Mostrando postagens classificadas por relevância para a consulta bolsonaro. Ordenar por data Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens classificadas por relevância para a consulta bolsonaro. Ordenar por data Mostrar todas as postagens

sábado, julho 22, 2017

DOXA: Bolsonaro lidera entre os mais jovens e com nível superior

Bolsonaro e Lula são pré-candidatos de projetos antagônicos para o Brasil. Imagem: Arquivo do blog.

Por Diógenes Brandão

Segundo o cientista político da DOXA, Dornélio Silva, Bolsonaro tem apelo maior entre jovens e eleitores de nível superior. Levantamento feito no Estado do Pará mostra que o deputado federal carioca se destaca e supera o ex-presidente Lula em segmentos importantes da sociedade.

Veja o que ele disse em seu perfil no Facebook.

"Analisando o perfil dos dois principais pré-candidatos a presidente da República a partir de pesquisas nacionais e da própria Doxa, percebemos que o perfil do voto de Bolsonaro é mais masculino; o de Lula é mais equilibrado entre os gêneros.

Agora, quando se trata de faixa etária, Bolsonaro tem apelo maior entre os jovens. Já Lula é o contrário, quanto mais aumenta faixa etária melhora sua performance. 

Em se tratando de nível de escolaridade, Bolsonaro tem melhor desempenho entre os eleitores de nível superior, índices que chegam a mais de 45%. Lula, por sua vez, está bem posicionado entre os de nível fundamental e médio, 21% e 37%, respectivamente. 

Entre o extrato religião, Bolsonaro, apesar de seu voto ser mais católico, seu desempenho entre os evangélicos ultrapassa a 40%. Os eleitores de Lula são mais de católicos, em torno de 67%; os eleitores lulistas evangélicos chegam a um pouco mais de 24%", conclui Dornélio Silva.

Veja os gráficos:

Bolsonaro lidera a preferência dos eleitores com até 44 anos. De 45 anos em diante, Lula é o preferido.

Bolsonaro lidera a preferência dos eleitores com formação superior. Lula lidera entre os que tem pós-graduação e demais faixas de escolaridade.

Lula lidera a preferência dos eleitores católicos e Bolsonaro tem mais apelo entre os evangélicos.

quarta-feira, março 24, 2021

Bolsonaro fora do segundo turno?


Cresce nos meios políticos e entre os analistas a crença de que o segundo turno de 2022 pode se dar sem a presença de Jair Bolsonaro. Não é por outra razão que dia sim, outro também, o presidente aumenta a estridência de suas declarações e as ameaças a adversários com supertrunfos como o estado de sítio.

Mas como se daria esse cenário do presidente fora da reta final da disputa? Como o impeachment ainda parece uma possibilidade pouco provável, não pela falta de crimes de responsabilidade a granel, mas de apetite do Congresso, coragem das forças econômicas e perda mais significativa de respaldo popular (que pode vir e puxar as outras duas variáveis), a construção tem de ser pela política.

A volta de Lula ao tabuleiro eleitoral, anabolizada na tarde desta terça-feira pelo julgamento do habeas corpus de sua defesa pela Segunda Turma do STF, que reconheceu a suspeição de Sergio Moro para julgá-lo, foi o primeiro fator a ameaçar a presença garantida de Bolsonaro na “final” no ano que vem.

Embora as pesquisas ainda sejam muito equilibradas e mostrem resultados numericamente divergentes quanto a quem levaria a melhor entre os antagonistas Bolsonaro e Lula, a se manter o caos na pandemia e, consequentemente, na economia, a balança tende a pender para o lado do petista mais e mais.

Outro fator a ameaçar a reeleição do capitão é o desejo manifestado nessas mesmas pesquisas por boa parte do eleitorado de votar em alguém que não seja nem Bolsonaro nem um petista (lembrando sempre que Lula está elegível hoje, mas seus processos serão reiniciados, não se sabe de que ponto, pela Justiça Federal no DF).

Até aqui a dúvida dominante era a respeito de quem enfrentaria Bolsonaro no returno: Lula ou um candidato alternativo? Agora não é absurdo pensar na possibilidade de o confronto decisivo ocorrer entre o petista e essa terceira via.

Não, isso ainda não está dado. Bolsonaro tem pelo menos 22% de apoio ainda declarado, de acordo com o mais pessimista dos levantamentos de opinião. Mas é algo possível de construir pela política, caso os partidos acordem do sono letárgico em que parecem hibernar, em meio à situação mais caótica em todas as frentes que o Brasil já enfrentou.

Também é um movimento que já está em marcha em amplos setores da sociedade, como mostram indicadores tão distintos como o manifesto com mais de mil assinaturas dos economistas em prol da racionalidade no trato da pandemia, os panelaços de “Fora Bolsonaro”, as reações ao estado policialesco contra adversários do presidente e o crescente desconforto até no apalermado Congresso Nacional com o desgoverno reinante e o galope descontrolado de mortes em todo o território nacional.

Aconteceu o mesmo com Donald Trump. Por lá, a pandemia foi um fator a galvanizar esses descontentamentos, que estavam difusos, e a forçar a oposição do Partido Democrata a se unir em torno de Joe Biden.

Aqui começam timidamente ensaios de arranjos de chapas que pudessem limpar o meio de campo de muitos candidatos perna de pau nas pesquisas e fazer surgir uma dupla competitiva. Nos últimos dias, fui procurada por articuladores de partidos com composições as mais diversas. Alckmin-Mandetta? Alexandre Kalil-Luiza Trajano? A mais manjada Luciano Huck-Moro? Em cada uma há senões, guerras de egos, vetos dentro desse e daquele partido e hesitação dos envolvidos. Mas o que há mesmo é a falta, até aqui, de consciência por parte do establishment político não petista de que é possível construir essa alternativa, desde que o diálogo comece agora, seja sistemático, envolva setores amplos da sociedade civil para além dos partidos e contemple uma alternativa concreta de projeto de país para reconstruir o que foi destruído por Bolsonaro.

sexta-feira, julho 13, 2018

No Pará: Bolsonaro ameaça dar um "ponto final" na fiscalização ambiental e pode subir no palanque de Helder



Por Diógenes Brandão

Longe de mim fazer a defesa do discurso dos chamados ecochatos e nem mesmo criticar o direito do pré-candidato a presidente do Brasil, Jair Bolsonaro de expor suas opiniões sobre temas que ele toca com uma superficialidade ímpar, mas sua vinda ao Pará foi um verdadeiro teatro melancólico, de uma classe política iletrada e atrasada, que o nosso país infelizmente ainda nutre. 

Desde a tarde desta quinta-feira (12), quando desceu de um vôo comercial e participou de eventos na cidade de Marabá, Bolsonaro foi recebido por seus seguidores e militantes que mobilizaram-se através das redes sociais para recebê-lo já no aeroporto

Segundo a polícia militar, cerca de mil pessoas compareceram ao local e receberam camisas com o nome do presidenciável, as quais foram distribuídas pelos organizadores do evento. Entre seus famosos e hipnotizantes impropérios, Bolsonaro disse que não estava ali fazendo campanha e sim uma visita para conhecer os problemas da região.

Do aeroporto, Bolsonaro partiu em carreata pelas ruas de Marabá. Além de uma grande trio elétrico, haviam pickups, carros de luxo e até tratores que se dirigiram até a orla da cidade, onde um evento lá programado foi suspenso e Bolsonaro entrou em um carro e partiu para reuniões reservadas, sem muitas explicações aos seguidores que ainda queriam lhe acompanhar.

Bolsonaro então reapareceu no jantar promovido pelo Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Marabá, onde discursou evocando promessas de mudar a legislação ambiental para segundo ele "dar uma "segurada" na fiscalização ambiental. A fala foi considerada uma clara demonstração de que o pré-candidato que aparece em 2º lugar nas pesquisas eleitorais feitas até aqui, tem como objetivo piorar o que já está incontrolável: Os conflitos por terra, madeira e demais recursos naturais na região. 

Com a promessa, Bolsonaro acena para a aceleração da devastação das terras, afrouxando a legislação ambiental e diminuindo a já capenga condição de trabalho dos agentes dos órgãos oficiais de controle e fiscalização do Estado brasileiro. Isso em uma das regiões que mais concentra mortes por causa dos conflitos entre grileiros e trabalhadores rurais sem terra, além de ser onde mais se pratica a extração ilegal de madeira, minérios e outras riquezas, tendo para isso a matança de lideranças populares e sindicais, além de dizimar comunidades tradicionais e promover a devastação da mata e do solo. Tudo feito por criminosos que chegam em nossa região com cercas, armas e tratores e deliraram ao ouvir da boca do pré-candidato do PSL, que terão ajuda para continuarem enriquecendo afrontando as leis brasileiras.


Em matéria do jornal Estadão se lê: Apesar de o presidenciável do PSL, Jair Bolsonaro, manter o discurso contra “políticos tradicionais”, o diretório do partido no Pará costura uma aliança com o ex-ministro da Integração Helder Barbalho, do MDB, que concorre ao governo do Estado nas eleições 2018. Na disputa federal, o senador Jader Barbalho, pai de Helder e patriarca do grupo, manifesta apoio, pelo menos formalmente, à pré-candidatura do ex-ministro Henrique Meirelles, de seu partido, e espera uma definição do nome que o PT lançará à Presidência.

“O PSL tem um diálogo com o grupo oposicionista, mas uma aliança ainda está indefinida”, completou. Em Brasília, a costura entre o PSL e Helder é conduzida pelos deputados paraenses Eder Mauro (PSD), pai de Rogério, e José Priante (MDB), primo de Jader. Mauro desconversa sobre as negociações, mas adianta, porém, que nas conversas com Helder, está acertado que ele ditará a segurança pública no Estado num eventual governo do grupo. 

Assista o vídeo com o trecho de uma reportagem de Julho do ano passado, sobre uma parte da realidade enfrentada pelos servidores públicos de órgãos como o IBAMA e o ICMbio, que com muitas dificuldades tentam cumprir seu dever funcional e logo em seguida assista a parte do discurso de Jair Bolsonaro, ao fazer promessas mirabolantes e ameaçadoras contra a lei e os marcos regulatórios da gestão do Meio Ambiente, que já não são presentes naquela região e ele ainda vai botar mais gasolina no fogo, que já incendeia veículos oficiais e casas de agricultores, sem falar das centenas de vidas de inocentes perdidas e as que padecem no trabalho escravo e nas péssimas condições existentes para a grande maioria da população, que é esmagada pelos latifundiários que receberam seu "mito" nacional em Marabá e que hoje visitará Parauapebas.


terça-feira, dezembro 12, 2017

A casa caiu: Estadão confirma entrevista de Bolsonaro ao jornal com elogios a Hugo Chávez

Em setembro de 1999, deputado afirmou que ex-presidente venezuelano era uma 'pessoa ímpar' e que 'gostaria muito que sua filosofia chegasse o Brasil'. Foto: Hélvio Romero/Estadão.


Por Diógenes Brandão

Matéria publicada nesta terça-feira (12) pelo jornal paulista "O Estadão" e assinada pela jornalista Adriana Ferraz, confirma o que circula pelas redes sociais desde esta segunda-feira: Jair Bolsonaro flertava com Hugo Chávez e o governo da Venezuela, além de assumir que na época não utilizava o discurso anti-comunista que hoje prega. Aborrecido com a lembrança feita pelos internautas, o pré-candidato diz que foi "jogo sujo" divulgar a sua própria entrevista.

Leia:

Pré-candidato à Presidência da República, o deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ) classificou como “jogo sujo” a divulgação nas redes sociais do conteúdo de uma entrevista que ele concedeu ao Estado em 1999 sobre Hugo Chávez, ex-presidente da Venezuela morto em 2013. Na época, Bolsonaro afirmou que a chegada de Chávez ao poder era uma  “esperança para a América Latina”. O deputado ainda classificou o venezuelano como uma “pessoa ímpar”, afirmou que “gostaria muito que sua filosofia chegasse ao Brasil” e disse que não era anticomunista. 


Bolsonaro O deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) durante evento realizado pela Revista Veja em novembro, em São Paulo Foto: Hélvio Romero/Estadão Na entrevista, realizada meses após Chávez assumir o poder pela primeira vez, Bolsonaro diz acreditar que ele faria no país vizinho o que os militares fizeram no Brasil em 1964, com muito mais força. “Ele não é anticomunista e eu também não. Na verdade, não tem nada mais próximo do comunismo do que o meio militar. Nem sei o que é comunismo hoje em dia.”   

O deputado também disse ao Estado, há 18 anos, que gostaria de ir à Venezuela para tentar conhecer Chávez, a quem considerava não um ditador comunista, como hoje, mas uma figura “ímpar”. “Quero passar uma semana lá e ver se consigo uma audiência.”  

A divulgação da entrevista provocou repercussão das redes e o presidenciável afirmou que trata-se de um “jogo sujo”. “Como sempre falamos: Eles têm tudo, mas nós temos vocês e diariamente teremos de desarmar uma bomba montada, enquanto os corruptos nadam de braçada! Mas vamos até o fim! Há algo maior que eleição em jogo: a derrubada cultural da hegemonia de esquerda no Brasil”, escreveu o parlamentar.  

O presidenciável também postou um vídeo na segunda-feira, 11, nas redes. Gravado ano passado, ele usa a ironia para dizer que Chávez não fez como “os esquerdinhas Lula, Dilma e Genuíno”, que escolheram o Sírio-Libanês para se tratarem, mas foi se tratar em Cuba, que “tem a melhor medicina do mundo”. E continua: “E morreu. Parabéns, Chávez, prepare o inferno para receber os líderes comunistas do nosso Brasil.”  

Nesta terça-feira, 12, o parlamentar publicou mais um vídeo sobre o assunto, desta vez uma entrevista do próprio Chávez na qual ele dizia que faria uma reforma constitucional que poderia impedir até mesmo de ele terminar seu primeiro mandato, de cinco anos.  Acima, Bolsonaro se justifica: “Hugo Chávez e Lula antes das eleições, posavam de democratas.” O presidente permaneceu no poder até a morte, em 2013.

segunda-feira, janeiro 18, 2021

Perdeu, Bolsonaro

Doria fez barba, cabelo e bigode em Bolsonaro, como se dizia antigamente, quando um jogo terminava 7 a 1, como o da Alemanha contra o Brasil.
 

Por Ricardo Kotscho, no UOL

Bolsonaro se acha muito esperto. Pensa que pode enganar a todos durante todo o tempo, com suas crendices e mentiras.  Posa de machão, mas tomou uma surra de fazer bico nesse domingo, de onde menos podia esperar: da Anvisa (Agencia Nacional de Vigilância Sanitária), cujos diretores escolheu a dedo para boicotar a "vacina chinesa do Doria", a única que o Brasil tem até o momento para vacinar a população.

A Anvisa não só aprovou a Coronavac, por unanimidade, como enterrou as "alternativas terapêuticas" do presidente com o "tratamento precoce" da cloroquina, decidindo que a vacina é a única forma eficaz de prevenção contra o coronavírus.

Covarde, até o momento em que escrevo, o capitão não apareceu para comentar o julgamento da Anvisa, e mandou seu general da Saúde, coitado, passar o vexame de entrar ao vivo na televisão, depois de João Doria celebrar a primeira aplicação de vacina em solo brasileiro na Mônica Calazans, uma enfermeira negra de 54 anos, que mora em Itaquera e trabalha na UTI do hospital Emílio Ribas. Bolsonaro não apareceu na foto que ele tanto queria.

Enfermeira Mônica Calazans, de 54 anos, é a primeira brasileira a receber dose da vacina CoronavacImagem: Governo do Estado de São Paulo / Divulgação

"Nós poderíamos iniciar por marketing a primeira dose em uma pessoa, mas em respeito a todos os brasileiros o Ministério da Saúde não fará isso", balbuciou Pazuello.

Nem poderia, já que até a decisão da Anvisa, o Ministério da Saúde não contava com uma única a vacina para aplicar, depois que fracassou a "Operação Índia", para trazer às pressas de Mumbai 2 milhões de doses da AstraZeneca/Fiocruz, a esperança de Bolsonaro de aparecer como salvador da pátria no evento marcado para o Palácio do Planalto, às 10 horas de quarta-feira.

Perdeu, Bolsonaro.

Teu inimigo João Doria, que você tanto teme em 2022, é acusado de ser um marqueteiro, com toda razão, mas ele é bom nisso. Só consegue vender quem tem um bom produto para oferecer, e ele tinha a vacina do Instituto Butantan, desenvolvida em parceria com o laboratório chinês Sinovac, por uma competente equipe liderada pelo grande médico e cientista Dimas Covas, um brasileiro que merece nossa admiração.

Doria fez barba, cabelo e bigode em Bolsonaro, como se dizia antigamente, quando um jogo terminava 7 a 1, como o da Alemanha contra o Brasil.

Ninguém melhor do que Mônica Calazans poderia representar os profissionais de saúde e a mulher brasileira, uma batalhadora que só se formou em enfermagem com mais de 50 anos e foi voluntária quando o governo de São Paulo convocou profissionais da área no começo da pandemia.

Até o último momento, o governo federal, por meio da Advocacia Geral da União, tentou impedir que isso acontecesse, ao solicitar à Anvisa para só permitir a aplicação da vacina após a publicação de um termo de compromisso do Instituto Butantan no Diário Oficial da União, atendendo a um detalhe burocrático.

Suprema humilhação para Bolsonaro e Pazuello é que só poderão dar início ao Programa Nacional de Imunização, na quarta-feira, com vacinas do Butantan, daquele comunista do João Doria, tão vilipendiadas pelo governo federal. As vacinas vindas da Índia ninguém sabe ainda quando vão chegar.

Detalhe: as duas vacinas dependem de insumos fornecidos pela China, que ofereceu ajuda financeira ao Amazonas, o Estado mais castigado pela pandemia, onde o general Pazuello esteve por três dias na semana passada, oferecendo cloroquina para todos.

Figura patética, o ajudante de ordens de Bolsonaro pelo menos dá a cara para bater.

Mais perdido do que cachorro em dia de mudança, o general de divisão três estrelas da ativa do Exército, faz qualquer coisa para não perder o cargo e o soldo dobrado. Acha que está cumprindo uma "missão".

Não importa. O que vale é termos agora uma vacina aprovada para voltarmos a ter esperança de sobreviver à pandemia.

Hoje vou dormir mais tranquilo, sabendo que, no dia 15 de fevereiro, vou poder receber a vacina, de acordo com o cronograma para idosos de 70 a 74 anos.

Vocês ainda vão ter que me aguentar por mais algum tempo...

Vida que segue.

quarta-feira, janeiro 31, 2018

Datafolha: Lula mantêm liderança, Bolsonaro cai e PSDB não tem nome para a disputa eleitoral de 2018




Em uma possível corrida presidencial sem Luiz Inácio Lula da Silva (PT), quatro candidatos disputariam uma vaga no segundo turno contra Jair Bolsonaro (PSC), de acordo com a primeira pesquisa do Datafolha após a condenação do petista em segunda instância.  

Levantamento realizado na segunda (29) e na terça (30) mostra que o ex-presidente manteve vantagem sobre os rivais, com até 37% das intenções de voto. Seu eleitorado, porém, se pulveriza e a briga tende a se tornar acirrada caso ele seja barrado com base na Lei da Ficha Limpa.  

Bolsonaro aparece em primeiro lugar no principal cenário sem Lula, com 18%. Ele supera Marina Silva (Rede), Ciro Gomes (PDT), Geraldo Alckmin (PSDB) e Luciano Huck (sem partido).  

Marina lidera o segundo pelotão, com 13%. Ciro (10%), Alckmin (8%) e Huck (8%) estão tecnicamente empatados.  

O Datafolha fez 2.826 entrevistas em 174 municípios. A margem de erro é de dois pontos para mais ou menos. A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral com o número BR 05351/2018.  

Apesar de liderar a corrida sem Lula, Bolsonaro parou de crescer. Ele oscilou negativamente em todos os quadros apresentados na pesquisa, em comparação com o levantamento de novembro.  

No início de janeiro, reportagens da Folha revelaram que o patrimônio de Bolsonaro e de sua família se multiplicou depois que ele entrou na política, e que o deputado recebe auxílio-moradia da Câmara apesar de ser dono de apartamento em Brasília. 

Esta é a primeira variação negativa de Bolsonaro desde dezembro de 2016, quando o deputado começou a disparar nos levantamentos do Datafolha. Naquela data, o parlamentar era citado por 3% dos eleitores na pesquisa espontânea –quando não são apresentadas opções de candidaturas aos entrevistados. Ele chegou a 11% na última sondagem e, agora, oscilou para 10%.  

As intenções de voto do deputado também ficaram estáveis nas simulações de segundo turno. Ele seria derrotado tanto pelo ex-presidente Lula (49% a 32%) quanto pela ex-senadora Marina Silva (42% a 32%), e aparece em empate técnico com Alckmin.  

A pesquisa indica ainda que o ex-presidente Lula conserva força eleitoral mesmo condenado a 12 anos e 1 mês de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro pelo TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região).  

O petista lidera o primeiro turno em todos os cenários em que seu nome é colocado, com percentuais que variam de 34% a 37%. No segundo turno, venceria Alckmin (49% a 30%) e Marina (47% a 32%), além de Bolsonaro.  

A condenação de Lula pode torná-lo inelegível, mas sua participação na campanha depende de uma decisão do TSE que só deve ocorrer em setembro. Até lá, ele pode se apresentar como pré-candidato e recorrer a tribunais superiores para garantir seu nome na disputa.  

A saída de Lula impulsionaria principalmente Marina e Ciro Gomes. Na comparação de cenários com e sem a participação do ex-presidente, Marina passa de 8% para 13%, enquanto Ciro cresce de 6% para 10%.  

PATINANDO  

Outros candidatos também crescem quando Lula está fora do páreo, mas de forma mais tímida: tanto Geraldo Alckmin quanto Luciano Huck sobem de 6% para 8%.  

No cenário sem Lula, um dos possíveis candidatos do PT, o ex-governador baiano Jaques Wagner, aparece com 2%. O percentual de eleitores que diz não saber em quem votar ou que votaria em branco ou nulo sobe de 16% para 28% quando o ex-presidente não é um dos candidatos.  

Huck reestreou na pesquisa empatado com Alckmin em todos os cenários.  

O apresentador da Rede Globo havia afirmado, em artigo publicado em novembro na Folha, que não vai disputar a eleição, mas apareceu em janeiro no "Domingão do Faustão" com um discurso político e continua sendo cortejado por partidos para concorrer ao Planalto.  

Favorito para se candidatar à Presidência pelo PSDB, Alckmin patina em todos os cenários do Datafolha. O tucano tem de 6% a 11% das intenções de voto.  

No segundo turno, o tucano seria derrotado por Lula e aparece tecnicamente empatado em disputas com Ciro Gomes e com Jair Bolsonaro. Nessas últimas duas simulações, quase um terço do eleitorado diz que votaria em branco ou nulo.  

A dificuldade enfrentada por Alckmin para subir nas pesquisas provocou questionamentos dentro de seu próprio partido sobre a viabilidade de sua candidatura.  

Potencial alternativa ao governador no PSDB, o prefeito paulistano João Doria também não decolou: aparece com, no máximo, 5% das intenções de voto.

segunda-feira, outubro 22, 2018

Qual o menos pior: Márcio Miranda ou Helder Barbalho? E quem tá com Bolsonaro ou Haddad?

Eleitores de Márcio Miranda e Helder Barbalho misturam a campanha presidencial e usam o nome dos seus candidatos para influenciar as eleições no Pará.

Por Diógenes Brandão    

O vídeo de Frank Bolsonaro, administrador da fanpage Família Bolsonaro Pará está sendo usado por petistas ligados a campanha de Helder Barbalho (MDB), como um recurso retórico contra a candidatura de Márcio Miranda.

No vídeo gravado ao vivo na noite deste último sábado, 20, na Av. Doca de Souza Franco, durante uma manifestação das militâncias dos candidatos que disputam as eleições para o governo do Estado, Frank Bolsonaro afirma que Eder Mauro é Helder Barbalho e diz que Helder Barbalho é PT.

Assista o vídeo:



Diante disso, muitos petistas acabaram vestindo a carapuça e assumindo a campanha do MDB, chamado de partido golpista pela esquerda como um todo.  

Historicamente, o DEM, partido de Márcio Miranda é aliado do PSDB, o qual foi durante mais de 30 anos, o principal adversário do PT. 

Foi do presidente nacional do então PFL, hoje DEM, a frase que aumentou o antagonismo da esquerda contra o partido de Márcio Miranda: "Desencantado? Pelo contrário. Estou é encantado, porque estaremos livres dessa raça pelos próximos trinta anos", disse Jorge Bornhausen referindo-se ao governo do PT, numa palestra em que lhe perguntaram se não estava desencantado com a situação política do país, em Agosto de 2005.  

Passados 13 anos, alguns petistas ainda usam esse rancor pelo DEM para justificar sua decisão de votar contra Márcio Miranda e fazerem campanha para Helder Barbalho.  No entanto, segundo fontes do blog AS FALAS DA PÓLIS, a chamada "banda boa" do PT não aceitou fazer parte do acordo político feito logo após o fim do primeiro turno, quando Paulo Rocha (PT) foi derrotado, como já era previsto e a cúpula da "banda podre do PT", reuniu-se e declarou apoio unilateral à campanha dos Barbalho. 

A militância não seguiu a determinação da direção partidária e o PT segue rachado, com petistas fazendo campanha para os dois candidatos: Helder Barbalho e Márcio Miranda.  No entanto, o vídeo de Frank Bolsonaro tem sido usado por petistas pró-Helder Barbalho, em grupos da esquerda paraense, para forçar o entendimento de que a manifestação de apoio de eleitores de Bolsonaro a Márcio Miranda, seria a razão para que toda a esquerda vote em Helder Barbalho. 

Confesso que demorei a acreditar que tanta gente inteligente esteja sendo tapeada por mais essa narrativa torpe e sem a menor condição de ser crível.

Soma-se à essa narrativa, a ideia de que Márcio Miranda foi indicado por Simão Jatene (PSDB) declarado como inimigo histórico do PT e de toda a esquerda paraense. 

No entanto, um atento observador petista, me lembrou de que no primeiro turno, o PSDB de Simão Jatene fez campanha e jogou peso em Geraldo Alckmin, o seu candidato a presidente. 

Já o MDB, fez campanha aberta a Jair Bolsonaro, ao invés de Meireles, candidato oficial do partido. 

Os números confirmam a tese do militante que integra a "banda boa do PT".  

Tem mais, para grande parte dos petistas paraenses, pouco importa de que lado esteja o Gordo do Aurá e muito menos se o João Salame (PP) foi preso por corrupção. Eles querem eleger Haddad e ponto final.  

Como nenhum dos dois candidatos ao governo do Estado declarou apoio aos candidatos a presidente do Brasil, qualquer ilação de que Márcio Miranda é Haddad ou Bolsonaro, assim como Helder Barbalho é Bolsonaro ou Haddad é pura falácia de militantes ou pessoas mal intencionadas. 

As paixões se afloram e o erro da esquerda (PT e PCdoB) em decretar apoio a Helder Barbalho, ao invés de deixar com que a militância escolhesse livremente seu candidato ao governo e focasse na campanha presidencial, tem levado Bolsonaro a crescer de forma avassaladora no Pará.

Segundo a última pesquisa DOXA, publicada neste domingo (21), Bolsonaro continua liderando as intensões de votos, com uma diferença de 9,4% sobre Fernando Haddad. Veja o gráfico:

Pesquisa DOXA foi realizada com  1.896 eleitores, entre os dias 10 e 13 de Outubro, em todas as mesorregiões do Estado, com o nível de confiança de 95% e Margem de erro de 2,25. Registro Eleitoral nº PA-07843/2018. 

O PSOL não assume publicamente, mas sua militância está orientada a votar contra Márcio Miranda e em Haddad para presidente, mesmo depois do partido ter feito duras críticas aos governos do PT e do MDB, tanto a nível estadual, quanto nacional, chamando-o de golpista e de ser inimigo número 1 da classe trabalhadora. 

No entanto, a maioria da militância psolista também não aceita votar em qualquer integrante da família Barbalho, optando, portanto, pelo voto nulo.  

Mas nos últimos dias, o blog tem conversado com muitas lideranças e formadores de opinião da esquerda paraense e a maioria destaca que se for para escolher o menos pior, Márcio Miranda seria a melhor opção. Por que? Indaguei durante todo o final de semana.

Avaliando todas as consultas e conversas feitas com a militância e lideranças da esquerda paraense, os motivos para votar em Márcio Miranda ao invés de Helder Barbalho seriam quatro. São eles:  

1) Márcio Miranda é um bom sujeito, sem nada que abale sua índole. Como político, Márcio Miranda sempre agiu de forma ética, democrática e sempre buscando o equilíbrio das forças políticas de dentro e fora da ALEPA, coordenando reuniões e conversas entre o governo e a oposição, para chegar no bom senso e nas melhores condições, nas mesas de negociação, seja com sindicalistas, prefeitos, segmentos do setor produtivo e movimentos sociais.  

2) Márcio Miranda sempre respeitou as minorias, acatando propostas e bons nomes nas negociações para composição de mesas diretoras e comissões estratégicas no parlamento estadual, onde foi eleito e reeleito por mais duas vezes consecutivas, todas com o voto unânime dos deputados, de todos os partidos paraenses, inclusive deputados do PT, PCdoB e do MDB, hoje seu principal rival. Algo inédito e surpreendente. 

3) Na comparação entre o menos pior, entre os nomes de Márcio Miranda e Helder Barbalho, este último é uma ameaça maior à esquerda, já que sua família possui um império de comunicação, que através dos seus telejornais, programas de rádio e do jornal Diário do Pará influencia milhões de paraenses contra seus adversários. 

Imagine uma greve do SINTEPP - Sindicato dos Professores do Estado do Pará - onde por algum motivo haja o uso de força policial contra os manifestantes grevistas. 

Como os veículos de comunicação da família do governador iriam se manifestar? 

Iriam tratar os manifestantes com isenção e respeito, ou chamá-los de esquerdistas/petistas vagabundos, tal como faz todos os dias, apresentadores e funcionários das empresas da família Barbalho, como Joaquim Campos (MDB), vereador e candidato a deputado federal novamente derrotado nas urnas por sua truculência e carta branca para difundir opiniões contrárias à esquerda, semeando ódio e até ideias para acabar com ela?  

4) Independente de quem seja o presidente eleito, a família Barbalho será da base aliada e continuará forte e com grande poder para indicar seus membros para ministérios e autarquias, como a SUDAM, pois quem entende minimamente de política partidária, sabe que o MDB, com seu tamanho no Congresso Nacional, sua importância para aprovação de projetos e da necessária governabilidade ao futuro presidente, continuarão a oferecer sua fatia no poder central, mantendo  ou até ampliando o poder da família mais rica da política paraense, que já possui a maioria dos prefeitos, deputados e vereadores eleitos no Pará. 

Imagine com todo esse poder, nas eleições de 2020.

Imagine!

quinta-feira, dezembro 11, 2014

PSDB Mulher critica Bolsonaro, mas para os dirigentes fica por isso mesmo

PSDB Mulher emitiu nota contra atitude de Bolsonaro, mas site do partido só fala em atitude censurável. Machismo ou medo de rachar a oposição?

Por meio de nota, o PSDB minimizou a fala “Não te estupro porque você não merece”, de Jair Bolsonaro (PP-RJ) contra Maria do Rosário (PT-RS), em plena Câmara dos Deputados

Pela Redação da Revista Fórum.

Um “censurável episódio ocorrido no plenário da Câmara dos Deputados essa semana”. É assim que a bancada do PSDB classifica o incidente dessa terça-feira (9), em que um deputado afirmou, em plenário, que só “não estuprava” uma colega “porque ela não merecia”.

Sem citar o nome do agressor, Jair Bolsonaro (PP-RJ), lê-se no texto que a sigla repudia e se posiciona contrária “a qualquer tipo de violência ou desrespeito contra as mulheres” – sem também fazer menção à agredida, a deputada Maria do Rosário (PT-RS).

A nota ainda afirma que a legenda está “comprometida com os mecanismos de proteção das mulheres, assim como a garantia do respeito, sem distinções”. Porém, ao contrário de PT, PCdoB, PSB e Psol, que entraram com uma representação no Conselho de Ética da Câmara contra Bolsonaro, os tucanos não se manifestaram contra o deputado aliado de oposição.

Nota do Blog As Falas da Pólis.

Ao contrário do site do Diretório Nacional do PSDB, a Nota do PSDB Mulher traz os nomes dos envolvidos no que chama de inadmissível comportamento de Bolsonaro, mas como não tem poder interno no partido, limitou-se a isso, sem ingressar com recursos nas esferas responsáveis para julgar a atitude do parlamentar.

Machismo ou medo de rachar a oposição?

Segue a nota:

O PSDB Mulher Nacional vem a público manifestar sua indignação pela maneira como o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ), rebateu a ex-ministra Maria do Rosário (PT-RS), em debate ocorrido no plenário da Câmara dos Deputados, nesta terça (9).

Acreditamos que oposição se faz com o debate de ideias, argumentos e propostas, jamais com ataques pessoais ou apologia ao crime. Quando o deputado Bolsonaro diz que a deputada Maria do Rosário não merece ser estuprada dá a entender que algumas mulheres merecem, o que é inadmissível.

O Brasil é um país em que ocorre um estupro a cada 4 minutos, precisamos de leis mais duras contra este crime, de parlamentares mais dispostos a combatê-lo, não de políticos complacentes com esse tipo de agressão. Oposição sim, sempre, para isso fomos eleitos; apologia ao crime, jamais.

Secretariado Nacional da Mulher/PSDB.  

segunda-feira, março 29, 2021

Recusa em apoiar Estado de Sítio levou à demissão do ministro da Defesa

Governo Bolsonaro troca quatro ministros em duas semanas. Imagem: Raul Spinassé/Folhapress.


Via Balaio do Kotscho, no UOL Notícias

A falta de apoio das Forças Armadas na sua tentativa de decretar o Estado de Sítio foi a principal razão para Bolsonaro demitir sumariamente o ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, segundo fontes militares ouvidas pela coluna. 

Bolsonaro queria que os militares pressionassem o Congresso a aprovar o estado de exceção, que suspende garantias individuais e dá plenos poderes ao presidente. Há várias semanas o capitão já vinha preparando o terreno para adotar essa medida extrema, ao fracassar no combate à pandemia e anunciar que "o caos vem aí".

Azevedo e Silva ainda tentou argumentar que as Forças Armadas são instituições de Estado e não de governo, mas o presidente estava decidido a tocar em frente seu plano para dar um autogolpe. 

Foi o mesmo motivo da demissão do advogado Geral da União, José Levi do Amaral Junior, que se recusou a assinar a ação de Bolsonaro contra os governadores no STF. A ação, recusada pelo Supremo, foi entregue na semana passada só com a assinatura do presidente da República. Para o lugar dele na AGU, o presidente quer levar de volta André Mendonça, que tinha ido para o Ministério da Justiça. 

Para o Ministério da Justiça foi o delegado da Polícia Federal Anderson Torres, que era Secretário Nacional da Segurança Pública e deve coordenar as Polícias Militares (ver final da coluna). 

De forma secundária, outra recusa contribuiu também para a saída de Azevedo e Silva, que se negou a assinar a promoção do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello para general de quatro estrelas.

Bolsonaro simplesmente não admite ser contrariado e, quando isso acontece, age por impulso, o que já vinha preocupando a alta cúpula militar. O objetivo do presidente, nesta louca dança das cadeiras que desencadeou hoje, é se cercar apenas de fiéis aliados terrivelmente submissos como eram Pazuello e Araújo.

O que os militares não conseguem entender é com qual apoio o capitão pretende contar agora para levar adiante seu plano golpista, depois dos atritos com o Congresso, o STF e o mercado, sendo demonizado pela maior parte da grande mídia e com a perda de poder dos seus fanáticos seguidores nas redes sociais. 

Cada vez mais só e isolado, o capitão tornou-se incontrolável. 

Desde a decisão do STF de cancelar as condenações de Lula pelo ex-juiz Sergio Moro na Lava Jato, Bolsonaro entrou em parafuso, começou a atirar para todo lado e acabou promovendo o desmanche do seu próprio governo, que derrete a olho nu. 

Acabou o governo Bolsonaro que tomou posse no dia 1º de janeiro de 2019. 

O que se sabe é que o presidente vem há tempos trabalhando para garantir o apoio das Polícias Militares estaduais, que, somadas, têm o dobro do contingente das Forças Armadas, tirando-as do comando dos governadores contra os quais já apontou sua artilharia. 

É nesse contexto que se insere o movimento do que sobrou das forças bolsonaristas no Congresso e nas redes sociais para atiçar um motim da Polícia Militar contra o governador da Bahia, Rui Costa, após um conflito na corporação neste fim de semana. 

Os próximos dias, enquanto o presidente não for contido em sua escalada autoritária, prometem fortes emoções. E tudo isso está acontecendo na antevéspera de mais um 31 de Março, aniversário do Golpe Militar de 1964 sempre defendido por Bolsonaro. 

Preparem-se. 

Vida que segue

sábado, outubro 07, 2017

Confusão e quebra-quebra na visita de Bolsonaro a Belém

Bolsonaro vestiu a camisa dos dois maiores times de futebol paraenses: Paysandu e Remo.
Por Diógenes Brandão

Tal como previsto na matéria Condenado pela 4ª vez e sob protestos, Bolsonaro fará visita relâmpago a Belém, na quinta-feira (5), o deputado carioca Jair Bolsonaro (PSC-RJ) foi recebido por uma mini-multidão no aeroporto de Belém, de onde saiu em carreata até à Computer Hall, lugar onde era aguardado para uma palestra, onde os participantes que haviam feito suas inscrições via internet, já estavam lhe aguardando. 

Na chegada de outras pessoas que haviam acompanhado o deputado desde o aeroporto e quiseram entrar sem estarem credenciadas, houve um tumulto e quebra-quebra. Depois da zorra e dos prejuízos deixados, os fãs de Bolsonaro que não conseguiram entrar no local da palestra foram embora e os que ficaram comentaram nas redes sociais que o vandalismo no local havia sido feito por "petistas infiltrados".

Ainda no aeroporto, as imagens de centenas de homens e a ausência de mulheres chamaram a atenção do professor e arquiteto Flávio Nassar, que fez o seguinte comentário em seu perfil do Facebook: 

"Tem alguma coisa estranha nesta foto. 
Onde estão as mulheres? 
Será a crise da masculinidade? 
O outono do patriarcado? 
Bando de babaca babando por um macho escroto".



A advogada e jornalista Franssinete Florenzano, postou em seu blog e redes sociais uma nota que lhe gerou inúmeras críticas e ofensas. Segue o post dela:


Da esquerda para a direita: Vereador Sargento Silvano (PSD) autor do projeto de lei que daria o título de "Cidadão Belensense" a Jair Bolsonaro, Deputado Federal Éder Mauro (PSD), Bolsonaro e Deputado Estadual Coronel Niel (PSD). Todos são policiais que ingressaram na política e hoje são representantes da chamada "Bancada da Bala"

Para mais detalhes sobre a inusitada visita, leia no blog do Ver-O-Fato: A MULTIDÃO E A VISITA DE BOLSONARO A BELÉM, SEGUNDO MATÉRIA DA BBC

segunda-feira, agosto 03, 2020

No Roda Viva, Maia descarta abrir impeachment de Bolsonaro: “Não vejo elementos”

Presidente da Câmara disse que não enxerga crime por parte de Bolsonaro em nenhum dos mais de 50 pedidos de afastamento que estão em sua gaveta, mas que Dilma, sim, cometeu crime de responsabilidade e por isso votou a favor do impeachment "com convicção"

Via Fórum

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), descartou, em entrevista ao Roda Viva, da TV Cultura, na noite desta segunda-feira (3), a possibilidade de abrir algum dos mais de 50 pedidos de impeachment contra o presidente Jair Bolsonaro que estão em sua gaveta.  

Segundo Maia, não há elementos que apontem que o presidente tenha cometido algum crime, mesmo diante do fato de que Bolsonaro participou de atos antidemocráticos contra o Congresso e tem sido um dos piores gestores do mundo no combate ao coronavírus – os jornalistas do programa lembraram, inclusive, que Bolsonaro dá maus exemplos, incentiva aglomerações e mantém o Ministério da Saúde sem titular há meses, o que pode ter contribuído para o alto número de mortes no país.

“Por parte do presidente não vejo crime de responsabilidade. Não vejo motivações pro um processo de impeachment. São fatos graves, mas não para um processo de impeachment”, afirmou.  

“O presidente comete vários erros, mas tem uma parte da sociedade que apoia ele. Não acho que há esse crime”, completou o parlamentar.  

Apesar de não enxergar nenhum crime por parte de Bolsonaro, Maia afirmou que votou “com convicção” a favor do impeachment de Dilma Rousseff e que a petista, sim, diferentemente de Bolsonaro, teria cometido um crime “concreto”.  

Perguntado sobre o motivo pelo qual, então, não arquiva os pedidos de impeachment contra Bolsonaro, Maia afirmou que, caso indefira algum deles, caberá recurso e isso terá que ser discutido em plenário, algo que, para ele, não caberia em um momento de pandemia.

quarta-feira, outubro 03, 2018

UMA BREVE ANÁLISE SOBRE O FENÔMENO BOLSONARO

Bolsonaro foi criado pelo PT, por sua irresponsabilidade, por seu comportamento iconólatra à Lula. 

Por Carlos França*

Relutei muito, até que neste amanhecer resolvi fazer esta postagem, pra registrar o que penso. A mesma não tem desejo de proselitismo, apenas expor um pensamento, que não tolerará comentários de baixaria ou chulos. 

Quem me conhece é sabedor que meu candidato à presidência era Álvaro Dias, probo, preparado e confiável; mesmo assim, há muito tempo já fazia uma avaliação consubstanciada academicamente de que Bolsonaro, cresceria muito. 

Interessante que este personagem que a mídia nos traz deste senhor, não condiz com sua real existência na Câmara; membro do baixo clero, pouco articulado entre colegas, tímido, péssima oratória, desinteressado das composições inerentes a legislatura, acabando por movimentar-se sozinho, meio que isolado.

Como conseguiu então tanta projeção? Opino, que sua posição antipetista ferrenha desde a época áurea do lulopetismo, sua indiferença ao politicamente correto, sem filtros, que inclusive facilitou as rotulagem de homofóbico, racista, etc... e sua incomum franqueza, que as vezes chega à beira da ingenuidade política, foram as responsáveis! 

Seu crescimento junto ao eleitorado explica-se mais por suas deficiências do que por méritos. Houve uma empatia e uma percepção de que ele fala o que pensa e assim sendo, podemos confiar; daí talvez explique-se porque apanhe tanto e não tendo partido forte, sem dinheiro, sem tempo de tv, antipatia da imprensa, oposição de quase todos os partidos, impensável na academia, odiado pelos artistas, esfaqueado e doente, como um zumbi...ele sobreviveu. 

Tenho um grande amigo, privilegiado pelo seu posto de observação do tema, que afirmou, a uns sete meses atrás: “esse cara é um idiota, vai dissolver quando começar a campanha eleitoral”, isto durante uma avaliação de cenários, onde eu defendia o Alvaro Dias, mas já afirmava que o Bolsonaro iria surpreender e poderia ganhar, contra tudo e todos, as eleições. 

Em fóruns mais acadêmicos, eu até sentia-me acanhado, dada a repelência e nada racional posição de amigos sobre o tema, sendo que entre estes, os mais próximos e também os que mais respeito, sabem desta avaliação. Indo mais além e a quase dois meses, portanto antes da facada, em um papo com um outro grande amigo, referência intelectual do tema, afirmei, após uma longa análise, que Bolsonaro poderá ganhar a eleição no primeiro turno. Fui taxado de louco e até superficial...rs

Ontem, conversando com uma outra amiga também MSc em Ciência Política como eu, esquerda típica, que milita abertamente contra o fenômeno, rotulando-o com todos seus méritos, também fiz esta avaliação, destacando a ela, que o ódio à criatura, deveria-se voltar ao criador, ou seja, os governos de esquerda, que levaram o Brasil a esta situação de descrença em todo sistema político. 

Bolsonaro foi criado pelo PT, por sua irresponsabilidade, por seu comportamento iconólatra à Lula. 

Bolsonaro ganhará as Eleições não por ser de direita, ganhará as eleições porque é contra o sistema e no inconsciente coletivo da maioria da população, ter esta representação...muitos dos quais até o presente momento nem sabem que votarão nele. 

O sistema sabe disso e o teme, mais do que a esquerda. O mérito dele foi ter a fortuna (Maquiável) de ter historicamente trombado com este inconsciente. A maioria da população votará contra o Sistema, votará em Bolsonaro!  

*Carlos França é Professor, Advogado e Mestre em Ciência Política pela UFPA.

Crise: Edmilson Rodrigues perde seu braço esquerdo no PSOL

Luiz Araújo deixou o PT para fundar o PSOL, onde viveu até então organizando a corrente interna "Primavera Socialista" e supostame...