a vista para a baía.  

A bela vista para a praia, na expectativa de quem está no Hotel Farol. Foto adicionada por este blog.
A faixada do Hotel Farol. Foto adicionada por este blog.
Na orla, além dos casarões, pode ser visto hoje um desajeitado prédio de apartamentos, que destoa dos encantos do balneário. Encantos registrados na caderneta de Mário de Andrade, que apreciou tudo, especialmente a vegetação e o banho de rio.  Na atualidade, reina por ali o "brega", ritmo tocado nas barraquinhas que ficam lotadas nos fins de semana com o povo que vem de Belém. 

O "desajeitado prédio de apartamentos", citado na matéria. Foto adicionada por este blog.
Maria Mourão, 89 anos, e seu filho Benedito Mourão, 65. Maria é a primeira moradora do Caripi, praia de rio nos arredores de Belém, no Pará; ela conta que a localidade ainda não existia quando Mario de Andrade visitou a região.

Barco que faz o papel de perua escolar em Barcarena, cidade a 20 quilômetros de Belém, no Pará.







    

sábado, agosto 12, 2017

Airton Faleiro (PT) nega ter aprovado título de 'Cidadão Paraense' a João Doria


O deputado estadual e membro da mesa diretora da ALEPA, Airton Faleiro (PT-PA),  usou seu perfil no Facebook para negar que tenha assinado o projeto de lei que homenageia o prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB-SP), com o título de Cidadão Paraense.

O jornal Diário do Pará do dia 07 de Julho afirma que o projeto foi aprovado de forma unânime pela mesa diretora da ALEPA - Assembleia Legislativa do Pará, onde Airton Faleiro é membro, junto com o presidente da casa, o deputado estadual Márcio Miranda (DEM), a Deputada Cilene Couto (PSDB) e os deputados Miro Sanova (PDT), Cássio Andrade (PSB), Fernando Coimbra (PSL) e o Soldado Tercio (PROS).


Segundo a jornalista Franssinete Florenzano, Doria vem à Belém pela terceira vez participar do círio de Nazaré e fazer uma palestra, provavelmente na FIEPA, no dia 06 de Outubro. 

Pelas redes sociais, diversos internautas prometem jogar ovos, peixe e até fezes, caso o prefeito apareça em público. Para o radialista Luiz Cunha, o protesto se justifica: "Pra alguém que acorda moradores de rua em São Paulo, com jatos de água fria, às cinco horas da manhã. Será justo conceder título de cidadão Paraense pra um canalha que manda os Guardas Civis Metropolitanos, confiscarem cobertores de moradores de rua, justo na madrugada mais fria da capital Paulista?".

MP pede quebra de sigilo bancário e fiscal do prefeito de Ananindeua

O blog recebeu o processo de número  0810605-68.2024.8.14.0000,  que tramita no Tribunal de Justiça do Esado do Pará e se encontra em sigilo...