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quarta-feira, abril 22, 2020

Edmilson Rodrigues: a pedra no caminho do PT



Por Diógenes Brandão


No meio do caminho tinha uma pedra 
Tinha uma pedra no meio do caminho 
Tinha uma pedra 
No meio do caminho tinha uma pedra

Nunca me esquecerei desse acontecimento 
Na vida de minhas retinas tão fatigadas 
Nunca me esquecerei que no meio do caminho

Tinha uma pedra
Tinha uma pedra no meio do caminho
No meio do caminho tinha uma pedra

Carlos Drumond de Andrade.

Desde o processo de redemocratização brasileira, poucos partidos tiveram tantas chances de conquistar a confiança dos eleitores paraenses, quanto o PT teve. 

A partir de uma disputa recheada de baixo nível, entre a candidata do PMDB, Elcione Barbalho e Ramiro Bentes (PDT), nas eleições municipais de 1996o Partido dos Trabalhadores conseguiu eleger o professor e sindicalista Edmilson Rodrigues prefeito de Belém, e o reelegeu no ano 2000. 

Em 2006, o PT elegeu a primeira mulher como governadora do Pará, a bancária Ana Júlia. Nacionalmente, o PT também crescia: elegeu Lula em 2002, o reelegeu em 2006, bem como elegeu sua sucessora, Dilma Rousseff em 2010 e a reelegeu em 2014.

Voltando ao Pará, o PT teve todas as oportunidades de mostrar que o modo petista de governar seria diferente; que traria pessoas honestas e competentes para cuidar dos cofres públicos e que implementaria políticas públicas arrojadas, tanto na área educacional, quanto na saúde e assistência. Diferente do que ocorreu em outros estados, porém, onde o partido conseguiu imprimir marcas que o diferenciaram dos governos anteriores, de outros partidos, por aqui o PT se revelou um grande fiasco, que a população não esquece. Muitos entendem essa decepção como uma traição aos princípios que o Partido dos Trabalhadores sempre pregava.

Para se ter uma pequena amostra disso, basta ver que o partido não construiu nenhum hospital de grande porte, como os 19 hospitais regionais deixados pela gestão do PSDB, partido considerado o maior adversário dos petistas, por atrair os votos de centro-esquerda, ou seja, mesmo campo ideológico do PT em suas práticas, apesar de sempre ter pregado ser esquerda puro-sangue. No caso de Belém, a gestão petista construiu um segundo pronto-socorro municipal, mas a obra, de tão pequeno porte, precisou ser ampliada recentemente, para fazer valer a nomenclatura. Esta unidade, no Guamá, quando funcionava, assemelhava-se, na verdade, a uma UPA, entretanto com o pomposo nome de Hospital de Pronto-Socorro. 

Hoje, o PT só pensa em uma coisa: voltar ao poder, com ou sem o protagonismo, como aliás já atua, de forma coadjuvante, no governo de Helder Barbalho, do MDB, por exemplo. O importante é garantir os cargos que o partido costumou ter, para distribuir para sua militância. Por eles, topa-se tudo, até abrir mão das bandeiras de luta dos movimentos sociais, que são a base que deu origem ao partido e um dia o fez crescer no seio da sociedade brasileira, inclusive em setores da classe média, principalmente entre professores e outros servidores públicos. 

As sucessivas demonstrações de perda de identidade com estes setores e a constatação de que acabou utilizando das mesmas práticas e vícios dos demais partidos, entretanto, trouxeram derrotas eleitorais estrondosas ao partido, principalmente depois da apuração de casos de corrupção em prefeituras, governos estaduais e no próprio governo federal, quando o PT governava. 

Para se ter ideia da fragilidade eleitoral petista, depois de governar a capital do Pará por dois mandatos, o PT entrou em um declínio acelerado e constante, que o fez chegar, hoje, a um dos piores patamares em popularidade, entre os partidos de expressão nacional. 

Embora o PT paulista dite que a estratégia eleitoral do PT nacionalmente deve ser considerar o PSDB como seu maior adversário, a história recente do partido, em Belém, revela que o pior empecilho de retomada da força do PT na capital do estado, é o PSOL, partido que surgiu de um racha do Partido dos Trabalhadores, após alguns de seus membros terem sidos expulsos por desobedecerem determinações partidárias. É ou não é um baita paradoxo?



Para refrescar a memória dos mais distraídos, vamos voltar algumas casas desse tabuleiro.

Primeiro, é preciso dizer que o candidato mais forte em todas as últimas pesquisas, desde que deixou o poder, é Edmilson Rodrigues, mas curiosamente é quem acumula, sucessivamente, também, os maiores índices de rejeição e, por isso, não consegue se reeleger desde então, comprometendo, inclusive, suas atuais ambições. 

Das quatro eleições que disputou, Edmilson venceu duas e perdeu outras duas, justamente as duas últimas eleições municipais (2012 e 2016).

Relembrando: com Edmilson fora da disputa, por não poder concorrer pela terceira vez, nas eleições de  2004o PT apresentou o nome da bancária Ana Júlia, que havia sido vice-prefeita de Belém, com Edmilson Rodrigues. Naquela eleição, a petista conseguiu terminar o primeiro turno, conquistando 32,74% dos votos válidos, enquanto Duciomar Costa (PTB) obteve 48,93%. No segundo turno, Duciomar terminou eleito com 58,28% dos votos válidos, enquanto Ana Júlia recebeu 41,72%.

Já nas eleições de 2008com Lula governando o país e Ana Júlia governando o Pará, o PT apresentou o professor Mário Cardoso, que obteve somente 18,11% dos votos válidos, ficando em terceiro colocado. Já eram sinais claros do declínio petista. Disputando a reeleição, Duciomar Costa foi para o segundo turno com José Priante (PMDB), que acabou sendo derrotado com 40,4% dos votos, enquanto Duciomar foi reeleito com 59,6%.

Nas eleições de 2012 já no PSOL, Edmilson Rodrigues foi lançado, mais uma vez, como candidato a prefeito e o PT veio com o professor Alfredo Costa para a disputa pela prefeitura de Belém. Embora o PT estivesse governando o país, com Dilma na presidência e em lua de mel com o eleitorado, em seu primeiro mandato, assim como tinha o 3º maior tempo de propaganda eleitoral no rádio e na TV - o que é fundamental para ganhar uma eleição - o resultado foi humilhante para o Partido dos Trabalhadores: Alfredo Costa só obteve 3,06% dos votos válidos. Vergonhoso ocaso de um partido que queria governar por décadas. 

Naquele pleito eleitoral, o candidato petista adotou como slogan de campanha, a frase: "O verdadeiro candidato do PT", passando recibo público diante do fato de que Edmilson Rodrigues, já no PSOL, desidratou e sugou a maioria dos votos e da base de apoio popular do seu ex-partido. Com isso, Ed conseguiu passar para o segundo turno e lá recebeu o apoio partidário dos petistas, contando ainda contou com o apoio de peso de Lula e Dilma, naquela altura, dois fenômenos eleitorais no país.



Os dois candidatos mais votados naquela eleição foram Edmilson Rodrigues, que recebeu 32,58% dos votos válidos e Zenaldo Coutinho, que obteve 30,67%. No segundo turno, Zenaldo Coutinho reverteu o jogo e com 56,61% dos votos, contra 43,39%, o tucano derrotou o psolista, tornando-se prefeito de Belém. 


Quatro anos depois, em 2016, não foi diferente. O PSOL insistiu, mais uma vez, com Edmilson Rodrigues, enquanto o PT lançou a promotora de justiça Regina Barata, pela sucessão de Zenaldo Coutinho, que disputava a reeleição. A candidata petista obteve naquela eleição, a pior votação já recebida pelo PT:  apenas 1,71% dos votos válidos. Novamente, percebeu-se o quanto Edmilson desidratou e sugou os votos petistas para si. Prova disso é que o psolista saiu das urnas no primeiro turno com 29,50% dos votos válidos, enquanto Zenaldo Coutinho obteve 31,0%.

No segundo turno, Zenaldo manteve a liderança e com 52,33% dos votos válidos, derrotou Edmilson - com 47,67% dos votos - pela segunda vez consecutiva.

No final de seu segundo mandato, Zenaldo não poderá mais disputar a reeleição, enquanto Edmilson disputará pela quinta vez a prefeitura de Belém. Dessa vez, o PT não dá sinais de que apresentará candidato para o pleito e está, neste momento, rachado entre a candidatura de Edmilson Rodrigues (PSOL) e de Ursula Vidal, agora no PODEMOS.

Com esse histórico, repleto de altos e baixos, a pergunta que fica no ar é o tema de um artigo do cientista político Dornélio Silva, que realizou um estudo eleitoral com os últimos resultados eleitorais: Quais as chances da esquerda voltar a governar Belém?

Leia também: 

Fortalecendo o MDB, família Faro racha o PT e militantes deixam o partido

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terça-feira, fevereiro 04, 2020

Dr. Daniel dispara na corrida eleitoral em Ananindeua



Por Diógenes Brandão


O assunto mais comentado desde ontem na capital e demais municípios paraenses, sobretudo em Ananindeua foi o resultado da primeira pesquisa eleitoral registrada pelo instituto DOXA no TRE-PA, sobre a preferência do eleitor neste momento em que faltam apenas 05 meses para o início da campanha eleitoral.


Com 57% das intenções de voto, se as eleições fossem hoje, Dr. Daniel Santos venceria o pleito já no 1º turno. Isso na pesquisa estimulada. Quando se retira os votos flutuantes, os números  lhe favorecem ainda mais. 


Portanto, se desconsiderarmos os votos nulos, brancos e indecisos, considerando apenas os votos válidos, como a justiça eleitoral faz para anunciar o vencedor em todas as eleições, Dr. Daniel Santos vai para 74,3% e Miro Sanova (PDT) fica com 10,6%. 

Carlito Begot (PSD) e Newton Pereira (PT), ambos ficam com 4,3%. Capitão Marcony (PRTB) aparece com 3,6%. Beto Andrade (PSOL) fica com 2,1% e Allan Bitar (Cidadania), 0,9%.

Veja o gráfico dos votos válidos:




Os demais dados da primeira pesquisa eleitoral registrada pelo instituto DOXA no TRE-PA, sobre a preferência eleitoral em Ananindeua, você confere no portal Amazon Live

Clique aqui e leia. 

sexta-feira, novembro 22, 2019

O sensacionalismo político em Ananindeua

Pré-candidatos à sucessão de Manoel Pioneiro, Miro Sanova e Dr Daniel são pautados por fofocas e intrigas de palpiteiros ávidos por confrontos.

Por Diógenes Brandão

A disputa pela sucessão do prefeito de Ananindeua, Manoel Pioneiro, tem agitado os bastidores da política deste importante município, o segundo maior e mais populoso do estado.  

Governado há 23 anos pela dobradinha Helder Barbalho (08 anos) e Manoel Pioneiro (15 anos), Ananindeua foi o principal palco político na disputa pelo governo, nas eleições de 2018 e hoje vem vivenciando uma guerrilha entre assessores, blogueiros, alguns partidos e players que apresentam seus nomes para prefeito e vice-prefeito.

Um deles é o deputado estadual Miro Sanova, que já foi vereador e nasceu no município, onde obteve 11.850 votos, dos 52.619 votos que recebeu em todo o estado. 

O outro também é ex- vereador, eleito deputado estadual e presidente da ALEPA, Dr Daniel, que em Ananindeua recebeu 42.801 votos, dos mais de 113 mil ao todo e consagrou-se o mais votado no Pará, nas eleições de 2018. 

Com isso, muitos palpiteiros da política raza, aproveitam-se da disputa natural entre os pré-candidatos, para atiçar os ânimos e provocar fofocas entre os mesmos, que pelo que sabemos, mantêm a amizade, tanto na ALEPA, quanto em Ananindeua, onde até outro dia moravam no mesmo condomínio e sempre visitavam um ao outro. 

Uma das frágeis narrativas do submundo da má política, criada por quem vivem de especulações e mesquinharias no meio político é querer impor a opinião da necessidade que o Dr. Daniel seja o único candidato para as eleições à prefeitura de Ananindeua, rotulando qualquer outro pré-candidato como malfeitor.

"Ora, o Miro tem todo o direito de disputar as eleições com seu amigo e parceiro de parlamento, o qual não se manifesta contrário e até diz que prefere o debate, a ter que ser imposto como candidato único, o que só poderia ser cogitado por neófitos ou cabecinhas ocas", revela a fonte do blog AS FALAS DA PÓLIS.

quinta-feira, novembro 07, 2019

Ed50 quer o PT. Pra isso, terá que comprometer 50% dos cargo da prefeitura

Ao lado de um militante petista, no Congresso "Lula Livre", realizado mês passado, Edmilson Rodrigues pediu mais uma vez a união da esquerda, em prol de sua 5ª candidatura à prefeitura de Belém. PT quer 50% dos cargos para apoiá-lo.

Por Diógenes Brandão

No 7° Congresso Estadual do PT, realizado em Outubro deste ano, o partido recebeu o deputado federal e pré-candidato a prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues, que junto com o staff do PSOL parabenizaram o partido que em 2005 pediram desfiliação e criaram o PSOL, onde passaram a acusar os dirigentes do PT de diversas práticas, inclusive de corrupção.

No discurso, o mesmo PT que antes Edmilson dizia querer distância, agora o quer como fiel aliado para disputar as eleições de 2020. O "partido dos mensaleiros", como cansaram de repetir os principais dirigentes para a militância do PSOL. 

Tanto a militância, quanto a direção petista lembram muito bem, embora não comentem muito fora da bolha.  


Em 2016, ou seja, ano das últimas eleições municipais, este blog registrou o acontecido: Em tom megalomaníaco, o presidente nacional do PSOL, o paraense Luiz Araújo, conhecido pela sua arrogância, disse em entrevista à Folha de São Paulo, na véspera do segundo turno das eleições, que o PSOL começou a ocupar o vácuo deixado pelo PT.  Leia mais aqui.   


Naquele ano, não era difícil ouvir dos filiados do PSOL, que a prisão de Lula era inevitável e que ele e o PT deveriam pagar pelos erros cometidos durante seus governos. Eram as eleições de 2016 e ao passar para o segundo turno, já se achando eleito, Edmilson foi mais ousado e falou na cara dos dirigentes petistas, que aceitava o voto, mas não queria a declaração de apoio explícita e muito menos tirar foto em evento, que demostrasse ao eleitorado de Belém, que havia qualquer aliança com os petistas, em sua campanha eleitoral à prefeitura da capital paraense. 

Naquele ano, sindicalistas e demais militantes do PSOL estavam fugindo da associação com o PT, como o diabo foge da cruz. Lula estava sob forte ameaça de ser preso, como de fato foi no dia 7 de Abril de 2018.  


Hoje tudo mudou. O PSOL percebeu que precisa do PT  e agora repetem a palavra de ordem #LulaLivre, em discursos, porém apenas em eventos fechados, para agradar os petistas, como fez Edmilson Rodrigues mês passado no congresso petista.  


Naquela ocasião estava sendo eleito como novo presidente estadual do PT, o deputado federal Beto Faro, que logo que assumiu o comando da legenda, bateu na mesa de reunião com a cúpula do PSOL e lhes disse, que se eles quiserem o apoio do PT para a disputa pela prefeitura e Belém, terão que aceitar dividir o (pretenso futuro) governo com 50% dos cargos, em "porteira fechada" (reservados exclusivamente) para os petistas.  


Não tenho e nunca tive a menor afinidade com Beto Faro, mas acho justo a condição oferecida, pois o PSOL paraense sabe que sem o PT, a candidatura de Edmilson não tem tempo de tv, sequer fundo eleitoral e muito menos militância suficiente para conseguir sair em campanha pela sucessão de Zenaldo Coutinho, que já derrotou Edmilson Rodrigues por duas vezes consecutivas e se prepara para fazer o sucessor, embora amargue desde 2016, uma rejeição altíssima perante o eleitorado.



Com o senador Paulo Rocha enfraquecido até mesmo dentro do PT, Beto Faro segue seu pragmatismo sem freios e assim como o Edmilson possui um acordo muito claro e bem definido de parceria política com Helder e Jader Barbalho, que prometeram em 2018, capitalizar ainda mais o bloco de esquerda para disputar mais uma eleição em Belém, em troca do apoio irrestrito à vitoriosa campanha de Helder ao governo. Leia mais aqui.


Obviamente que, por enquanto, tudo que temos, ouvimos e lemos são apenas desejos políticos, pretensões e possibilidades que deverão ser melhor trabalhadas durante os próximos meses e caberá aos eleitores, o debate das plataformas e projetos políticos que serão apresentados para a sociedade belenense. 

E a nós da imprensa livre, lembrar o que todos já fizeram nos verões passados, tanto de positivo, quanto de negativo.

No final, o povo decide.




terça-feira, abril 23, 2019

Concurso não resolve os problemas dos policiais, que esperam por aumento e moradia prometido

Governador Helder Barbalho vem enrolando para não pagar e nem garantir a moradia prometida em campanha.
Foto: Agência Pará.

Por Diógenes Brandão

Passados 122 dias desde que assumiu o poder, o governador Helder Barbalho continua sendo o grande marqueteiro de sua própria gestão. Sem cumprir a promessa de que faria o pagamento do piso salarial nacional da educação, logo que tomasse posse, o SINTEPP entrou em Estado de Greve e promete paralisar as escolas, se as secretarias de Administração e de Planejamento do governo continuarem enrolando a categoria.

Cabos, policiais e oficiais da PM, bombeiros e policiais civis também estão 'porraqui', com as desculpas apresentadas pelo comandante-geral da Polícia Militar, coronel Dilson Júnior. Usado como escudo e porta-voz do governador é ele quem vem escutando as críticas pela falta do cumprimento da promessa feita durante a campanha eleitoral, de que a tropa teria o aumento de seu soldo.

Para tentar acalmar os ânimos, o governo anunciou nesta segunda-feira (22), que pretende realizar um concurso público para contratar sete mil novos policiais militares, ofertando vagas para oficiais e praças da PM. Programado para o segundo semestre, o anúncio do concurso não agradou quem já é policial e espera pela promessa de ter moradia em um conjunto habitacional seguro para viver e pelo aumento de seu salário, considerado um dos piores do país.

Sabendo que 58% do Orçamento do Estado já estão comprometidos com pagamento da folha de pessoal e que o limite constitucional da  Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) é de 60%, como é que o governador vai absorver mais 7 mil policiais, se anda mandando dizer que não paga o aumento do soldo para os policiais, para não ultrapassar os limites impostos pela lei?

O blog AS FALAS DA PÓLIS realiza um estudo, com cálculos sobre os dados oficiais e as promessas de campanha, para verificar o impacto desse concurso anunciado pelo governador, juntando com a promessa de aumento do soldo dos policiais e o pagamento do piso dos professores, para verificar se, o que tem sido dito não passa de uma grande potoca para dar tempo e continuar empurrando com a barriga, as reivindicações daqueles que há décadas esperam por respeito e dignidade aos que exercem seu dever no serviço público do Estado do Pará.

sexta-feira, novembro 23, 2018

MP arquiva denúncia contra Márcio Miranda. Helder Barbalho e Armando Brasil serão processados



Por Diógenes Brandão

Há menos de um mês depois da eleição, o Ministério Público do Estado do Pará determinou o arquivamento do processo em que o promotor militar Armando Brasil, baseado em uma falsa denúncia publicada pelo jornal Diário do Pará e posteriormente em todos os veículos de comunicação da RBA - Rede Brasil Amazônia, pertencente à família do governador eleito Helder Barbalho. A falsa denúncia foi amplamente utilizada contra Márcio Miranda, o principal concorrente de Helder Barbalho nas eleições deste ano.

A Procuradoria-Geral de Justiça atestou que não houve irregularidade no processo em que Márcio Miranda foi encaminhado para a reserva da Polícia Militar, tal como foi amplamente divulgado pelos veículos de comunicação do Estado e repetido à exaustão pelo então candidato Helder Barbalho, tanto em debates, quanto no horário eleitoral de propaganda eleitoral gratuita no rádio e na TV, durante os meses de campanha. 

Além disso, até no dia do segundo turno das eleições, onde foi eleito governador, as emissoras de rádio e TV da família de Helder Barbalho martelaram a versão de que Márcio Miranda havia cometido o crime de improbidade administrativa, o que agora foi desmascarado definitivamente pelo Ministério Público do Estado.

Além de diversas matérias, charges depreciativas e notinhas plantadas nas demais edições e cadernos do jornal, a família Barbalho repetiu, em sucessivas capas do Diário do Pará, manchetes sensacionalistas, estampando de forma insistente, a falsa denúncia, - seguindo a velha máxima da propaganda nazista, de que uma mentira repetida mil vezes, torna-se verdadeira - que agora foi arquivada pela ausência de qualquer irregularidade por parte do denunciado, Márcio Miranda, adversário de Helder Barbalho, o candidato eleito e herdeiro do império de comunicação que controla a informação consumida pela maioria da população paraense, através de emissoras de rádio, TV, jornal impresso e portal na Internet.

Capa do Diário do Pará, do dia 09/08/2018 traz em sua manchete a denúncia feita pelo Promotor Armando Brasil.

Capa do Diário do Pará, do dia 12/08/2018 traz em sua manchete a denúncia feita pelo Promotor Armando Brasil.

Capa do Diário do Pará, do dia 12/08/2018 traz em sua manchete a denúncia feita pelo Promotor Armando Brasil.

Procurado pelo blog, o candidato Márcio Miranda disse que ainda estuda como procederá judicialmente, tanto contra o Promotor Armando Brasil, que instaurou o inquérito, quanto contra Helder Barbalho. Ainda como deputado estadual e presidente da ALEPA, Márcio Miranda é possível que venha a processar Armando Brasil e Helder Barbalho por injúria, calúnia e difamação.

A assessoria de Helder Barbalho não respondeu ao blog, os pedidos de informações sobre o posicionamento do governador eleito, após a decisão judicial que arquivou a denúncia, a qual prejudicou a imagem de seu principal opositor no pleito eleitoral em que ele, Helder Barbalho, saiu vitorioso. 

Veja a cópia da decisão que inocentou Márcio Miranda da acusação de ter se aposentado antes do tempo legal e de receber indevidamente o saldo de sua aposentadoria da Polícia Militar, onde atuou como médico.








quinta-feira, outubro 25, 2018

Linha de tiro: O que podemos esperar desta reta final da campanha eleitoral?



Há 3 dias de sabermos quem será  o novo presidente da República e governador do Pará, a pergunta que se faz por aí é a seguinte: teremos mudanças reais? 

Ou tudo irá piorar? 

Nenhuma coisa, nem outra?  

Como estão os preparativos dos candidatos? 

E como andam as redes sociais, onde amizades continuam caindo no ralo e paixões cada vez mais exacerbadas entre partidários dos candidatos?  

Os analistas do programa "Linha de Tiro", os professores da UFPA Elson Monteiro, historiador, e Alexandre Cunha, sob mediação do jornalistas Carlos Mendes, estarão ao vivo no bate-papo de 20H00 às 21H00 desta quinta-feira.  

Você pode também participar e dar sua opinião. 

Os links do programa são os seguintes:  




Em discurso da virada, Haddad diz que quer Bolsonaro vivo e com saúde


Jovem da UJS é agredido quando participava de atividade pró-Haddad em Ananindeua-PA

O clima de acirramento político e ódio aumenta e gera cada vez mais vítimas, inclusive no Pará.

Por Diógenes Brandão

Na noite desta quarta-feira, 24, um grupo de jovens militantes pró-Haddad ao participarem de um bandeiraço com panfletagem, na praça da Bíblia, no conjunto Cidade Nova II, em Ananindeua, cidade da região metropolitana de Belém, foram surpreendidos por ofensas proferidas por três homens, que desceram do carro e sem nada falar passaram a agredir o jovem Bruno, com socos e pontapés.

Um ataque violento e covarde 

Não satisfeitos com as ofensas proferidas de dentro do veículo, os supostos agressores desceram do carro e partiram para cima do grupo. No meio de diversas mulheres, escolheram um jovem chamado Bruno Martins, líder da UJS, que sofreu agressão física. 

Testemunhas que estavam na atividade de campanha Haddad Presidente, confirmaram ao blog as agressões a Bruno e correram para acudi-lo e nesse momento os agressores recuaram de volta para o veículo que estavam, e por medo, diante da desvantagem numérica do grupo da campanha.

Nesse momento, uma viatura da ROTAM chega ao local, dá voz de prisão ao agredido, algema-o e confina-o dentro do camburão, mas, o mais estranho é que um dos policiais ordenou que os agressores o seguissem em seu próprio veículo, enquanto o agredido foi colocado no porta-malas da viatura da PM.

Para Bruno, pelo que se ouviu dos agressores, eles são apoiadores de Jair Bolsonaro. Bruno prestou depoimento na Seccional da Cidade Nova, onde foi acompanhado pelo advogado Jorge Farias.

O blog está em busca de maiores e detalhes sobre esse caso.

terça-feira, outubro 23, 2018

Assista o debate do SBT Pará ao vivo

Por Diógenes Brandão

O blog AS FALAS DA PÓLIS retransmite ao vivo o debate entre os candidatos ao governo do Pará no SBT.   

Envie suas perguntas e comentários para os candidatos usando a hashtag #DebateSBTPara








segunda-feira, outubro 22, 2018

Qual o menos pior: Márcio Miranda ou Helder Barbalho? E quem tá com Bolsonaro ou Haddad?

Eleitores de Márcio Miranda e Helder Barbalho misturam a campanha presidencial e usam o nome dos seus candidatos para influenciar as eleições no Pará.

Por Diógenes Brandão    

O vídeo de Frank Bolsonaro, administrador da fanpage Família Bolsonaro Pará está sendo usado por petistas ligados a campanha de Helder Barbalho (MDB), como um recurso retórico contra a candidatura de Márcio Miranda.

No vídeo gravado ao vivo na noite deste último sábado, 20, na Av. Doca de Souza Franco, durante uma manifestação das militâncias dos candidatos que disputam as eleições para o governo do Estado, Frank Bolsonaro afirma que Eder Mauro é Helder Barbalho e diz que Helder Barbalho é PT.

Assista o vídeo:



Diante disso, muitos petistas acabaram vestindo a carapuça e assumindo a campanha do MDB, chamado de partido golpista pela esquerda como um todo.  

Historicamente, o DEM, partido de Márcio Miranda é aliado do PSDB, o qual foi durante mais de 30 anos, o principal adversário do PT. 

Foi do presidente nacional do então PFL, hoje DEM, a frase que aumentou o antagonismo da esquerda contra o partido de Márcio Miranda: "Desencantado? Pelo contrário. Estou é encantado, porque estaremos livres dessa raça pelos próximos trinta anos", disse Jorge Bornhausen referindo-se ao governo do PT, numa palestra em que lhe perguntaram se não estava desencantado com a situação política do país, em Agosto de 2005.  

Passados 13 anos, alguns petistas ainda usam esse rancor pelo DEM para justificar sua decisão de votar contra Márcio Miranda e fazerem campanha para Helder Barbalho.  No entanto, segundo fontes do blog AS FALAS DA PÓLIS, a chamada "banda boa" do PT não aceitou fazer parte do acordo político feito logo após o fim do primeiro turno, quando Paulo Rocha (PT) foi derrotado, como já era previsto e a cúpula da "banda podre do PT", reuniu-se e declarou apoio unilateral à campanha dos Barbalho. 

A militância não seguiu a determinação da direção partidária e o PT segue rachado, com petistas fazendo campanha para os dois candidatos: Helder Barbalho e Márcio Miranda.  No entanto, o vídeo de Frank Bolsonaro tem sido usado por petistas pró-Helder Barbalho, em grupos da esquerda paraense, para forçar o entendimento de que a manifestação de apoio de eleitores de Bolsonaro a Márcio Miranda, seria a razão para que toda a esquerda vote em Helder Barbalho. 

Confesso que demorei a acreditar que tanta gente inteligente esteja sendo tapeada por mais essa narrativa torpe e sem a menor condição de ser crível.

Soma-se à essa narrativa, a ideia de que Márcio Miranda foi indicado por Simão Jatene (PSDB) declarado como inimigo histórico do PT e de toda a esquerda paraense. 

No entanto, um atento observador petista, me lembrou de que no primeiro turno, o PSDB de Simão Jatene fez campanha e jogou peso em Geraldo Alckmin, o seu candidato a presidente. 

Já o MDB, fez campanha aberta a Jair Bolsonaro, ao invés de Meireles, candidato oficial do partido. 

Os números confirmam a tese do militante que integra a "banda boa do PT".  

Tem mais, para grande parte dos petistas paraenses, pouco importa de que lado esteja o Gordo do Aurá e muito menos se o João Salame (PP) foi preso por corrupção. Eles querem eleger Haddad e ponto final.  

Como nenhum dos dois candidatos ao governo do Estado declarou apoio aos candidatos a presidente do Brasil, qualquer ilação de que Márcio Miranda é Haddad ou Bolsonaro, assim como Helder Barbalho é Bolsonaro ou Haddad é pura falácia de militantes ou pessoas mal intencionadas. 

As paixões se afloram e o erro da esquerda (PT e PCdoB) em decretar apoio a Helder Barbalho, ao invés de deixar com que a militância escolhesse livremente seu candidato ao governo e focasse na campanha presidencial, tem levado Bolsonaro a crescer de forma avassaladora no Pará.

Segundo a última pesquisa DOXA, publicada neste domingo (21), Bolsonaro continua liderando as intensões de votos, com uma diferença de 9,4% sobre Fernando Haddad. Veja o gráfico:

Pesquisa DOXA foi realizada com  1.896 eleitores, entre os dias 10 e 13 de Outubro, em todas as mesorregiões do Estado, com o nível de confiança de 95% e Margem de erro de 2,25. Registro Eleitoral nº PA-07843/2018. 

O PSOL não assume publicamente, mas sua militância está orientada a votar contra Márcio Miranda e em Haddad para presidente, mesmo depois do partido ter feito duras críticas aos governos do PT e do MDB, tanto a nível estadual, quanto nacional, chamando-o de golpista e de ser inimigo número 1 da classe trabalhadora. 

No entanto, a maioria da militância psolista também não aceita votar em qualquer integrante da família Barbalho, optando, portanto, pelo voto nulo.  

Mas nos últimos dias, o blog tem conversado com muitas lideranças e formadores de opinião da esquerda paraense e a maioria destaca que se for para escolher o menos pior, Márcio Miranda seria a melhor opção. Por que? Indaguei durante todo o final de semana.

Avaliando todas as consultas e conversas feitas com a militância e lideranças da esquerda paraense, os motivos para votar em Márcio Miranda ao invés de Helder Barbalho seriam quatro. São eles:  

1) Márcio Miranda é um bom sujeito, sem nada que abale sua índole. Como político, Márcio Miranda sempre agiu de forma ética, democrática e sempre buscando o equilíbrio das forças políticas de dentro e fora da ALEPA, coordenando reuniões e conversas entre o governo e a oposição, para chegar no bom senso e nas melhores condições, nas mesas de negociação, seja com sindicalistas, prefeitos, segmentos do setor produtivo e movimentos sociais.  

2) Márcio Miranda sempre respeitou as minorias, acatando propostas e bons nomes nas negociações para composição de mesas diretoras e comissões estratégicas no parlamento estadual, onde foi eleito e reeleito por mais duas vezes consecutivas, todas com o voto unânime dos deputados, de todos os partidos paraenses, inclusive deputados do PT, PCdoB e do MDB, hoje seu principal rival. Algo inédito e surpreendente. 

3) Na comparação entre o menos pior, entre os nomes de Márcio Miranda e Helder Barbalho, este último é uma ameaça maior à esquerda, já que sua família possui um império de comunicação, que através dos seus telejornais, programas de rádio e do jornal Diário do Pará influencia milhões de paraenses contra seus adversários. 

Imagine uma greve do SINTEPP - Sindicato dos Professores do Estado do Pará - onde por algum motivo haja o uso de força policial contra os manifestantes grevistas. 

Como os veículos de comunicação da família do governador iriam se manifestar? 

Iriam tratar os manifestantes com isenção e respeito, ou chamá-los de esquerdistas/petistas vagabundos, tal como faz todos os dias, apresentadores e funcionários das empresas da família Barbalho, como Joaquim Campos (MDB), vereador e candidato a deputado federal novamente derrotado nas urnas por sua truculência e carta branca para difundir opiniões contrárias à esquerda, semeando ódio e até ideias para acabar com ela?  

4) Independente de quem seja o presidente eleito, a família Barbalho será da base aliada e continuará forte e com grande poder para indicar seus membros para ministérios e autarquias, como a SUDAM, pois quem entende minimamente de política partidária, sabe que o MDB, com seu tamanho no Congresso Nacional, sua importância para aprovação de projetos e da necessária governabilidade ao futuro presidente, continuarão a oferecer sua fatia no poder central, mantendo  ou até ampliando o poder da família mais rica da política paraense, que já possui a maioria dos prefeitos, deputados e vereadores eleitos no Pará. 

Imagine com todo esse poder, nas eleições de 2020.

Imagine!

domingo, outubro 21, 2018

De 2% a 40%: A subida de Márcio Miranda ameaça a liderança de Helder Barbalho

Com uma diferença de apenas 5,5%, Márcio Miranda encosta em Helder Barbalho e ameaça virar o jogo.


Por Diógenes Brandão, com informações da DOXA Pesquisas


A penúltima pesquisa DOXA desde segundo turno das eleições 2018, nos revelam um quadro de quase empate técnico entre o candidato Márcio Miranda e Helder Barbalho, que lidera as pesquisas desde o início desta campanha eleitoral.

Derrotado por Simão Jatene (PSDB) em 2014, depois de ter sido o mais votado no primeiro turno, Helder Barbalho saiu novamente como o mais votado no primeiro turno deste ano, mas agora teme que o resultado eleitoral do próximo domingo repita o passado e ele venha novamente sofrer mais uma derrota.

Aliados do MDB já falam em arrependimento em coligar com o candidato do partido de Michel Temer e tentam conversas com o assessores de Márcio Miranda sobre a participação deles,  em um possível novo governo.

A pesquisa DOXA aferiu a rejeição dos dois candidatos, mas foi finalizada antes do efeito do caso "Gordo do Aurá", a prisão de João Salame e o último debate realizado entre os candidatos, neste sábado, na TV Record, onde o clima esquentou e Márcio Miranda e Helder Barbalho protagonizaram um diálogo de poucas propostas e muitas provocações e acusações mútuas.

Helder Barbalho continua sendo o candidato com a maior rejeição perante o eleitor paraense

Veja os números:

Rejeição de Helder Barbalho


Rejeição de Márcio Miranda


PRISÕES CAUSAM REVIRAVOLTA NO SUL E SUDESTE DO PARÁ

No sul e sudeste do Pará, muitas lideranças políticas que apoiaram Helder Barbalho no primeiro turno estão mudando de lado. O motivo seria a prisão diversas lideranças políticas aliados da família Barbalho, como João Salame (PP), preso em Brasília pela Polícia Federal, o ex-prefeito de São Félix do Xingu, João Cleber (MDB), o ex-prefeito de Pau D'árco, Maurício Cavalcante (MDB), ambos lançados como candidatos a deputados estaduais, mas que foram derrotados nas urnas. Ao todo, houveram  08 prisões na região nos últimos 30 dias.

O advogado Sérgio Luiz Santana, atual Procurador Municipal de Redenção entregou-se à Polícia Civil após ter seu mandado de prisão determinado pela justiça e encontrava-se foragido. A prisão foi uma das medidas da Operação Assírios, que além de João Salame, já prendeu 13 pessoas suspeitas de associação criminosa e desvio de R$ 15 milhões dos cofres públicos.

Com 24 milhões de reais bloqueados pela justiça, por fraudes em licitações, o prefeito de Redenção, Carlo Iavé (MDB) acumula um recorde de operações policiais e escândalos e leva ao candidato Helder Barbalho a perder votos e prestígio em todo o sul e sudeste do Pará. 

Carlo Iavé é hoje o principal coordenador da campanha de Helder Barbalho na região, onde Redenção é o município pólo.


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quarta-feira, outubro 17, 2018

Márcio Miranda detona Fake News e diz que "Gordo do Aurá" foi usado por Helder Barbalho


Por Diógenes Brandão

Na noite desta quarta-feira (16), a população paraense teve pela primeira vez, a oportunidade de ouvir uma conversa franca e provocativa com um dos candidatos que disputam o segundo turno destas eleições, para o governo do Estado. 

Márcio Miranda participou do Bate-Papo da Pólis, programa conduzido por Diógenes Brandão e que teve o jornalista Carlos Mendes como convidado e este colaborou para uma entrevista contundente, de mais de uma hora, com o candidato que mais cresceu desde o início desta campanha eleitoral no Pará.

Com uma forte crítica ao que conhecemos como Fake News, Márcio Miranda revelou que sua campanha ganhou no TRE-PA, 26 direitos de respostas contra a campanha de Helder Barbalho, enquanto a campanha de Barbalho, mesmo pedindo, não conseguiu nenhum contra Miranda. 

Um dos direitos de resposta que a justiça eleitoral concedeu a Márcio Miranda foi contra a peça publicitária e as matérias 'jornalísticas' amplamente veiculadas nos meios de comunicação da família Barbalho (Rádio, TV e Jornal) e n que ele foi aposentado antes do tempo e a outra foi a que um ator vestido de médico aparece recebendo um banho de lama, levando a ideia de que ele, Márcio Miranda é um ficha suja, o que o candidato conseguiu na justiça, que a peça publicitária fosse retirada da TV, mas ela continua circulando pelas redes sociais e no Whatsapp.

GORDO DO AURÁ

Ao ser indagado sobre o vídeo que vem sendo veiculado pela campanha de Helder Barbalho, através do horário eleitoral gratuito, no rádio e na TV, onde Márcio Miranda aparece ao lado do 'Gordo da Aurá' e que foi amplamente viralizado nas redes sociais, o candidato foi enfático ao negar qualquer envolvimento com o 'Gordo do Aurá' e explicou que o vídeo em que aparece ao lado dele foi fruto de uma armação. 


Foto do palco onde foi feito o lançamento da candidatura de Dr. Daniel (PSDB), candidato a deputado estadual, onde recebeu diversos parceiros de campanha, como o prefeito Manoel Pioneiro (PSDB), Coronel Osmar (PDT) e Márcio Miranda (DEM). Note que o "Gordo do Aurá" já não fazia mais parte dos que estavam na foto final do evento. Hoje, já eleito deputado estadual, o vereador Dr, Daniel declarou voto em Helder Barbalho (MDB).


"Foi má fé, baixaria". 

Fui convidado para o lançamento da candidatura do Dr. Daniel (PSDB) e lá eles colocaram alguns convidados para falar. Eu tinha acabado de chegar. Maldosamente, em um evento que não era meu, que não foi feito por mim, que não era lançamento meu, colocaram alguns convidados para falar, entre eles, o 'Gordo do Aurá'. A gravação original tinha o todo o palco inteiro, mas  para usarem as imagens na campanha, ele cortaram os demais e o número do Dr. Daniel. Além de Dr. Daniel, estavam o prefeito Manoel Pioneiro e diversas lideranças do PSDB, partido que apóia Márcio Miranda.


Leia também: A vingança de Pioneiro contra Jatene evitou a reeleição de Flexa Ribeiro 


"Eu nunca tive problemas com a justiça" 

"Não se tratava de um evento meu. Eu cheguei ao palco e ele (Gordo do Aurá) foi colocado para a falar ao meu lado, então não fiquei nem 8 segundos ao lado dele e me afastei, mas eles editaram o vídeo", revelou Márcio Miranda.  

O blog constatou que na base eleitoral do 'Gordo do Aurá', o candidato Helder Barbalho obteve 3.170, enquanto Márcio Miranda recebeu apenas 605 votos. Ou seja, Helder Barbalho teve 424% a mais de votos, que Márcio Miranda.

Leia também: Quem são os candidatos do "Gordo do Aurá"?

O candidato também disse que entende o desespero da família Barbalho, pois as pesquisas da DOXA mostraram o crescimento dele e o Helder "empacado" nos mesmos números com que começou a campanha. "Contrariando a pesquisa IBOPE, os eleitores votaram e me levaram ao segundo turno". E ironizou: "Criaram um ambiente de que o Helder venceria no primeiro turno, mas eleitor compreendeu que foi enganado e o IBOPE e o Real Time Big alguma coisa".

O bate-papo com Márcio Miranda abordou diversos outros temas, como a diferença de apenas 7,4% para o seu adversário, segundo ele, incomoda a família Barbalho.

Na questão da segurança, Márcio se comprometeu com diversas ações assim que assumir o governo: "Vou fazer Vilas Militares para os nossos policiais", declarou ao lembrar que é policial militar e que conhece as dificuldades e a violência em que ficam expostos os militares paraenses.

"Sou Médico há 35 anos e nunca tive um processo se quer. Foi só eu crescer nas pesquisas e vieram inventar Fake News. Eles não contavam com o 2º turno. Eu era conhecido por apenas 29% da população, enquanto meu adversário já começou a campanha conhecido por 99% dos paraenses", disse Márcio que iniciou a campanha com 2%, enquanto Helder Barbalho tinha 36%.  

Na última pesquisa realizada pelo Instituto DOXA, Helder Barbalho tem 46,8% e Márcio Miranda 39,4% das intenções de votos.

O programa bateu recorde de audiência e foi transmitido ao vivo para os blogs e rede sociais de jornalistas e ativistas digitais com as maiores audiências no Estado do Pará.

Assista o programa Bate Papo da Pólis com Márcio Miranda:



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Crise: Edmilson Rodrigues perde seu braço esquerdo no PSOL

Luiz Araújo deixou o PT para fundar o PSOL, onde viveu até então organizando a corrente interna "Primavera Socialista" e supostame...