Mostrando postagens classificadas por data para a consulta ALEPA. Ordenar por relevância Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens classificadas por data para a consulta ALEPA. Ordenar por relevância Mostrar todas as postagens

domingo, maio 16, 2021

Deputados entendem pouco ou nada sobre a VALE e instalam CPI, pra que? Indaga Lúcio Flávio Pinto

O jornalista Lúcio Flávio Pinto, um dos que mais escreveu livros e artigos sobre os grandes projetos instalados na Amazônia, questiona se a CPI é realmente necessária. Para ele, bastava convocar representantes da mineradora para uma sessão especial e levanta suspeitas de outros interesses por parte dos deputados para instalarem a CPI.
 

Por Diógenes Brandão

A Comissão Parlamentar de Inquérito da ALEPA para investigar a VALE S/A será constituída por sete deputados titulares e sete suplentes. O autor do pedido da CPI é o deputado estadual Ozório Juvenil (MDB), o único parlamentar que tem vaga garantida na comissão, por ser o idealizador do requerimento, que bastava ter 13 assinaturas, mas foi subscrito por 27 deputados, dos 41 existentes no Pará.

Após instalada, com a eleição do presidente e do relator, ela terá um prazo de 90 dias para conclusão dos seus trabalhos, podendo ainda ser prorrogado por mais 30 dias.  

Em nota, a Vale disse que “em seu compromisso de transparência com a sociedade, estará à disposição, se questionada, a prestar todo e qualquer esclarecimento sobre a sua atuação no Estado do Pará”.

A CPI pretende apurar questões como a concessão de incentivos fiscais à empresa, o suposto descumprimento de condicionantes ambientais pela Vale, a ausência de segurança em barragens, se houve repasses incorretos de recursos aos municípios, e o cadastro geral dos processos minerários existentes na região.

No Pará, a Vale S/A tem no Pará operações como Carajás e S11D, o maior investimento da história da mineradora brasileira.  De janeiro a março, o Sistema Norte respondeu por 62% da produção de minério de ferro da companhia, que tem ainda no Estado operações de níquel e cobre. Apesar disso, o clima não é dos melhores entre a Vale e o governo local, que cobra a verticalização da cadeia mineral e investimentos em setores como siderurgia.

O jornalista Lúcio Flávio Pinto, um dos que mais escreveu livros e artigos sobre os grandes projetos instalados na Amazônia, questiona se a CPI é realmente necessária. Para ele, bastava convocar representantes da mineradora para uma sessão especial e levanta suspeitas de outros interesses por parte dos deputados para instalarem a CPI.

Enquanto isso, outros pedidos de CPI seguem entocados e ignorados pela maioria dos deputados paraenses.

Leia abaixo o artigo no blog de Lúcio Flávio Pinto, sob o título: A CPI da Vale: para quem?

A receita líquida da Vale no primeiro trimestre do ano passado foi de 31,3 bilhões de reais. No primeiro trimestre deste ano atingiu R$ 69,3 bilhões, 122% a mais. O lucro líquido da empresa foi fantástico: R$ 30,3 bilhões, quase metade da sua receita líquida.  

Há motivo sério para a CPI que a Assembleia Legislativa quer instalar na próxima semana? De verdade, não. Há motivo, sim, para convocar representantes da mineradora para uma sessão especial, com a participação de especialistas e acadêmicos, para discutir formas eficazes de socializar essa rentabilidade excepcional, que se deve ao preço recorde do minério de ferro, graças à competição entre Austrália, maior produtora mundial, e a China, maior consumidora do planeta.  

Provavelmente, muitos dos subscritores entendem pouco ou nada do assunto. Os que eventualmente entendem têm motivos outros para essa CPI, que não tem fato determinado para justificar legitimamente sua existência. Motivo há é para não ficar inerte e desinformado sobre esse momento excepcional de preços de mais de 200 dólares a tonelada.  

O desconhecimento é pecado mortal no Pará, de cujo subsolo sai o minério de ferro mais rico que há. Minério que não dá duas safras.

terça-feira, maio 04, 2021

Eleições para reitoria da UEPA é amanhã. Quem é quem na disputa?

Por Diógenes Brandão

As eleições para reitor da UEPA acontecem nesta quarta-feira, 05. No páreo, 03 (três) candidatos se apresentam para a disputa, que conta agora com a forte atuação do atual reitor Rubens Cardoso, que resolveu entrar na campanha nesta reta final, em favor do seu afilhado político, prof. Clay, que embora conte com a força da "máquina", está com uma grande rejeição entre as categorias que votarão e decidirão sobre o futuro da instituição.  

Com o intuito de convencer a comunidade acadêmica, o reitor prometeu de “pé junto” que desta vez aprovará a nova versão do plano de carreira dos servidores da UEPA, congelados no CONSUN há 15 anos e lançou um edital de concurso público para o campus Marabá.   

A chapa 01 (um) apoiada pelo diretor do Centro de Educação, Anderson Maia também amarga grande rejeição na sua reeleição, mas apóia a candidatura do prof. Benedito, que é desconhecido entre as categorias e não possui experiência na gestão da Universidade do Estado do Pará.   

A chapa 2, da profa. Ionara é apoiada pela ex-reitora Marília Xavier, com o apoio de boa parte do CCBS (Centro de Saúde), que já esteve à frente da Pró-reitoria de Graduação, foi coordenadora de curso e de campi da interiorização, Diretora de Pesquisa, além de Diretora de Acesso e Avaliação.

As eleições ocorrem amanhã e a lista tríplice deverá ser enviada ao governador Helder Barbalho, logo após o resultado. É ele, quem decidirá quem será nomeado como futuro reitor da UFPA. 

Uma matéria do jornal OLiberal deu um panorama sobre as chapas em disputa e entrevistou cada um dos candidatos. 

Leia abaixo: 

Candidatos à Reitoria da Uepa falam sobre suas propostas para a instituição 

Eleições para a administração superior da universidade ocorrerá no dia 5 de maio. Confira entrevistas com seus programas

A Universidade do Estado do Pará (Uepa) escolherá, no dia 5 de maio, a nova composição da Reitoria da instituição. Os nomes eleitos na consulta junto à comunidade acadêmica farão parte da lista tríplice que será levada ao governo do Estado, que, conforme estabelece o rito do processo eleitoral, define e nomeia quem irá ocupar os cargos de reitor e vice-reitor da universidade. A Uepa é uma instituição de ensino superior ligada, administrativamente, à esfera estadual.

O cenário peculiar da pandemia faz o pleito deste ano experimentar uma histórica grande novidade. Pela primeira vez, a eleição na instituição será online, e feita com a ajuda do VOTAnet - o sistema virtual do Tribunal Regional Eleitoral do Pará (TRE-PA), que foi disponibilizado pelo TRE-PA para dar apoio à consulta eleitoral na Uepa. São eleitores todos os professores, técnicos efetivos e alunos regularmente matriculados nos cursos de graduação e pós-graduação da Uepa.

O Liberal entrevistou, nesta semana, os candidatos das três chapas que competem no pleito à Reitoria. As conversas foram planejadas sob orientação do Comitê Eleitoral, presidido pela professora e doutora Regina Carneiro, para que a lisura dos trabalhos e os conteúdos seguissem as regras exigidas pelo regimento das eleições - incluindo a ordem de apresentação dos candidatos, definida em sorteio, em acordo com as três chapas.As íntegras das entrevistas, gravadas em vídeo, estão disponíveis nos veículos do Grupo Liberal. Conheça os três candidatos, e confira os pontos principais das entrevistas cedidas por eles.

Professor Doutor Benedito Ely Valente da Cruz O candidato Benedito Ely Valente da Cruz concorre à reitoria pela Chapa 1, "Somos +Uepa: Integrar para Inovar". Ele tem como candidata a vice a professora doutora Sheyla Mara Silva de Oliveira. Doutor em geografia, Cruz acredita que a universidade tem grandes desafios para enfrentar considerando a pandemia de covid-19. Veja:


"Num contexto de pandemia nossa principal prioridade é cuidar da vida e da saúde dos nossos servidores e alunos. Vamos ter muita responsabilidade em dar continuidade às nossas atividades acadêmicas e administrativas e só vamos ter condições disso após o processo de vacinação", afirma ele. 

Caso eleito, Benedito pretende investir em tecnologia da informação para garantir o funcionamento pleno das atividades administrativas e acadêmicas de maneira remota. Além disso, pretende dialogar com o governo estadual para garantir a atualização da tabela salarial."

Além disso, há a atualização do plano de cargos e salários. A gente precisa que a Assembleia Legislativa do Pará (Alepa) vote a atualização para que mais de 240 professores possam progredir na carreira e, a partir daí, abrir vaga para concurso", planeja. 

"Num contexto de pandemia nossa principal prioridade é cuidar da vida dos nossos servidores e alunos. Vamos ter muita responsabilidade em dar continuidade às nossas atividades acadêmicas e administrativas e só vamos ter condições disso após o processo de vacinação. Além disso, há a atualização do plano de cargos e salários, para que professores possam progredir na carreira e abrir vagas para concurso", planeja Benedito Ely Valente da Cruz.

Segundo Benedito, um terço dos docentes são contratados, o que extrapola o número previsto no regimento da instituição, que estabelece um máximo de 20%. Não há outra forma de resolver este problema que não seja os concursos públicos, avalia. 

"Muitos que atuam nos campi do interior são professores contratados. Isso limita muito a atividade dos professores, já que a maioria dos cursos funciona em regime modular e os professores ficam andando de um campus para o outro, o que inviabiliza a dedicação às atividades acadêmicas de pesquisa e extensão", pondera o candidato. 

Faz parte também dos planos de Benedito, caso eleito, fazer um levantamento das demandas regionais dos 21 campi da Uepa, com o objetivo de garantir projetos de pesquisas direcionados ao desenvolvimento e geração da renda. 

Professora Doutora Ionara Antunes Terra 

Ionara Antunes Terra é a candidata da chapa 2, "Renovar para avançar", que tem como vice o professor doutor Nilson Veloso Bezerra. Ela é doutora em biologia celular e molecular aplicada à saúde. A prioridade definida por Ionara Terra é a criação do Planejamento Territorial Participativo, com objetivo de traçar planos e metas baseados nas necessidades informadas pela comunidade acadêmica. Veja:



"Temos como prioridade a descentralização da gestão, para que seja mais próxima da comunidade acadêmica, uma vez que nós, dentro da universidade, temos vivido por muitos anos esse encastelamento da gestão. Queremos uma proximidade real. Discutir juntos os problemas e as soluções", afirma.

Ionara também estabeleceu como prioritário o pagamento da tabela salarial, que é lei e não teve essa complementação paga nos últimos anos, segundo ela, além dos docentes que precisam receber os valores do Tempo Integral de Dedicação Exclusiva.

Ela lembra que muitos professores estão em uma longa fila de espera para progressão vertical e que este tema também será endereçado em uma eventual gestão.    

"Faremos o diálogo com governo do Estado de forma que possamos ser atendidos. Queremos uma universidade plural, dialógica, para que todos possamos crescer juntos com o Estado. Queremos retomar a negociação do Plano de Cargos, Salários e Remuneração. Já temos 15 anos desde o último plano e muitos cursos e campi foram criados. Nossa demanda aumentou muito", diz. 

"Temos como prioridade a descentralização da gestão, para que seja mais próxima da comunidade acadêmica. Dentro da universidade, temos vivido por muitos anos esse encastelamento da gestão. E queremos retomar a negociação do Plano de Cargos, Salários e Remuneração. Já temos 15 anos desde o último plano e muitos cursos e campi foram criados. Nossa demanda aumentou muito", afirma Ionara Antunes Terra.

Para a professora, ninguém teve coragem de discutir o estatuto nos últimos 20 anos e, por isso, todas as instâncias da universidade farão plenárias, e nelas serão discutidas ampliações, obras e reformas.

"Particularmente, gostaria de ter salas de aulas para todos, salas de grupo de pesquisa, bibliotecas informatizadas e virtuais, prédios para pós-graduações em todos os centros. A reitoria precisaria não estar em um local com infiltrações e locais que não podem ser modificados. Mas quero escutar da comunidade", pondera Ionara Antunes Terra.

Apesar de entender as dificuldades impostas pela pandemia, Ionara pretende apresentar como urgentes as situações de alguns campus do Estado para garantir mais recursos. Ela elenca os cursos de Música dos campi de Marabá e Bragança, com apenas um professor efetivo cada, e os cursos de Medicina de Marabá e Santarém, que, na opinião dela, contam com poucos professores para a metodologia diferenciada que exercem.

"Isso vai ter que ser demonstrado para toda a comunidade externa. Todos precisam saber que precisamos da negociação junto com o governo do Estado. Hoje, mais de 30% do quadro é de professores temporários, e precisamos sair desta precariedade considerando as vantagens que este professor não tem e que alguns alunos acabam prejudicados pela falta de ambiência acadêmica".

Professor Doutor Clay Anderson Nunes Chagas 

Pela chapa 3, "Uepa para toda a gente", o atual vice-reitor Clay Anderson Nunes Chagas é doutor em desenvolvimento socioambiental, e tem como vice a professora doutora Ilma Pastana Ferreira. Chagas tem como uma das prioridades a convocação de uma estatuinte, processo pelo qual a instituição definiria um novo conjunto de leis internas. Veja:

"A convocação de uma estatuinte está no meu plano de 10 metas para os primeiros 100 dias da gestão. Temos que ter o apoio do governo do Estado e Alepa para se criar a Lei de Assistência Estadual. Grande parte dos nossos alunos são provenientes de camadas mais pobres da sociedade. Eles conseguem ter acesso à universidade, mas com certas dificuldades de se manter", avalia Clay Anderson Nunes Chagas.

Além disso, duas obras em andamento seriam estruturadas pela gestão dele, caso ele seja consagrado vencedor: o campus de Parauapebas, em uma parceria com o governo estadual, prefeitura do município e a empresa Vale, e o campus de Ananindeua. Essas obras, para ele, só ressaltam a necessidade de novo concurso público.

"Para além da estrutura física, temos que pensar na questão de recursos humanos, por isso os concursos, não só para professores, mas também para os nossos técnicos administrativos, que merecem valorização por meio do Plano de Cargos, Salários e Remuneração".


sexta-feira, abril 16, 2021

Alepa aprova moção sobre vacinação de Jornalistas do Pará contra a Covid-19

Deputado Raimundo SantosFoto: Balthazar Costa (AID/Alepa)

Via ASCOM/ALEPA

Um levantamento feito pelo Sindicato dos Jornalistas no Estado do Pará (Sinjor-PA), apresentou estudo inédito sobre os óbitos de profissionais da imprensa causados pela covid-19. Infelizmente, o Pará é um dos Estados com a maior quantidade de mortes de jornalistas de todo o Brasil.  

No total, 21 jornalistas morreram no Pará devido às complicações da doença causada pelo novo coronavírus. Os estados do Amazonas e São Paulo, também aparecem com uma quantidade de óbitos elevada pela doença. Um dossiê coletado pela Federação dos Jornalistas (Fenaj), através do seu Departamento de Saúde, apontou que 169 jornalistas foram vítimas do novo coronavírus.   

Diante do que tem vivido os jornalistas do estado do Pará, que trabalham na linha de frente para levar a notícia com respeito e ética profissional, uma Moção, de autoria do deputado Raimundo Santos, ouvidor-geral do Parlamento Estadual, foi deferida durante a Sessão Ordinária do dia 13.

A Moção solicita ao governo do Pará e à Secretária de Estado de Saúde Pública (Sespa),  com base no art. 189 no Regimento Interno da Assembleia Legislativa do Estado do Pará (Alepa), a vacinação imediata que previne o novo coronavírus (SARS-Cov-2), para os jornalistas e outros profissionais de Imprensa que comprovadamente estejam na linha de frente da cobertura da pandemia, em caráter de urgência.  

A proposta segue para o governo do Estado, independentemente de deliberação no plenário.  

"A Moção faz justiça à classe jornalística do Pará, que tem apresentado a verdade para a população. O jornalista alimenta a sociedade, e diante do que estamos vivendo ele se expõe ao exibir como estão os hospitais, as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), filas de bancos, onde a população vai em busca de benefícios", disse o autor. "Os jornalistas que estão em assessorias de comunicação têm contato direto com pessoas que passaram por diversos lugares, nos finais de semana, a gente sabe que há parlamentares que se deslocam para as suas bases, mesmo tomando todas as medidas de proteção. O jornalista, ao cumprir sua missão tem colocado sua vida em risco, assim como muitos. O jornalista precisa dessa proteção, uma vez que já é campeão em números de mortes no Brasil. No Pará, está entre os que possuem mais vítimas da Covi-19. O presidente da Casa, deputado Chicão, tem conhecimento do fato, e já estamos articulando uma reunião com o governador do Estado", finalizou Raimundo Santos.

Denilson: exposição necessária.Foto: Divulgação (AID/Alepa)

Denilson d'Almeida, 35 anos, repórter do Diário do Pará há 10 anos e atuante na profissão há 13, falou da necessidade de imunização para o profissional de jornalismo. "É muito importante que a gente seja imunizado contra a covid-19. Entendo que no atual cenário que enfrentamos, toda a população é prioridade, mas existem aqueles que estão mais expostos ao risco de contágio pelo coronavírus. Nós, jornalistas, que estamos na cobertura diária da pandemia, fazemos parte dessa população exposta. Atuamos em hospitais, unidades de emergência, precisamos estar em lugares aglomerados para mostrar o que está acontecendo de verdade e passar a informação correta sobre as medidas sanitárias, sobre o uso de máscaras. Informar a população é uma arma poderosa para combater as fake News e se proteger do vírus. E para fazer isso, a gente coloca em risco a própria saúde e a saúde dos que moram conosco", afirmou. 

Tarso Sarraf: trabalho protegido.Foto: Divulgação (AID/Alepa)

"Peguei Covid-19 em abril de 2020, tenho sequelas, mas levo minha vida normal. Em maio, fui para a cobertura da pandemia na ilha do Marajó, passei um mês trabalhando de freelancer para o Estadão e Folha de São Paulo. Para levar a notícia por meio de imagens, preciso entrar no Hospital de Campanha, nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI). O medo é contínuo, mas preciso exercer meu trabalho. Tenho dois filhos, um de 13 e outro de 6 anos de idade, no momento não tenho muito contato com eles, presencialmente, procuro preservar a vida deles, já que meu trabalho exige que eu entre em locais de alto contágio. Meus pais moram comigo e é necessário ter um procedimento para entrar em casa, eles fazem parte do grupo de risco. Essa Moção é uma das melhores atitudes da Alepa, em se tratando de prevenção para os jornalistas do estado do Pará. Esperamos ser atendidos, bem como toda a população", contou Tarso Sarraf, coordenador de audiovisual do grupo O Liberal, 44 anos e 27 de profissão.

Vito Gemaque, presidente do Sinjor-PaFoto: Divulgação (AID/Alepa)

Segundo o Presidente do Sindicato dos Jornalistas no Pará (Sinjor-PA), Vito Gemaque, o Sinjor-PA desde o início do ano luta para que a categoria seja incluída no plano estadual de vacinação. "Já protocolamos ofício para o governo do Estado, assim como para a prefeitura. Com o apoio do Parlamento Estadual, acreditamos que nossa demanda será discutida e atendida. O levantamento dos óbitos demonstra a relevância da vacina para a categoria, mesmo os repórteres usando máscaras, álcool em gel e mantendo o distanciamento somos atingidos em grande quantidade, devido ao trabalho que realizamos para a população. Essa contribuição da Alepa é muito importante. Já temos uma reunião marcada com o governador para a próxima segunda-feira, 18 e esperamos que a nossa solicitação seja ouvida, precisamos ser atendidos", declarou.

Foto: Divulgação (AID/Alepa)

No último dia 14, Vito Gemaque e a jornalista Rose Gomes (Vice-presidente do Sinjor-PA), estiveram numa reunião, remota, com o deputado Raimundo Santos. Durante o encontro foi destacado que nos estados de Alagoas, Mato Grosso do Sul e Tocantins, já aconteceu uma articulação nos planos estaduais sobre vacinação para jornalistas.  Vito Gemaque ressaltou ainda que "respeitamos as opiniões diversas, mas pela natureza do jornalismo que não pode parar, considerado uma atividade essencial, o jornalista deve ser incluído no plano estadual de vacinação do governo do Pará", concluiu.  Acesse o relatório sobre jornalistas vítimas de Covid-19 no Brasil clicando AQUI.

terça-feira, março 30, 2021

Governo do Pará divulga arrecadação quase R$ 400 milhões maior no 1º bimestre

 
A expectativa da gestão de Barbalho é faturar este ano R$ 23,158 bilhões, já feitas as deduções legais. 

Via blog do Zé Dudu

No bimestre em que coronavírus voltou com força total, Helder Barbalho reportou superávit de mais de R$ 1 bilhão e manteve eficiência na gestão fiscal. Receita do estado prosperou 9,5%.

O faturamento da administração de Helder Barbalho aumentou quase R$ 389 milhões nos dois primeiros meses de 2021 em relação ao mesmo período do ano passado. A receita corrente líquida apurada pelo Governo do Estado do Pará em janeiro (R$ 2,31 bilhões) e em fevereiro (R$ 2,146 bilhões) totalizou R$ 4,456 bilhões, o maior valor para um 1º bimestre. A taxa de sucesso da arrecadação foi de 9,5%.

As informações foram levantadas com exclusividade pelo Blog do Zé Dudu, que analisou o Relatório Resumido da Execução Orçamentária (RREO) publicado nesta terça-feira (30) pelo Governo do Pará no Diário Oficial do Estado. O RREO é um balanço de prestação de contas que governadores e prefeitos precisam submeter bimestralmente a órgãos de controle externo. Além de publicar na imprensa oficial, Helder encaminha o documento à Secretaria do Tesouro Nacional (STN), ao Tribunal de Contas do Estado (TCE-PA) e à Assembleia Legislativa do Pará (Alepa) para análise.

A expectativa da gestão de Barbalho é faturar este ano R$ 23,158 bilhões, já feitas as deduções legais. Mas, se forem considerados os últimos 12 meses corridos, no período de março de 2020 a fevereiro de 2021, a meta já foi batida porque o Pará acumula arrecadação líquida de R$ 24,586 bilhões — ou seja, R$ 1,5 bilhão acima da meta.

A maior das despesas, a folha de pagamento do Governo do Estado, custou nos primeiros dois meses deste ano R$ 2,115 bilhões. Já as despesas exclusivamente relacionadas ao enfrentamento da pandemia do coronavírus consumiram R$ 47,74 milhões, segundo informou o Executivo paraense, não contabilizados nesse combo os valores habitualmente gastos com saúde pública.

A área de saúde, aliás, requereu em dois meses R$ 421,59 milhões dos R$ 3,377 bilhões inicialmente previstos para aplicação no setor. Mais da metade desses gastos, R$ 219,3 milhões, foi com assistência hospitalar e ambulatorial. Só os desembolsos com previdência social (R$ 678,71 milhões) e educação (R$ 526,23 milhões) foram maiores no período.

Lucro de mais de R$ 1 bilhão

O governador Helder Barbalho segue batendo recorde no quesito economia de recursos públicos. Ele entregou as contas do 1º bimestre reportando superávit fiscal de R$ 1,222 bilhão. O superávit acontece quando a receita orçamentária é maior que as despesas pagas e sinaliza o quão saudável está a administração financeira de uma gestão.

O Blog consultou o portal da transparência do Governo do Estado e viu que o RREO do 1º bimestre ainda não foi publicado lá. Também não chegou nas bases de dados do Tesouro Nacional, o que deve ser feito ao longo desta terça-feira. O balanço, contudo, está sendo publicado dentro do prazo previsto na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).


segunda-feira, março 29, 2021

Comando Vermelho divulga áudios e expõe negociações com o Estado

O tenente-coronel Vicente Neto, diretor de Operações da Seap teve reunião, por telefone, no presídio, com a “participação especial” do líder da organização criminosa, Leonardo, que estava foragido, para “ajustar procedimentos”.  


Que o governo do Pará, através da Secretaria de Administração Penitenciária, comandada pelo ex-presidente da OAB Jarbas Vasconcelos, negociava com o Comando Vermelho não era novidade para ninguém. O que não se sabia era a forma dessa negociação: reunião, por telefone, no presídio, com a “participação especial” do líder da organização criminosa, Leonardo, que estava foragido, para “ajustar procedimentos”. No telefone oficial estava ninguém mais do que o tenente-coronel Vicente Neto (foto), diretor de Operações da Seap.

Que inteligência!

Esse episódio, que explodiu nas redes sociais sábado, tem tudo para entrar para a história da Segurança Pública do Pará. Afinal, o Serviço de Inteligência do Pará parece ter sido “grampeado” pelo Comando Vermelho, a quem se atribuem os áudios divulgados e prontamente negados, em nota oficial, pela Seap, com um adendo: a Secretaria, atordoada, assaca contra o governo Simão Jatene para se isentar de culpa e de se explicar à sociedade.

Quem manda

O que a Secretaria não explica é a inércia contra o Comando Vermelho na atual gestão, que já resultou em três policiais penais assassinados em 2020 e mais cinco mortos nos primeiros nesses primeiros três meses de 2021, além de sete policiais feridos e 13 que sofreram ameaças. O que dizer de uma gestão que tem em seu currículo a maior chacina penitenciária do País em densidade carcerária – Candiru foi a maior em números absolutos – e maior da história do Pará, com 58 presos mortos? Não cabe uma CPI na Alepa? 

domingo, março 07, 2021

Mesmo com toque de recolher e medidas restritivas, concurso da PM está mantido para este domingo

Serão preenchidas 2.405 vagas, sendo 2.310 para Praças e 95 para Oficiais. Hoje, acontecerá a prova para o cargo de Praça da PM para o sexo feminino e, no dia 14 de março, para o masculino.


Por Diógenes Brandão, com informações da SEPLAD e de OLiberal.

A Secretaria de Planejamento e Administração do Pará (Seplad) reforçou que as provas do Concurso da Polícia Militar do Pará (PM-PA) para o cargo de soldado feminino estão confirmadas para este domingo, 7, e ainda divulgou um manual de condutas para as realizações das provas de concursos públicos, dizendo que “está respeitando todas as recomendações de prevenção” necessárias para a realização dos concursos público no estado.  

“A prova prevista para o dia 7 de março está mantida. Reforçamos que os candidatos devem seguir o manual de condutas para prevenção da Covid-19”,  trouxe o texto do governo.

Serão preenchidas 2.405 vagas, sendo 2.310 para Praças e 95 para Oficiais. Hoje, acontecerá a prova para o cargo de Praça da PM para o sexo feminino e, no dia 14 de março, para o masculino.

As provas serão realizadas na UNAMA, FAP, IESAM, UEPA, UNIVERSO e outros mais. Os portões abrem às 12:30h e fecham às 14h. A prova começa 14:15h.

Quanto ao concurso da Polícia Civil do Estado do Pará (PC-PA), no entanto, cujas provas estão marcadas para os dias 21 e 28 deste mês, o governador Helder Barbalho (MDB) afirmou em que a manutenção das datas ainda não está confirmada.

“Estamos avaliando a partir do cenário epidemiológico, se até a data da prova tivermos segurança, será feito. Nós só saberemos sobre esta situação de segurança epidemiológica com uma semana antes da prova”, afirmou o governador. 

A seleção, que terá a aplicação das avaliações em duas datas, contempla 1.088 vagas para os cargos de escrivão, investigador e papiloscopista. As inscrições foram encerradas no início do mês de fevereiro.

Tal como noticiamos aqui, o deputado Eliel Faustino (DEM) protocolou na quarta-feira (3) na Alepa uma moção ao Governo do Estado sugerindo o adiamento do Concurso da Polícia Civil C-207. 

“No cenário que estamos vivendo todas as medidas de contenção são necessárias para evitar a disseminação do vírus e fundamental para nosso sistema de saúde não entrar em colapso”, pontuou o deputado.

Ainda de acordo com a Seplad, estão em fase de licitação seis concursos públicos, para os seguintes órgãos: Secretaria de Administração Penitenciária (Seap), Junta Comercial do Pará (Jucepa), Auditoria-Geral (AGE), Procuradoria Geral do Estado (PGE) e Secretaria da Fazenda (Sefa). “A realização das provas referente aos concursos previstos segue a orientação da secretaria de saúde do Pará, que permanentemente acompanha o cenário epidemiológico no Estado, e se houver alguma recomendação sobre a não realização das provas, a suspensão será informada com máxima antecedência aos candidatos”, conclui a Seplad.

No último domingo (28), quase 3 mil candidatos realizaram a prova para o cargo de Oficial da Polícia Militar do Pará. Segundo a SEPLAD, as provas foram realizadas nos municípios de Altamira, Belém, Itaituba, Marabá, Redenção e Santarém. 

“Seguimos atentos ao quadro epidemiológico no Estado e executando todos os protocolos de prevenção. Trabalhamos sem medir esforços para a realização de novos concursos, que  além de oportunizar o ingresso de servidores, traz mais melhorias à população”, disse a titular da Secretaria de Planejamento e Administração, Hana Ghassan.

sexta-feira, março 05, 2021

Zequinha, Eguchi, Jatene e Márcio Miranda se preparam para 2022

 

Via O Antagônico, sob o título "O Zequinha, O Eguchi, O Jatene, O Márcio Miranda e a Força Tarefa".

Enquanto o governador aglomera num dia e decreta Toque de Recolher no outro, grupos políticos estão atuando, só no sapatinho, à moda mineira, movimentando as primeiras pedras no tabuleiro das eleições do ano que vem. A ideia inicial é lançar três candidatos ao governo do Pará, fazendo frente a possível candidatura de Helder Barbalho à reeleição.  

A estratégia levaria, em tese, a disputa para o segundo turno, explorando ao extremo e em dose dupla, a já desbotada imagem do governador paraense, que, apesar da blindagem dos dois maiores grupos de comunicação do Estado, foi evisceirada a nível nacional, sendo castigada diariamente pelas mídias sociais, sempre associada a corrupção, nepotismo, malversação e desvios de recursos públicos.     

Sem exageros, diante de tantos escândalos que ganharam os noticiários do país, os marqueteiros dos adversários de Helder teriam munição suficiente para abastecer, por baixo, três disputas eleitorais. Respiradores, álcool gel, garrafinhas e algemas não faltarão no tempero.     

E as apostas já começaram.    

O senador Zequinha Marinho, em visitas recentes a municípios do sul do Pará já anunciou sua pré-candidatura ao governo. O projeto foi vendido ao ex-deputado estadual Márcio Miranda, que, de pronto, topou a parada.   

Em outro giro, o delegado Everaldo Eguchi, segue muito entusiasmado, “engrossando o caldo”, fazendo reuniões em todo o Estado, amanhecendo no sul e anoitecendo no oeste do Pará, desenhando, de abraço em abraço, com grande apoio popular, um amplo projeto político.   

Outro personagem desse prospecto eleitoral de 2022, e não menos importante, é o ex-governador Simão Jatene, hoje um ilustre morador de Icoaraci, político de alta plumagem e que já está botando o pé na estrada com vistas a disputa eleitoral do ano que se avizinha. O Tucano já acionou seus advogados para reverter a reprovação de suas contas na Alepa, cuja articulação teve, como é público e notório, as digitais de Helder Barbalho.     

Elucubrações e conjecturas a parte, juntos e misturados, em prosa ou em verso, Eguchi, Zequinha, Jatene e Márcio já estariam organizados e com orquestra afinadíssima, para formarem um forte grupo de oposição à hipotética reeleição de Helder, cuja candidatura depende do rumo que soprarão os ventos do STJ.     

Quanto aos opositores, todos são nomes que tem sua grandeza e não podem ser desprezados na corrida eleitoral. Zequinha Marinho é grande liderança no meio evangélico e tem trânsito livre no sul do Pará, região onde a população não quer ver Helder, nem pintado de ouro.    

Eguchi, com a votação expressiva que teve em Belém, vem consolidando sua liderança política em todo o Estado, com aumento vertiginoso de popularidade.    

Já Márcio Miranda foi deputado estadual por 5 vezes, ocupou a cadeira de presidente da Alepa por três mandatos e, quando candidato a governador, obteve 1 milhão e seiscentos mil votos no segundo turno da disputa.    Simão Jatene, que dispensa apresentações, é uma liderança inquestionável. Foi três vezes governador, com um legado invejável e ao concluir o último mandato deixou mais de R$ 100 milhões em caixa e mais de R$ 1 bilhão decorrente de operações de crédito para investimentos no Estado.  

Dito Isto, fica patente, e evidente, que estamos às portas de uma “briga de foice”, desmistificando o discurso da tropa de choque de Helder, que tenta colar a tese de que a eleição “está no papo”, e que a disputa seria um “voo tranquilo em céu de brigadeiro”. Muito pelo contrário.

quinta-feira, março 04, 2021

Deputado pede adiamento de Concurso da Polícia Civil diante o agravamento da COVID-19

Eliel Faustino propõe que o governo do estado adie o Concurso da Polícia, previsto para esse mês e que conta com 135 mil inscritos, que estariam sendo expostos ao tentar entrar no serviço público.




Via Assessoria do deputado estadual Eliel Faustino

O deputado Eliel Faustino (DEM) protocolou na quarta-feira (3) na Alepa uma moção ao Governo do Estado sugerindo o adiamento do Concurso da Polícia Civil C-207 para provimento de cargos de nível superior das carreiras de delegado, investigador, escrivão e papiloscopista, com provas previstas para 21 e 28 de março. 

A preocupação dos inscritos é grande diante do agravamento da pandemia do Covid-19.

O concurso conta com mais de 135 mil inscritos que estariam sendo expostos ao tentar entrar no serviço público. 

Apesar do Governo anunciar novas medidas restritivas para este mês, até o momento o cronograma das provas foi mantido.

“No cenário que estamos vivendo todas as medidas de contenção são necessárias para evitar a disseminação do vírus e fundamental para nosso sistema de saúde não entrar em colapso”, pontuou o deputado.

terça-feira, fevereiro 09, 2021

Projetos de lei de deputadas são reprovados na Comissão de Justiça da ALEPA

As deputadas estaduais Dilvanda Faro (PT) e Paula Gomes (PSD) tiveram Projetos de Lei reprovados na Comissão de Justiça da ALEPA. Esses projetos visavam impor obrigações onerosas, tanto aos cofres públicos, quanto de empresas, durante a pandemia da COVID-19.


Por Diógenes Brandão 

O blog recebeu a pauta de votações de projetos apresentados pelos deputados estaduais, que será votada na sessão de amanhã, 10, no plenário da ALEPA e encontrou dois PLs rejeitados na Comissão de Justiça: um da deputada Dilvanda Faro (PT) e o outro da deputada Paula Gomes (PSD). 

Em ambos os Projetos de Lei, percebe-se o interesse político das deputadas, em 'surfar' na onda da COVID-19, apresentando ideias, mas é preciso muito mais do que isso para enfrentarmos os desafios que esta pandemia nos trouxe. 

Precisamos de ideias exequíveis e que não criem mais dificuldades, sobretudo na economia, que tem tido um impacto extremamente lesivo não tão somente aos cofres públicos, quanto à empresas e indivíduos, prejudicando a sociedade como um todo. 

Além disso é notório a falta de competência técnica e assessoramento das parlamentares que tiveram seus projetos carimbados com pareceres contrários na Comissão de Justiça, presidida pelo deputado Ozório Juvenil, do MDB.

Em uma rápida análise, esses projetos visavam impor obrigações onerosas, tanto aos cofres públicos, quanto de empresas, durante a pandemia da COVID-19.

Veja abaixo:

PROJETO DE LEI Nº 115/2020 - DEP. DILVANDA FARO

Torna obrigatório a higienização periódica das portas, maçanetas, corrimãos, puxadores, interfones e elevadores para todos os edifícios ou condomínios do Estado do Pará, em razão da medidas de combate à COVID-19, e dá outras providências. (Parecer CONTRÁRIO da Comissão de Justiça, com sugestão de transformação em INDICATIVO e anuência da autora). (Avulso nº 58, Página 32, de 26.05.2020).

PROJETO DE LEI Nº 130/2020 - DEP. PAULA GOMES

Dispõe sobre a obrigatoriedade de uso de instrumentos termográficos em órgãos públicos e privados de Estado, para aferição de temperatura corporal, no combate ao COVID-19. (Parecer CONTRÁRIO da Comissão de Justiça) (Avulso 65, página 09, de 09.06.2020)

_______________________________________

Serviço de Utilidade Pública

Buscando atender a população com mais segurança e conforto, a SESPA alterou os endereços e horários de atendimento das Policlínicas Itinerantes, em Belém. 

A unidade do Hangar agora atende também aos domingos pela manhã. As duas unidades da Doca e Pedreira encerram suas atividades, sendo substituídas pela unidade do Núcleo e Esporte e Lazer, no Umarizal. A unidade do Mangueirão segue suas atividades sem mudanças.

Compartilhe!






domingo, fevereiro 07, 2021

A cultura do PODEMOS tudo no governo do Pará

O deputado estadual Igor Normando, primo do atual governador, seria o “padrinho” político da Fundação Cultural do Pará, hoje aparelhada pelo PODEMOS e familiares do parlamentar.


Por Diógenes Brandão 

O deputado estadual e líder do PODEMOS no Pará, Igor Normando tentou de forma atabalhoada - junto com a deputada estadual Dilvanda Faro (PT) - implementar uma lei estadual que tinha como pretensão a audaciosa ideia de censurar previamente a publicação de notícias e denúncias contra gestores públicos e políticos, chamados de autoridades. 

Com a repercussão extremamente negativa, do que foi considerado o projeto de "lei da mordaça", a canalhice foi abortada e desde então ninguém mais falou nela, após ser linchada e vergonhosamente descartada na ALEPA. 

Antes disso, este blog recebeu um dossiê elaborado por servidores públicos da Fundação Cultural do Pará, mas covardemente, eu assumo, não publicamos.

Entre as denúncias, haviam as que mostravam que autarquia estadual estava sendo usada como uma verdadeira máquina partidária do PODEMOS, onde absurdos eram cometidos a torto e à direita, em benefício de membros do partido e do círculo familiar e de amizade do deputado estadual Igor Normando.

O youtuber David Mafra abriu a caixinha de segredos e revelou o cabide de empregos da família Normando, que vai aos poucos se apropriando de espaços e cargos públicos no governo dos parentes: a família Barbalho.

Assista:


Eis que agora um novo documento chegou às mãos do jornalista Lúcio Flávio Pinto, que o publicou e tá gerando um imenso bafafá na área cultural e artística paraense, que de forma sofrida enfrenta a pandemia e suas consequências e ainda tem que aturar a ingerência negativa e o aparelhamento partidário da Fundação Cultural do Pará, hoje conduzida por parentes e amigos do deputado estadual, primo do governador Helder Barbalho.

Leia abaixo a matéria "Tem politicagem na cultura", do jornalista Lúcio Flávio Pinto:

O documento que reproduzo abaixo, com o título Indícios de aparelhamento e uso da máquina pública pelo Podemos-PA, não veio assinado. Decidi publicá-lo mesmo assim por vários motivos. O documento começou a circular pelas redes sociais. Algumas das denúncias foram feitas reiteradamente neste blog. Nenhuma mereceu resposta dos órgãos culturais da administração estadual.

Os fatos apontados são extremamente graves, caracterizando o uso indevido e irregular de dinheiro público para fins políticos disfarçados. Essas informações precisam se tornar públicas para que os órgãos citados se expliquem. E as entidades de controle externo se mexam.

___________________

Os artistas e fazedores de cultura do Pará foram surpreendidos, em 2019, com a informação de que o deputado estadual Igor Normando, primo do atual Governador, seria o “padrinho” político da Fundação Cultural do Pará. A partir daí, ele passou a indicar os principais cargos da instituição – Presidente, Diretores e Coordenadores, quase todos, seus colegas e amigos do ensino médio, interferindo acintosamente nas decisões da gestão.

O Deputado impunha sua presença ostensivamente nas ações e dependências da FCP. Ao ser questionado sobre a ingerência tão explícita, o mesmo respondeu que tinha as prerrogativas do cargo, que lhe davam direito para as interferências.

Assim, para a presidência, foi indicado seu amigo, o advogado João Marques, fato que causou estranheza para alguns servidores. Um advogado na presidência, que não tinha em sua trajetória profissional, nenhuma relação com o setor cultural. No entanto, a justificativa apresentada era de que ele daria celeridade à gestão e faria a “máquina” pública funcionar.

Não satisfeito, o deputado Igor Normando, Indicou a sua noiva, Betsy Lee Acatauassu Nunes, como coordenadora de oficinas, sem que ela tivesse nenhuma experiência na área cultural. A jovem passou alguns meses no Curro Velho. Depois, um brevíssimo período no Centur.

Em menos de um ano de sua nomeação, ela não foi mais vista na FCP. Nenhum funcionário sabe em que espaço Betsy estaria exercendo a função de coordenadora, já que, supostamente, os técnicos ligados à sua coordenação, estariam no Curro Velho e Casa da Linguagem.

No primeiro semestre da nova gestão, não foram oferecidas as tradicionais oficinas no Curro Velho e Casa da Linguagem. Pela primeira vez na história, o espaço (antes Fundação Curro Velho) ficou um semestre inteiro sem oficinas.

Havia um questionamento, por parte dos atuais gestores, de que as contratações de oficineiros deveriam ser realizadas por meio de edital (lei 866) ou um chamamento público. Os técnicos em Gestão Cultural, chegaram a contribuir na elaboração de um edital de contratação de oficineiros, mas a gestão não levou adiante esse procedimento e, no segundo semestre de 2019, as contratações foram feitas sem o edital.

Nesse ínterim, foi feita a nomeação do irmão mais novo do Deputado Igor, Renan Normando, para a coordenação de Cultura Popular. O rapaz, como era do conhecimento de todos, seria candidato a vereador pelo PODEMOS em 2020.

O jovem passou a ser uma espécie de porta-voz da Fundação. Em várias entrevistas para TV e rádio, ou ao se apresentar em abertura dos módulos de oficinas, no Curro Velho, assim como em aberturas de oficinas de extensão em diversos bairros de Belém, agia como se tivesse participado da organização das mesmas, usando o momento como palco para a sua promoção como candidato a vereador.

No final de 2019, as insatisfações com a gestão em função do atrelamento das ações, principalmente da Diretoria de oficinas, a objetivos eleitoreiros, atrelados ao fisiologismo do PODEMOS, motivaram uma série de protestos, organizados por moradores da Vila da Barca, que reclamavam do descaso da Coordenação de Iniciação artística, e da negligência com os ensaios teatrais das crianças, que fazem parte do grupo “Crias do Curro Velho”.

Esta ação de educação e inclusão social, realizada há 30 anos, é de grande relevância para a comunidade do entorno do Curro, no bairro do Telégrafo.

Foram 2 protestos em que os participantes bradavam pelas ruas do Telégrafo: “O Curro Velho não pode parar”, que acabou se tornando o nome do movimento.

Os protestos provocaram uma maior atenção da gestão, que passou a dar prioridade a essa ação, devido à repercussão negativa gerada, inclusive, pela falta de justificativas pertinentes, para a paralisação das ações, no primeiro semestre daquele ano.

Outro fato relevante foi a desestabilização da equipe técnica da área de Artes Cênicas, responsável pelas ações da Iniciação artística. Quando questionavam a descontinuidade das atividades e a falta de estrutura, sofriam assédio moral. A equipe foi esfacelada. Alguns técnicos pediram transferência para outros setores e até para outras Instituições, e preferiram não denunciar temendo alguma retaliação.

Na distribuição de outros cargos, a aproximação com o deputado Igor foi determinante para as indicações como chefe de gabinete e outros filiados ao Podemos. Na condução do Processo Seletivo Simplificado/PSS – Edital Nº001/2019, realizado em outubro de 2019 para contratação de 20 funcionários temporários, a Comissão de Seleção foi formada exclusivamente por funcionários comissionados, filiados ao PODEMOS, como:

a-Almir José Ferreira Dos Santos, Diretor de Interação Cultural – candidato a vereador pelo PODEMOS Ananindeua

b- Lucilayne Oliveira Sereni, Coordenador de Gestão de Pessoas – candidata à prefeitura pelo PODEMOS Santarém Novo

c- Humberto Bozi Spindola, Coordenador de Material e Patrimônio – filiado ao PODEMOS Belém

d- Bruno De Araujo Reis, Coordenador Núcleo de Licitação de Contratos e

Convênio – filiado ao PODEMOS Ananindeua

e- Solange Rodrigues Santos, Coordenadora de Iniciação Artística – filiada ao PODEMOS Belém

Como resultado deste PSS, foram contratados os seguintes funcionários filiados ao PODEMOS Ananindeua:

a- Ilzileia Ferreira Da Costa – Assistente Administrativo

b- Alyne Cristine Dos Santos Da Silva – Assistente Administrativo

Como funcionários contratados com parentesco de ocupantes de cargos comissionados:

a- Amanda Alves Gonçalves, Técnica em Administração e Finanças – filha da

b-Elizabeth Cristina da Rocha Alves, Coordenadora de Gestão de Pessoas

c- Maria do Perpetuo Socorro Flexa de Melo, Assistente Administrativo – mãe do

d- João Clovis Melo de Oliveira, Diretor de Oficinas – ambos filiados ao PODEMOS Belém.

Diante do exposto, ficam as questões: Esse tipo de processo é legal? É lícito, do ponto de vista ético, uma comissão de funcionários comissionados ligados ao PODEMOS, avaliar currículos para contratação de funcionários temporários? Essa mesma equipe, poderia habilitar a admissão de candidatos filiados ao PODEMOS e outros parentes de funcionários comissionados?

Fontes:

– Portaria nº 555/2019, publicada no DOE de 17/10/2019

– Sistema de Filiação Partidária – Consulta do Tribunal Superior Eleitoral.

Outra ação que consta no Portal da Transparência e que causa grande espanto, aconteceu entre o período de 20/07 a 07/12/2020. A FCP fez 147 pagamentos para pessoas físicas na rubrica SERV. DE INSTRUÇÃO,ORIENTAÇÃO PROFISSSIONAL,TREINAMENTO , com valor médio de R$7.200,00 (Sete Mil e Duzentos Reais) de pagamento por esses “serviços”; totalizando R$ 1.253.000,00 (Um Milhão, Duzentos e Cinquenta e Três Mil Reais), incluindo impostos;

Não houve nenhum tipo de divulgação das ações acima que justifiquem R$ 1.253.000,00 (Um Milhão, Duzentos e Cinquenta e Três Mil Reais) destinados aos 147 pagamentos citados, e sua aplicação permanece desconhecida.

Este orçamento é próximo do valor total para pagamentos das oficinas Curro velho e Casa da Linguagem por 1 ano inteiro.

A questão aqui é saber: Quais SERVIÇOS DE INSTRUÇÃO,ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL TREINAMENTO (rubrica usada para oficinas e workshops) foram ofertados? Onde aconteceram?

Onde e como foram divulgados? Qual a qualificação dos instrutores contratados? Quais técnicos da FCP acompanharam e assinaram os relatórios? Quem foram os participantes?

Reiteramos que os servidores da FCP desconhecem essa ação que coincide justamente com o período eleitoral.

Para se ter uma ideia do que significam os pagamentos de cachês no valor de R$7.200,00, bastaria fazer um levantamento no Portal da Transparência, sobre o total pago para oficinas regulares e workshops realizados pela instituição ao longo dos últimos 5 anos.

Se fizermos uma comparação mais recente, com os 02 módulos de Oficinas Virtuais, realizados pelo Curro Velho e Casa da Linguagem, no segundo semestre de 2020, verificamos um desnível considerável.

Foram efetuados 52 pagamentos de R$1.200,00 (Um Mil e Duzentos Reais) cada; somando R$ 74.880,00 (Setenta e Quatro Mil, Oitocentos e Oitenta Reais).

Nestes 2 módulos, estavam envolvidos no planejamento e execução da ação, mais de 25 técnicos em gestão cultural que também acompanharam todo o processo, desde as inscrições on line, realizadas em um site exclusivo para tal, com ampla chamada pública, divulgação na imprensa, redes sociais e sites de notícias.

Outra possível comparação, de valores e processo de realização, pode ser feito com Edital de Seleção Pública Prêmio Rede Virtual de Arte e Cultura 2020. Nele, foram contemplados 80 participantes, com pagamentos de R$ 5.000,00 (Cinco Mil Reais) cada, somando um total de R$ 400.000,00 (Quatrocentos Mil Reais).

Curioso como o nível de exigência documental neste processo é muito criterioso. Os projetos selecionados passam por um júri e pela fiscalização da sua conclusão, com acompanhamento de técnicos especializados na área do Premiado. Por outro lado, vemos que, em circunstâncias desconhecidas, uma grande quantidade de cachês, com valores fora do padrão usual da Fundação, foram pagos sem o menor conhecimento do corpo técnico da instituição, num processo, no mínimo, obscuro.

Nas relações de pagamentos dessas 147 qualificações (oficinas/workshops) é possível destacar, numa pesquisa preliminar, as seguintes pessoas físicas filiadas ao PODEMOS-PA:

– ALANNA PAULA CUNHA DA FONSECA – R$ 7.200,00 – PODEMOS Santarém

– CARLOS ANDRÉ BRANDÃO DE OLIVEIRA – R$ 7.200,00 – PODEMOS Breves

– CHARLES PINHEIRO FIGUEIREDO – R$ 7.200,00 – PODEMOS Chaves

– DANIELLE PATRICIA DA SILVA MELO – R$ 7.200,00 – PODEMOS Santa Bárbara

– DENIS DE SOUZA CARNEIRO – R$ 7.200,00 – PODEMOS Itupiranga

– DENISE SOARES – R$ 7.200,00 – PODEMOS Itupiranga

– DEUZENILCE DA CONCEIÇÃO SILVA – R$ 7.200,00 – PODEMOS Itupiranga

– GERCIENE CARMONA DA SILVA – R$ 7.200,00 – PODEMOS Chaves

– JOSÉ ELOI IGLESIAS COMESANHA – R$ 8.400,00 – PODEMOS Belém

– MARIA NILZA DE SOUZA CARNEIRO – R$ 7.200,00 – PODEMOS Itupiranga

– MARILIA PINHEIRO GUIMARÃES – R$ 7.200,00 – PODEMOS Santa Isabel do Pará

Fontes:

– Portal da transparência do Pará

– Sistema de Filiação Partidária – Consulta do Tribunal Superior Eleitoral.

A mais recente novidade desta gestão foi a divulgação de que haveria mudança na presidência da fundação. O então Presidente, João Marques, está sendo substituído por Lorena Marçal, atual namorada do recém eleito vereador Renan Normando.

Mais uma vez, uma indicação sem critérios técnicos ou comprovação de qualquer envolvimento com o setor cultural, agora, com o agravante motivo: “indicação por envolvimento familiar” com o deputado Igor Normando, o “padrinho” político da FCP.

A moça já assumiu a presidência informalmente, desde o dia 02 de fevereiro. Fez mudanças na decoração do Gabinete e faz entrevistas individuais com os técnicos. Por enquanto, quem assina por ela, é o Diretor Administrativo.

É importante destacar que, para os profissionais da arte e educadores participarem de editais de patrocínio cultural, é exigida a comprovação de trajetória artística e profissional de no mínimo 2 anos. Para ministrar oficinas ou workshop é necessário apresentar certificados de atuação na área.

Porém, pelo que estamos vivenciando, o mesmo rigor e critério não é exigido para exercer o cargo de Presidente de uma Fundação Cultural Estadual. Para este fim, não é necessário comprovar nenhum envolvimento na área artística e cultural. 

Crise: Edmilson Rodrigues perde seu braço esquerdo no PSOL

Luiz Araújo deixou o PT para fundar o PSOL, onde viveu até então organizando a corrente interna "Primavera Socialista" e supostame...